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Tratamento de Hipertensão
Jonathan Feroldi
Graduado em Medicina pela UFMT
Residência em Clínica Médica HUJM / UFMT
Residência em Nefrologia HCRP-USP
Docente UNIC/KROTON
Preceptor da Residência de Clínica Médica
do Hospital do Câncer-MT
Compreender a importância da hipertensão
Tratamento de
Hipertensão
Razão mais comum para consulta médica em
adultos e para prescrição de medicamentos
Kaplan NM, Victor RG. Hypertension in the population at large. In: Kaplan's
Clinical Hypertension, 11th ed, Wolters Kluwer, Philadelphia 2014. p.1.
HAS permanecerá como o fator de risco
“modificável” mais comum para infarto e AVC
Chobanian AV, Bakris GL, Black HR, et al. The Seventh Report of the Joint
National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment
of High Blood Pressure: the JNC 7 report. JAMA 2003; 289:2560.
TRATAMENTO E A
HIPERTENSÃO REFRATÁRIA
Visão Geral do
Tratamento de
Hipertensão
Pirâmide
do Tratamento
Da Hipertensão
Restrição de sódio
(2,4g de sódio ou 6g de sal)
Dieta DASH
Perda de Peso
Moderação no etilismo
Interrupção do tabagismo
Exercício Regular
Pirâmide do Tratamento
Medicamentoso da
Hipertensão
Inibidores da enzima Conversora de Angiotensina I
Inibem a formação da Angiotensina II que tem ação
vasoconstrictora
Úteis em várias patologias com inclusive impacto em sobrevida:
•Insuficiência Cardíaca de fração de ejeção reduzida
•Pós-Infarto (anti-remodelamento cardíaco)
•Nefropatia Diabética
•Doença Renal Crônica
•Possíveis propriedades antiateroscleróticas
Bem tolerada na maioria dos pacientes
Desvantagens:
Pode piorar a função renal (DRC / Estenose de Artéria Renal
bilateral ou em rim único) e levar a hipercalemia
Potencial Teratogênico – Cautela em mulheres em idade fértil!
Pode provocar tosse (5-20% dos pacientes / Bradicinina)
Exemplos:
Captopril
Enalapril
Ramipril (Naprix®)
Bloqueadores dos receptores AT1 da Angiotensina II
Exemplos:
Hidroclorotiazida
Clortalidona
Indapamida
Diuréticos de Alça
Reduz a PA por efeito natriurético, inicialmente diminuindo o
volume extracelular e após 4-6 semanas há uma quase
normalização do mesmo, mas mantendo uma redução na RVP
Atuam na porção ascendente da Alça de Henle
Maior potência diurética do que os tiazídicos
Exemplos:
Furosemida
Associação com aparente melhor impacto na
redução da mortalidade cardiovascular!!!
POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO
POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO
BASE DA PIRÂMIDE:
BASE DE TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO
HIPERTENSÃO REFRATÁRIA:
USO DE 3 CLASSES DE ANTI-HIPERTENSIVOS, EM
DOSES OTIMIZADAS, SENDO UM DELES DIURÉTICO,
E MANTENDO NÍVEIS DE PA ELEVADOS
HIPERTENSO REFRATÁRIO
ESCOLHA IDEAL DA QUARTA DROGA
com respaldo na VII Diretriz Brasileira de
Hipertensão 2016!
HIPERTENSO REFRATÁRIO
Alternativas para a quarta droga
Diuréticos poupadores de Potássio
Antagonista dos receptores da Aldosterona
Metildopa
Clonidina
Rilmenidina
Efeitos adversos:
Sonolência, sedação
Boca seca
Fadiga
Hipotensão postural
Disfunção erétil
Inibidores adrenérgicos de ação central
A
D
D
D
R
Metildopa
Droga de escolha
na gestação!
Efeito Rebote
Inibidores adrenérgicos de ação central
A
D
D
D
R
Clonidina
Favorável nas situações de:
Sd. Das pernas inquietas
Retirada de opióides
“Flushes” da menopausa
Diarréia associada a neuropatia diabética
Hiperatividade simpática (cirrose alcoólica)
A
D
D
D
R
Rilmenidina
Comodidade posológica (1-2x ao dia)
Menos efeitos colaterais
Hidralazina
Usos:
Hiperplasia prostática benigna
Off-label nefrolitíase impactada!
