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Deficiência Visual

Educação Inclusiva
Prof. Ms. Renata Orselli
Faculdades Integradas Campos Salles
Visão
 A visão é um dos sentidos que nos ajuda a compreender o
mundo à nossa volta, ao mesmo tempo que nos dá significado
para os objetos, conceitos e ideias.

 A comunicação por meio de imagens e elementos visuais


relacionados é denominada "comunicação visual".
Deficiência Visual

 Deficiência visual é a perda ou redução da capacidade


visual em ambos os olhos, com caráter definitivo, não
sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso
de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico.

 De entre os deficientes visuais, podemos ainda distinguir


os portadores de cegueira e os de visão subnormal (ou
baixa visão).
Deficiência Visual
 Cegueira: há perda total da visão ou pouquíssima
capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do
Sistema Braille como meio de leitura e escrita.

 Baixa visão ou visão subnormal: caracteriza-se pelo


comprometimento do funcionamento visual dos olhos,
mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa
visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de
recursos óticos especiais.
Classes de Acuidade Visual:
Classificação:

 Leve – 20/60 à 20/80

 Moderada – 20/80 à 20/160

 Severa – 20/200 à 20/400

 Profunda – 20/500 à 20/1000

 CEGUEIRA – superior à 20/400 (0,05)


Campo visual
Perda da visão periférica; evolução periférica e quando não é percebida
Perda da visão central
Causas da Deficiência Visual
 Congênitas:
 malformações oculares,
 glaucoma congênito,
 catarata congênita.

 Adquiridas:
 traumas oculares,
 catarata,
 degeneração senil de mácula,
 glaucoma,
 alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.
Como identificar?

 Desvio de um dos olhos;

 Não seguimento visual de objectos;

 Não reconhecimento visual de pessoas ou objetos;

 Baixo aproveitamento escolar;

 Atraso de desenvolvimento.
Sinais Comuns
 Olhos vermelhos, inflamados ou lacrimejantes;

 Esfregar os olhos com frequência;

 Fechar ou tapar um dos olhos, sacudir a cabeça ou estende-


la para a frente;

 Segurar os objetos muito perto dos olhos;


Sinais Comuns
 Inclinar a cabeça para a frente ou para trás, piscar ou
semicerrar os olhos para ver os objetos que estão longe ou
perto;

 Ao derrubar objetos pequenos, precisa de tatear para


encontra-los;

 Cansa-se facilmente ou distrai-se ao usar a visão por muito


tempo.
Consequências da Baixa Visão -
Percepção Turva

 Os contrastes são poucos perceptíveis;

 As distâncias são mal apreciadas;

 Existe uma má percepção do relevo;

 As cores são atenuadas.


Consequências da Baixa Visão - Escotoma
Central e Visão Periférica
 Funciona apenas a retina periférica,
 não é tão discriminativa,
 pode ser necessária a ampliação das letras para efeitos de
leitura;

 É em geral impeditiva para atividades realizadas que exigem


compreensão de proximidade dos elementos ,bem como da
leitura;

 Apresenta acuidade visual baixa (cerca de 1/10).


Consequências da Baixa Visão - Visão Tubular

 A retina central funciona, podendo a acuidade visual ser


normal;

 A visão noturna é reduzida, pois depende funcionalmente da


retina periférica;

 Podendo não limitar a leitura, é muito limitativa das


atividades autônomas.
Características da Criança Deficiente Visual

 A criança deficiente visual é aquela que difere da regularidade, a


tal ponto que necessita de professores especializados, adaptações
curriculares e/ou materiais adicionais de ensino, para ajudá-la a
atingir um nível de desenvolvimento proporcional às suas
capacidades;

 Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo


homogêneo;

 Os portadores de deficiência visual apresentam uma variação de


perdas que poderão manifestar-se em diferentes graus de acuidade
visual;
Adaptações educacionais para os
Deficientes Visuais

 A educação da criança deficiente visual deve ocorrer por


meio de programas diferenciados, desenvolvidos em salas
especiais ou na sala de aula regular, recebendo apoio do
professor especializado;

