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How we're

teaching
computers to
understand
pictures

Fei-Fei Li
Professor at Stanford University
TED’2015
& Chief Technologist at Google Cloud
https://youtu.be/40riCqvRoMs 1
Qual é o problema da
investigação
endereçado pelo grupo
liderado pela
investigadora?
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O principal problema de investigação desta equipa consiste, essencialmente, na
dificuldade de atingir o objectivo último do trabalho que estão a desenvolver -
humanizar totalmente os computadores.

Até ao momento conseguiram ensinar as máquinas a ver objectivamente, ou a


contar uma história simples quando se lhes é apresentada uma imagem.
Contudo, quando se lhes pede para avaliarem um determinado objeto, são
incapazes de compreender as reações e os comportamentos humanos e a
relação entre os diferentes objetos, isto é, não conseguem dar sentido àquilo que
vêem.

As câmeras fotográficas convertem luzes em pixels, mas estes são apenas


números, não carregam significado em si mesmos. Assim como ouvir não é o
mesmo que escutar, tirar fotos não é o mesmo que ver/compreender as
imagens.

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E durante a sua intervenção dá alguns exemplos:
● Temos protótipos de carros que podem conduzir sozinhos, mas não
conseguem notar a diferença entre um saco de papel amassado na
estrada, que pode ser atropelado, e uma pedra que, sendo do mesmo
tamanho, deve ser evitada;
● Os "drones" podem voar sobre terra firme, mas não dispõem de tecnologia
de visão capaz de ajudar a rastrear as mudanças e desmatamentos das
florestas tropicais;
● Temos câmeras de segurança por toda a parte, mas não conseguem, por
exemplo, emitir um alerta caso uma criança se esteja a afogar numa
piscina.

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Os investigadores estão empenhados em ensinar as máquinas a ver como os
humanos: nomear objetos, identificar pessoas, perceber a geometria 3D das
coisas, compreender relações, emoções, ações e intenções.
Assim, através da linguagem matemática, começaram a ensinar o computador a
reconhecer objetos e formas, mostrando-lhe algumas imagens, por exemplo de
um gato, e criando um algoritmo.
Contudo, mesmo algo simples como um gato pode apresentar um número infinito
de variações em relação ao modelo, tornando o processo complexo se
considerarmos a infinidade de objetos que existem no mundo.
Os investigadores depararam-se, assim, com a necessidade de ensinar o
computador a aprender não só com as fotos mas também com frases em
linguagem natural geradas por seres humanos.
Este é o objetivo último - dar aos computadores inteligência visual para criar um
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futuro melhor para todos.
"Agora dá para
entender a
complexidade de
compreender o
que vemos.”

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Em que áreas da
sociedade poderão ser
aplicados os resultados
dessa investigação?

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Os resultados desta investigação permitirão desenvolver a tecnologia necessária
para nos ajudar em várias áreas da sociedade, designadamente:

Medicina e Saúde Pública


A tecnologia permitirá reduzir o erro humano.
Será possível diagnosticar, prestar os cuidados de
saúde com maior precisão, ou até mesmo usá-la
em cirurgias; encaminhar informações clínicas em
tempo real referentes à saúde dos pacientes. Ao
obter e avaliar essas informações, será possível,
por exemplo, traçar o quadro completo da
condição física do paciente; detectar potenciais
doenças; antecipar diagnósticos médicos e
recomendar tratamentos.
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Prevenção Rodoviária
Os carros passarão a circular de forma mais
inteligente e segura nas estradas, graças à
capacidade de comunicar com os outros
veículos, reduzindo substancialmente a
sinistralidade.

Auxílio em caso de catástrofes naturais ou acidentes


O tempo entre uma invenção e seu impacto pode ser curto. Com a ajuda de
ferramentas de inteligência artificial como o ImageNet, um computador pode
aprender uma tarefa específica e então agir mais depressa do que qualquer
pessoa permitindo, por exemplo, uma maior precisão no salvamento de pessoas
soterradas e detecção de feridos.

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Ciência
Os olhos humanos já não são os
únicos a analisar e explorar o
nosso mundo, o nosso planeta, o
nosso universo, exemplo disso são
as sondas Pioneer (1960) e
Voyager (1977).
Mas tal trabalho permitirá
descobrir novas espécies e
explorar lugares que nunca
poderiam ser explorados sem esta
preciosa ajuda.
“Não serão usadas máquinas apenas pela sua
Imagine-se o que o futuro nos inteligência, mas primeiro, é preciso ensiná-las a
reserva... ver para elas nos futuro nos ajudarem a ver
melhor. “ 10
Que aspectos do vídeo
melhores/piores
sensações lhe
transmitem?

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Assistir à intervenção de Fei-Fei Li fez-nos perceber o quanto a IA tem vindo a
alterar a nossa vida.
À medida que esta tecnologia se torna cada vez mais sofisticada, também vai
sendo mais utilizada para filtrar, classificar e analisar dados e tomar decisões
com consequências sociais e globais.

Passou-se a utilizar para


tarefas que têm mudado a
trajetória das nossas vidas.
Por exemplo, atualmente, a
IA ajuda a comunidade
médica a determinar que
tratamento deverá ser
utilizado ​em pessoas com
determinados
sintomas/patologias.
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Mas também alertou-nos para uma série de incertezas e dúvidas em torno das
potenciais consequências malignas que tal inovação tecnológica pode
desencadear:
➔ Irão as tecnologias destruir ou criar emprego? De que modo podem
transformar o trabalho, as relações laborais e a organização do trabalho?
➔ Até que ponto seremos obrigados a adaptarmo-nos às novas tecnologias?
➔ Podemos, enquanto sociedade e comunidade, controlar as tecnologias e
orientá-las ao serviço de fins e valores meritórios?
➔ Qual a eventualidade de se verificarem desigualdades sociais?
➔ Que implicações trará relativamente à protecção da privacidade de cada
indivíduo?
➔ Quais as consequências decorrentes da priorização de decisões face por
exemplo acidentes, dado que a não são só diferentes de cultura para cultura,
como são impossíveis de ser padronizados face a uma decisão singular?
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Em forma de considerações finais, podemos citar Stephen Hawking, que em 2017
disse:

“Conseguir, com sucesso, criar tecnologias eficazes de Inteligência Artificial


(IA) poderá ser a melhor coisa que aconteceu na história da Humanidade. Ou
poderá ser a pior. Simplesmente não sabemos, (....) se iremos ser
imensamente ajudados pela IA, se seremos ignorados por ela, marginalizados,
ou, possivelmente, destruídos. A menos que aprendamos a preparar-nos para
(e evitar) os riscos possíveis, a IA pode ser o pior evento na história da nossa
civilização, trazendo perigos como poderosas armas autônomas ou novas
formas que permitam a uma minoria explorar a maioria.“
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O maior receio quando se fala de riscos
associados a IA é que seja criado algum tipo de
consciência super inteligente que se vire contra os
seus criadores.
O potencial destas tecnologias para quem tem más
intenções e age de forma pouco ética é infinito e
causar danos inimagináveis...

Ainda recentemente a Cambridge


Analytica utilizou esta tecnologia para
aproveitar os dados do Facebook de
milhares de pessoas de forma
maliciosa.
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