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FISIOPATOLOGIA E

FARMACOTERAPIA DA DOR

Disciplina: Fisiopatologia e Farmacoterapia


Prof.ª: Dra.. Danielle Ayr Tavares de Almeida
2019
Introdução

A Dor é a principal razão para que os


pacientes procurem seus médicos

É o sinal de alarme de que algum


dano ou lesão está ocorrendo

O papel do farmacêutico
DEFINIÇÕES
CONCEITO

“Experiência sensitiva e
“Experiência sensorial
emocional desagradável
emocional desagradável,
associada ou descrita em
relacionada com lesão Dois Componentes:
termos de lesão tecidual”
tecidual real ou potencial, Nocicepção e a
( Associação Internacional
ou descrita em termos reatividade emocional à
para o Estudo da Dor -
deste tipo de dano” (Pain dor
International Association
Glossary - Pain 1979,
for the Study of Pain
6:249-52)
IASP, 1994)
FATORES QUE INFLUENCIAM O
SURGIMENTO DA DOR
COMPONENTES DA DOR

Comportamento
de dor
sofrimento

dor

nocicepção

Loeser, J.D. Concepts of pain, 1982


COMPONENTES DA DOR
Sensação :
processo pelo qual um estímulo externo
ou interno provoca uma reação
específica, produzindo uma percepção

Percepção :
A interpretação consciente das
sensações
Compreensão do significado da sensação

Houaiss
REATIVIDADE EMOCIONAL À DOR

Interpretação Intensidade da dor é


afetiva de caráter intensamente alterada
pelo nível de ansiedade
individual que e resposta ao estresse
modula ou distorce relacionado com a
origem da dor
a sensação dolorosa
MECANISMOS
NEUROPÁTICOS FATORES
ESTÍMULOS
PSICOLÓGICOS
NOCIGÊNICOS

NOCICEPÇÃO

FATORES
ESTADOS OU SOCIAIS,
TRAÇOS CULTURAIS
PSICOLÓGICOS EXPERIÊNCIAS E AMBIENTAIS
PRÉVIAS
IMPACTO DA DOR
FÍSICA PSICOLÓGICA
• Habilidade funcional • Ansiedade
• Fadiga/fraqueza • Depressão
• Sono e descanso • Lazer
• Náusea • Aflição
• Apetite
• Constipação
DOR • Felicidade
• Dor

SOCIAL
TOTAL • Atenção/Cognição

• Cuidador ESPIRITUAL
• Papel • Sofrimento
• Aparência • Significado da dor
• Função afetiva/sexual • Religiosidade
Adaptado de Ferrell et al. Oncol Nurs Forum. 1991;18:1303–9.
DOR – O.M.S.

PULSO
PRESSÃO
5o. SINAL
VITAL

RESPIRAÇÃO TEMPERATURA
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA

Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor


(SBED)
• Percentual médio de pessoas afetadas por algum tipo de
dor crônica (aquela com duração mínima de seis meses)
• No Brasil, varia de estado para estado, pode ser de 15% a
40% da população
EPIDEMIOLOGIA
Estas estatísticas mostram o grau de importância
do farmacêutico
• No controle e gerenciamento da dor
• É o primeiro profissional de saúde no qual o
paciente irá entrar em contato
• A farmácia é o local de mais fácil acesso
• Existem mais farmácias do que postos de saúde
no País.
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS ASSOCIADAS
COM DOR SIGNIFICATIVA
60 Dor lombar
54.6
Artrite
Prevalência E.U.A. (milhões)

50 Enxaqueca
43
40 Osteoporose
40 Osteoartrite
Diabetes
30 25 Artrite reumatóide
Fibromialgia
20 16 15.7

10
2.5 2
0

AmericanPharmacists Association, 2004


SINTOMAS CONCOMITANTES
SIGNIFICATIVOS
Dificuldade para
dormir

Falta de energia

Sonolência

Dificuldades em
concentração

Depressão

Ansiedade

Apetite diminuído

0 10 20 30 40 50 60 70

% de pacientes com anormalidade moderada ou muito intensa (n= 126)

