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Resumo: O presente artigo visa investigar a definição de um coeficiente de rigidez (no estádio II) para a
verificação do estado limite de deformação máxima em lajes nervuradas. Para este fim, o mesmo conta com
uma comparação de resultados da deformação obtidos através de cálculo manual utilizando formulação presente
em bibliografias existentes, com as de um software de rotinas de cálculo baseadas no método dos elementos
finitos, optou-se pelo SAP 2000 pela sua simplicidade de aplicação. Através desta comparação construiu-se um
modelo numérico bastante razoável e aplicável à análise destas lajes, uma vez que, os valores encontrados por
ambos não se destoaram. Desta forma, concluiu-se que, um coeficiente de minoração da rigidez de 30% atende
bem à deformidade do componente estrutural em questão. Tendo em vista que a rigidez está intimamente
relacionada com o aumento das deformações, especialmente as flechas elásticas, nota-se o grau de importância
deste estudo.
Palavras-Chave: Lajes nervuradas; Deformação; Comparação; Coeficiente.
Abstract: This article aims to investigate the definition of a stiffness coefficient (in stage II) to verify
the maximum deformation limit state in ribbed slabs. To this end, it has a comparison of the results of the
deformation obtained by manual calculation using a formulation present in existing bibliographies, with those of
a software of calculation routines based on the finite element method, was chosen by SAP 2000 by its Simplicity
of application. Through this comparison was constructed a very reasonable numerical model and applicable to
the analysis of these slabs, since, the values found by both did not disagree. In this way, it was concluded that a
stiffness reduction coefficient of 30% matches well the deformity of the structural component in question.
Considering that the stiffness is closely related to the increase in deformations, especially the elastic arrows, the
degree of importance of this studyis noted.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo visa investigar a definição de um coeficiente de rigidez (no estádio
II) para a verificação do estado limite de deformação máxima em lajes nervuradas. Pode-se
definir laje nervurada como“(...)a laje cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as
quais podem ser colocados materiais não estruturais, chamados de materiais inertes, de modo
a tornar plana a superfície inferior da peça. ”(SOUZA ,2015, p. 96).Alguns autores definem a
laje nervurada como uma evolução natural das lajes maciças (que são lajes de seção
homogênea de concreto), devido à eliminação da maior parte do concreto abaixo da linha
1
Orientador. Professor Eng. Civil da Escola de Engenharia Kennedy- EEK, Belo Horizonte-
MG, Engenheiro Civil, Especialista em Estruturas, MBA em Construção Civil. E-mail
engerf@hotmail.com
2
Graduanda em Engenharia Civil: Escola de Engenharia Kennedy. -
mail:leoneriaelis.nc@gmail.com
1
neutra, o que deixa estas estruturas mais leves e otimiza o uso das características de seus
materiais componentes.
A utilização de lajes nervuradas de concreto armado em edificações, tanto residenciais,
quanto comerciais, é crescente atualmente devido, principalmente, às suas diversas vantagens,
como: possibilitarem maiores vãos entre pilares, maior altura útil por andar e maior liberdade
na disposição de paredes internas, introduzirem maior versatilidade na distribuição de cargas e
na ocupação de espaços, permitirem o uso de peças pré-fabricadas para as nervuras e placas,
assim como o uso de fôrmas recuperáveis e utilizarem menor quantidade de concreto no
volume total da obra.
Segundo Araújo (2003a, p. 144), a situação mais habitual para o dimensionamento
dessas lajes ocorre quando as nervuras são inferiores e, neste caso, essas nervuras funcionam
como vigas T para momentos fletores positivos. De acordo com a Norma Brasileira NBR-
6118/2014, desde que seguidas algumas recomendações quanto ao pré-dimensionamento, os
esforços e deslocamentos dessas lajes podem ser calculados como se fossem placas em regime
elástico. Dessa forma a laje nervurada, quando em cruz e com inércia igual nas duas direções,
também pode ser analisada como se fosse uma laje maciça.
O aprimoramento da construção civil, aliado aos avanços tecnológicos, tem possibilitado
o desenvolvimento de projetos com elementos estruturais cada vez mais esbeltos, de
dimensões geométricas reduzidas e maiores vãos livres. Além disso, tem-se trabalhado com
estruturas cada vez mais próximas de alguns limites no que diz respeito às deformações.
Nesse contexto surge a necessidade de se estudar o modelo de cálculo de flechas para lajes
nervuradas de concreto armado utilizado atualmente. Ele tem conduzido a resultados
aproximados, mas não precisos. Essa imprecisão se dá por causa da rigidez da estrutura,
parâmetro de grande influência nos resultadosda flecha.
