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Aula20 Fluidizacao Alunos
Aula20 Fluidizacao Alunos
( P)
v f leito K
L
v = velocidade média do fluido no leito poroso
K = constante que depende das propriedades
do fluído e do leito poroso
(-P) = queda de pressão através do leito
L = percurso realizado no leito poroso 2
A equação de Darcy também pode ser escrita
da seguinte maneira:
(P)
v f leito B
f L
B = coeficiente de permeabilidade,
que depende apenas das
propriedades físicas do leito poroso
μf = viscosidade do fluído.
3
2. Equação de Poiseuille
Explica o escoamento em regime laminar de um
fluido newtoniano dentro de um tubo.
P 32v
2
L D
Onde:
∆p é a o gradiente de pressão (N/m2)
v é a velocidade do fluido no tubo (m/s)
D é o diâmetro do tubo (m)
L é o comprimento do tubo (m)
µ é a viscosidade do fluido (Pa.s)
D (P)
2
Colocando a equação em termos da v
velocidade média do fluido no tubo: 32 L 4
Comparando as equações:
Poiseuille Darcy modificada
D (P)
2
(P)
vno tubo v canal B
32 L tortuoso L
D2
B k D2
32
k = f(, Dp, Φp, etc.)
Logo, é necessário uma equação “mais robusta”. 5
3. Dedução de um modelo para descrever a
passagem de um fluido em um leito particulado
Quais são as variáveis que atuam no escoamento de um
fluido newtoniano em um leito de partículas sólidas rígidas?
Precisamos de uma equação
para descrever como varia a
velocidade do fluido com a
pressão aplicada, a distância
percorrida (altura do leito),
a viscosidade e a densidade do
fluido, o diâmetro das partículas
e sua esfericidade, a porosidade
do leito.
• Fluido Newtoniano
• As partículas se distribuem de forma homogênea,
o que permite a formação de canais de
escoamento contínuos, uniformes e em paralelo
• Um leito de percurso curto (L pequeno)
7
3.1. Porosidade
Lembrando que em um leito poroso existem espaços vazios
(zonas sem partículas).
Volume vazio
ε
Volume total doleito
v0
8
Volume vazio
Volume total do leito
mtotal
leito (densidade aparente)
Vtotal
massa total = massa de sólidos + massa de fluido
m total (1 ε) (SL b ) s ε (SL b ) f
Vtotal SL b
Substituindo os termos, tem-se:
v0
leito (1 ) s f
leito s
leito s ( f s ) [1]
f s 10
3.2. Volumes no leito
SLb volume total do leito
SLb volume disponível para o fluxo (volume de vazios)
(1 ) SLb volume ocupado pelas particulas sólidas
Volume
total do
leito
as
área superficia l do sólido p
as
volume do sólido 3 Dp
D p
6
4
Deq D p
6 1
[3]
15
3.5. Leito particulado fixo
A perda de pressão no leito particulado
é obtida com o Balanço de Energia:
^
P1 v12 Wˆ P2 v22 Ef
z1 z2 v0
f g 2g g f g 2g g
P ^ L
E f 2 fF vleito2
[4]
f D
eq.canal
Substituindo fF para fluido Newtoniano em regime laminar tem-se:
fF
16
16 P 32Lvleito f
Re Deq.canal vleito f
D
[5]
f f eq.canal
2
f 16
2 (P)
vleito Deq.canal
P 32Lvleito f 1
[6]
f D
eq.canal
2
f 32 f L
v0 vleito [2] 4
Deq D p [3]
6 1
Substituindo [3] e [6] em [2], obtém-se:
(P)
2 3
D
v0
p
Equações [7] e [8] [7]
válidas para 72 (1 ) f L
2
partículas ou
esféricas, fluido 72 f Lvo 1 2
Newtoniano em P [8]
regime laminar. Dp 2
3
17
Regimes de escoamento f .v f leito.Deq.canal
Re
f
Número de Reynolds
4
Deq D p v0 vleito
6 1
Substituindo Deq [3] e vleito [2] em Re tem-se:
4 D p v0 f
Re [9]
6 (1 ) f
