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CIDADANIA E
PROFISSIONALIDAD
E
NG1 - DR3 - Democracia Representativa e
Participativa
Competência e critérios de evidência
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 Reconhecer o núcleo de direitos fundamentais de


um Estado democrático contemporâneo.

1. Sou capaz de identificar os meus direitos


fundamentais enquanto cidadão português?

2. Sou capaz de interpretá-los a partir da Constituição


da República Portuguesa?

3. Sou capaz de explorá-los tendo em conta a


representatividade e participação? 
Introdução
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 O homem, enquanto ser social, só se realiza


plenamente quando inserido numa determinada
comunidade política.

 E esta integração, pressupondo a interiorização


consciente ou inconsciente de um conjunto de regras
sociais, exige que o conceito de cidadania se
estabeleça como o primeiro tecido constituinte da
natureza humana, no cumprimento dos direitos e
deveres a que cada indivíduo está socialmente
obrigado.
Introdução
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 É particularmente sugestiva a aproximação


etimológica com os vocábulos latinos civis (civil ou
cidadão) e civitate (cidade), dado que identifica de
forma imediata a realidade da cidadania na relação
do indivíduo à cidade;

 Não deixa de ser igualmente significativo o paralelo


que se pode estabelecer com os conceitos correlativos
de origem grega: polites (político) e polis (cidade).
Introdução
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 Pois, se a polis grega é a civitate latina e se o polites


grego é o civis latino, então o homem, enquanto ser
social, é imediatamente um ser político.

 Tal é o significado e a amplitude da definição


aristotélica: zoon politikon , isto é um “animal
político”, um ser que vive para a cidade, para a
sociedade. Quem vivia isolado, ou era uma besta
(totalmente animal) ou um deus (totalmente racional).
Introdução
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 Ora, se os conceitos de cidadão e de político são


duas noções etimologicamente próximas, cada
indivíduo, quando inserido numa determinada
comunidade, tem responsabilidades acrescidas no
estabelecimento do bem - comum.

 Pois, a cidadania implica não só compreensão dos


direitos e deveres de cada indivíduo, enquanto
cidadão, mas também a exigência de os colocar em
prática na praxis social.
Democracia Representativa
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 Democracia representativa é o acto de


um grupo ou pessoa ser eleito, normalmente
por votação, para "representar" um povo ou uma
população, isto é, para agir, falar e decidir em
"nome do povo".

 Os "representantes do povo" agrupam-se em


instituições chamadas Parlamento, Congresso ou
Assembleia da República.
Democracia Representativa
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 Enquanto na antiga democracia grega a participação


no processo democrático era limitada a alguns
membros da sociedade, na democracia
representativa o sufrágio universal conseguiu,
quantitativamente, garantir a participação da grande
maioria de cidadãos.

 Porém, qualitativamente, os seus mecanismos


limitam a actuação dos participantes no jogo
democrático.
Democracia Representativa
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 Os partidos políticos são os meios utilizados para a


prática da democracia representativa.

 Um Partido Político (latim pars, partis = rachado,


dividido, desunido) é um grupo organizado formal
e legalmente, com base em formas voluntárias de
participação, numa associação orientada para
influenciar ou ocupar o poder político.
Método de Hondt
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 O Método de Hondt, também conhecido


como método dos quocientes ou método da média
mais alta de Hondt, é um método para alocar a
distribuição de deputados e outros representantes
eleitos na composição de órgãos de natureza colegial.
Método de Hondt
 Utilizando uma representação matemática, o método
pode ser representado pela seguinte fórmula,
onde V é o número total de votos apurado para a
lista e s o número de lugares já colocados na lista
em cada iteração do cálculo. O processo repete-se
até todos os lugares estarem atribuídos.

