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Universidade Católica de Moçambique

CURSO DE MINERALOGIA - 1⁰ NÍVEL

CADEIRA: GEOLOGIA GERAL (C/D)

AULA 4: ESTRUTURAS GEOLÓGICAS

Monitor: Milvan Nhantumbo 04/30/2020 1


ESTRUTURAS GEOLÓGICAS DEFORMAÇÕES
DAS ROCHAS
Forma e posicionamento dos corpos rochosos → estruturas geológicas e são representadas por
dobras, falhas, fraturas, xistosidade e acamamento das rochas sedimentares e provocam zonas de
fraqueza ou ruptura.
 2. DEFORMAÇÕES DAS ROCHAS
Qualquer variação da forma e/ou de volume quando sujeita à ação de pressões, tensões, variações
de temperatura, etc. Podem ser elásticas, plásticas ou por ruptura (ou fratura).
Normalmente, as variações de temperatura causam deformação elástica, e as dobras, falhas, fraturas
causam deformações plásticas e de ruptura.

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Comportamento frágil da rocha em compressão

Segundo (Luis I. González de Vallejo, Lisboa : LNEC, 1981), Comportamento frágil o material
fratura. Verifica‐se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de plasticidade. A
deformação das rochas respondendo aos tipos de comportamento, permite classificá-las em:
 Regime Dúctil - As rochas sujeitas a temperaturas e pressões elevadas tendem a dobrar-se
sem fraturarem.
 Regime Frágil - As rochas sujeitas a temperaturas e pressões baixas tendem a fratura-se
originado as falhas.
O aumento da pressão e da temperatura favorece a deformação plástica, assim, é fácil de prever que à
superfície as rochas apresentem um comportamento frágil e à medida que se "caminha" para o
interior da litosfera, porque a pressão e a temperatura aumentam, o comportamento das rochas é
dúctil. Se caminharmos mais para o interior as rochas passam a ter um comportamento viscoso e no
limite à fusão.
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PRINCIPAIS COMPORTAMENTOS DAS ROCHAS
Comportamento elástico- a rocha deforma- se mas, quando a tensão cessa, a rocha volta à a sua forma/volume iniciais. A
rocha deforma-se elasticamente até um certo limite, quando este é ultrapassado a rocha pode:
 A -  permanecer com a deformação e já não volta ao estado normal - comportamento plástico
 B-  ou fraturar.
Os materiais rochosos podem apresentar diversos tipos de deformações em resposta às tensões que suportam. Assim, as
deformações podem ser elásticas, plásticas ou deformações por ruptura. (Silva, A.D et al. 2004)
 As deformações elásticas são proporcionais ao esforço aplicado e são deformações reversíveis, ou seja, quando a força de
tensão que provocou a deformação elástica é retirada, o material rochoso volta ao seu estado inicial. Um exemplo de
deformação elástica é a sofrida por uma mola ou elástico quando sujeito a tensões

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Comportamento plástico e deformações plásticas

Comportamento plástico – é permanente, o material fica deformado mas não parte e verifica-se
quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de elasticidade e inferior ao limite de
plasticidade. (Silva, A.D et al. 2004)
 deformações plásticas que são irreversíveis, ficando o material rochoso permanentemente
deformado. São deformações contínuas, não se verificando descontinuidade entre as partes contíguas
do material deformado, tal como acontece nas dobras. ( DIAS, A.G et al 2004, Geologia 11).
 Se o limite de plasticidade das rochas for ultrapassado, estas passam a sofrer deformações por
ruptura. As deformações por ruptura são irreversíveis e descontínuas, pois não se verifica
continuidade entre as partes contíguas do material rochoso formado, tal como acontece nas falhas.
Um exemplo de deformação por ruptura acontece, por exemplo, com o pau de giz quando sujeito a
tensão.

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Tipos de comportamentos que as rochas apresentam

 O tipo de comportamento que as rochas apresentam, quando estão sob o efeito de tensões, pode ser
frágil - quando entram em ruptura, originando falhas - ou dúctil - quando dificilmente entram em
ruptura e experimentam deformações permanentes, originando dobras.