Definição do regime do fluxo de fluido:
Laminar quando Re < 10
Turbulento quando Re > 100
18
3.5.1. Regime Laminar
72 Lvo 1
2
De [8] P
Dp2
3
150 Lv0 1
2
P
Dp2
3
19
Laminar
k1
fF
Re
Fator de Fanning
Turbulento
f F k2
Re 20
3.5.2. Regime Turbulento
v0 vleito [2] P ^ L
E f 2 fF vleito2
4 f D [4]
Deq D p [3] eq.canal
6 1
3 k f v L 1
2
P
0
Dp 3
P
Burke-Plummer 0
(k=0,583) Dp 3
21
Somando os dois regimes (laminar de Blake-Kozeny e turbulento de
Burke-Plummer ), tem-se a equação geral de Ergun
que descreve a queda de pressão de um fluido deslocando-se em
um leito poroso fixo:
Rearranjando tem-se:
P D p 150 3
1,75 [12]
f v0 L 1 Re
2
22
3.6. Partículas não esféricas
A equação de Ergun [11] inclui a esfericidade quando as
partículas não são esféricas. Para isso, o diâmetro da
partícula é multiplicado pela esfericidade (phi):
150 f v0 L 1 2 1,75 f v02 L 1
P [13]
p Dp
2 2
3
p Dp 3
23
4. Resposta ao fluxo superficial (velocidade v0 do fluido)
Baixa velocidade
O fluido não possui uma força de arraste suficiente para se sobrepor a força
da gravidade e fazer com que as partículas se movimentem: Leito fixo.
Alta Velocidade
Se o fluido tem alta força cinética, as forças de arraste e empuxo superam
a da gravidade e o leito se expande e se movimenta: Leito fluidizado.
P e o aumento da velocidade
superficial v0
Enquanto se estabelece a fluidização
o P cresce, depois se mantém constante.
manter as partículas em
L1
1
suspensão, sem que sejam
arrastadas junto com o
Sem fluxo Com fluxo fluido.
http://www.youtube.com/watch?feature=fvwp&NR=1&v=3_ILu2Ye8gQ
http://www.youtube.com/watch?v=e5u9oW-PSy0&feature=related
25
• Secagem
• Mistura
• Revestimento de
A fluidização partículas
é empregada • Aglomeração de pós
em: • Aquecimento e
resfriamento de sólidos
• Congelamento
• Torrefação de café
• Pirólise
Vantagens da Fluidização:
Alta mistura dos sólidos (homogeneização rápida)
A área superficial das partículas sólidas fica completamente
disponível para transferência de calor e de massa
26
5.1. Etapas da fluidização
OA: Aumento da velocidade e da queda de pressão do fluído;
AB: O leito está iniciando a fluidização;
BC: Com o aumento da velocidade, há uma queda leve da
pressão devido à mudança repentina da porosidade do leito;
CD: O log(-∆P) varia linearmente com log(v) até o ponto D.
D∞: Após o ponto D, as partículas começam a ser carregadas pelo
fluído e perde-se a funcionalidade do sistema.
Transporte
pneumático
Leito fluidizado
vmf = velocidade
mínima de
Leito fixo va = velocidade
fluidização
de arraste
27
Exemplo da aplicação de fluidização em resfriamento de sólidos
Saída de ar
Entrada de sólidos quentes
Água quente
Água fria
Leito
fluidizado
28
http://www.youtube.com/watch?v=CGXr_GKhksE&feature=related
5.2. Tipos de fluidização
http://www.youtube.com/watch?v=waohqAsKCxU&feature=related
29
(B) Fluidização agregativa:
S L1 (1 1 ) SL2 (1 2 ) [14]
volume de sólidos volume de sólidos S S
no leito fixo no leito fluidizado
L2 (1 1 )
L2
L1 (1 2 ) 2
L1
1
31
Sem fluxo Com fluxo
5.4. Velocidade mínima de fluidização
O leito somente fluidizará a partir de um certo valor de
velocidade do fluido ascendente. Essa velocidade é
definida como a velocidade mínima de fluidização (vmf).
