Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• GERAL
• Debates;
• Leitura de textos legais, doutrinas e
jurisprudências, elaborando análise crítica e
redação;
• Estudo de casos extraídos de processos,
periódicos e livros, propondo soluções; e
• Atividades complementares orientadas para a
disciplina.
5 AVALIAÇÃO
NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO EM
ESTUDOS SÓCIO-AMBIENTAIS DO
MARANHÃO - NUDESA-MA/OSCIP
Atenção:
E se fosse substituído a expressão acima
destacada por caso fortuito? Certo ou
errado?
(II) Teoria do risco integral
OAB – CESPE
Certo ou errado?
Conclusão:
Os bens de uso especial e os bens de uso comum
do povo estão afetados à proteção dos interesses
da coletividade, vale dizer, do interesse público
primário. Pelo contrário, os bens dominicais
estão vinculados ao interesse patrimonial do
Estado, que é o interesse público secundário.
ATRIBUTOS DOS BENS PÚBLICOS
Inalienabilidade: os bens públicos não podem
ser vendidos livremente, mas somente mediante o
cumprimento de condições estabelecidas em lei.
Da inalienabilidade decorrem as impossibilidades
de hipoteca, embargos, desapropriação,
reivindicação, usufruto e servidão. Para que os
bens públicos possam ser vendidos é
necessária, primeiramente, a desafetação, com
a consequente demonstração do interesse
público, prosseguindo-se com a avaliação prévia
do bem, autorização legislativa e licitação.
Art. 100, CC: “Os bens públicos de uso comum
do povo e os de uso especial são inalienáveis,
enquanto conservarem a sua qualificação, na
forma que a lei determinar”.
Art. 101, CC:“Os bens públicos dominicais podem
ser alienados, observadas as exigências da lei”.
A citada norma permite concluir que os bens de uso
comum do povo e os de uso especial não podem
ser alienados, exceto se houver uma alteração de
sua qualificação na forma que a lei determinar. Isso
porque os bens de uso comum e os de uso especial,
em princípio, são passíveis de conversão em bens
dominicais, por meio da desafetação, e, uma vez,
desafetados, é permitida sua alienação.
Questão média de concurso:
Certo ou errado?
Impenhorabilidade: os bens públicos não
podem ser alvo de constrição judicial a fim de
servirem de pagamento para dívidas
contraídas pela Fazenda Pública, tendo em
vista que tal espécie de execução segue o
regime específico dos precatórios, conforme
prevê o art. 100 da CF. Tal característica se
estende aos bens de empresas públicas,
sociedades de economia mista e
concessionários de serviços públicos, desde
que afetados à prestação de serviços públicos.
Imprescritibilidade: os bens públicos não são
atingidos pela prescrição aquisitiva, ou seja, não
se sujeitam a usucapião, conforme preveem os
artigos 183, §3º e 191 da CF e art. 102 do CC.
Corrente majoritária entende que tal característica
também atinge os bens dominicais, com exceção
das terras devolutas em áreas rurais que, por
expressa disposição legal, podem ser usucapidas
(Lei nº 6.969/1981, art. 2º). Alguns autores,
porém, já sustentam a possibilidade de usucapião
dos bens dominicais que não cumpram sua
função social, como é o caso de Sílvio Luís
Ferreira da Rocha.
Não onerabilidade: os bens públicos
não podem ser gravados de ônus reais,
ou seja, não podem ser objeto de
direito reais de garantia, como por
exemplo o penhor ou a hipoteca.
Uso comum dos bens públicos.
Certo ou errado?
DESAPROPRIAÇÃO
Certo ou errado?
A necessidade pública envolve situações de
emergência, que exigem a transferência urgente e
imprescindível de bens de terceiros para o domínio
público, propiciando uso imediato pela Administração.
Em conformidade com o art. 5º, alíneas a, b e c do
Decreto-Lei nº 3.365/1941 são questões de
necessidade pública: (a) segurança nacional; (b)
defesa do Estado; e (c) socorro público em caso
de calamidade.
A utilidade pública ocorre quando a aquisição do
bem é conveniente e oportuna, mas não é
imprescindível. O art. 5º, alíneas d e seguintes, do
Decreto-Lei nº 3.365/1941 elencam as hipóteses de
utilidade pública que permitem a desapropriação.
