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Universidade Tuiuti do Paraná

Probabilidade e Estatística

Séries Estatísticas

Coletados os dados, não é conveniente apresentá-los para análise, sob a forma a


que se chegou pela simples apuração, pois o conjunto de valores é extenso e
desorganizado, e seu exame requer maior atenção.

Pode-se perder a visão global do fenômeno analisado, quando a lista de dados for
extensa e desordenada.

Com os dados apresentados de forma mais simples e compacta, haverá menor


dificuldade em interpretar os dados e trabalhar com eles.

Assim apresentando os valores em tabelas compactas, consegue-se apresentá-los e


descrever-lhes a variação mais eficientemente.
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Séries Estatísticas

A condensação dos valores permite ainda a utilização de representação gráfica, que


normalmente representa uma forma mais útil e elegante de apresentação da
característica analisada.

Define-se uma série estatística como toda e qualquer coleção de dados estatísticos
referidos a uma mesma ordem de classificação: quantitativa.

Para diferenciar uma série estatística de outra, deve-se levar em conta, os três
caracteres presentes na tabela que as apresenta:
- A Época - fator temporal ou cronológico a que se refere o fenômeno analisado.
- O Local - fator espacial ou geográfico onde o fenômeno acontece.
- O Fenômeno - espécie do fato ou fator especificativo que é descrito.
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SÉRIE TEMPORAL
A série temporal, igualmente chamada série cronológica, série histórica,
série evolutiva ou marcha, identifica-se pelo caráter variável do fator cronológico.
Assim, deve-se ter:

Elemento Variável:
época (fator cronológico)

Elementos Fixos:
local (fator geográfico)
fenômeno (fator especificativo)
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Exemplo:

O diretor de marketing da empresa G.L.T. S.A., fabricante de componentes


eletrônicos, deseja examinar a evolução de suas vendas em 1975, mês a mês. Para
tanto, solicitou ao Departamento de Análise de Mercado a tabela da qual constam os
valores de vendas no período desejado.
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Série Temporal

G.L .T . – I ndú str ia De C om pone nte s E letr ôn ico s


Ve nda s – Mer ca do Int erno – 1 975
Mese s Ve nda s ( em m il har es de $ )
Jan eiro 2.30 0
F ever eir o 1.80 0
Març o 2.20 0
Abr il 2.21 0
Maio 2.36 0
Jun ho 2.60 0
Jul ho 2.69 0
Ag ost o 3.05 0
Se tem bro 3.50 0
Out ubro 3.44 0
No vemb ro 3.10 0
De zemb ro 2.76 0
T OT AL A NU A L 31.5 10
F onte : Dep art ame nto de A nál is e d e M erca do
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SÉRIE GEOGRÁFICA

Também denominada série territorial, série espacial ou série de localização, a série


geográfica apresenta como elemento ou caráter variável somente o fator geográfico.
Assim:

Elemento Variável:
local(fator geográfico)

Elementos Fixos:
época(fator cronológico)
fenômeno(fator especificativo)
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SÉRIE GEOGRÁFICA

Se o diretor de marketing, desejar saber, agora, o comportamento das vendas dessa


empresa efetuadas nos vários estados do Brasil, durante o exercício fiscal de 1975, o
fator diferenciador das vendas seria o geográfico.
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SÉRIE GEOGRÁFICA

G.L .T . – I ndú str ia De C om pone n te s E letr ôn ico s


Ve nda s p or Un ida de da F e dera ção – 197 5
Un ida des da F e d era ção Ve nda s ( em m il har es de $ )
Mina s Ger ai s 4.00 0
Par aná 2.23 0
Ri o Gr and e d o Su l 6.47 0
Ri o d e J ane iro 8.30 0
Sã o Pa ulo 10.0 90
Outr os 420
T OT AL A NU A L 31.5 10
F onte : Dep art ame nto d e A nál is e d e M erca do
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SÉRIE ESPECÍFICA

A Série Específica recebe também outras denominações: série categórica ou série


por categoria. Agora o caráter variável é o fenômeno.

