• SAÚDE MENTAL • • Para a Associação Brasileira de Psiquiatria, mentalmente saudável é aquele que: • • - compreende que não é perfeito; • - entende que não pode ser tudo para todos; • - vivencia uma vasta gama de emoções; • - enfrenta desafios e mudanças da vida cotidiana; • - procura ajuda para lidar com traumas e transições importantes. • - O transtorno mental impossibilita o indivíduo a atuar dentro dos padrões de normalidade, padrões esses determinados pelo ambiente em que este vive, destacando-se dos demais e dando claras manifestações que são perceptíveis a todos. • • Toda sociedade possui um sistema de valores e referencias que delimitam o comportamento ideal. Toda fuga dessa normalidade chama a atenção dos demais membros dessa sociedade. • O comportamento do indivíduo é fruto da sua personalidade. • • A personalidade é o resultado do conjunto de características intrínsecas do indivíduo (emoções, estilos interpessoais, atitudes e traços permanentes). • • Personalidade – é a condição estável e duradoura dos comportamentos da pessoa, embora não permanente. • Essa condição duradoura, pode sofrer algumas mudanças, temporárias ou não, sem que haja qualquer tipo de transtorno mental. • • Quando a pessoa passa por mudanças intensas e de cunho permanente, afetando seu convívio com a sociedade em que vive, é observado um transtorno de personalidade. • Alguns tipos de Transtornos de Personalidade: • • 1 – Paranoide – o indivíduo sempre interpreta de maneira errada ou distorce as ações de outras pessoas, demonstrando desconfiança sistemática e excessiva; • 2 – Dependente – o indivíduo se torna incapaz de tomar, sozinho, decisões de alguma importância;
• 3 – Esquizoide – a pessoa isola-se, busca atividades solitárias e
introspectivas; não retribui cumprimentos e mínimas manifestações de afeto; • 4 – De evitação – a pessoa também se isola, porém sofre por desejar o relacionamento afetivo, sem saber como conquista-lo. • • 5 – Emocionalmente instável: o indivíduo oscila entre o melhor e o pior do mundo, cede a impulsos e prejudica-se. • • 6 – Histriônica – manifesta-se pelo uso da sedução, na busca de atenção excessiva. Tenta ser sempre o centro das atenções. • Para a psicologia jurídica, tem interesse o estudo do transtorno de personalidade antissocial ( psicopatia, sociopatia, transtorno de caráter, transtorno sociopático, transtorno dissocial) – o indivíduo tem problemas para se adequar às regras sociais. • CAPACIDADE E INCAPACIDADE NO CÓDIGO CIVIL • • Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
• Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com
vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. • Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
• (Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:
• I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; • II - em caso de os pais decaírem do poder familiar. • • Art. 1.763. Cessa a condição de tutelado: • I - com a maioridade ou a emancipação do menor; • II - ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoção.) • Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
• I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
• II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; • III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; • IV - os pródigos. • (Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
• I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade; • II - • III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; • IV - • V - os pródigos.) • Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
• Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
• I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; • II - pelo casamento; • III - pelo exercício de emprego público efetivo; • IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; • V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. • IMPUTABILIDADE, SEMI-IMPUTABILIDADE E INIMPUTABILIDADE • • Imputabilidade penal implica na capacidade da pessoa entender a ação praticada como sendo um ato ilícito. • • Esse entendimento é que pode gerar ou não a responsabilização penal. • CP • Inimputáveis • Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. • Redução de pena • Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. • Menores de dezoito anos
• Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. • Emoção e paixão • Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: • I - a emoção ou a paixão; • Embriaguez • II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. • § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. • § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. • CPP • DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO
• Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do
acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. • § 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. • § 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.