Meyer-Rosberg et al. Eur J Pain. 2001; 5: 379-389


MODULAÇÃO DA DOR
NOCICEPÇÃO

Atividade do sistema
nervoso aferente
induzida por estímulos A dor é percebida como
nocivos, tanto exógenos um resultado da
(mecânicos, químicos, estimulação direta dos
físicos e biológicos), receptores da dor -
quanto endógenos NOCICEPTORES
(inflamação, isquemia
tecidual).
MODULAÇÃO DA DOR
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS VIAS
DE MODULAÇÃO DA DOR
CLASSIFICAÇÃO DA DOR –
TEMPO DE DURAÇÃO
DOR AGUDA X DOR CRÔNICA
DOR AGUDA
Estímulo nocivo excessivo

DOR CRÔNICA
HIPERALGESIA ALODINIA
Aberrações da via • Maior intensidade de dor associado a um • mínimo estímulo (leve toque) - dor
fisiológica normal estímulo leve • espasmos espontâneos de dor sem
qualquer estímulo desencadeante
Dor • Mecanismo adaptativo de
sobrevivência
• Alerta para lesão tecidual
• Causa: estímulos nocivos em

Aguda estruturas somáticas ou viscerais


• Ansiedade

• Início como dor aguda


• Mecanismos complexos cronificam

Dor • Torna-se processo patológico


• Causas:
• Patologias crônicas
• Disfunção SNC

Crônica • Fenômenos psicopatológicos


• Gera estresse físico, emocional e
ônus social e econômico
• Depressão
• Iatrogenias
DOR CRÔNICA NÃO É DOR AGUDA PROLONGADA
DOR CRÔNICA NÃO É DOR AGUDA PROLONGADA

Fisiopatologia da dor crônica é diferente da aguda, levando a


- Sensibilização
- Redução do limiar doloroso (hiperalgesia)
- Alodínea

Ativação receptores NMDA coluna  Aumento condutância de Ca+2, ativação de quinases, 5HT, BDK, PGs  Ativação da NOs
CLASSIFICAÇÃO DA DOR –
ORIGEM
DOR NOCICEPTIVA

Dor causada pela ativação das


terminações livres dos nervos periféricos
• Lesão tissular
• Ativação das terminações livres dos nervos
periféricos
• Condução e processa-mento sinaptico do impulso
• Dor

IASP (1994)
DOR NEUROPÁTICA
Dor que surge como uma consequência direta de uma lesão ou doença que
afeta o sistema somatosensitivo
IASP NeuPSIG (2011)

- Lesão do sistema nervoso


- Perda da função
- Atividade ectópica dentro
do sistema de nocicepção
Dor

NeuPSIG (2007) management Committee: R Baron, S Bistre, J Dostrovsky, R Dworkin, G Gourlay,


M Haanpää, ASC Rice, GR Strichartz, RD Treede, C Wells
Task force: JN Campbell, G Cruccu, J Dostrovsky, J Griffin, P Hansson, R Hughes, TS Jensen, T Nurmikko, J Serra RD Treede
DOR NEUROPÁTICA
Lesões do sistema nervoso central e periférico (por
exemplo: derrame cerebral, esclerose múltipla,
diabete neuropático) – dor crônica

Tem natureza intensa e está geralmente


associada a outras alterações sensitivas

Exemplo de dor sem nocicepção - dor


do membro fantasma
Dor Dor Dor Dores
por excesso de Neuropática
fisiológica nocicepção
« Disfuncionais"

Lesão Fibromialgia
Estímulo Lesão
nociceptivo inflamatória nervosa Cefaléias
COEXISTÊNCIA DE
DOR NOCICEPTIVA E NEUROPÁTICA

Dor nociceptiva Dor mista Dor neuropática

Exemplos
Cervicobraquialgia e Lombociatalgia
Radiculopatia cervical, torácica e lombar
Dor oncológica
Neuropatia compressiva (ex. Síndrome do túnel do carpo)
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DA DOR
DIAGNÓSTICO DA DOR

Antes de recomendar
ou prescrever
qualquer tratamento,
o farmacêutico ou o
médico devem Esta classificação é
classificar a dor do
paciente
feita, através de
perguntas
sistemáticas, usando
geralmente um
questionário
Observação Expressão
Facial
Fatores
socioculturais Reações
fisiológicas

Choro
AVALIAÇÃO DA DOR Escalas

Idade

Auto-avaliação
Questionamento
Reações
comportamentais
AVALIAÇÃO DA DOR
• ESCALA VERBAL

Quantificação da experiência dolorosa por


meio de uma conversa

O paciente pode classificar a dor quanto:


