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Trabalho realizado por:

Enf.ª Teresa Gama


Enf.ª Cristina Antunes
Enf.ª Paula Lima
Dor Crónica

• É uma experiência sensorial e emocional


desagradável constante ou recorrente sem
um término antecipado ou previsível e com
uma duração superior a 3/6 meses .
Classificações da dor

• Dor Nociceptiva;

• Dor Neuropática;

• Dor Mista e
Psicogénica.
Dor Crónica
Dor Nociceptiva

• É uma dor que começa simultaneamente ao


inicio de actividade do factor causal, o qual
pode ser facilmente identificado.

• Ex: Picada de insecto, fracturas ósseas,


nevralgia do trigémio, invasão neoplásica.
Dor Crónica
Dor Neuropática

• Decorre de uma lesão do sistema nervoso


periférico ou central. A sua etiologia é
variada. O início pode coincidir com a
actuação do factor causal, no entanto ocorre
após dias, semanas, meses ou anos.

• A dor é constante e geralmente descrita


como queimadura, dormência, formigueiro,
tipo choque.
Dor Crónica
Dor Mista ou Psicogénica

• Decorre dos 2 mecanismos anteriores


(nociceptiva e neuropática)
Dor Crónica
Impacto nas AVDs

• Sofrimento humano
• Tendência para o isolamento
• Prejuízos no sono
Reflecte o seu estado
• Prejuízos na físico e emocional
deambulação/movimento
• Compromete a
qualidade de vida
Dor Crónica
A Dor interfere:

Mudança do Padrão do sono

Fadiga
• Com o humor:
Irritabilidade

Depressão

• Com o bem estar do doente;


• Nas relações familiares e sociais;
• No desempenho no seu trabalho;
Dor Crónica

• Na actividade sexual.
Dor Crónica 5º Sinal Vital
O papel do Enfermeiro nas Unidades de Dor

• Os enfermeiros devem avaliar e elaborar o


registo completo e sistematizado da
intensidade, localização e tipo de dor;

• Perceber as suas causas e os aspectos que


podem interferir na vivência da dor;

• Identificar as consequências e limitações do


Dor Crónica

quadro álgico na pessoa essencialmente nas


suas actividades de vida diária;
O papel do Enfermeiro nas Unidades de Dor

• Nortear a escolha das intervenções analgésicas,


com base nas características da dor identificada;

• Identificar o resultado das intervenções


desenvolvidas para melhorar o quadro álgico,
através de reavaliações subsequentes;

• Manter uma comunicação estreita e ter uma


acessibilidade de contacto perante o doente e
Dor Crónica

familiares/cuidadores.
A importância da comunicação na avaliação da dor

• Ter comportamentos expressivos;


• Saber ouvir;
• Permitir que o doente/família expresse os
seus sentimentos;
• Mostrar sensibilidade e disponibilidade;
• Orientar o doente no sentido de aliviar a sua
Dor Crónica

dor.
A importância da comunicação na avaliação da dor

• Criar um ambiente calmo;


• Sugerir estratégias de coping;
• Promover a autoconfiança;
• Estabelecer uma boa comunicação
empática;
• Apoiar emocional ao doente/família.
Dor Crónica
Intervenções de Enfermagem

• Apresentar a equipa e o serviço;


• Fazer a consulta de enfermagem;
• Avaliar sinais vitais;
• Avaliar intensidade da dor;
• Avaliar a situação familiar e financeira.
Dor Crónica
Intervenções de Enfermagem

• Disponibilizar um guia terapêutico;


• Orientar o doente e a família para a
administração terapêutica;
• Colaborar na aplicação de TENS;
• Colaborar na técnica da Acupunctura;
• Colaborar em técnicas mais invasivas;
Dor Crónica

• Efectuar registos de Enfermagem.