HAS SECUNDÁRIA
Visão Geral do
Tratamento de
Hipertensão
HAS Primária
HAS
Secundária
Lerma EV, Berns JS, Nissenson AR. CURRENT: Nefrologia e Hipertensão. 2011
Idade de início após 30 anos
Obesidade
História familiar positiva (pais hipertensos)
Negros
Dieta rica em sódio
Consumo excessivo de álcool
Sedentarismo
Outros fatores de risco cardiovascular (diabetes
e dislipidemia)
Staessen JA. Essential hypertension. Lancet 2003; 361:1629.
Wang NY, Young JH, Meoni LA, et al. Blood pressure change and risk of
hypertension associated with parental hypertension: the Johns Hopkins Precursors
Study. Arch Intern Med 2008; 168:643.
Hipertensão Refratária
Idade de início antes dos 30 anos, sem história
familiar de HAS e sem obesidade
Aceleração abrupta da hipertensão estável
HAS grave no contexto da aterosclerose
generalizada em paciente acima de 55 anos
Sopro abdominal
Anormalidades urinárias
Disfunção renal induzida por IECA ou BRA
Sinais de endocrinopatias
Hipocalemia
Lerma EV, Berns JS, Nissenson AR. CURRENT: Nefrologia e Hipertensão. 2011
HAS SECUNDÁRIA
HIPERTENSÃO
Visão Nefrológica
Hipertensão Renovascular
(0,2-3,0%)
Doenças parenquimato-sas 27%
renais (2,6-6,0%)
54%
Etiologias
endócrinas (1-2%)
18%
Outras (<0,1%)
1%
Lerma EV, Berns JS, Nissenson AR. CURRENT: Nefrologia e Hipertensão. 2011
Doenças
Parenquimatosas Renais
Visão Geral do
Tratamento de
Hipertensão
Quando Suspeitar? Como Investigar?
Síndrome Nefrótica Dosagem de Uréia e Creatinina
Edema / Hipoalbuminemia Plasmática
Tratamento de
Hipertensão
Causa potencialmente reversível mais comum
de HAS secundária
Tratamento
Displasia fibromuscular: Angioplastia ou Bypass
Aterosclerótica: IECA ou BRA
Bilateral ou unilateral em rim único: BCC
Etiologias Endócrinas
Visão Geral do
Tratamento de
Hipertensão
Quando Suspeitar? Como Investigar?
Hipocalemia inexplicada Concentração de Aldosterona
(presente em até 50% dos casos) plasmática (CAP) x Atividade de
renina plasmática (ARP)
Cãibras musculares
CAP/ARP < 30 = descarta
Fraqueza muscular
CAP/ARP 30-50: outros testes
D.I. nefrogênico por lesão
tubular (poliúria/polidipsia) CAP/ARP > 50 = confirma
Pode apresentar hipernatremia
Tratamento
Sem edema (embora haja
retenção hidrossalina capaz de Adenoma /Carcinoma adrenal:
causar HAS a natriurese pressórica Ressecção
não deixa ocorrer edema) Hiperplasia Adrenal:
espironolactona
Síndrome de Cushing Feocromocitoma Hipertireoidismo
Uso de Corticóides HAS episódica HAS divergente
(pressão de pulso
Fácies em Lua Cheia Crises de Paroxísmos:
alargada)
cefaleia, palpitações
Obesidade central
e/ou diaforese Doença de Graves
Fraqueza muscular
Grande oscilação Taquicardia
proximal / equimoses
pressórica
Bócio
Outras Causas
Visão Geral do
Tratamento de
Hipertensão
Mais comum em homens obesos e que roncam
alto
Cefaléia, fadiga e sonolência ao longo do dia
Dificuldade de concentração
Depressão
HAS resistente
Arritmias cardíacas
Correção da apnéia do sono pode melhorar o
controle da pressão arterial
Somers VK, White DP, Amin R, et al. Sleep apnea and cardiovascular
disease. J Am Coll Cardiol 2008; 52:686.
Contraceptivos Orais
AINES
Antidepressivos
Inibidores da Calcineurina
Uso de drogas ilícitas (cocaína)