Na norma de concreto armado existente, contémapenas valores de coeficientes de redução
da rigidez para análise de estabilidade global da estrutura, não havendopara análise de
estabilidade local.Por esse motivo, utilizou-se neste estudo um coeficiente de redução
estimado (análise local), para assim avaliaro grau de segurança que o mesmo propicia.
Este trabalho se justifica pela necessidade de se ter um coeficiente que represente a rigidez
real das estruturas e conduzir a resultados mais precisos, de modo que seu valor retrate a nova
realidade dos dimensionamentos.
Para alcançar o objetivo proposto, pretende-se comparar os resultados obtidos pelo
método manual de dimensionamento de lajes nervuradas (escolhendo um apropriado modelo
de comportamento mecânico para o concreto considerado fissurado), utilizando bibliografias
existentes, com resultados obtidos a partir de um software que tem rotinas de cálculo baseadas
no método dos elementos finitos (MEF). Optou-se por utilizar o software SAP pela
simplicidade de sua aplicação. Para cada método foram modeladas três lajes com dimensões
diferentes a fim de construir um modelo numérico e validá-lo por meio de comparação de
resultados atingidos por ambos. Portanto, a metodologia de pesquisa empregada no mesmo foi
bibliográfica e experimental.
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1. REFERENCIAL TEÓRICO
Lajes nervuradas, segundo o item 14.7.7 da NBR 6118:2014, são“(...) lajes moldadas
no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos esteja
localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte”. As lajes nervuradas
são constituídas por um conjunto de vigas, chamadas de nervuras, solidarizadas por uma mesa
de concreto.
As lajes nervuradas são divididas em duas classes, as lajes unidirecionais e
bidirecionais.As lajes nervuradas armadas em uma direção (pré-fabricada) são constituídas
por vigotas pré-moldadas espaçadas entre si por um material de inerte de preenchimento
(normalmente cerâmica ou EPS), e cobertas por uma capa de concreto, que tem por função
distribuir os esforços atuantes na estrutura e aumentar a resistência à flexão. Nesse caso a laje
pode ser analisada como viga T onde a mesa de concreto contribui para resistir esforços de
compressão.
Para o cálculo dos esforços solicitantes e dos deslocamentos dessas lajes, consideram-
se as nervuras como um conjunto de vigas paralelas que trabalham praticamente
independente, adotando-se uma seção transversal em forma de “T”, onde as nervuras são
analisadas como vigas simplesmente apoiadas nas extremidades.
De acordo com a Norma Brasileira NBR-6118/2014, desde que seguidas algumas
recomendações quanto ao pré-dimensionamento, os esforços e deslocamentos das lajes
nervuradas armadas em duas direções podem ser calculados como se fossem placas em
regime elástico. Dessa forma a laje nervurada, quando em cruz e com inércia igual nas duas
direções, também pode ser analisada como se fosse uma laje maciça de mesma rigidez à
flexão. O cálculo de placas por ser mais laborioso, é feito utilizando tabelas de regime elástico
para simplificação, a exemplo a tabela de Bares.
Para o cálculo das deformações e dos esforços solicitantes nas lajes devem-se
estabelecer os vínculos das mesmas com os seus apoios. Para isto tornam-se necessário adotar
algumas hipóteses simplificadoras, estabelecendo se uma laje é perfeitamente ou
elasticamente engastada ou simplesmente apoiada ao longo de um determinado bordo.
As tabelas habituais para cálculo dos esforços solicitantes nas lajes só admitem três
tipos de vínculos das lajes, o apoio simples, o engaste perfeito e apoios pontuais. Utilizando
programas computacionais é possível considerar também o engaste elástico. BASTOS (2005).
Para determinação da deformação, as lajes de concreto retangulares podem ser
divididas em dois tipos, lajes armadas em uma direção e lajes armadas em duas direções.
As lajes armadas em duas direções são aquelas em que a relação b/a é menor que 2.
Neste tipo de laje, o comportamento da estrutura é de placa. A rigidez a flexão acompanha a
rigidez a torção e o sistema trabalha em conjunto proporcionando a estrutura uma rigidez mais
elevada que no caso das faixas em uma direção. As flechas são menores e podem ser
calculadas pela equação diferencial de placa.
