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1 CONDIÇÕES BÁSICAS DA ANÁLISE ESTRUTURAL

As condições básicas de análise estrutural são as condições de equilíbrio,


condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações e as condições
de comportamento dos materiais ou leis constitutivas. As condições de equilíbrio de
estruturas indeterminadas geram mais de uma incógnita quando feita o somatório de
forças.
A condição de compatibilidade entre deslocamentos e deformações é um
comportamento em que a estrutura permanece internamente sem vazios e sem
sobreposição de pontos e externamente com os vínculos de apoio inalterados. Essa
condição gera incógnitas referentes aos deslocamentos e deformações sem
relacioná-las às incógnitas anteriores referentes às forças.
Ela é dividida em dois grupos: as compatibilidades externas são as
hipóteses que garantem que os vínculos ou condições de contorno adotados na
estrutura mantenham esse comportamento depois de haver os deslocamentos e
deformações. E condições de compatibilidade internas garantem que a estrutura
permaneça contínua depois ao se deformar, ou seja, não devem existir vazios no
interior das barras e as barras devem permanecer ligadas pelos nós .
O comportamento dos materiais é regido por relações matemáticas,
chamadas de leis constitutivas, entre tensões e deformações em um nível
macroscópico. A Teoria da Elasticidade estabelece que essas leis são relações
matemáticas lineares e constantes e nesse caso, afirma-se que o material trabalha
em regime elástico-linear. Os projetos estruturais modernos, entretanto, são
baseados no Estado Limite Último (ELU), um comportamento em que os materiais
ultrapassam o limite elástico-linear. As leis constitutivas do comportamento dos
materiais relacionam as incógnitas geradas pelas condições de compatibilidade de
equilíbrio e de deslocamentos e deformações, o que proporciona uma única solução.
No ELU, os esforços são encontrados a partir da análise estrutural realizada
em regime elástico-linear e depois são aplicados coeficientes de majoração das
solicitações e minoração das resistências. Essa é uma aproximação do
comportamento estrutural real, que segue o regime não linear e demanda alta
capacidade de processamento computacional.
Os métodos de análise estrutural dos deslocamentos e das forças são
baseados no princípio da superposição de efeitos e, para que ele seja validado, é
preciso que a estrutura trabalhe em regime elástico-linear e siga o conceito de
pequenos deslocamentos.

2 ESTABILIDADE GLOBAL

O momento de 1ª ordem ocorre devido a ação horizontal. o momento de 2ª


ordem ocorre por causa da ação vertical atuando sobre o deslocamento delta.
A momento cresce a medida que a o valor de delta aumenta e a força P muda
de lugar, formando várias iterações até um limite de 1%.
A relação entre o momento de 1ª ordem e o de 2ª é o gama-z, recomenda-se
não ultrapassar 1,3 para concreto armado.
Para estruturas de nós fixos, pode-se desconsiderar o P-delta.
Desconsiderar ação do desaprumo ou do vento de acordo com as
especificações abaixo da fig 11.1 da NBR 6118. Essa ação pode ser desconsiderada
em config → projeto → ações → desabilitar a ação do desaprumo na direção
escolhida. (3h01)
Alguns profissionais limitam o gama-z em 1,2 para considerar a direção como
de nós fixos.
Processar a estrutura primeiramente com fundações rotuladas, se os
deslocamentos horizontais não forem satisfatórios, engastar.

3 AÇÕES

É importante verificar a proporção de entre os tipos de ações e verificar de


maneira inicial possíveis erros de cálculo ou aplicação de cargas na modelagem.

3.1 Permanentes
Ajustar coef. de ponderação para cargas permanentes para 1,3 quando
possível.
Ajustar cargas permanentes de alvenaria e revestimento de lajes.
Reduzir cobrimento quando possível.
especificar impermeabilização de peças em contato com solo.
Pesquisar cálculo do abatimento do concreto;
3.2 Variáveis

Calcular a área de atuação da carga de vento na estrutura;


Pesquisar sobre coef. de arrasto;

3.3 Vento

Pesquisar fatores de combinação para vento


Ações → vento → fatores de combinação

4 PILARES

Pilares com muita armadura: ligação semirrígida reduz também o momento no


pilar (técnica importante para reduzir armadura de pilares com muito momento).
Verificar comprimento de ancoragem.
O momento de pilares da cobertura pode ser maior que o do lance inferior
devido à descontinuidade do pilar, ou seja, ligação engaste-livre.

Pode-se permitir redução de torção em 90% em vigas e pilares.

