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FOCCUS DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL
DATA: 02/09/2017
DISCIPLINA:
Didática
Metodologia no Ensino Superior

Prof.: Eduardo Bezerra


edu10puntos@gmail.com
“Há pessoas que
fazem nascer flores
onde não se pensava
que fosse possível.“

Paulo Freire, 1992


Para início de conversa...
1. Você lembra quando iniciou no ofício de
professor?
2. Em quem você se inspirou?
3. Que conhecimentos possuía?
4.O que fez para aprimorar a sua prática?
Mas, então, a Didática é algo que se tem ou não tem?

Sim, porque é composta de conhecimentos adquiridos.


Constituem saberes adquiridos por diversos meios, inclusive por meio
da formação escolar ao longo do percurso como estudante, assim como
aprendemos esses conhecimentos em disciplinas do currículo de
formação de professores, tal como esta. A conotação de ter baseia-se
num modo de ser, de se comportar em sala de aula nos momentos de
ensinar. Quando se diz que tem didática é porque se reconhece que o
professor sabe ensinar bem, de um modo que os alunos aprendem.
Mas também podemos dizer que não, e isso, então, significa que o
professor tem alguns conhecimentos, porém eles não são suficientes
para exercer bem a função, de modo que os alunos aprendam. E a
Didática pode então fornecer esses conhecimentos.
Qual metodologia de ensino permeia a prática
pedagógica dos professores?
DIDÁTICA
Didática: Do grego, didaktiké que significa a arte
(maneira) de ensinar ou instruir.

DIDÁTICA
TEORIA PRÁTICA
BASES TÉORICO-CIENTÍFICAS
PRÁTICA DOCENTE

Mediar teoria e prática educativa - a


didática é como se fosse uma ponte entre
DI

TI
CA
“Ensinar
Tudo a
Todos”

Johan Amós
Comenius
Breve histórico da Didática
• Formulado com base nas contribuições do
francês Pestalozzi (1749 – 1827), do alemão
Kerschensteiner (1854 – 1932) e do francês
Decroly (1871 – 1932), autores europeus cujas
ideias conviviam com a época em que a
criança passava a ser valorizada no bojo do
desenvolvimento industrial e da expansão
da escolaridade pública, considerada esta
como direito e, ao mesmo tempo, requisito
para a formação da mão de obra do nascente
capitalismo.
 Esse movimento expande-se com as concepções da médica
italiana Maria Montessori, (1870 – 1952) e do filósofo
americano John Dewey (1859 – 1952), que teve por discípulo
Anísio Teixeira (1900 – 1972), principal responsável pela
formulação e expansão desse movimento no Brasil. (p. 44)
 Amplamente desenvolvido na primeira metade do século
XX, o movimento escolanovista enfatiza o aprendiz como
agente ativo da aprendizagem e a valorização dos métodos
que respeitassem a natureza da criança, que a motivassem,
que a estimulassem a aprender. (p. 45)
• (...) essa “naturalização” do ensino e a valorização
do método único de ensinar acabaram por
consolidar a didática como uma forma de
exclusão social. (págs. 45 e 46)
• Na vertente escolanovista, que tem suas raízes
assentadas na psicologia experimental
(empirismo), a finalidade da educação está
contida nas leis do desenvolvimento biológico da
criança, e por isso ela deve ser realizada com
objetividade científica. (p. 46)
• (...) no Brasil, no período entre 1996 e 2000, constata
que essa nova compreensão do ensino como fenômeno
complexo vem direcionando as necessidades de
investigação e as abordagens metodológicas na
perspectiva denominada epistemologia da prática,
que investiga o ensino em situação.
• Essa vertente é denominada pedagogia renovada (cf.
Libâneo, 1991; Pimenta, 2001) (p. 49)
“A didática se caracteriza como
mediação entre as bases teórico-
científicas da educação escolar e a
prática docente. Ela opera como
que uma ponte entre ‘o que’ e o
‘como’ do processo pedagógico
escolar” (LIBÂNEO, 1990).
Facetas da Didática
ENSINAR
Núcleo do trabalho docente, atividade de ensinar
e levar os alunos a aprenderem;

FORMAÇÃO Componente central do currículo dos cursos de


formação de professores.

