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HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO

Aula 2- A República das Espadas: a consolidação da


República e a primeira ditadura militar brasileira
(1891 – 1894)
HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (1):

 Identificar os principais elementos


que levaram o Exército à
permanecer no poder após a
proclamação da República;
 Entender a dinâmica da tênue e
conflituosa aliança entre a
oficialidade do Exército e elites civis
republicanas;

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (2):

 Identificar as ligações internas


que segmentavam o Exército nos
primeiros anos da República;
 Analisar a mobilização de
lideranças que se recusaram a
aderir às instituições
republicanas e restaurar a
monarquia;

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (3):

 Conhecer os principais
mecanismos repressivos dos
governos militares para reprimir
as ações restauradoras dos
monarquistas.

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A POLÍTICA EXTERNA (1)

• A proclamação da República ocorreu quase sem violência;


• A Europa a encarou como um retrocesso: a Inglaterra a viu
com reservas; D. Pedro II era muito estimado na Europa e a
estabilidade do Estado monárquico o distinguia dos países
com que fazia fronteira;
• Com a República, ficou mais difícil a realização de
contratos financeiros e empréstimos junto à Europa;
• Na América, EUA e Argentina viam na mudança de regime
uma oportunidade de estreitar laços diplomáticos.

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A POLÍTICA EXTERNA (2)

• A República coincide com o I Conferência Internacional


Americana em que os EUA visavam estreitar relações com
os demais países americanos, enfraquecendo a influência
européia;
• O governo Deodoro substitui o representante brasileiro,
iniciando uma nova política externa brasileira, agora de
aproximação com os EUA;

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A CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA (1)

• Adota o modelo federativo descentralizado norte-


americano;
• As províncias se tornam “Estados” com grande autonomia
para criar organizar força militar própria, constituir justiça
estadual e criar impostos (menos sobre importação de
produtos estrangeiros);
• À União caberia organizar as Forças Armadas, regular a
emissão de papel-moeda e intervir nos Estados quando a
manutenção da ordem republicana assim o exigisse;
• Mantinham-se os poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário;

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A CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA (2)


• O poder Moderador deixa de existir;
• O Estado é separado da Igreja e o regime de padroado é
extinto;
• O Presidente e Vice-Presidente da República passam a ser
eleitos por voto direto e maioria absoluta dos votos;
• O voto censitário é extinto;
• Não podem votar os analfabetos, mendigos, praças de pré e
religiosos de quaisquer ordens que impliquem em renúncia
da liberdade individual;

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao91.h
tm

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O ENCILHAMENTO (1)

• Rui Barbosa é nomeado ministro da Fazenda do governo


provisório de Deodoro da Fonseca;
• Para fomentar a indústria, cria várias linhas de crédito;
alguns bancos são autorizados a emitir papel-moeda;
• Esse projeto vai gerar enorme especulação financeira e
inflação;
• Ficou conhecido como “encilhamento”.

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O ENCILHAMENTO (2)

O “encilhamento” foi o nome pejorativo dado a esse projeto


de Rui Barbosa pois ligava-se ao local onde se colocavam os
arreios nos cavalos de corrida no hipódromo que era,
também, um local para apostas.

O primeiro projeto econômico da República ficou, assim,


associado à imagem de algo relacionado a apostas, à
especulação.

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O FECHAMENTO DO CONGRESSO E RENÚNCIA DE DEODORO

• As diferenças entre Deodoro e o Congresso, que já vinham


desde os tempos da Constituinte, aprofundaram-se após a
eleição;
• A oposição parlamentar a Deodoro se intensifica levando-o
a fechar o Congresso e a demitir todo o ministério;
• Em 23 de novembro de 1891, a Marinha inicia um levante
militar contra a atitude de Deodoro que, sem possibilidade
de resistência, renuncia.

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O GOVERNO FLORIANO PEIXOTO

• O governo de Floriano também


enfrentou várias crises políticas e
militares;
• Muitas dessas crises eram originadas
MODELO DE MOLDURA PARA
do questionamento à legitimidade IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
VERTICAL
de seu governo por diversos grupos;
• Monarquistas e “republicanos de
última hora” eram alguns deles;

Marechal Floriano Peixoto

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CRISES DO GOVERNO FLORIANO PEIXOTO (1)

• A Revolução Federalista, no RGS: opondo “federalistas”, de


Gaspar Silveira Martins a “republicanos”, de Júlio de
Castilhos, aliado de Floriano Peixoto (fev./1891);
• A Revolta da Armada: liderada pelos almirantes Custódio de
Melo e Saldanha da Gama, com objetivos monarquistas
(set./1891);
• Floriano aproveita-se disso para empunhar a bandeira da
legalidade, angariando amplo apoio político,
principalmente das oligarquias paulistas

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CRISES DO GOVERNO FLORIANO PEIXOTO (2)

• A Revolução Federalista foi um movimento de oposição à


eleição de Júlio de Castilhos à presidência do estado, com
um líder de passado monarquista;
• A Revolta da Armada teve sua origem em setores do
oficialato da Marinha liderada pelo contra-almirante
Custódio José de Melo. Declaravam ser contra a corrupção
e a inconstitucionalidade do governo Floriano;
• Um acordo intermediado por Portugal pôs fim ao conflito
com os líderes revoltosos partindo para o exílio;

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CRISES DO GOVERNO FLORIANO PEIXOTO (3)

• Um navio da marinha portuguesa conduziria os revoltosos


que acabam desembarcando no Rio Grande do Sul, onde se
aliaram aos federalistas;
• O governo de Floriano Peixoto considera isso um ato de
traição e rompe relações diplomáticas com Portugal;
• Alguns autores entendem que Floriano exagerou a
importância dessas revoltas restauradoras para legitimar a
repressão contra os opositores de seu governo.

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O JACOBINISMO FLORIANISTA (1)

• A partir de 1890 percebe-se uma população urbana letrada,


formada por profissionais liberais e burocratas no Rio e São
Paulo;
• Esse segmento formaria os “clubes jacobinos”, geralmente
presididos por militares;
• Esse seria o grupo no qual Floriano buscaria seu apoio
político;

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O JACOBINISMO FLORIANISTA (2)

Assoprada pela bombarda do patriotismo e aquecida pelo fogo


do sagrado entusiasmo cívico, salta hoje A Bomba nos campos
da publicidade, pronta e estourar, vomitando a sua carga
mortífera por entre os bandos negros dessa corvada faminta,
que ao canglor das fanfarras de 15 de novembro, se agachou
medrosa no pau de suas baixezas, mas que na treva afia as
garras carniceiras de abutre para sangrar a pátria e a
liberdade. Arma de guerra e de combate.

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O JACOBINISMO FLORIANISTA (3)

A bomba, a fim de obedecer a trajetória severa que a honra e


o dever lhe demarcam, saltará por cima de todas as barreiras
das conveniências, vencerá todas as trincheiras sociais e irá
alcançar os restauradores onde quer que eles se escondam (A
BOMBA; 01 de setembro de 1890).

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O APOIO POLÍTICO

• O apoio político das oligarquias permitiu a Floriano agir


para a manutenção das instituições republicanas mas
deixou-o refém dessas mesmas oligarquias;
• Tal fato vai inibir qualquer tentativa de continuidade de
Floriano no poder e assegurar a transição de seu governo
para as mãos do primeiro presidente da República civil, o
paulista Prudente de Morais.

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