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Pasteurella ssp.

MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
 Discentes:
Évellin Caroline Araújo de Matos
Jessyka Gomes
Lauriano Neto
Paloma Fernandes
Orleane Barros Menezes
 Docente: Dr. Robson Bahia
 Disciplina: Microbiologia Veterinária
Pasteurella ssp.
 Pertence a família Pasteurellaceae.

 São cocobacilos imóveis Gram-negativos.

 Anaeróbios facultativos, tipicamente oxidase-positivos.

 A maioria é parasita comensal nas membranas


mucosas do trato respiratório superior de animais
domésticos.

 Há 19 espécies reconhecidas e propostas.


Aspectos Descritivos
 Morfologia e Coloração:

 As células medem 0,2 um x até 2,0 um.

 Bipolaridade, a coloração apenas das


extremidades das células.

 Ascápsulas da P.multocida, P. haemolytica e p.


trahalosi, constituem a base da especificidade
do biótipo.
Estrutura e Composição

 As cápsulas contêm polissacarídeos ácidos.

 As paredes celulares são constituídas


principalmente por lipopolissacarídeos e
proteínas.

 Algumas destas últimas são expressadas em


condições de deficiência de Ferro.
Características de Crescimento

 Crescem melhor na presença de soro ou


sangue.

 As colônias têm diâmetro aproximado 1mm e


são claras e lisas ou mucóides.
Resistência
 As culturas morrem dentro de 1 ou 2 semanas.

É destruída por desinfetantes, calor (50°C por


30 min.) e luz ultravioleta.

 Mais resistentes a penicilinas, tetraciclinas e


sulfonamidas.

O gene que codifica resistência a tetraciclina é


exclusivo e associa-se a plasmídeos R.
Variabilidade
 Utilizando imunodifusão em gel de ágar identificou 16
sorotipos.

 Os sorotipos são relacionados a especificidade e


patogenicidade para o hospedeiro.

 A P.haemolytica foi diferenciada em dois biótipos: A (fermenta


arabinose) e T (fermenta trealose). Diferem com respeito a
reservatório, patogenicidade, sensibilidade antimicrobiana,
peculiaridades de cultivo e sorológicas e afinidade genética.

 O biótipo A é composto por 12 sorotipos capsulares e T (P.


trehalosi) por 4.
Ecologia
 Transmissão

A infecção ocorre por inalação, ingestão ou


feridas de mordedura e arranhadura. Muitas
destas são endógenas.
Patogenia
 Mecanismos

 Ascápsulas e as leucotoxinas podem destruir


as respostas fagocitárias e inflamatórias. As
lesões sugerem atividade endotóxica.
Patogenia
 Patologia

 As lesões variam de acordo com o local de infecção, a


virulência das cepas e a resistência do hospedeiro.

 Células inflamatórias predominam na maioria das


pneumonias, com eritrócitos, neutrófilos e células
mononucleares aparecendo e prevalecendo
sucessivamente. A aparência tecidual varia de negro-
avermelhado a vermelho, rosa e cinza.

 Variações na gravidade de necrose, formação de abscessos


e deposição de fibrina.
Formas da Doença
 Bovinos: Septicemia hemorrágica causada por P. multocida
sorotipo B:6 ou E:6.

 Os sinais incluem febre alta, depressão, edema subcutâneo,


hipersalivação e diarréia ou morte súbita. Todas as excreções e
secreções são altamente infecciosas.

 A P. haemolytica biotipo A, sorotipo 1 é a forma mais comum,


sendo conhecida como febre do transporte, uma pleuropneumonia
fibrinosa ou broncopneumonia.

 Caracteriza-se por febre, inapetencia e apatia, sons pulmonares


anormais, mastite com destruição tissular, hemorragia e
complicações tóxicas sistêmicas, chegando a fatalidade.
Formas da Doença
 Ovinos e Caprinos: quase sempre provocada
por P. trehalosi em cordeiros de engorda e por
P. haemolytica em cordeiros lactantes.

 Mastite gangrenosa ocorre no final da


lactação, reações sistêmicas agudas
acompanham a doença do úbere, com
algumas áreas sofrendo necrose (úbere azul)
e podendo esfacerlar-se.
Formas da Doença
 Suínos: pneumonia fibrinosa associada a P.
multocida acompanha infecçoes virais.

 Rinite atrófica resulta em destruição dos


turbinados e surgimento de complicações
secundárias decorrente da infecção nasal
sinérgica.

 Os sinais incluem espirros, epistaxe e manchas


na face por obstrução do ducto lacrimal
Formas da Doença
 Coelhos: Coriza, uma rinossinusite
mocopurulenta por P. multocida

 As implicações incluem broncopneumonia,


infecção dos ouvidos médio e interno,
conjuntivite e septicemia.

 No trato genital pode causar orquite,


balanopostite e piometra.
Formas da Doença
 Aves: Cólera aviária provocada por P. multocida
(sorotipo capsular A), adquirida mediante ingestão ou
inalação e acomete perus, aves aquáticos e galinhas.

 A fase aguda apresenta apatia, anorexia, diarréia e


secreções nasal e ocular.

 A forma subaguda é respiratória e se manifesta por


crepitações e secreção nasal mucoporulenta.

 Equinos: P. caballi ocorre em doença respiratória equina,


em associação com Streptococcus zooepidemicus.
Formas da Doença
 Cães e Gatos: P. multocida e P. canis são encontradas
com a flora aeróbia que predomina em infecções de
feridas, serosites (piotórax de felinos) e lesões por corpo
estranho.

 Pequenos Roedores de Laboratório: P. pneumatropica,


comensal habitual contribui para infecções oportunistas
como pneumonia.

 Humanos: P. multocida provoca infecções em feridas


humanas resultantes de mordeduras ou arranhaduras de
animais.
Aspectos Imunológicos
 O anti-soro é útil para proteção a curto prazo.

 Vacinas vivas contendo organismos


atenuados foram mais promissoras.
Diagnóstico Laboratorial
 Exame direto: Exsudatos, impressões de
tecidos, sedimentos de aspirados transtraqueais.

 Em aves, esfregaços sanguineos podem ser


corados utilizando-se de uma técnica
policromática e examinados quanto à presença
de organismos bipolares.

 Na coloração de Gram, pasteurelas não podem


ser diferenciadas.
Diagnóstico Laboratorial
 Isolamento e Identificação: crescem por
uma noite no Ágar sangue bovino e ovino e
são identificadas utilizando-se testes de
diferenciação.
Tratamento e Controle
 Respondem a terapia antimicrobiana quando instituída no
inicio. Exibe resistência moderada a aminoglicosídeos.

 Sulfonamidas, penicilina G, ceftiofur, tilmicosina,


florfenicol e tetraciclinas, são as drogas preferidas.

 Os testes de sensibilidade devem confirmar se são


adequadas ou não.

 Práticas de manejo direcionadas a redução do estresse são


importantes na prevenção de Pasteurelose em rebanhos.
Obrigado.
Referências Bibliográficas
 DWIGHT, C.H; ZEE, Y.C. Microbiologia veterinária.
Guanabara Koogan: Rio de janeiro, 2003.

 QUINN, P.J et al. Microbiologia veterinária e


doenças infecciosas. Artmed: Porto Alegre, 2005.

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