Segundo a NBR 6118,a verificação dos valores limites de deformação devem ser
estimados por meio de modelos que considerem a rigidez efetiva da seção da laje, ou seja,
deve ser levada em consideração a presença de armadura, a existência de fissuras no concreto
e as deformações diferidas no tempo. A deformação real da estrutura depende também do
método construtivo, bem como das propriedades dos materiais (principalmente do módulo de
elasticidade e da resistência à tração). Existe uma grande variabilidade desses parâmetros, e
consequentemente uma grande variação das deformações reais.
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A análise da flecha é feita de maneira aproximada, porém, como parte da laje está
trabalhando no estádio I (não fissurada) e parte trabalhando no estádio II (fissurada), devea
flecha elástica ser calculada por processos exatos. Em contrapartida esses processos são pouco
didáticos e na maioria dos casos obtém-se resultados próximos de 70% da rigidez equivalente,
por isso para efeito de simplificação a flecha elástica inicial é dividida por 0,7. Para lajes
nervuradas essa redução é de 30%.
“A flecha final que deve ser comparada a flecha limite deve ser 2,46 vezes maior que a
flecha imediata ou flecha elástica para levar em consideração os efeitos da fluência e
retração”. (SOUZA,2015, p. 33).
Para o cálculo dos esforços nas lajes existem dois grandes grupos de
métodos. Os métodos clássicos, fundados na teoria da elasticidade, supõem
que o material é homogêneo e isótropo e se comporta linearmente. Os
métodos em ruptura, fundados na teoria da plasticidade, supõem, ao
contrário, que o material se comporta como um corpo rígido-plástico perfeito
(MONTOYA et al., 2000, p. 539).
Montoya et al. (2000, p. 540) indicam ainda que mediante os métodos clássicos
obtém-se, com grande aproximação, os esforços na situação de serviço a partir dos quais se
pode escolher a distribuição das armaduras nas diferentes zonas da laje, o que representa de
forma adequada o comportamento em serviço da mesma. Os métodos de ruptura não
proporcionam, entretanto, qual é a distribuição adequada das armaduras, uma vez que este é
um dado de entrada.
Para a determinação desses esforços em lajes (em particular momentos fletores), as
mesmas são divididas em armadas em uma direção ou armadas em duas direções. Nas lajes
unidirecionais a obtenção dos momentos considera simplificadamente que a flexão na direção
do menor vão é predominante à direção maior, podendo a laje ser suposta e calculada como
viga com largura constante de um metro (100cm), segundo a direção preponderante da laje. Já
as lajes bidirecionais têm seus esforços solicitantes e as deformações determinados por
diferentes teorias, sendo as principais a Teoria das Placas: desenvolvida com base na Teoria
da Elasticidade (onde podem ser determinados os esforços e as flechas em qualquer ponto da
laje), por Processos aproximados, Método das Linhas de Ruptura ou das Charneiras Plásticas
e Métodos Numéricos, como o dos Elementos Finitos.
Segundo Fusco (2013, p. 241), placas são definidas como estruturas limitadas por dois
planos paralelos, cuja altura h é pequena em relação às outras dimensões, e nas quais atuam
predominantemente solicitações perpendiculares ao seu plano médio. Nas estruturas de
concreto armado, as placas são denominadas lajes.
Desde as primeiras verificações sobre lajes nervuradas, a NBR 6118 permite que sejam
calculadas como placas em regime elástico, desde que a relação b/a da laje tenha valor
inferior a 2, ou seja, armada em duas direções. A laje nervurada é transformada em uma laje
maciça com espessura equivalente em inércia. Neste caso, a rigidez a flexão acompanha a
rigidez a torção e o sistema trabalha conjuntamente conferindo a estrutura uma rigidez bem
mais elevada que no caso das faixas em uma direção. As flechas são menores podendo ser
calculadas pela equação diferencial de placa. Souza (2015, p. 33).
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A Teoria das Placas desenvolveu-se com base na Teoria da Elasticidade, onde o
material constituinte das placas é elástico (segue a Lei de Hooke, onde as tensões são
proporcionais às deformações), linear fisicamente (não levando em conta a fissuração do
concreto), isótropo (possui as mesmas propriedades qualquer que seja a direção observada) e
homogêneo. A partir dessas considerações pode-se determinar os esforços e as flechas em
qualquer ponto da laje.
Considerando essas hipóteses Lagrange (1811) desenvolveu a equação diferencial das
placas, que relaciona a deformação elástica da placa com a carga unitária uniformemente
distribuída na área da mesma. Essa equação tem a forma de uma diferencial de quarta ordem,o
que faz com que seu cálculo manual seja bastante complexo.
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apoio, Marcus elaborou uma tabela com a finalidade de facilitar o dimensionamento manual
de lajes em regime elástico.