4.1 Conceito da excentricidade relativa


4.2 Esbeltez

Existe a possibilidade de alterar o comprimento de flambagem do pilar a partir


da avaliação da existência de apoios não identificados pelo software como treliças;

O software não identifica a condição de apoio;


A condição de apoio desse pilar fica a critério do projetista;
Nessa situação, o software considera o pilar como apoiado na viga em
balança, formando um falso travamento. Aqui foi utilizado P-calc para a verificação
para um comprimento de flambagem com mais 6 m e depois arbitrado um valor no
Eberick apenas para o detalhamento.

4.3 Carga negativa em pilares

Deve-se fazer primeiramente a consideração da necessidade de existência


desse pilar com carga negativa ao aparecer esse aviso de erro.
Uma maneira de resolver esse problema é dividindo e rotulando a viga,
evitando um alavancamento.

Existe a possibilidade da ocorrência de maior deslocamento na viga de apoio


inferior, ocasionando carga negativa.
Permitir o efeito das cargas nulas e negativas apenas quando estiver
considerando um tirante e calcular o comprimento de ancoragem.
Adicionar informações de escoramento no projeto.
O simulador de pilares pode ser utilizado para várias situações.

5 VIGAS

Existe a possibilidade de modificar a condição de apoio do pilar especificando


a direção nas propriedades do pilar (essa possibilidade foi brevemente comentada,
mas não especificada).
A utilização de vigas “T” deve ser feita juntamente com a lajes maciças e
mediante verificação de “largura máxima das vigas” na janela de dimensionamento
de vigas (1h59).

5.1 Deslocamentos

Os deslocamentos imediatos - após a retirada do escoramento – são obtidos


a partir da redução da rigidez da viga para uma análise inicial das iterações e são
considerados na janela de análise.

Não levam em consideração o limite de 𝓁/250 por ser apenas uma limitação
sensorial e serem escondidas por forro.
Para de deslocamentos de efeitos estruturais em serviço em alvenarias e
caixilhos não levam em consideração a rotação em rad.
Limitam o deslocamento a 1,3 cm (2h07).
É interessante manter as seções das vigas entre pavimentos porque se
aproveitam as formas. Por isso aumentar a área de aço é uma solução viável para
reduzir os deslocamentos e não alterar altura da viga.
Para alterar o valor da “Variação de EI imediato”, deve-se executar o comado
de nova análise estrutural desabilitando a “análise estática linear” e permitindo
apenas o cálculo para “ELS-DEF”. Mesmo altas porcentagens de “variação de EI
imediato” podem ser desprezadas por se tratar de poucos mm de diferença.
Restringir a contra flecha apenas ao deslocamento imediato recalculado e a
𝓁/350.

5.2 Análise da viga V4 (anotações do minicurso Maurício Sgarbi)

O TQS utiliza o conceito de pilar fictício, que é uma equivalência da sessão do


pilar para simular a região do pilar que está sendo solicitada efetivamente.
O valor “0,15” encontrado é muito menor que o momento de engaste
calculado. Isso indica que a ligação viga-pilar está mais aproximada de uma rótula.
(vigas contínuas 14.6.6.1 da NBR 6118)

O autor indicou realizar o cálculo de como uma viga bi engastada e aplicar os


momentos elásticos nos apoios.

5.3 Erros
Erro na armadura de costura: reduzir espaçamento da armadura transversal
6 LAJES

6.1 Maciça
Trabalhar com regiões no das grelhas é uma alternativa viável porque
apresenta resultados mais discretizados com relação à sua localização. O software
utiliza os esforços constantes em estrutura → dimensionamento → lajes → regiões
→ modelo dimensionamento → momen. Woodarmer. É possível, com isso, utilizar a
variação de comprimentos de região de acordo com a necessidade e complexidade
da estrutura em questão. (estrutura → projeto → dimensionamento → lajes → região).
A utilização do modelo integrado no processo de análise (estrutura → projeto
→ análise → processo) apresentará esforços axiais e de tração no resultado da
grelha e por isso mais regiões de dimensionamento. É recomendado utilizar os
diagramas ou mapas de armadura para verificar para quais esforços a barra está
sendo dimensionada em detrimento dos relatórios de cálculo quando esse tipo de
processo está sendo utilizado.
O módulo editor de grelhas do eberick permite alterar a vinculação de das
barras da grelha que possuem picos de esforços. Outra forma de fazê-lo é
modificando as configurações de continuidade de laje em propriedade de vigas →
modelo → continuidade de lajes → utilizar análise com plastificação.
Atribuir armadura nos bordos para conter possível fissuração em lajes
maciças (estrutura → detalhamento → lajes → arm. Complementar → arm. Contra fissuração) .
Uma alternativa ao detalhamento de lajes maciças com muita armadura
negativa é utilizar o modelo simplificado (estrutura → análise → painéis de lajes → modelo
para dimensionamento → simplificado).