Perspectiva investigadora, quando se busca


INVESTIGAÇÃO
saber mais sobre algum aspecto do trabalho
docente que ainda precise de informações
adicionais.
DIDÁTICA
Elementos constitutivos da
ação didática
o professor ;
o aluno;
a disciplina (conteúdo de ensino) ;

o contexto da aprendizagem;
DIDÁTICA DIDÁTICA
TRADICIONAL MODERNA
A tarefa da educação não se reduz, evidentemente, a
formar o homem abstrato, mas o homem concreto,
pertencendo a um determinado meio social e
momento histórico. Não basta apenas formar o
técnico, o especialista e o homem produtivo, mas
primeiramente formar o homem, isto é, a construção
do humano no homem, ou como afirma Severino
(2002, p. 1) “o sentido humanizador de sua prática”.
O PAPEL DA DIDÁTICA E DO EDUCADOR NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
• A formação de um educador como profissional na área
acadêmica fica muito além de sua experiência prática e seus
conhecimentos fora dela.
• Neste contexto, a titularidade de um docente com vasta
experiência não acadêmica e com formação pedagógica e
didática é essencial.
• A didática mostra que saber ensinar não é somente ter
experiência fora da sala de aula. Precisa saber como interagir
com o educando de forma científica, apresentando as técnicas
corretas para o ensino-aprendizado.
HORA DO FILME

A didática no Ensino
Superior
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SpbCJv61ufM
Como você
aprende?
Como aprendemos?
CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM
NO ENSINO SUPERIOR – MASETTO, 2003
Planejar ...
• É antecipar mentalmente uma ação a ser realizada
e agir de acordo com o previsto;
• É uma atividade que orienta a tomada de decisões
da escola e dos professores em relação às
situações docentes de ensino e aprendizagem,
tendo em vista alcançar os melhores resultados
possíveis;
• É um processo de racionalização que articula a
atividade escolar e a problemática do contexto
social.
O planejamento envolve a fase
anterior ao início ao trabalho
docente, o durante e o depois,
significando o exercício contínuo
da ação – reflexão - ação, o que
caracteriza o ser educador.”
(Fusari, 1988: 9)
FUNÇÕES DO PLANEJAMENTO ESCOLAR
• Assegurar a • Evitar a –Objetivos (para
articulação entre as improvisação – que ensinar).
tarefas da escola e Pensar na rotina.
as exigências do –Conteúdos (o
• Assegurar a
contexto social. que ensinar).
unidade e a
• Expressar os coerência do –Os alunos (para
objetivos, trabalho docente, quem ensinar).
conteúdos, métodos articulando os
e formas elementos do –Os métodos e
organizativas do processo de técnicas (como
ensino. ensino:
ensinar).
–Avaliação.
Planejamento de Ensino
Professor x Planejador
“O Planejamento é um processo que consiste em
preparar um conjunto de decisões, tendo em vista o
agir, posteriormente, para atingir determinados
objetivos”.
DROR ( 1989 p .13)

O Planejamento envolve 5 elementos


necessários para a sua compreensão:

PROCESSO

EFICIÊNCIA EFICÁCIA

METAS PRAZOS
Planejamento de Ensino

É o que desenvolve em nível mais concreto e está


a cargo principalmente dos PROFESSORES.

Ele é alicerçado no planejamento curricular e visa ao


direcionamento sistemático das atividades a serem
desenvolvidas dentro e fora da sala de aula com vistas
a facilitar o aprendizado dos estudantes.
ELEMENTOS DO PLANO DE ENSINO
Ementa;
Objetivos;
(
Conteúdos/ unidades de ensino;
Procedimentos metodológicos;
Recursos didáticos;
Avaliação;
Referência Bibliográfica Básica;
Bibliografia Complementar.
Princípios Norteadores para
Elaboração do Plano de Disciplina:
 Relacionar-se intimamente com o plano curricular de modo a garantir
coerência dos cursos como um todo;
ser elaborado com linguagem clara, precisa e concisa
 Adaptar-se às necessidades , capacidades e interesses dos estudantes;

ser elaborado com base em objetivos realistas, levando em consideração os


meios disponíveis para alcançá-los;
 Envolver conteúdos que efetivamente constituam meios para alcance
dos objetivos;