Porém, este processo de cálculo por aproximação e uso de tabelas fornece apenas
resultados de esforços máximos na laje, diferente da teoria das placas que permite o cálculo
dos esforços em qualquer ponto da laje.
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atingir a resistência do concreto à tração na flexão (fct,f), o que ocorre quando o momento de
serviço atingir o momento de fissuração, ou seja, a transição do Estádio I para o Estádio II .
O momento de fissuração pode ser calculado usando-se a expressão do item 17.3.1 da
NBR 6118:
∝× ; × ²
=
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onde:
- momento que ocasionará a abertura da primeira fissura;
– comprimento da nervura;
h - altura total da seção;
- é um parâmetro que transforma a resistência à tração direta em resistência à tração
na flexão:Sendo igual a 1,5 para seções retangulares, no caso de seções T (lajes
nervuradas ou mesmo vigas calculadas como tal) esta constante é igual a 1,2.
O valor da resistência característica inferior à tração fctk,inf é definido em função da
resistência característica do concreto à compressão fck e de acordo com o item 8.2.5 da
NBR6118, e sendo fct,m a resistência média à tração direta do concreto:
, = 0,3
Souza (2015) explica queo concreto possui baixa resistência à tração, ou seja, sempre
que uma seção submetida a flexão é carregada com um momento em que essa resistência é
atingida, aparece a primeira fissura. Esta fissura é causada pela transferência de tensão do
concreto para a armadura, quando isso ocorre a seção não está mais trabalhando de forma
“bruta”. Existe uma parte da seção que está fissurada e não atribui rigidez a peça. Portanto,
pode-se dizer que a estrutura passou do estádio I, obedecendo a Lei de Hooke onde as tensões
são proporcionais às deformações e a estrutura não está fissurada, para o estádio II onde a
mesma está fissurada e não se comporta linearmente, ou seja as tensões não são proporcionais
às deformações.No estádio II ocorre a diminuição da rigidez da peça, logo a deformação é
maior neste estádio.
Sabe-se que, para a determinação do momento de inércia à flexão para o estádio II puro,
considera-se apenas a região comprimida de concreto. é o momento de inércia da seção
fissurada, para se determinar é necessário conhecer a posição da linha neutra noEstádio II
(ou seja, após a fissuração), para a seção retangular com largura , altura total h, altura útil d
e a taxa de armadura As (em cm²/m).
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das seções transversais dos elementos, levando em conta a presença da armadura, a fissuração
do concreto ao longo dessa armadura e as deformações diferidas no tempo.
“Com a diminuição da rigidez, a estrutura no estádio II , obviamente, irá se deformar
mais, o segredo é saber o quanto mais e o quanto da inércia é perdida com a fissuração”.
(SOUZA, 2015, p.28). A formulação de Branson permite estimar essa rigidez equivalente de
forma aproximada. A NBR 6118 recomenta a equação de Branson para a verificação do
estado limite de deformação excessiva:
Onde :
( ) = + 1− ≤
Marcelino (2013) explica que com esse método é possível analisar comportamento
estático linear e não linear, comportamento dinâmico linear e não linear, vibrações, entre
outros. O método ainda apresenta outras vantagens: não há restrição à geometria do problema,
o material pode variar de elemento para elemento e um único modelo pode conter
componentes com comportamentos variados (barra, viga, placas, cascas, sólidos, etc.).
Dias (2003) apresentou um estudo sobre a placa-viga no cálculo estrutural de lajes
nervuradas, aplicando o Método dos Elementos Finitos, considerando como fator principal de
análise a excentricidade existente entre o eixo da nervura e o plano médio da placa e sua
influência nos deslocamentos e esforços. Nesse estudo foi avaliada a influência das variáveis
como número de nervuras e as características como, espaçamento entre as nervuras e altura
em relação à altura da placa. Também apresentou comparações entre as teorias de cálculo
simplificadas (Teoria de Grelha) e modelos mais realistas (com elementos finitos SAP que
considera a excentricidade na formulação), buscando determinar o quanto as simplificações
influenciam na análise estrutural das lajes nervuradas.
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Na avaliação por elementos finitos é necessário fazer a divisão do elemento contínuo
em vários elementos menores, de dimensões finitas e mensuráveis. Assim os elementos
formados a partir da divisão são chamados de elementos finitos e são interligados por meio de
pontos denominados nodais. Portanto, é preciso discretizar um número de pontos infinitos
originalmente através de um número finito de pontos nodais da malha.