Dor Dor Ou a pior
Dor leve; Dor forte;
moderada; insuportável; das dores.
AVALIAÇÃO DA DOR

• Escala numérica: Praticidade

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fraca Moderada Forte


AVALIAÇÃO DA DOR
• ESCALA DE FACES

Ilustração: Mauricio de Souza

0 1 2 3 4

0 1 2 3 4
(CLARO, 1993)
CLARO (1993)
(WHALEY; WONG, 1989)

WHALEY;WONG (1989)
AVALIAÇÃO DA DOR
• ESCALA DE FACES

McGrath (1984)
AVALIAÇÃO DA DOR
• ESCALA DE COPOS
AVALIAÇÃO DA DOR
• COMBINAÇÃO DE ESCALAS ou ESCALA HÍBRIDA
ou ESCALA VISUAL ANALÓGICA (EVA)
AVALIAÇÃO DA DOR
• ESCALAS MULTIDIMENSIONAIS
• Questionário de dor MCGILL (Melzack, 1975; Stein & Mendl,
1988).
• Escala muito complexa para ser usada no atendimento
primário à saúde

Três dimensões da dor •Avalia,

Sensorial-discriminativa •Discrimina e
Motivacional-afetiva •Mensura
Cognitiva-avaliativa As diferentes dimensões da
experiência dolorosa
AVALIAÇÃO DA DOR
• ESCALAS MULTIDIMENSIONAIS

• Compreende 78 palavras (descritores)

– 4 grandes grupos
• Sensorial, Afetivo, Avaliativo e Miscelânea

– 20 subgrupos
• os componentes sensorial (subgrupos de 1 a 10),
• os componentes afetivo (subgrupos de 11 a 15),
• os componentes avaliativo (subgrupo 16) e
• os componentes miscelânea (subgrupos de 17 a 20)
INVENTÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA DOR McGILL
1 5 9 13 17
1-vibração 1-beliscão 1-mal 1-castigante 1-espalha
2-tremor 2-aperto localizada 2-atormenta 2-irradia
3-pulsante 3-mordida 2-dolorida 3-cruel 3-penetra
4-latejante 4-cólica 3-machucada 14 4-atravessa
5-como batida 5-esmagamento 4-doída 1-amedrontadora 18
6-como 6 5-pesada 2-apavorante 1-aperta
pancada 1-fisgada 10 3-aterrorizante 2-adormece
2 2-puxão 1-sensível 4-maldita 3-repuxa
1-pontada 3-em torção 2-esticada 5-mortal 4-espreme
2-choque 7 3-esfolante 15 5-rasga
3-tiro 1-calor 4-rachando 1-miserável 19
3 2-queimação 11 2-enlouquecedora 1-fria
1-agulhada 3-fervente 1-cansativa 16 2-gelada
2-perfurante 4-em brasa 2-exaustiva 1-chata 3-congelante
3-facada 8 12 2-que incomoda 20
4-punhalada 1-formigamento 1-enjoada 3-desgastante 1-aborrecida
5-em lança 2-coceira 2-sufocante 4-forte 2-dá náusea
4 3-ardor 5-insuportável 3-agonizante
1-fina 4-ferroada 4-pavorosa
2-cortante 5-torturante
3-estraçalha

NÚMERO DE DESCRITORES ÍNDICE DE DOR


SENSORIAL 1-10 SENSORIAL
AFETIVO 11-15 AFETIVO
AVALIATIVO 16 AVALIATIVO
MISCELÂNIA 17-20 MISCELÂNIA
TOTAL TOTAL
TRATAMENTO DA DOR
TRATAMENTO DA DOR
Remoção das causas

Melhora do sofrimento: físico /mental


Melhora da qualidade de vida: física / mental / social Bloqueios Anestésicos
Profilaxia de complicações: NC funcional
Morfínicos, AINEs
Adjuvantes, MF, Pq
Opiáceos - morfínicos potentes
AINES
Adjuvantes, MF, Pq
Opiáceos - morfínicos
fracos
AINEs
Adjuvantes, MF, Pq
AINEs
Adjuvantes
Medicina física (MF)
Psiquiatria (Pq)