Princípios orientadores da avaliação da dor

• Reconhecer que a pessoa é o melhor


avaliador da sua própria dor;
• Acreditar sempre na pessoa que sente dor;
• Dar prioridade ao tratamento
• Privilegiar o auto-relato como fonte de
informação da presença de dor
Dor Crónica
Princípios orientadores da avaliação da dor

• Avaliar a dor de forma regular e sistemática,


• Escolher os instrumentos de avaliação de
acordo com idade, funções cognitivas,
capacidade de interpretação , comunicação,
situação clínica e facilidade de aplicação;
• Ensinar a pessoa /cuidador principal/família
sobre a utilização de instrumentos de
avaliação da dor e assegurar a sua
Dor Crónica

compreensão;
Princípios orientadores da avaliação da dor

• Avaliar a intensidade da dor privilegiando os


instrumentos de auto-avaliação propostos
pela Circular Normativa nº 09 da Direcção
Geral de Saúde:

• Desenvolver o hábito da obrigatoriedade


do registo da avaliação da dor, garantindo
a continuidade de cuidados à pessoa;
• Garantir a comunicação dos resultados da
avaliação da dor aos membros da equipa
multidisciplinar, mesmo que se verifique
Dor Crónica

transferência para outras áreas de


intervenção.
Escalas de Avaliação de
da Dor

• Escala verbal descritiva;


• Escala visual analógica;
• Escala numérica;
• Escala de faces.
Dor Crónica
Escala Verbal Descritiva

Sem Dor Dor Leve Dor Moderada Dor Intensa Dor Insuportável
Dor Crónica
Escala Visual Analógica

Sem Dor Dor Máxima

Sem Dor Dor Máxima


Dor Crónica
Escala Numérica

Sem Dor Dor Máxima


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Dor Crónica
Dor Crónica Escala de Faces
Atendimento Telefónico

• Comunicação por telefone surge como recurso


de aproximação e qualidade de atendimento
ao doente/família pela equipa de saúde, numa
área subjectiva como é o alívio do sofrimento
e controlo da dor crónica.

• O AT é um elemento fundamental para a


imagem da UTD.
Dor Crónica
Objectivos do Atendimento Telefónico

• Garantir de uma forma fácil e económica a


continuidade dos cuidados ao doente/família;
• Ajudar no controlo da dor;
• Efectuar a detecção precoce dos efeitos
colaterais dos tratamentos e medicações
prescritas;
• Ultrapassar barreiras geográficas / evitar
deslocações.
Dor Crónica
Objectivos do Atendimento Telefónico

• Permitir aos doentes e profissionais ter uma


fácil acesso aos médicos e enfermeiros da
UTD;
• Reduzir a ansiedade do utente ao saber que
com um simples telefonema pode esclarecer a
sua dúvida;
• Permitir fazer um ajuste terapêutico de acordo
com orientação médica.
Dor Crónica
A importância dos registos como visibilidade da avaliação da dor

• Incorporar as necessidades que a pessoa tem


de cuidados, as intervenções de enfermagem
desenvolvidas e os resultados sensíveis a estas
intervenções.
• Ficar acessíveis a qualquer elemento da
equipa multidisciplinar, permitindo assim o
intercâmbio de informação.
Dor Crónica
A importância dos registos como visibilidade da avaliação da dor

• De forma a dar visibilidade à dor avaliada,


recomenda-se:
– Incluir informação da história de dor de
forma completa e sistemática, tal como na
“História de dor/Colheita de Dados ” (Notas
de admissão de Enfermagem/História
Clínica);
Dor Crónica
A importância dos registos como visibilidade da avaliação da dor

– Registar a intensidade da dor no suporte de


registo dos sinais vitais em uso pelos
serviços prestadores de cuidados,
registando apenas, em notas de
enfermagem ou em diário clínico, as
alterações à apreciação inicial, se estas se
verificarem;
Dor Crónica
A importância dos registos como visibilidade da avaliação da dor

• Registar as intervenções farmacológicas e não


farmacológicas, os seus efeitos, bem como as
mudanças do plano terapêutico;

• Fornecer à pessoa/ cuidador principal/ família


uma estratégia simples de documentar no
domicílio o efeito da terapêutica analgésica e
seus efeitos colaterais, contribuindo para a
Dor Crónica

sua participação no plano terapêutico;


A importância dos registos como visibilidade da avaliação da dor

• Os procedimentos relativos aos registos de


dor proporcionam segurança ao doente e à
equipa, pela uniformidade e individualização
de cuidados que disponibilizam e a que dão
visibilidade, permitindo também a avaliação
da sua qualidade.
Dor Crónica
Conclusão

“A cada dia que vivo, mais


me convenço de que o
desperdício da vida está no
amor que não damos, nas
forças que não usamos, na
prudência egoísta que nada
arrisca, e que, esquivando-se
do sofrimento, perdemos
também a felicidade. A dor é
inevitável. O sofrimento é
opcional.”
Carlos Drummond de Andrade
Dor Crónica

Não Sofra em Silêncio!

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