Elemento variável:
fenômeno(fator especificativo)

Elementos Fixos:
época(fator cronológico)
local(fator geográfico)
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SÉRIE ESPECÍFICA

Suponha que o diretor de marketing esteja agora interessado em conhecer o


comportamento das vendas de cada um de seus produtos, os quais foram agrupados
em três categorias ou linhas, dada a grande variedade de componentes fabricados
pela empresa. A tabela contendo essas informações representaria uma série
específica.
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SÉRIE ESPECÍFICA

G.L .T . – I ndú str ia De C om pone nte s E letr ôn ico s


Ve nda s p or Lin ha de Pr od uçã o – 19 75
Lin ha do Pr odu to Ve nda s ( em m il har es de $ )
Lin ha A ... ... .. ... ... ... ... ... .. .. 6.45 0
Lin ha B ... ... .. ... ... ... ... ... .. .. 9.31 0
Lin ha C ... ... ... ... ... ... ... ... . .. 15.7 50
T OD O S OS PR O DUT O S 31.5 10
F onte : Dep art ame nto de A nál is e d e M erca do
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DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIAS – SERIAÇÃO

Nas distribuições de freqüências, os dados estatísticos são dispostos ordenadamente


em linhas e colunas, de modo a permitir sua leitura nos sentidos horizontal e
vertical.

Na tabela resultante desse procedimento, são fixos a época, o local e o fenômeno,


estando os dados agrupados de acordo com a intensidade ou variação quantitativa
do fenômeno.
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EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIAS

Núm ero de E mpre gad os d as Vá ria s Cl as se s d e Sa lá rios


no Es tad o d e Sã o Pa ul o - 1968
Cl as ses de Sa l ári os( $) Núm ero de E mpr e gad os
até 80 41.3 26
de 8 0 a 11 9 123. 236
de 1 20 a 1 59 428. 904
de 1 60 a 1 99 324. 437
de 2 00 a 3 99 787. 304
de 4 00 a 5 99 266. 002
de 6 00 a 7 99 102. 375
de 8 00 a 9 99 56.1 70
1000 e ma is 103. 788
T OT AL 2.23 3.5 42
F onte : Ser vi ço de Est atí st i ca da Pr ev idê nc ia e T ra ba l ho
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TABELAS DE DUPLA ENTRADA

É comum todavia, haver necessidade de apresentar, em uma única tabela mais do


que uma série. Quando as séries aparecerem conjugadas, tem-se uma tabela de
dupla entrada. Essa tabela é apropriada, portanto, à apresentação das distribuições
a dois atributos, havendo duas ordens de classificação: uma horizontal (linha) e
outra vertical(coluna).
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TABELA DE DUPLA ENTRADA

Po pul aç ão E con om ica men te At iv a p or Se tor de A ti v i dade


Se tor Po pul aç ão(1 000 ha bi ta n te s)
1940 1950 1960
Pr imár io 8968 1025 5 1216 3
Se cun dár io 1414 2347 2962
Terc iári o 3620 4516 7525
Fonte : I P E A
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TABELA DE DUPLA ENTRADA

Pro du ção B ras il eir a d e Bo rrach a


Un ida de de Pr od u ção Pro du ção
1937 1938 1939
Ac re 5007 4765 4727
Am azo na s 6858 5998 5631
Par á 4945 4223 4500
Mato Gr os so 1327 1285 1235
Outr os E st ado s 333 539 337
F onte : An uár io E sta tí sti co do Br as il – IB G E
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OBSERVAÇÃO:

É bom lembrar que nem sempre uma tabela representa uma série estatística.

Por vezes, os dados reunidos não revelam uniformidade, sendo meramente um


aglomerado de informações gerais sobre determinado assunto, os quais, embora
úteis, não apresentam a consistência necessária para se configurar uma série
estatística.
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OBSERVAÇÃO:

Si tua çã o d os E sp etá cu lo s Ci nema tog ráf ic os no Br as i l - 196 7


Es pe cif i caç ão Dad os num éri co s
Núm ero de C inem as 2.48 8
Lota çã o d os ci nem as 1.72 2.3 48
Se ss ões p or d ia 3.93 3
F ilm es de lo nga me tr a gem 131. 330 .48 8
Meia en tra da 89.5 81. 234
F onte : An uár io E sta tí sti co do Br as il - I B G E
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FIM

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