Reabilitação bio-psico-social
ESCADA DA PRESCRIÇÃO - OMS

Dores Fortes

Dores Moderadas Opióides Fortes


+/-
Dores fracas
Opióides Fracos AINES
Analgésicos
+/- +/-
Periféricos
AINES + Co-analgésicos
+/-
Co-analgésicos Co-analgésicos
ESCADA DA PRESCRIÇÃO - OMS

Dores Fortes
Dores Moderadas Prescrição feita
FARMACÊUTICO somente pelo médico
pode prescrever opióides de livre (retenção de receita):
dispensação: Atroveran® (cloridrato de
papeverina + dipirona sódica + Atropa
morfina, petidina ou
Dores fracas beladona), dextrometorfano (Trimedal meperidina
Tosse® dose de 120mg a 180mg por
dia; Ben Abraham et al, 2002), (Dolantina®,
FARMACÊUTICO
prescrever dipirona ou
loperamida (Imosec®) ou opiáceos
sob prescrição médica como Elixir
Piperosal®, Dolosal®,
acetaminofeno (paracetamol)
ou aspirina ou outros anti-
Paregórico® (extrato de Papaver Demerol®), fentanil,
somniferum). E também vitaminas B6
inflamatórios não esteroidais e B12 (Metadoxil®, Alginac®, metadona.
(AINES) sem interrupção; Citoneurin®, Rubranova®).
TRATAMENTO DA DOR
Analgésicos , AINEs
Corticosteroides
Dor Nociceptiva Opiácios
Psicotropicos
Interupção das vias
Estimulação do SNP e SNC
Anticonvulsivantes
Dor Neuropática Opiácios
Psicotropicos
Interupção das vias
Estimulação do SNP e SNC
Psicoterapia
Dor Psicogénica Psicotropicos
Psicocirurgia
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DOR
Dor Dor Dor
Nociceptiva Neuropática Mista

Acetaminofeno e AINHs  

Tramadol e Opióides   

Neuromoduladores
(Antidepressivos e
Antiepilepticos)  

Morlion B et al. Current Med Res Opin 2011; 1: 11-33.


Taylor RS, Niv D, Raj R. Pain Pract 2006; 6(1): 10-21.
Belgrade M, Schamber C. J Pain 2006; 7(9): 671-681.
SELEÇÃO DO TRATAMENTO ADEQUADO
A seleção da terapia medicamentosa mais apropriada
depende de algumas variáveis:
– Eficácia comprovada por estudos clínicos
– Tolerabilidade
– O paciente – o perfil de efeitos colaterais que podem ser
desencadeados (Ex. idoso)
– Segurança – a possibilidade de interações
medicamentosas para pacientes em politerapia
– Esquema posológico que permita maior adesão

Galler BS. The clinical handbook of neuropathic pain. Educational program syllabus. American Academy
of Neuroloy meeting. San Diego, Califórnia, Abril 29 - Maio 6, 2000
ANALGÉSICOS
- Paracetamol
- Efeitos adversos hepáticos
- Dose teto 4 gr/dia
- (fator limitante nas formulações associado ao Tramadol ou
Codeina)
- Dipirona
- COX-3
- Efeito adverso Aplasia de medula
- Opióides
- Fracos (Codeina, Tramadol)
- Fortes (Morfina, Metadona, Oxicodona, fentanila. )
CASCATA DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO
Ácido araquidônico

COX-2 Inibidores
COX-1 AINEs especificos da
(Constitutiva) (Induzivel) COX-2

X X
Estômago Doenças – alvo
Intestino Atrite
Rins Dor
Plaquetas Câncer de Cólon
D.de Alzeimer
AÇÃO PERIFÉRICA E CENTRAL DAS
PROSTAGLANDINAS E COX-2
Periféria Central

Trauma/inflamação Interleucina -1b

Expressão da COX-2
Liberação de acido araquidonico

COX-2  Prostaglandinas na
 Prostaglandinas na periféria medula espinal

Sensibilização central
 Sensibilidade do nociceptor
periférico (hiperalgesia primaria)
Sensibilidade anormal a dor
Baba H, et al. J Neurosci. 2001;21:1750-1756.
Ek M, et al. Nature. 2001;410:430-431.
Dor
AINEs

- Anti- inflamatórios tradicionais


- Inibidores da COX-2
Efetivos: nas dores articulares
dores nociceptivas (inflamatórias)
na imobilidade associada a osteoatrite
Potencia analgésica similar
COX-2 com menor risco gástrico que os tradicionais

