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PANORAMA DOS

LIVROS POÉTICOS
A sabedoria dos Hebreus: Jó, Provérbios, Eclesiastes
Questões

 A partir da sua leitura do livro de Jó, como devemos


reagir ao sofrimento?

Que relação pode ser apontada entre a sabedoria de


Deus e as suas obras na criação?
O que significa, em seu entendimento, a afirmação de
que Deus é soberano?

Que percepção a respeito de Deus e da sua relação com


o ser humano o livro oferece?
O sábio e a sabedoria
• Todas as religiões antigas precisavam ser confrontadas com
os problemas da vida e, como resultado, desenvolveram
ensinamentos sapienciais.
• A sabedoria não israelita visava fazer as melhores escolhas
com o propósito de viver uma vida melhor.
• Conceito: Sabedoria é a habilidade de fazer escolhas
piedosas na vida. Não é buscar escapar do mundo, mas
aprender a viver no mundo com orientação e ajuda de Deus.
Por isso o tema central da sabedoria é o “temor a Deus”. (Pv.
1:1-7; I Rs. 3; 11)
• Portanto, a sabedoria não dizia respeito a um conjunto de
conceitos abstratos, mas a prática do viver piedoso. Por isso a
literatura sapiencial era rica nas culturas antigas.
Sabedoria como perspectiva sobre a
vida
1. Orientações práticas sobre a maneira correta de
viver (Pv. 29:20; 25:28; 10:1; 11:4).
2. A centralidade de Deus na experiência diária e
uma visão integrada da vida (Pv. 1:7 e Jó 28:23-
28).
3. A autoridade divina é pressuposta, mas não
explicitamente enunciada (Pv. 2:6-8).
4. Ênfase na criação, na ordem como Deus
estabeleceu todas as coisas, e o lugar que Ele
estabeleceu para cada ser humano (Pv. 20:12;
10:27).
Equívocos a serem evitados na
interpretação do gênero sapiencial

1. Usá-lo indevidamente de forma literal;


2. Não definir corretamente termos importantes;
3. Não perceber a linha do raciocínio do autor;
4. Não atentar para a sua mensagem geral;
5. Ignorar a cultura e a época a que pertence o
gênero sapiencial;
A sabedoria em Jó
• O livro de Jó é o cuidadoso diálogo entre Jó e seus amigos
bem-intencionados, onde, todos buscam uma explicação
teologicamente coerente para o sofrimento de Jó.
• Esse diálogo na verdade tem como objetivo mostrar para o
leitor que nem tudo na vida é causado por uma interferência
direta de Deus ou como consequência de más ou boas
ações.
• Isso contrasta com a mensagem dos amigos de Jó de que,
quando tudo vai bem na vida é sinal de decisões corretas e,
quando as coisas vão mal é sinal de que a pessoa pecou
contra Deus e por isso foi afligido.
• A sabedoria em Jó está em reconhecer a superioridade dos
planos do Senhor e confiar nele.
A sabedoria em Provérbios
• A linguagem especificamente religiosa é raras vezes
usada em Provérbios; está presente (cf. 1.7; 3.5-12;
15.3, 8-9, 11; 16.1-9; 22.9, 23; 24.18, 21; et al.) mas não
predomina. Nem tudo na vida precisa ser rigorosamente
religioso para ser piedoso.
• Na realidade, Provérbios pode servir de corretivo à
tendência de espiritualizar tudo, como se houvesse algo
de errado com o mundo básico, material e físico; como
se Deus tivesse falado: "É ruim," ao invés de "É bom,“
quando contemplou pela primeira vez aquilo que fizera.
• Provérbios apresenta o contraste nítido entre viver com
sabedoria e vive de forma insensata. O que caracteriza o
viver insensato? (1:10-19; 6:6-11; 9:13-18)
A sabedoria em Eclesiastes
• Parece nos apresentar uma visão cínica e pessimista da vida
(1:1-14; 2:15; 3:19; 11:8).
• O Pregador realmente dá conselhos sobre a vida prática, isto
é, sobre o cuidado no falar (5.2-3), ou sobre o evitar da
cobiça danosa (5.11-15), ou sobre a piedade na juventude,
enquanto houver alguma vantagem nisto (12.1-8).
• Na verdade o que Eclesiastes faz é um contraste, onde, ele
descreve como a pessoa encararia a vida — se Deus não
desempenhasse um papel direto de intervenção na vida e se
não houvesse vida após a morte (12: 13-14).
• A vida deve ser vivida como uma dádiva de Deus; a felicidade
.não vem pelo resultado, mas pela jornada em si.

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