 Prever tempo suficiente para garantir a assimilação dos conteúdos


pelos estudantes;

 Ser suficientemente flexível para possibilitar o ajustamento a situações


que não foram previstas;
Um planejamento
bem feito facilita
muito a vida do
professor ao longo do
ano, além de ampliar
as dimensões e
abordagens do que
será trabalhado, mas
sem abrir mão de
suas potencialidades
criativas;informação,
conhecimento,
esforço e
ousadia.
SUGESTÕES DE PRÁTICAS DOCENTES
Prática pedagógica
• O caráter pedagógico da prática educativa está,
precisamente, em explicitar fins e meios que orientem
tarefas da escola e do professor para aquela direção.
• Em resumo, podemos dizer que não há prática
educativa sem objetivos.
• Os objetivos educacionais são, pois, uma exigência
indispensável para o trabalho docente, requerendo
um posicionamento ativo do professor em sua
explicitação, seja no planejamento escolar, seja no
Planejamento - objetivos
• Objetivo “é a descrição clara do que se pretende
alcançar como resultado da nossa atividade”.

• Objetivos educacionais são os resultados desejados


e previstos para a ação educativa. São os resultados
que o educador espera alcançar com a atividade
pedagógica.
DEFINIR OBJETIVOS SIGNIFICA DEFINIR
A APRENDIZAGEM DO ALUNO, BEM COMO
TUDO O QUE DEVERÁ SER FEITO PARA
TORNÁ-LO MAIS FÁCIL, AGRADÁVEL E
SIGNIFICATIVA

41
•Os objetivos educacionais e
específicos, por sua vez podem
referir-se aos domínios
cognitivo, afetivo e psicomotor.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO
NAS IES

A metodologia precisa ser


fundamentada em novos pressupostos –
relação dialógica, trabalho coletivo,
discussões criticas e reflexivas, pesquisa e
produção do conhecimento.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO NAS IES
ESTRATÉGIAS DE ENSINO NAS IES
ESTRATÉGIAS DE ENSINO NAS IES
ESTRATÉGIAS DE ENSINO NAS IES
O que é educar?
Educar também é preparar a
pessoa para conviver com seus
Educar é formar a pessoa, o ser semelhantes, para viver em
complexo que sente, percebe, aprende, comunidade, além de prepará-
fala, pensa, imagina, elabora teorias, la para exercer uma profissão,
crê, conhece, emite juízos, tem como forma de realização
emoções, usa seu corpo de várias pessoal, de sustento para si
maneiras, diferencia o certo do errado, própria e os seus e de
discrimina o belo e o feio, critica e contribuição social.
elogia, assume e atribui R. Alves, 2000
responsabilidades, escolhe, sonha,
cria, faz projetos, decide, age e faz
tantas outras coisas.
R. Alves, 2000
O ENSINO...
No que diz respeito à definição de ensino, esse é
entendido como consequência da educação.
• Para NÉRICI (1993) ensino é o processo que visa a
modificar o comportamento do indivíduo por intermédio
da aprendizagem com o propósito de efetivar as intenções
do conceito de educação, bem como habilitar cada um a
orientar a sua própria aprendizagem, a ter iniciativa, a
cultivar a confiança em si, a esforçar-se, a desenvolver a
criatividade, a entrosar-se com seus semelhantes, a fim de
poder participar na sociedade como pessoa consciente,
eficiente e responsável.
A aprendizagem significativa
Em termos simples, é o nome que se dá a um conhecimento específico,
existente na estrutura de conhecimentos do indivíduo, que permite dar
significado a um novo conhecimento que lhe é apresentado ou por ele
descoberto. Tanto por recepção como por descobrimento, a atribuição
de significados a novos conhecimentos depende da existência de
conhecimentos prévios especificamente relevantes e da interação com
eles.