Art. 5o Consideram-se casos de utilidade pública:
a) a segurança nacional;
b) a defesa do Estado;
c) o socorro público em caso de calamidade;
d) a salubridade pública;
e) a criação e melhoramento de centros de população, seu
abastecimento regular de meios de subsistência;
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas
minerais, das águas e da energia hidráulica;
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração,
casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes
medicinais;
h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou
logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o
parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua
melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a
construção ou ampliação de distritos industriais;
j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;
k) a preservação e conservação dos monumentos
históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos
urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a
manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou
característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais
particularmente dotados pela natureza;
l) a preservação e a conservação adequada de arquivos,
documentos e outros bens moveis de valor histórico ou
artístico;
m) a construção de edifícios públicos, monumentos
comemorativos e cemitérios;
n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso
para aeronaves;
o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de
natureza científica, artística ou literária;
p) os demais casos previstos por leis especiais.
Já o interesse social permite a
desapropriação para promover a justa
distribuição da propriedade ou condicionar
seu uso ao bem estar social (Lei nº
4.132/1962, art. 1º). Tal modalidade
expropriatória possui caráter eminentemente
sancionatório, representando uma punição ao
proprietário do imóvel que descumpre a função
social da propriedade.
Art. 1º A desapropriação por interesse social será
decretada para promover a justa distribuição da
propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar
social, na forma do art. 147 da Constituição
Federal.
Art. 2º Considera-se de interesse social:
I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem
correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo
dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino
econômico;
II - a instalação ou a intensificação das culturas nas áreas em cuja
exploração não se obedeça a plano de zoneamento agrícola, VETADO;
III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de
povoamento e trabalho agrícola:
IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a
tolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham construído sua
habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez) famílias;
V - a construção de casa populares;
VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela
conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de saneamento,
portos, transporte, eletrificação armazenamento de água e irrigação, no
caso em que não sejam ditas áreas socialmente aproveitadas;
VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e
de reservas florestais.
VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características,
sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas.
BASE CONSTITUCIONAL E LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL
A CF fala sobre desapropriação nos artigos 5º,
inc. XXIV, 22, inc. II, 182, §4º, inc. III, 184, caput e
§5º, 185 e 243.
Infraconstitucionalmente, aplicam-se o Decreto-
Lei nº 3.365/1941 (Lei Geral de Desapropriações),
Lei nº 4.132/1962 (desapropriação por interesse
social), Lei nº 8.629/1993 (reforma agrária), Lei
Complementar nº 76/1993 (rito procedimental da
reforma agrária), Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da
Cidade) e Lei nº 10.406/2002 (Código Civil).
COMPETÊNCIAS PARA LEGISLAR, DESAPROPRIAR
E PROMOVER DESAPROPRIAÇÃO
Certo ou Errado?
Por fim, é preciso dizer que a competência para
promover a desapropriação, ou seja, executar os
atos materiais e concretos de transformação de bem
privado em público é da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, dos Territórios, das
autarquias e das concessionárias e permissionárias
de serviços públicos, como prescreve o art. 3º do
Decreto-Lei nº 3.365/1941.
OBS: a desapropriação é forma originária de
aquisição da propriedade, haja vista que não deriva
de situação jurídica anterior. Assim, ingressa no
domínio público livre de quaisquer gravames, os
quais, se existirem, ficam automaticamente
desconstituídos, e os credores se sub-rogam no
direito de crédito do desapropriado.
Questão: Analista Fiscal – ESAF
“Os ônus e direitos que existiam em relação ao
bem expropriado extinguem-se e ficam sub-
rogados no preço”
Certo ou errado?
Questão: Procuradoria da República
“Por ser forma originária de aquisição da
propriedade, não ficam sub-rogados no valor
pago a título de indenização, quaisquer ônus ou
direitos reais que recaiam sobre o bem
expropriado”.
Certo ou errado?
Questão: Havendo contrato de locação
incidente sobre o bem imóvel, a
superveniência da desapropriação desfaz
automaticamente o vínculo contratual?
Certo ou errado?
Certo ou errado?
A desapropriação incidente sobre imóvel somente se
completa depois de efetuado o pagamento ou
consignação, atendendo ao mandamento constitucional
da prévia indenização. A sentença que fixa o valor da
indenização constitui título hábil para a transcrição no
Registro de Imóveis (Decreto-Lei nº 3.365/1941, art. 29).
OBS: Maria Sylvia Zanella Di Pietro ressalta que o valor
da indenização deve abranger as seguintes parcelas:
(I) valor do bem expropriado; (II) benfeitorias anteriores
à expropriação; (III) lucros cessantes e danos
emergentes; (IV) juros compensatórios; (v) juros
moratórios; (VI) honorários advocatícios; (VII) custas e
despesas judiciais; (VIII) correção monetária; (IX)
despesa com desmonte e transporte de mecanismos
instalados e em funcionamento.
