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A Pré-História desenvolveu-se ao longo de milhões de anos:

desde o aparecimento dos antepassados do Homem – os


hominídeos – até à invenção da escrita.

Os historiadores dividem este período em duas épocas:

o eo
Os mais antigos hominídeos surgiram há mais de 4
milhões de anos no Leste e Sul do Continente Africano.
Tudo começou quando, em resultado de
alterações climáticas, a paisagem se alterou:

-A floresta deu lugar à savana


(formação vegetal de ervas mais ou menos
altas e com poucos arbustos)

Os nossos antepassados assumiram, a


pouco e pouco, a bipedia e o verticalismo
do corpo.
Há certca de 150 mil anos, a evolução física e mental dos hominídeos
culminou no Homo Sapiens, o Homem actual.

Este processo de evolução que conduziu ao


homem moderno,chama-se Hominização.
No ínicio, os hominídeos alimentavam-se
essencialmente do que a Natureza lhe
dava: frutas, insectos, raízes. Por isso, era
recolectores.

Depois, com o crescimento das


comunidades, os membros do
grupo passaram a dedicar-se com
frequência à caça.
A caça era uma actividade muito
importante para a sobrevivência dos
hominídeos. Graças a ela obtinham
carne (para a alimentação) peles (para
roupas e tendas) e ossos e chifres (para
instrumentos ou ferramentas).

Por outro lado, a caça era


também uma forma de
estreitar relações entre a
comunidade.

No Paleolítico praticava-se, portanto,


uma economia de recolecção.
O Homem, no Paleolítico tinha uma vida semi-nómada, quer dizer,
deslocava-se de acampamento para acampamento em busca de comida,
mas permanecendo bastante tempo num mesmo território.

As suas cabanas e tendas era feitas de ramos de árvores, peloes e ossos


de animais.
A sobrevivência dos hominídeos dependeu, muito, do
fabrico de instrumentos: alguns eram simples, como os
seixos rolados e os bifaces; outros eram já mais
trabalhados, como os raspadores, pontas e machados.

Os materiais usados aos instrumentos eram em pedra, osso e chifre.


Outra importante descoberta

dos hominídeos foi o fogo.


O domínio desta fonte de
energia revela bem a sua
capacidade criadora.
A produção do fogo alterou profundamente os hábitos do homem primitivo,
pois veio permitir-lhe:

 aquecer-se e cozinhar os alimentos;


 defender-se melhor dos restante predadores;
 aperfeiçoar instrumentos e técnicas de caça;
 iluminar as cavernas;
 promover a vida em grupo;
 desenvolver a linguagem.
O Homo Sapiens Sapiens deixou-
nos expressivas formas de arte.
De entre elas destacam-se dois
géneros artísticos: aarte
rupestre ou parietal e a arte
móvel.
A arte rupestre data do Paleolítico Superior e abrange trabalhos
artísticos sob a forma de pintura ou de gravura.

Nas paredes das cavernas e em rochas ao


ar livre, o Homo Sapiens Sapiens pintava
e/ou gravava essencialmente os animais
que o rodeavam, cenas de caça, algumas
figuras humanas (ainda que raras) e sinais.
O Homem do Paleolítico foi também escultor.
Fazia pequenas estatuetas em osso, marfim ou
pedra e de animais e de pequenas figurinhas de
mulher – as Vénus.
Desconhece-se a finalidade
destas manifestações. Alguns
historiadores referem que o
faziam com intenções mágicas.
O Homem primitivo acreditava, muito possivelmente, na vida para além da
morte. Com efeito, faziam cerimónias de culto aos mortos, pintando-lhe os
corpos e enterrando-os com adornos e restos de comida.
Entre 12 000 a.C. e 10 000 a.C. Terra
passou por grandes mudanças
climáticas.

Então, deram-se importantes


mudanças na vida das
populações.

Ao novo período da história do


Homem que, então, se iniciou

deu-se o nome de Neolítico.


As alterações mais profundas no modo de vida do Homem ocorreram no
Próximo Oriente, numa região conhecida por Crescente Fértil.

Aí, em vales férteis e baixos


planaltos, pequenas comunidades
passaram a produzir recursos para a
sua subsistência:
•cultivaram cereais;
•domesticaram animais.

Então, o Homem deixou de ser


recolector e passou a ser produtor.
produtor
O desenvolvimento da agricultura está ligado a novos instrumentos
(agora, de pedra polida), como a enxada, foice e mó.

Logo de seguida, surgem outras importantes inovações técnicas – a


cestaria, a cerâmica e a tecelagem.
A prática da agricultura obrigou à sedentarização do Homem. Surgem
então os primeiros aldeamentos.
A diversidade de tarefas nas aldeias –
agricultura, pecuária, cestaria, tecelagem,
cermâmica – levou à divisão e
especialização do trabalho.

Então, surgiram as primeiras formas de


diferenciação social.

Os guerreiros e os sacerdotes passaram a distinguir-se entre os demais


habitantes.
No Neolítico, o Homem criou novas formas de culto e de arte.

Fez pequenas esculturas femininas, que representam a deusa-mãe,


símbolo de fertilidade da terra e da mulher.

Construiu, também grandes


monumentos em pedra - os
monumentos megalíticos, ligados ao
culto dos mortos e ao culto da Natureza.
De entre os monumentos megalíticos podem distinguir-se:

Alinhamento
de menires

Menir

Cromeleque Dólmen ou Anta


Nos inícios do 4.º milénio, o Neolítico chega ao fim. Então, nos vales férteis
dos grandes rios do Próximo Oriente, uma série de progressos altera a vida
das sociedades agrícolas: a invenção da escrita e do cálculo, a descoberta
da metalurgia, a fundação das cidades.

Era o início de um longo período da história da humanidade, a chamada Idade


Antiga ou Antiguidade. Era o tempo das primeiras grandes civilizações.

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