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Tipos de estruturas
Geologicas

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DOBRAS

São ondulações, convexidade ou concavidades, que aparecem em rochas originalmente planas, com
amplitudes variando de cm a centenas de km
CAUSAS DOS DOBRAMENTOS: QUANTO À ORIGEM:
 a) Tectônicas: resultam de movimentos da crosta terrestre;
 b) Atectônicas: resultante de movimentos localizados (deslizamentos, acomodações,
escorregamentos, etc) sob influência da gravidade e na superfície terrestre. São de âmbito local e
inexpressivas.

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Elementos de uma Dobra

a) Plano ou superfície axial: é o plano ou superfície imaginária que divide uma dobra em duas partes
similares, que pode, ou não, ser simétricas. Podem ser vertical, inclinado ou horizontal;
b) Eixo axial ou charneira: é a interseção da superfície axial com qualquer camada ou é a linha em
torno do qual se dá o dobramento. O ângulo que esta linha forma com a horizontal é o mergulho ou
inclinação da dobra;
c) Flancos ou limbos: são os dois lados da dobra;
d) Crista: é a linha resultante da ligação dos pontos mais elevados de uma dobra, podendo ou não
coincidir com o eixo da mesma;
e) Plano da crista: é o plano que, numa dobra, passa por todas as cristas.

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TIPOS DE DOBRAS

 a)Anticlinal: é a dobra alongada, na qual os flancos abrem-se para baixo e a convexidade está voltada
para o alto, podendo ser simétrica ou não;
 b) Sinclinal: é a dobra alongada, cujos flancos abrem-se para cima e a convexidade está voltada para
baixo, podendo ser simétrica ou não;
 Simétrica: é a dobra em que os 2 flancos possuem o mesmo ângulo de mergulho;
 d)Assimétrica: os flancos mergulham com diferentes ângulos;

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Falha

 Deformação descontínua que ocorre quando o limite de plasticidade do material rochoso é


ultrapassado, verificando-se a fractura das rocha, acompanhada pelo deslocamento dos blocos
fracturados um em relação ao outro. Resultam de tensões compressivas, distensivas ou de
cisalhamento quando as rochas manifestam um comportamento frágil.
 Numa falha há a considerar os seguintes elementos:
 - Plano de falha, que é uma superfície não necessariamente plana, definida pela fractura e pelo
movimento dos blocos. A sua inclinação pode variar entre 0o e 90o. Quando o plano, devido à
deslocação dos blocos, se apresenta polido, denomina-se espelho de falha.

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Elementos de uma Falha

 Lábios de falha, que são os dois blocos deslocados. Os lábios de falha diferenciam-se, segundo o seu
movimento relativo, em lábio superior ou levantado (fica a um nível superior) e lábio inferior ou descaído (fica
a um nível inferior).
 Tecto, corresponde ao bloco que se situa acima do plano de falha.
 Muro, corresponde ao bloco que se situa abaixo do plano de falha.
 Rejecto ou rejeição da falha, que é a menor distância entre dois pontos que estavam juntos antes da fractura e
do deslocamento.
 Linha de falha, que é a interacção do plano de falha com a superfície do terreno ou com qualquer um dos
estratos.
 Escarpa de falha, corresponde ao ressalto topográfico produzido pela falha, ou seja, é a superfície elevada
produzida pela ruptura e deslocação dos blocos de falha.

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Tipos de Falhas

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Outras estruturas Geologicas
Superfície de estratificação
 Descontinuidade paralela à superfície de deposição dos sedimentos, a qual pode ou não ter uma expressão física.
De notar que a atitude original da superfície de estratificação não deverá ser assumida como horizontal.
Foliação
 Descontinuidade determinada pela orientação paralela dos minerais lamelares ou bandas minerais nas rochas
metamórficas.
Diaclase
 Fractura em que não houve significativo deslocamento ao longo da superfície de rotura. Em geral diaclases
intersectam superfícies primárias tais como superfícies de estratificação, de clivagem e de xistosidade. Designam-
se por diaclases de corte (shear joint) aquelas que são devidas a tensões de corte e por diaclases de tracção
(tension joint) as que são originadas por tensões de tracção.
Xistosidade
 É a foliação no xisto ou em outra rocha cristalina de grão grosseiro resultante da disposição em planos paralelos
dos minerais do tipo lamelar e/ou prismáticos, tal como a mica.
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 Obrigado pela atenção, até a Próxima Aula!

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