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Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.

Docente: Edigleuson Costa Rodrigues.

Discente: Maria Vitória Bezerra de Araújo – Mat. 02000289-0.

Disciplina: Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil.

CRITÉRIOS PARA A QUANTIFICAÇÃO DOS DANOS MORAIS E ALGUMAS


TENTATIVAS CONCRETAS

DANO MORAL constitui uma lesão aos direitos da personalidade (arts. 11 a 21 do CC). E
para a sua reparação não se requer a determinação de um preço para a dor ou o sofrimento,
mas sim um meio para atenuar, em parte, as consequências do prejuízo imaterial. O dano
moral não tem a finalidade de acrescer o patrimônio da vítima, mas sim de compensar os
males suportados.

 Modos de reparar o dano moral


a) Indenização em dinheiro;
b) Compensação in natura, na forma de retração pública ou outro meio.

Critérios para a quantificação dos danos morais


O Código Civil de 2002 não traz critérios fixos para a quantificação da indenização. E a
jurisprudência e a doutrina não são unânimes em relação aos critérios. Desse modo, cabe
somente ao magistrado fixar a indenização ou a compensação por arbitramento, sendo que o
autor da ação deve fixar em sua petição inicial qual o valor pretendido a título de
compensação imaterial.

 Na fixação da indenização por danos morais, o magistrado deve agir com equidade,
analisando:
A) A extensão do dano;
B) As condições socioeconômicas e culturais dos envolvidos;
C) As condições psicológicas das partes;
D) O grau de culpa do agente, de terceiro ou da vítima.

 Método Bifásico de Fixação da Indenização


1) Primeira fase: fixa-se um valor básico de indenização de acordo com o interesse
jurídico lesado e de acordo com a jurisprudência consolidada do Tribunal;
2) Segunda fase: fixa-se definitivamente a indenização de acordo com as
circunstâncias particulares do caso concreto.
OBS: O método bifásico acaba por ser monofásico, pois os fatores circunstanciais
já compõe a jurisprudência consolidada do STJ. O certo seria fixar uma
indenização inicial máxima, para depois então considerar as circunstâncias fáticas
para eventual redução do valor reparatório (art. 944 e 945 do CC).

 Na fixação do quantum indenizatório deve ser aplicado o princípio da


proporcionalidade ou da razoabilidade: a indenização deve desestimular futuras
condutas, mas não deve enriquecer o ofendido e nem causar a ruína do ofensor.

 Como quantificar a indenização por dano psíquico? Deve-se reconhecer a extensão do


dano, a contextualização na vida da pessoa e a possibilidade de reparação. Além de
que deve ser analisado a personalidade, as mudanças ocorridas na personalidade
daquele que sofreu o dano e a sua relação com o agente causador.

 Também influi na determinação da indenização: o número de vítimas e o tempo de


propositura da ação.

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