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Método de Hondt
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 O círculo eleitoral "X" tem direito a eleger 7


deputados e concorrem 4 partidos: A, B, C e D.
Apurados os votos, a distribuição foi a seguinte:
A - 12.000 votos;
B - 7.500 votos;
C - 4.500 votos;
D - 3.000 votos.
 Da aplicação do método de Hondt resulta a seguinte

série de quocientes:
Método de Hondt
Partido
No exemplo constante da tabela, os quocientes
correspondentes a mandatos, assinaladas
Divisor A B C D a negrito, levam à seguinte distribuição:

1 12000 7500 4500 3000 Partido A - 3 deputados, correspondentes aos


quocientes 12000 (1.º eleito), 6000 (3.º eleito) e
2 6000 3750 2250 1500 4000 (5.º eleito). Note-se que apesar do
quociente resultante da divisão por 4 ser 3000,
3 4000 2500 1500 1000 igual aos votos obtidos pelo partido D, o
mandato é atribuído ao menos votado, isto é ao
4 3000 1875 1125 750 Partido D, que assim elege o seu deputado.

Partido B - 2 deputados, correspondentes aos quocientes 7500 (2.º eleito) e 3750 (6.º
eleito).
Partido C - 1 deputado, correspondente ao quociente 4500 (4.º eleito).
Partido D - 1 deputado, correspondente ao quociente 3000 (7.º e último eleito),
beneficiando da regra que em igualdade atribui o lugar à lista menos votada,
arrebatando, por um só voto, o lugar ao partido A.
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DEMOCRACIA PARTICIPADA
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 O regime da democracia participativa é um regime


onde se pretende que existam efectivos mecanismos
de controle da sociedade civil sob a administração
pública, não se reduzindo o papel democrático
apenas ao voto, mas também estendendo a
democracia para o esfera social.
DEMOCRACIA PARTICIPADA
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 A democracia participativa ou democracia
deliberativa é considerada como um modelo ou ideal
de justificação do exercício do poder político
pautado no debate público entre cidadãos livres e
em condições iguais de participação.

 Advoga que a legitimidade das decisões políticas


advém de processos de discussão que, orientados
pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da
igualdade participativa, da autonomia e da justiça
social, conferem um reordenamento na lógica de
poder político tradicional.
Conceitos
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dever (ê) - (latim debeo, -ere)


v. tr.
1. Estar obrigado a.
2. Ser necessário.
3. Ter de suceder.
4. Ter dívidas.
5. Ser provável que.
6. Ter a dívida de.
7. Estar reconhecido (a alguém) por.
s. m.
8. Acto que tem de se executar em virtude de ordem, preceito ou
conveniência.
9. Obrigação.
In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (http://www.priberam.pt)
Conceitos
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direito - latim directus, -a, -um, em linha recta)


adj.
1. Recto.
2. Não torto.
3. Que fica à direita.
4. Aprumado; de pé.
5. Fig. Justo, recto!; acertado.
6. Que está bem, que está como é devido.
adv.
7. Directamente; em linha recta.
s. m.
8. O que podemos exigir em conformidade com as leis ou a justiça.
9. Faculdade, prerrogativa, poder legítimo.
10. Complexo de leis sociais.
11. Lado principal (opõe-se a avesso).
In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (http://www.priberam.pt)
Constituição da República Portuguesa
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Artigos seleccionados:

 Deveres:
Art.º49 - votar
Art.º 103 e 104 - pagar impostos
Constituição da República Portuguesa
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 Direitos:
Art.º 24 - vida
Art.º 27 - liberdade
Art.º 46 - associativismo
Art.º 53 - segurança no emprego
Art.º 57 - greve
Art.º 58 - trabalho
Art.º 60 - protecção dos consumidores
Art.º 63 - segurança Social
Art.º 64 - saúde
Art.º 65 - habitação
Art.º 66 - ambiente e qualidade de vida
Art.º 73 - educação, cultura e ciência
Art.º 74 - ensino
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Bibliografia
 Prélot, Marcel e Lescuyer, Georges, História das Ideias
Políticas, Lisboa, Editorial Presença, 2001
 Serrão, Joaquim Veríssimo, História de Portugal - Volumes
XI ao XVIII, Verbo;

Sitiografia
 www.portugal.gov.pt
 www.parlamento.pt
 www.centenariodarepublica.pt

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