PROCESSO ADMINISTRATIVO
BASE CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL
A CF determina, no art. 5º, inc. LIV, que "ninguém
será privado dos seus bens sem o devido processo
legal". Já no inc. LV do mesmo artigo, impõe que "aos
litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes".
Em sede infraconstitucional, a Lei nº 9.784/1999
regulamenta o processo administrativo da
Administração Pública Federal, e serve de base para
normas estaduais e municipais referentes ao tema.
Questão – Magistratura Federal da 3ª
região
Certo ou errado?
PRINCÍPIOS DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO
São aplicáveis ao processo administrativo
os seguintes princípios: (I) legalidade, (II)
finalidade, (III) impessoalidade, (IV)
moralidade, (V) publicidade, (VI)
razoabilidade ou proporcionalidade, (VII)
obrigatória motivação, (VIII) segurança
jurídica, (IX) informalismo, (X) gratuidade,
(XI) oficialidade ou impulso oficial, (XII)
contraditório e ampla defesa.
ÓRGÃO, ENTIDADE E AUTORIDADE
O art. 1º, §2º da Lei nº 9.784/1999
estabelece três definições importantes:
(a) órgão: a unidade de atuação
integrante da estrutura da Administração
direta e da estrutura da Administração
indireta; (b) entidade: a unidade de
atuação dotada de personalidade jurídica;
(c) autoridade: o servidor ou agente
público dotado de poder de decisão.
Questão: OAB Nacional 2009.1
“Considera-se entidade
administrativa a unidade de
atuação integrante da estrutura
da administração direta”.
Certo ou errado?
INSTAURAÇÃO DO PROCESSO E LEGITIMADOS
Em conformidade com o art. 5º da Lei nº 9.784/1999, o
processo administrativo pode ser instaurado de
ofício pelo administrador ou a pedido do
interessado.
O art. 9º da Lei nº 9.784/1999 define como legitimados
no processo administrativo: (a) titulares dos direitos e
interesses que iniciem o processo, podendo ser
pessoas físicas ou jurídicas; (b) terceiros interessados
que, sem terem iniciado o processo, possuem direitos
ou interesses que possam ser afetados pela decisão a
ser adotada; (c) organizações e associações
representativas, no tocante a direitos e interesses
coletivos; (d) pessoas ou associações legalmente
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.
Questão: OAB Nacional 2008.2
“O processo administrativo
pode iniciar-se de ofício ou a
pedido de interessado”.
Certo ou errado?
Questão: Magistratura/TO
“O processo administrativo em
geral, no âmbito da União, pode ser
instaurado de ofício ou por iniciativa
dos interessados, entre os quais se
incluem as pessoas e associações
legalmente constituídas quanto a
direitos ou interesses difusos”.
Certo ou errado?
Questão: Magistratura/PI-CESPE
Certo ou errado?
Questão: OAB Nacional 2009.1
Certo ou errado?
COMPETÊNCIA – a competência
administrativa é irrenunciável e deve ser
exercida pelo órgão legalmente habilitado para
seu cumprimento. É possível, no entanto, a
delegação da competência a outros órgãos e
a avocação, com exceção da edição de atos
de caráter normativo, da decisão de
recursos administrativos e das matérias de
competência exclusiva do órgão ou
autoridade. (Vide o art. 11 da Lei nº 9784/99)
Questão: OAB Nacional 2008.2
“Um órgão administrativo e seu titular
poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a
outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente,
em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial”.
Certo ou errado?
Questão: Procuradoria/DF
Certo ou errado?
COMUNICAÇÃO DOS ATOS – a intimação das
partes dar-se-á pessoalmente por ciência no
processo, por via postal com aviso de recebimento,
por telegrama ou outro meio que assegure a
certeza da ciência do interessado, sendo possível a
intimação por meio de publicação oficial (diário
oficial ou jornal de grande circulação) quando não
for possível identificar ou localizar o interessado.
Caso as partes não atendam à intimação não há
aplicação de revelia, tampouco dos seus efeitos.
DESISTÊNCIA – art. 51 da Lei nº 9.784/1999 – o
interessado poderá, mediante manifestação escrita,
desistir total ou parcialmente do pedido formulado
ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
Questão: OAB Nacional 2010.1
“Nos processos administrativos é
admitida a intimação fictícia”.
Certo ou errado?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Certo ou errado?
Pergunta: É possível a reformatio in
pejus nos processos administrativos?
SERVIDOR PÚBLICO