A contra flecha limitada ao valor máximo do deslocamento imediato ou de


ℓ/350 é uma alternativa viável no combate a altas deformações em lajes maciças,
porém não há um comando específico para isso, devendo-se atribuir somente
manualmente no AutoCad.
O acréscimo de armadura nas lajes maciças também é uma deficiência do
Eberick, porém é uma opção viável ao combate ao deslocamento excessivo e deve
ser avaliado manualmente através do cálculo de deslocamento normativo ou pela
compatibilização dos módulos de elasticidade entre aço e concreto. O Eberick libera
a modificação de armadura dessas lajes, mas não recalcula o deslocamento a partir
da nova área de aço atribuída.

6.1.1 Esforço cortante

A primeira análise feita pelo software é referente à necessidade de


dimensionamento ao esforço cortante da laje. Isso é feito se o esforço atuante for
maior que o excedente.
6.2 Treliçada

Uma solução viável para beirais é adicionar uma região maciça à laje interna
para haver melhor condição de engaste.
Uma solução viável para paredes sobre lajes é a utilização de regiões
maciças.
A prática profissional tende à utilização do cálculo de lajes treliçadas no ELS-
DEF manualmente.

7 ESCADAS

A carga utilizada para o dimensionamento da escada na prática profissional


foi de 10 KN/m2.
4 ∙ M k (KN . m)
A As utilizada na prática profissional para vigas e lajes é de A s= .
h(cm)

8 FUNDAÇÕES

Uma solução viável às sapatas de divisa é a utilização de Montoya, que


equilibra o momento gerado pela excentricidade com a viga baldrame (8h48).
8.1 Blocos de fundação

Existirá um binário de momentos existente nas estacas devido à atuação da


força horizontal na base da barra (pilar) penetrada no bloco, gerando uma diferença
entre as cargas verticais nas estacas, quando a fundação for lançada como pilar de
fundação no Eberick mesmo sendo atribuída como rotulada. Não existirá momento,
nem diferença de carga vertical entre estacas se o bloco for lançado como fundação
rotulada como mostrado na primeira figura abaixo. Pode-se modelar dois projetos
com diferentes lançamentos de fundação para fazer um estudo comparativo.

Figura 1 - bloco lançado como fundação Figura 2 - bloco lançado como pilar de
fundação

8.2 Estacas

Figura 3 - molas equivalentes no topo da Figura 4 - deslocamento gerado pela carga


estaca unitária

Pode-se utilizar molas equivalentes no topo da estaca, utilizando a modificação de


vinculações personalizada da janela de propriedades das fundações. Essa é uma alternativa ao
lançamento completo das molas a cada metro da estaca. A carga unitária atribuída no topo da estaca
gera um deslocamento que serve como denominador e resulta no coeficiente de mola (KN/m).

Figura 5 - cálculo do coef. de mola a rotação


Deve-se atribuir o coeficiente de molas à rotação para blocos com mais de uma estaca.
Atenção à direção da rotação.

Figura 6 - valores de coef de mola atribuídos na janela de propriedades

O diagrama de momento fletor é dado de maneira linear elástica, de modo que, ao atribuir um
carregamento unitário, a curva fornecida pode ser replicada proporcionalmente comparada à
atribuição de outros carregamentos como mostrado da imagem.
Figura 7 - Diagrama de MF unitário em estacas
É viável utilizar a planilha de cargas para fazer o dimensionamento porque a planta de cargas
fornece os valores apenas em módulo.

Figura 8 - Modelagem da estaca quando blocos rotulados


Quando os blocos estiverem rotulados, basta aplicar a maior força horizontal
dada pela planta de cargas, pois o momento fornecido pelo quadro de cargas é
proveniente dessa carga horizontal e não necessita ser atribuída novamente no
Ftool. A estaca mais solicitada transversalmente será, portanto, a que possuir maior
carga horizontal.
Montar processo de dimensionamento para estacas.

9 DETALHAMENTO

Pesquisar taxas econômicas de aço em relação ao concreto.


9.1 Fundações

Colocar planta de arquitetura na planta de locação de fundações.

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