Fp
Logo, Fp + Fe = Fg
Fg
http://www.youtube.com/watch?v=nGovDPNvSDI&feature=related
32
Fp P. S
Sabe-se que
Fg msólidosg p SL(1 ) g
Fe m fluido deslocadog f SL(1 ) g
Fe Fp
L Fazendo Fp + Fe = Fg tem-se:
P
( p f )(1 ) g [15]
L
Fg
33
5.4.1. vmf para regime laminar
Para esse regime, a parte final da equação de Ergun
[13] é insignificante em relação à primeira, logo temos:
P (1 ) 2 f (1 ) f 2
150 2 3 2 v0 1,75 v0
L p Dp p Dp
3
1 2
( ) 3
p f
p mf
vmf g.Dp 2 [16]
150 (1 mf ) f
34
5.4.2. vmf para regime turbulento
Para esse regime, a parte inicial da equação de Ergun
[13] é insignificante em relação à segunda, logo temos:
P (1 ) 2 f (1 ) f 2
150 2 3 2 v0 1,75 v0
L p Dp p Dp
3
1/ 2
p f
vmf 0,756 g p ( mf ) Dp
3
[17]
f
35
5.5. Porosidade mínima de fluidização
Experimentalmente:
1
p . 3
mf
14
36
Exercícios
de
Fluidização
37
Ex. 1: Um leito fluidizado possui 80 kg de partículas de diâmetro 60 µm
( = 0,8) e densidade 2500 kg/m3. O diâmetro do leito é 40 cm e a altura
mínima de fluidização é 50 cm. O fluido ascendente é ar ( = 0,62 kg/m3),
que flui em regime turbulento no leito. Calcule:
(a) A porosidade mínima de fluidização.
(b) A perda de carga na altura mínima de fluidização.
(c) A velocidade mínima de fluidização
(a) Volume de sólidos = 80kg / 2500 kg/m3 = 0,032 m3. Para uma
porosidade de 0 (1= zero), a altura do leito considerando apenas sólidos
seria de: L1=Volume/Área=0,032m3/0,1256m2=0,2548 m
Usando [14] tem-se:
S L1 (1 1 ) SL2 (1 2 ) 0,2548m(1 0) 0,5m(1 2 )
No início da fluidização, o leito possui 49% de seu volume
2 0,49 ocupado com ar e os 51% restantes com partículas sólidas
vmf _______ m / s
9753Pa
D 2
p
2
p mf 3
p Dp mf 3
150(1,84.105 )vmf (1,72) 1 0,422 2
1,75(2,37)vmf (1,72) 1 0,42
9753Pa 2 2 3
(0,88) (0,00012) 0,42 0,88(0,00012) 0,423
150 f v 1 1,75 f v 2 1
2
( p f )(1 ) g
D2
p
2
p 3
p Dp 3
(1200 2,37)(1 ) g
(0,86) 2 (0,0001) 2 3 0,86(0,0001) 3
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Exercício 4: Fluidização em um filtro de areia
Para limpar um filtro de areia, ele é fluidizado à condições mínimas
utilizando água a 24ºC. As partículas arredondadas de areia
possuem densidade de 2550 kg/m3 e um tamanho médio de
0,40mm. A areai possui as seguintes propriedades: esfericidade de
0,86 e porosidade mínima de fluidização de 0,42.
(a) O diâmetro do leito é 0,40m e a altura desejada do leito para as
condições mínimas de fluidização é 1,75m. Calcule a
quantidade de sólidos necessários (massa de areia).
(b) Encontre a queda de pressão nessas condições, e a velocidade
mínima de fluidização.
(c) Utilizando 4 vezes a velocidade mínima de fluidização, estime a
porosidade e altura do leito expandido.
(a) 325,08kg
Respostas: (b) 15418Pa; 0,00096 m/s
(b) = 0,536; 2,16m
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