Ade Adebajo Treatment of Pain and Immobility-associated Osteoarthritis Consensus Guidance for Primary Care BMC Fam Pract. 2012;13(23)
AINES - CONTRA INDICAÇÕES
Gastrointestinal
- Duplica a cada década acima dos 55 anos
- 2 x maior no sexo masculino
- Histórico de sangramento gástrico /ulcera
- Uso anticoagulantes, corticoides
- Infecção por Helicobacter pylori
Comorbidades
- Cardiovasculares (COX-2)
- Hepáticas
- Insuficiência renal
Uso prolongado
Doses tetos
Fumantes e abuso de álcool

Ade Adebajo Treatment of Pain and Immobility-associated Osteoarthritis Consensus Guidance for Primary Care BMC Fam Pract. 2012;13(23)
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
DA DOR NEUROPÁTICA PERIFÉRICA

Primario:
DOR ZERO ?
Realidade = a 30% a 40% de redução da DOR
Secundários:
Melhora nas capacidades funcionais
Na qualidade de vida

Argoff C.E. et al Mayo Clinic Proceedings april 2006;81(4,suppl):S12-S25


Primeira - linha
Antidepressivos (triciclicos e inibidores duais da recaptação da NA / 5HT)
Ligantes α2-δ dos canais de calcio.
Lidocaina tópica
Segunda - linha
Tramadol
Opioides
Terceira - linha
Antiepileptico, Antidepressivos, Antagonistas de receptores NMDA, mexiletina ,
capsaicina, carabinoides.

Robert H Dworkin.. AlecB. O’Connor, Miroslav Backonja,john T. Farrar;,NannaB. Finnerup ,


TroelS. Jensen, Eija A.Kalso, John Loeser, Christine Miaskowski, Turo J Nurmicohae
Russe l K. Portnoy, Andrew S.C.Rice, BrettR.Stacey, Rolf-Detlef Treede, Dennis C, Turk. Mark S Wallace.
COMO JUSTIFICAR O USO DE ANTIDEPRESSIVOS NA
DOR CRÔNICA : NOCICEPTIVA E NEUROPÁTICA
- Fisiopatologia da Dor

vias descendentes inibitórias

5-HT
NA

NA e 5-HT = inibição central

Figure adapted from: Fields HL and Basbaum AI. Central nervous system mechanisms of pain modulation. In: Wall PD and Melzack R, eds. Textbook of
Pain, 4th ed. Churchill Livingstone: London, UK;1999,310.
ANTIDEPRESSIVOS

Triciclicos - inibidores da recaptação da 5-HT e da NA


Amitriptilina, Imipramina, Clomipramina, Nortriptilina, Desipramina.
Duais - inibidores da recaptação da 5-HT e da NA.
Duloxetine, Venlafaxin, Desvenlafaxina.
Inibidores Seletivos da recaptação da (5-HT)
Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina, fluvoxamina, Paroxetina, Sertralina
Moduladores de serotonina (bloquedor do 5-HT2)
Nefazodone, Trazodone e Mirtazapina
Inibidores da recaptação da Noradrenalina e Dopamina
Bupropiona

R.H. Dworkin et al. / Pain 132 (2007) 237–251


T.W. Ho et al. / PAIN 141 (2009) 19–24
N.B. Finnerup et al. / PAIN Ò 150 (2010) 573–581
PAPEL DO FARMACÊUTICO NO
TRATAMENTO DA DOR
EQUIPE INTERDISCIPLINAR DO MANEJO DA DOR

Farmacêutico Médico

Paciente/Família

Enfermeiro
ATENÇÃO FARMACÊUTICA
• Educação ao Paciente

• Programas de prevenção e saúde


- Diminuição de reações adversas
– Diminuição de custos Farmácia: Hospital
– Melhorar resultados da terapia

American Society of Hospital Pharmacists. ASHP statement on pharmaceutical care. Am J Hosp


Pharm. 1993;50:1720–3.
DOR– POLIFARMACIA RACIONAL

Monoterapia, quando possível

Vantagens potenciais da politerapia?

Ao associar medicações escolher efeitos sinérgicos

Cuidado com as Interações medicamentosas

Acompanhamento clínico e monitorização labotorial

Efeitos colaterais: pesar relação custo x benefício


Dworkin et al,2007

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