Marco Antonio Moreira


David Ausubel (1918-2008)
David Ausubel (1918-2008), graduou-se em Psicologia
e Medicina, doutorou-se em Psicologia do
Desenvolvimento na Universidade de Columbia, onde
foi professor no Teacher’s College por muitos anos;
dedicou sua vida acadêmica ao desenvolvimento de
uma visão cognitiva à Psicologia Educacional.
Condições para a aprendizagem significativa

O material de aprendizagem deve ser


potencialmente significativo

O aprendiz deve apresentar uma predisposição


para aprender.
A APRENDIZAGEM DE ADULTOS
• Andragogia é a arte de ensinar aos adultos, que não são
aprendizes sem experiência, pois o conhecimento vem da
realidade (escola da vida). O aprendizado é factível e
aplicável. Esse aluno busca desafios e soluções de problemas,
que farão diferenças em suas vidas. Busca na realidade
acadêmica realização tanto profissional como pessoal, e
aprende melhor quando o assunto é de valor imediato.
• O aluno adulto aprende com seus próprios erros e acertos e
tem imediata consciência do que não sabe e o quanto a falta de
conhecimento o prejudica. Precisamos ter a capacidade de
compreender que na educação dos adultos o currículo deve
A APRENDIZAGEM DE ADULTOS
autogestão
A APRENDIZAGEM DE ADULTOS

Malcolm Knowles foi um grande estudioso do assunto,


comparando os modelos de ensino andragógico e pedagó-
gico, formulando uma Teoria de Aprendizagem de Adultos e
propondo um novo modo de interação entre alunos adultos e
professores. Para esse autor, na pedagogia, o professor decide o
assunto que será ministrado aos educandos, as formas de trabalho e
de avaliação. Já na andragogia, o aluno-adulto passa a ter um papel
central e ativo no processo educativo, sendo responsável por suas
decisões e tendo sua aprendizagem facilitada por intermédio da
consideração de suas características comportamentais
e experimentais.
ANDRAGOGIA
Este modelo e baseado em vários pressupostos:
1- A necessidade de saber. Os adultos querem saber porque estão aprendendo algo
e qual a sua utilidade para a vida pratica.
2- Autoconceito de aprendiz. Eles têm o controle sobre suas próprias vidas e tem necessidade de
serem reconhecidos como capazes e não gostam que lhes imponham desejos.
3- O papel das experiências dos aprendizes. Os adultos têm uma bagagem grande de diferentes
experiências vividas e isso traz consequências para a sua educação, diante disso, a metodologia deve
basear-se na análise das experiências.
4- Prontos para aprender. Os adultos querem aprender para resolverem situações da vida real,
para isso eles estão prontos e dedicam muitos esforços.
5- Orientação para aprendizagem. As orientações em relação a aprendizagem dos adultos devem
ser centradas na vida, nos problemas e nas tarefas, diferentemente do postulado pela escola
tradicional onde a orientação e centrada no conteúdo.
6- Motivação. A motivação dos adultos e externa como emprego, promoção
etc., mas é também interna pela satisfação de estar aprendendo e
aumentando a sua autoestima, eles querem continuar crescendo e se
desenvolvendo.
METODOLOGIA DE ENSINO

• Segundo Krasilchik:
 Aulas expositivas;  Excursões;

 Discussões;  Simulações;

 Demonstrações;  Instrução individualizada;

 Aulas práticas;  Projetos.


METODOLOGIA DE ENSINO
• Segundo Marion:
 Aula expositiva;  Resolução de exercícios;

 Exposições e visitas;  Estudo de caso;

 Dissertação ou resumo;  Aulas práticas;

 Projeção de fitas;  Estudo dirigido;

 Seminário;  Jogos de empresas;

 Ciclo de palestras;  Simulações;

 Discussão em classe;  Outros métodos ou


instrumentos
METODOLOGIA DE ENSINO
• Segundo Gil:
 Aula expositiva;
 Discussão:
Com a classe toda;
Seminário;
Em pequenos grupos;

 Simulações:
Demonstração;
Estudo de caso;
Dramatização.
Segundo Gil(2000), dentre as metodologias mais utilizadas,
destacam-se:

• E – learnig
• Aula Expositiva;
• Discussão/ Debate;
• Pesquisa;
• Seminário.
A - E- LEARNIG

Segundo Rosenberg (apud VARGAS e ABBAD, p. 155),


é “o uso das tecnologias da internet para a entrega de
um amplo arranjo de soluções que estimule o
conhecimento e o desempenho”.
O e-learning, ou ensino eletrônico, corresponde a um
modelo de ensino não presencial suportado por
tecnologia. Atualmente, o modelo de
ensino/aprendizagem assenta no ambiente online,
aproveitando as capacidades da Internet para
comunicação e distribuição de conteúdos.
B- AULA EXPOSITIVA
• Existem dois tipos: a dogmática e a aberta ou dialogada.
Permite ao professor:
• Transmitir suas ideias;
• Introduzir um novo assunto, ou sintetizar um tópico.