3 METODOLOGIA
As lajes em estudo são três lajes nervuradas (8m x8m), (8mx12m) e (8mx16m)
com dimensões da nervura conforme a figura 1. O carregamento adotado é um carregamento
uniformemente distribuído e em serviço de 7,74 kN/m², que representa a soma das cargas
permanentes e variáveis.
9
²
=
Fonte: Notas de aula Prof. Ronilson
Os valores encontrados pela fórmula acima para os momentos fletores das mesmas
foram:
Momentos
Momentos fletores por nervura
fletores Dimensão da nervura
Progressivamente, os valores obtidos pelo ajuste da flecha imediata foram usados para
determinar as flechas no estádio II ( ), estado em que o concreto trabalha fissurado. Para
este propósito, dividiu-se a flecha ajustada por um coeficiente de minoração de 30% da
rigidez bruta da estrutura.
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colocada (cm²/m) e altura útil da seção, além da metade da largura da nervura. Formando uma
equação de segundo grau como adiante: x² + nAsx- nAs.d=0, que resolvida resulta numa
altura . Para cada laje, , , ,essa altura foi igual a 3,22 ; 4,06 e 5 cm,
respectivamente. Em função dessa altura calculou-se o momento de inércia da seção no
estádio II puro, representado por =
³
+ ( − ) , , 1 = 9629,8 , 2 = 15.187,9 e 3 =
22.700,7 aproximadamente.Após concluir, os resultados das rigidezes equivalentes
foram, ( ) 1 =4x10 ,( ) 2 = 3,9x10 ,( ) 3 = 5,5 10 . Foi feita a
( )
relação das mesmas com a rigidez bruta da nervura (dada por x ), onde: =%e
varia em valores próximos a 25% e 40%. As lajes em questão resultaram em 24%, 23% e 33%
na sequência proposta.
Iniciou-se o estudo no programa de elementos finitos (SAP 2000) modelando as lajes
com uma malha retangular de (8mx8m), (8mx12m), (8mx16m), em seguida definiu-se sua
seção de área com membranas de 0,05m de espessura, e um carregamento uniforme de 1,2
KN/m² que representa sua sobrecarga. Logo após o comprimento de cada uma foi dividido
pelo comprimento do enchimento da nervura ( ) = 0,6m tanto no eixo X como no eixo Y.
Subsequentemente foram atribuídos os elementos às seções de concretoda vigota de armação
com 0,1m de base por 0,35m de altura, neste seguimento ainda foram inseridas as vigas em
todo o seu plano.
Para que as placas viessem a ser executadas corretamente foi preciso determinar
também o tipo de material usado para sua confecção, neste caso, o concreto. Onde foi
( )
colocado seu peso específico de 25 KN/m³ e módulo de elasticidade com valor reduzido(
=%x ) nos referentes campos de preenchimento. Feito isso, apoiou-se as lajes escolhendo
o apoio do tipo pino e confirmando. Finalizadas todas estas etapas, elas estavam prontas para
mostrar suas deformações. No estudo em questão analisou-se apenas as flechas máximas,
cujos valores estão concentrados no centro das lajes (marcados pela cor rosa) como mostram
as figuras abaixo:
á
12
á
4 CONCLUSÕES
Laje
3,80 cm 2,66 cm
8mx16m
Os resultados acima representam as flechas máximas corrigidas
Obs:
considerando o concreto fissurado-Estádio II= (feII)
Nota-se que as deformações encontradas pelos dois métodos não se destoaram, tendo
em vista que o propósito do estudo era este, se conclui que o objetivo principal foi alcançado.
Analisando os resultados, verificou-se que o valordo coeficiente de redução da rigidez
nessas lajesse converge para 30% da rigidez bruta da maneira em quefoi empregado.Sendo
assim, ainda pode-se constatar que este coeficiente se encontra a favor da segurança, pois, ao
realizar a minoração da rigidez a peça se deforma menos.
Como a norma brasileira de concreto não tem um valor definido para este, percebe-se
que, o valor proposto é aplicável para o cálculo manual. Lembrando que se faz necessário um
estudo mais criterioso e ensaios laboratoriais para a conclusão exata do mesmo.
5. REFERÊNCIAS
SOUZA, Ronilson Flávio de.Notas de aula.
ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado. Rio Grande, RS: Editora
DUNAS, 2003. v. 2.
BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Lajes de concreto: notas de aula. Bauru, SP:
UNESP, 2005.
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PUC-RIO- Certificação digital nº 1012305/CA
ROCHA, Aderson Moreira da.Concreto armado. São Paulo: Ed. Nobel, 1985 - 1999.
v. 1.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
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