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Teocentrismo
(trovadorismo)
CRÔNOLOGIA DO HUMANISMO
•Inicia-se em 1434
•Fernão Lopes é nomeado o cronista
Início oficial do reino
•Termina em 1527
•Francisco Sá de Miranda dá inicio ao
Término renascimento em Portugal
Contexto histórico.
O período denominado Humanismo, para a literatura
portuguesa, estende-se de 1434 a 1527. A primeira data
refere-se à nomeação de Fernão Lopes como Cronista-
Mor do Reino. A escolha desse nome para o cargo
reflete a nova mentalidade que se instaurava em
Portugal e que fora inaugurada com a ascensão da
Dinastia de Avis ao trono português, após a Revolução
de Avis (1383-1385), que colocou em lados opostos a
nobreza feudal, aliada à Dinastia de Borgonha, e a
burguesia, que apoiava o Mestre de Avis, coroado rei
em 1385.
Esta época caracterizou-se, principalmente, pelo
processo de humanização da cultura, o qual
correspondeu ao nascimento do mundo moderno na
Europa: o mercantilismo, com o desenvolvimento do
comércio; o surgimento da burguesia e o florescimento
das cidades europeias, ao lado da formação das
monarquias nacionais absolutistas, são alguns dos
principais marcos do período, além da invenção da
imprensa e do início das grandes navegações.
CARACTERÍSTICAS DO HUMANISMO.
“A Portugal foram trazidos Álvaro Gonçalves e Pero Coelho, e chegaram a Santarém, onde El-Rei Dom
Pedro era; e El-Rei, com prazer da sua vinda, porém mal magoado porque Diego Lopes fugira, os saiu
fora a receber, e sanha cruel sem piedade lhos fez per sua mão meter a tormento, querendo que lhe
confessassem quais foram na morte de Dona Inês culpados, e que era que o seu padre tratava contra
ele quando andavam desavindos por azo da morte dela; e nenhum deles respondeu a tais perguntas
cousa que a El-Rei prouvesse; e El-Rei com queixume dizem que deu um açoute no rosto a Pero Coelho,
e ele se soltou então contra El-Rei em desonestas e feias palavras, chamando-lhe traidor, fé perjuro,
algoz e carniceiro dos homens; e El-Rei, dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre pera o coelho,
enfadou-se deles e mandou-os matar.
A maneira de sua morte, sendo dita pelo miúdo, seria mui estranha e crua de contar, ca mandou tirar o
coração pelos peitos a Pero Coelho, e a Álvaro Gonçalves pelas espáduas; e quais palavras houve, e
aquele que lho tirava, que tal ofício havia pouco em costume, seria bem dorida cousa d´ouvir; enfim
mandou-os queimar; e tudo feito ante os paços onde ele pousava, de guisa que comendo olhava
quanto mandava fazer.”
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