Sua popularidade é explicada :


• Por ser um processo econômico;
• Por facilitar o domínio da classe.
AULA EXPOSITIVA
Desvantagens:

• Passividade dos alunos;

• Pequena retenção de informações;

• Decréscimo de atenção dos alunos.


C- AULAS PRÁTICAS
Seus objetivos são:
• Despertar e manter o interesse dos alunos;
• Desenvolver investigações científicas;
• Desenvolver a capacidade de resolver problemas;
• Compreender conceitos;
Suas limitações ocorrem quando:
• São planejadas para os alunos apenas seguirem instruções;
• São desorganizadas.
D- DISCUSSÕES/ DEBATES

Cuidados para uma boa discussão:

• O material deve ser preparado e lido com antecedência;

• O professor deve fazer com que todos deem suas opiniões;

• O professor deve ter o cuidado de não forçar, nem dirigir respostas.


E- DISCUSSÕES

• O professor possui um guia, onde as respostas prováveis são


apresentadas para a condução da aula;
• A insegurança impede que muitos professores não utilizem
essa modalidade.
F- PESQUISAS E PROJETOS
• São atividades realizadas por um aluno ou grupo de alunos para
resolver um problema resultando em um produto final concreto;

• Representam uma modalidade ativa, que possibilita a formação


científica;

• O papel do professor é orientar e garantir que todos participem com


independência.
G- SEMINÁRIOS
• Quando um aluno ou grupo de alunos faz uma
exposição sobre um tema e em seguida a classe
discute;
• O tema deve ser estudado em profundidade, a partir
de diferentes ângulos;
• Torna-se uma atividade limitada quando reduzida à
apresentação dos alunos;
• Exige maturidade dos alunos e, do professor,
capacidade para organizar e manter o envolvimento
H- SIMPÓSIO
• Cada expositor prepara uma parte do tema, para depois
apresentá-lo;

• Não pode haver interrupções;

• Sua finalidade é transmitir informações;

• O papel do professor é de organizador.


E outros ....
Recursos didáticos:
Atrasado

Bêbado

Batom

Ferramentas diferentes
para situações diferentes!
Microcomputador
• Vantagens • Desvantagens
– custo do equipamento
– permite uso de cores
– exige conhecimento de
– movimentação
operação de softwares de
– apresentações interativas
apresentação
– fácil transporte (notebook) – exige conhecimento de
– permite alterações até mesmo técnicas de apresentação
na hora
– permite uso individual (auto-
instrução), inclusive via Internet.
Data Show
• Vantagens • Desvantagens
– custo de aquisição
–apresentação direta da
tela do computador – nem sempre
–transmite na tela da TV disponível em locais
de apresentação
–pode ser acoplado a
– qualidade da imagem
qualquer retroprojetor
não é muito boa
–fácil transporte
– sala deve ficar no
escuro
Instrumentos didáticos
 Mapas conceituais (Novak e Gowin, 1984; Moreira, 2006): são diagramas
conceituais hierárquicos destacando conceitos de um certo campo conceitual e
relações (proposições) entre eles .

 Diagramas (Novak e Gowin, 1984; Gowin e Alvarez, 2005; Moreira 2006):


instrumentos heurísticos enfatizando a interação entre o pensar (domínio
conceitual) e o fazer (domínio metodológico) na produção de conhecimentos a
partir de questões-foco, são também tidos como facilitadores da aprendizagem
significativa.

 Atividades colaborativas (presenciais ou virtuais): em pequenos grupos têm


grande potencial para facilitar a aprendizagem significativa porque viabilizam o
intercâmbio, a negociação de significados, e colocam o professor na posição de
mediador. Mas isso não significa que uma aula expositiva clássica não possa
facilitar a aprendizagem significativa.
Instrumentos didáticos
Mapa conceitual-modelo
Mapa conceitual
Posturas
Educador X Educando
A-O educador precisa ser crítico, reflexivo,
pesquisador, criativo, inovador,
questionador, articulador e saber teorizar
suas práticas;
Formação do professor reflexivo
Reflexão na ação: refere-se ao saber fazer e é possibilitada pela experiência, é dinâmica e
espontânea e se revela por meio da prática.

