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MECÂNICA DOS

SOLOS II
Prof. Klinger S. Rezende
Empuxos de terra
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
• Capítulo 15 – Empuxos de terra (pdf)

Moodle

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
• Fundamentos de Engenharia Geotécnica:
Autor: Braja M. Das
Editora: CENGAGE Learning
Sexta, sétima ou oitava edição.

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
• Muros de Arrimo
Autor: Osvaldemar Marchetti
Editora: Blucher

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
• Caderno de MUROS DE ARRIMO
Autor: Antonio Moliterno
Editora: Blucher
2ª edição revista

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INTRODUÇÃO
• Por empuxo de terra entendem-se as solicitações do solo sobre as
estruturas que interagem com os maciços terrosos, ou forças que
se desenvolvem no interior destes maciços.

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INTRODUÇÃO
• Obras que exigem o conhecimento do empuxo em
dimensionamentos e análises de estabilidade:

 Muros de arrimo;
 Escoramentos de escavações;
 Encontros de pontes;
 Problemas de capacidade de carga de fundações, etc.

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Coeficientes de empuxo ativo, em repouso e
passivo
• Considere um semi-espaço infinito, constituído por um solo
granular, homogêneo, isotrópico, não saturado e de superfície
horizontal. Tome-se um elemento de espessura dz situado a uma
profundidade z.

• Sobre as faces deste elemento, atuam tensões verticais (σv) e


tensões horizontais (σh).
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Coeficientes de empuxo ativo, em repouso e
passivo
• São elas que provocam as deformações no elemento. Uma vez
descritas pela teoria da elasticidade, tomam a forma:

• Para a condição em que as deformações laterais são impedidas,


εh = 0 e:

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Coeficientes de empuxo ativo, em repouso e
passivo
• Chamando a relação entre as tensões σv e σh de Ko, temos:

• Esta condição εh = 0 (deformações laterais nulas) é denominada


em repouso e, Ko é denominado coeficiente de empuxo em
repouso.

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Coeficientes de empuxo ativo, em repouso e
passivo
• Imagine agora que, a face esquerda do elemento dz foi substituída,
sem que se introduzisse nenhuma perturbação no solo, por um
elemento de suporte (um muro de arrimo, por exemplo) e que se
procedeu à retirada do material situado deste lado:

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Coeficientes de empuxo ativo, em repouso e
passivo

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Coeficientes de empuxo ativo, em repouso e
passivo
• Os valores dos empuxos no intervalo entre as condições ativa e
passiva situam-se em um estado de equilíbrio elástico. Neles, os
deslocamentos do anteparo (muro) são insuficientes para
provocar ruptura; o solo ainda está na sua fase elástica.

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Coeficientes de empuxo em repouso
• Ko depende do tipo de solo, rocha de origem, histórico de
tensões a que foi submetido o solo desde sua origem.
• Possui várias relações empíricas propostas:

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Método de Rankine
• Hipóteses do método de Rankine:
• Maciço homogêneo de extensão infinita e de superfície plana
(horizontal).
• Maciço nos estados de plastificação de Rankine (equilíbrio
limite).

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Método de Rankine

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Método de Rankine

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Método de Rankine

𝐻 𝐻
EA = ‫׬‬0 𝜎ℎ𝑎 𝑑𝑧 = ‫׬‬0 𝐾𝑎. 𝛾. 𝑧 𝑑𝑧 =

1
EA = . 𝐾𝑎 . 𝛾 . 𝐻²
2

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Método de Rankine
Solos com coesão e atrito:

σha = σv. 𝐾𝑎 − 2𝑐 𝐾𝑎

Logo, o empuxo ativo será:

1
EA = 2
. 𝐾𝑎. 𝛾 . 𝐻² − 2𝑐. 𝐻 𝐾𝑎

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Método de Rankine
Solos com coesão e atrito:
No caso ativo, a distribuição de empuxos se anula a uma
determinada profundidade Zo , As tensões horizontais acima dessa
profundidade são negativas.

Como o solo não resiste a tensões de tração, surgem trincas nesta


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região, as chamadas fendas de tração.
Método de Rankine
Solos com coesão e atrito:
Estimativa da profundidade da fenda de tração:

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Método de Rankine
Pelo fato da região superficial apresentar tensões negativas (z < zo),
haverá uma profundidade em que a resultante de empuxo ativo será
nula. Até esta profundidade (hc – altura crítica), a escavação
vertical é estável.

Logo,

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Método de Rankine
Para o estado passivo:

σhp = σv. 𝐾𝑝 + 2𝑐 𝐾𝑝

O empuxo passivo será:

1
EP = 2
. 𝐾𝑝. 𝛾 . 𝐻² + 2𝑐. 𝐻 𝐾𝑝

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Método de Coulomb
As hipóteses para o cálculo do empuxo de terra são:
• Solo isotrópico e homogêneo que possui atrito interno e coesão;
• A superfície de ruptura é uma superfície plana, o que não é
verdadeiro, mas simplifica os cálculos;
• As forças de atrito são distribuídas uniformemente ao longo do
plano de ruptura;
• A cunha de ruptura é um corpo rígido;
• Existe atrito entre o terreno e a parede do muro (aderência);
• Ruptura é um problema em duas dimensões.

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Método de Coulomb

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Método de Coulomb

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Método de Coulomb

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Método de Coulomb

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Método de Coulomb

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Método de Coulomb

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Método de Coulomb

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Método de Coulomb

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Análise da estabilidade de muros de arrimo
Deslizamento ao longo da base do muro:

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Análise da estabilidade de muros de arrimo
Deslizamento ao longo da base do muro:

Terzaghi considerou a aderência solo/muro como:

1 2
∅ ≤ 𝛿 ≤ ∅
2 3

2
Usualmente, 𝛿 = ∅.
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Σ forças resistentes: Epassivo + (Σ Fverticais) x tg 𝜹°

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Análise da estabilidade de muros de arrimo
Deslizamento ao longo da base do muro:

Já Marchetti (2007) considera a força de atrito originada pelo peso da


estrutura como (ΣW).0,67.tg ∅ a (ΣW).0,90.tg ∅

Σ forças resistentes: Epassivo + (Σ Fverticais) x 0,67.tg ∅ ou


(Σ Fverticais) x0,90.tg ∅

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Análise da estabilidade de muros de arrimo
Tombamento do muro:

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