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Anatomia da Família Eriocaulacea

Adaptações e filogenia

Guilherme A. Melman

Morfologia de Órgãos
Vegetativos
Ciências Biológicas
UNESP – Rio Claro
2019

Actinocephalus polyanthus (Foto: Zig Zoch)


Distribuição e filogenia

• 1200 espécies
• 10-11 gêneros
• Regiões tropicais e sub-tropicais
• Diversidade genética concentrada no Brasil (campos rupestres)
• Diferentes hábitos e hábitats
• De mm à m
• Solos pedregosos, arenosos, pantanosos ou secos

90% Paepalanthus, Syngonanthus e Eriocaulon


Hábitat
• Cerrado
• Campos rupestres (600 – 700 sp.)
Novo gênero
Paepalanthus Actinocephalus 29 espécies – Sano et al. (2004)

sinônimos 20 espécies – Sano et al. (2010)

* 42 espécies – Sano et al. (2013)


Actinocephalus polyanthus. (sempre-viva-de-mil-flores)
Glossário morfológico
• a) folhas (rosetada),
• b) brácteas,
• c) paracládios primárias laterais (escapos),
• d) umbela,
• e) capítulos (inflorescências)

Actinocephalus polyantus (Bong.).


Modificado de Sano (2004).
Espécies aquáticas (20%)
• raízes absorventes com aerênquima;
• raízes fixadoras sem aerênquima (fatores ambientais).
• epiderme unisseriada, de paredes finas;
• endoderme unisseriada;
• caules aéreos ou rizomatosos;
• estômatos somente na face abaxial,
• parênquima clorofiliano frouxo.
• tecido de sustentação pouco desenvolvido;
• feixes vasculares colaterais.
Adaptações hidromórficas
• Aerênquima  zonas alagadas  hipóxia das raízes oxigênio
para absorção de nutrientes (ATP criar potencial osmótico)

• Zonas alagadas  tecido de sustentação


pouco desenvolvido e parede finas
Actinocephalus
Folhas e brácteas

• epiderme unisseriada, (com células alongadas no sentido longitudinal);


• estômatos na face abaxial, com câmaras subestomáticas;
• parênquima clorofiliano frouxo;
• feixes vasculares colaterais envolvidos por bainha dupla
• extensão de bainha dos feixes constituída por células parenquimáticas
alongadas.
Escapos
• epiderme unisseriada;
• câmaras subestomáticas; parênquima clorofiliano frouxo;
• endoderme descontínua;
• periciclo sinuoso e feixes vasculares colaterais. A presença de células
alongadas tanto na
• epiderme como nas extensões de bainha dos feixes vasculares
• endoderme descontínua

*Câmara subestomática nos três órgãos estudados são caracteres consistentes para o gênero.
Adaptações xeromórficas
• Câmara subestomática grande  alta resistência à difusão  baixas
taxas de transpiração (mesmo quando os estômatos estão totalmente
abertos (Scatena & Rocha, 1995).
Adaptações xeromórficas

• Espessamento da parede das


células  proteger contra a
• transpiração e
• luminosidade excessivas,
• além de suporte mecânico
contra a ação dos ventos
Metodologia
• Herbário do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (HRCB).
• Herbário do Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo (SPF),
• Apenas 8 espécies das 29 não foram estudadas
• fervidos em água com glicerina para expansão dos tecidos e posteriormente
transferidos para álcool 70%.
• fucsina e azul

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