 As crianças devem receber uma boa educação, compatível


com suas necessidades especiais, fazendo ou não, uso de
materiais ou equipamentos de apoio.
Adaptações educacionais para os
Deficientes Visuais

 A educação do deficiente visual necessita de professores


especializados nesta área, métodos e técnicas específicas de
trabalho, instalações e equipamentos especiais, bem como
algumas adaptações ou adições curriculares;
Adaptações educacionais para os
Deficientes Visuais

 A educação inclusiva tem como um de seus objetivos manter


na escola regular o maior número possível de crianças com
necessidades educacionais especiais;

 Cabe à escola e à sociedade a responsabilidade de prover os


auxílios necessários para que a criança se capacite e possa
incluir-se no grupo social.
Estimulação dos sentidos:

 Estimulação visual;

 Estimulação do tato;

 Estimulação auditiva;

 Estimulação do olfato e do paladar.


Estimulação visual
 Motivar a criança a alcançar, tocar, manipular e reconhecer o
objeto;

 Ensinar a “olhar” para o rosto de quem fala;

 Proporcionar uma área onde a criança possa brincar em segurança


e onde os objetos estejam ao alcance dos seus braços;

 O educador pode usar fita adesiva de diferentes cores para


contrastarem com os objetos da criança, de modo a torná-los mais
visíveis.
Estimulação do tato

 Aprender a diferenciar texturas;

 Utilizar materiais com formas e contornos nítidos e cores


vivas;

 Distinguir a temperatura de líquidos e sólidos;

 Mostrar maneiras de manipular os objetos.


Estimulação auditiva
 Ouvir barulhos ambientais, gravados, rádios…;

 Identificar sons simples;

 Distinguir tipos e volumes dos sons;

 Entender a diferença entre duas frases quase iguais;

 Desenvolver a memória auditiva seletiva.


Estimulação do olfato e do paladar

 Provar e cheirar diferentes comidas (salgadas, doces,


amargas, etc);

 Cheirar vinagre, perfumes, detergentes, sabonetes e


outros líquidos com cheiros fortes.
Na Escola
 Na Ed. Infantil, é particularmente importante que o Deficiente
Visual desenvolva:
 capacidades motoras ;
 capacidades da linguagem;
 capacidades discriminativas e perceptivas .

 Ao entrar no Ens. Fund I, a Criança D.V. deve:


 Compreender o seu corpo;
 Ter a lateralidade desenvolvida;
 Ter um bom desenvolvimento tátil;
 Ter um bom desenvolvimento auditivo.
Currículo escolar e a deficiência visual

 Os programas educacionais direcionados para os


deficientes visuais devem ir ao encontro das mesmas
áreas e atividades que se encontram nos programas
regulares (sendo feitas adaptações coerentes as
necessidades e dificuldades dos alunos).
Avaliação
 A avaliação deve levar em conta:
 Idade do início das dificuldades visuais;
 Modo de progressão da perda de visão - lento ou abrupto;
 Causa dessas dificuldades – sistêmica (ex. diabetes), ou limitada ao
olho;
 Se a patologia é hereditária, congênita, ou adquirida (antes dos 5 anos
ou após este período);
 Se o prognóstico é estacionário ou evolutivo.

 A avaliação para ser eficaz deve:


 Utilizar formas de comunicação que a criança/jovem compreenda;
 Incluir objetos e materiais familiares interessantes;
 Apresentar esses materiais e objetos de forma contextualizada,
baseada numa aprendizagem significativa e estruturada;
Baixa visão
Acessórios
Materiais para escrita
Jogos e vocabulários
Máquina de escrever em braile
Alfabeto e Números em Braille
Símbolo de deficiente visual

 Símbolo internacional de cegueira;


 Símbolo de baixa visão;
 Audiodescrição ao vivo para pessoas cegas ou com baixa visão;
 Acessibilidade aos programas de televisão as pessoas cegas ou
com baixa visão.
Dicas de filmes
 Primeira vista;
 Castelos de gelos;
 Dançando no escuro;
 Janela de alma;
 Ray Charlie;
 Além dos meus olhos;
 Perfume de mulher;
 A cor do paraíso.

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