Reflexão sobre a ação: é a possibilidade de o professor, a posteriori, analisar o processo de sua


ação.
Complementados por um outro momento da reflexão: “reflexão-sobre-a-reflexão-na-ação”.
(Schön, 1987;2000)

“O profissional avança em relação ao seu desenvolvimento, pois constrói uma forma própria e pessoal
de conhecer, descobrindo saídas e novas soluções para as suas ações”
(ALARCÃO, 1995)

Investigação sobre a prática educativa


“A perspectiva do professor investigador rejeita a concepção do professor como técnico,
consumidor, receptor, transmissor e implementador do conhecimento de outras pessoas, e assume
que o seu papel é como intelectual, produtor de conhecimento, investigador e até, em alguns casos,
como crítico e teórico em matérias educativas e sociais.”
(OLIVEIRA, 2005)
“Refletindo na e sobre a ação, o professor
torna-se um investigador, afastando-se da
racionalidade técnica e de regras derivadas de
teorias externas, de prescrições curriculares,
conhecendo mais profundamente as
peculiaridades de seu trabalho e elaborando
estratégias de ação mais adequadas.”

(PÉREZ-GÓMEZ, 1992)
Competência como a integração de
habilidades, atitudes e conhecimento-
Philippe Perrenoud
Competências docentes
Tardif (1991) Gauthier (1998)
• especializado e formalizado; • Disciplinar, referente ao conhecimento do conteúdo a
ser ensinado;
• adquirido na maioria das vezes na universidade,
que prevê um título; • Curricular, relativo à transformação da disciplina em
programa de ensino;
• pragmático, voltado para a solução de problemas;
• Ciências da Educação, relacionado ao saber profissional
• destinado a um grupo que de forma competente específico que não está diretamente relacionado com a
poderá fazer uso deles; ação pedagógica;

• Tradição Pedagógica, relativo ao saber de dar aulas que


• avaliado e autogerido pelo grupo de pares
será adaptado e modificado pelo saber experencial e,
principalmente, validado ou não pelo saber da ação
• requer improvisação e adaptação a situações
pedagógica;
novas num processo de reflexão;
• Experiência, referente aos julgamentos privados
• exige uma formação contínua para acompanhar responsáveis pela elaboração, ao longo do tempo, de
sua evolução; uma jurisprudência de truques etc.

• sua utilização é de responsabilidade do próprio • Ação Pedagógica, que se refere ao saber experencial


profissional. tornado público e testado
Paulo Freire, 1996
• Saber dosar a relação teoria/prática;
• criar possibilidades para o(a) aluno(a) produzir ou construir
conhecimentos, ao invés de simplesmente transferir os
mesmos;
• reconhecer que ao ensinar, se está aprendendo; e não
desenvolver um ensino de "depósito bancário", onde apenas se
injetam conhecimentos acríticos nos alunos!
• Pesquisa;
• curiosidade epistemológica;
• Criticidade;
• rigorosidade metódica;    
• caráter formador; 
• bom senso; 
• humildade, tolerância e luta em defesa aos direitos dos
educandos e apreensão da realidade;
• segurança, generosidade, competência, autoridade e liberdade;
• Comprometimento;
• escutar, afetividade;
• motivar (e auto motivar-se).
Foco no Ensino Foco na Aprendizagem
Professor Professor
ENCICLOPÉDIA PARCEIRO ESPECIAL
Preparado para
Preparado para
organizar conteúdo e
colaborar com a construção
INFORMAÇÃO
de SIGNIFICADOS
Arte da Exposição Arte da Mediação

Centralidade no Professor Centralidade no Aluno

Ensinar Ajudar a aprender

Transmissão da Informação Transformar o ambiente


ENSINO de APRENDIZAGEM
DIDÁTICA
O que as imagens nos sugerem?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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gênero: Estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras Editora, 1997.
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