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MATEMÁTICA

MATEMÁTICA
CONTEXTO E APLICAÇÕES
Luiz Roberto Dante – 3º ano Ensino Médio
1º Bimestre – Matemática financeira e estatística
NESTE BIMESTRE FORAM TRABALHADOS OS TEMAS:

• Porcentagens
• Aumentos e descontos percentuais
• Termos da matemática financeira
• Juros simples, juros compostos e equivalência de taxas
• Noções de estatística
• Frequência absoluta e frequência relativa
• Tabela de frequências
• Representação gráfica
• Medidas de tendência central
• Medidas de dispersão

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CAPÍTULO 1 – MATEMÁTICA FINANCEIRA

PORCENTAGEM AUMENTO E DESCONTO PERCENTUAL


O símbolo % significa a centésima parte do todo, ou seja dividir o todo por 100.

  20 2
20 %= = =0,2 Em geral, a preposição “de” está relacionada à multiplicação
100 10

Exemplo:
30 por cento de 400 = 30% ⋅ 400 = 0,3 ⋅ 400 = 120
Aumento percentual
O valor final Vf de um produto que custava Vi e teve um aumento no seu preço de x% em relação à Vi é dado por:
    =(1+ 𝑥 ). 𝑉
𝑉 𝑓 𝑖
100
Desconto percentual
O valor final Vf de um produto que custava Vi e teve um desconto no seu preço de x% em relação à V i é dado por:

𝑉  =(1− 𝑥 ). 𝑉
𝑓 𝑖
100
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CAPÍTULO 1 – MATEMÁTICA FINANCEIRA

AUMENTOS E DESCONTOS SUCESSIVOS

Aumentos sucessivos e iguais

Sendo Vi o valor inicial e Vn o valor após n acréscimos sucessivos de x%, ao final do n-ésimo acréscimo, teremos:  

 =

Descontos sucessivos e iguais

Sendo Vi o valor inicial e Vn o valor após n descontos sucessivos de x%, ao final do n-ésimo desconto, teremos:

 =

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CAPÍTULO 1 – MATEMÁTICA FINANCEIRA

TERMOS IMPORTANTES DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

Numa aplicação financeira:

Capital (C): valor aplicado.

Juros (j): valor recebido como compensação pela aplicação do capital (C), por um determinado tempo
(t), a uma taxa de juros (i).

Montante: Quantia correspondente ao capital (C) aplicado mais os juros (j).

M=C+j

A aplicação é semelhante a um empréstimo feito ao banco, porém, na aplicação, quem aplica recebe
os juros e no empréstimo, quem pede emprestado paga os juros.

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CAPÍTULO 1 – MATEMÁTICA FINANCEIRA

JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E EQUIVALÊNCIA DE TAXAS

Juros simples
Se um capital C é aplicado durante t unidades de tempo e a taxa i de juros por unidade de tempo incide apenas
sobre o capital inicial, os juros j são chamados juros simples.

j =C⋅i⋅t e M=C+j

Equivalências de taxas
Se i é a taxa de juros relativa a 1 ano, a taxa de juros relativa a n anos é I, tal que: 1 + I = (1 + i)n

Juros compostos
No sistema de juros compostos, deve-se calcular os juros no fim de cada período, formando um montante sobre
o qual se calculam os juros do período seguinte, até esgotar o tempo de aplicação (é o que chamamos de "juros
sobre juros"). Nesse sistema, o montante M produzido por um capital C, aplicado à taxa i ao período, no fim de t
períodos é dado por: M = C ⋅ (1 + i)t
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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

TERMOS DE UMA PESQUISA ESTATÍSTICA

Universo estatístico ou população estatística é o conjunto de todos os elementos que são capazes de fornecer dados
para uma pesquisa.

Quando o universo estatístico possui um número muito grande de elementos de tal maneira não ser possível colher
informações com todos eles, é então utilizado um subconjunto desse universo que é chamado amostra.

Variável é cada uma das características inseridas na pesquisa.

Variável qualitativa: apresentam como Variável quantitativa: seus


possíveis valores uma qualidade (ou possíveis valores são números.
atributo) dos indivíduos pesquisados. nominal
qualitativa

Variável quantitativa discreta: quando
ordinal

Variável qualitativa ordinal: quando Variável
existe uma ordem nos seus valores. se trata de contagem (números
inteiros). quantitativa nominal

Variável qualitativa nominal: quando ordinal
não existe uma ordem nos seus valores.

Variável quantitativa contínua: quando se
trata de medida (números reais)

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

FREQUÊNCIA ABSOLUTA E FREQUÊNCIA RELATIVA.

Um grupo composto por dez pessoas, temos que Paulo, André e Marcos são do Rio Grande do Sul; Daniela, Silvana,
Ruth e Isabel são do Ceará; Rodrigo e Sarah são do Rio de Janeiro e Júlia é do Amazonas.
Considerando nesse exemplo a variável estado onde nasceu, temos:
A frequência absoluta, que é o número de vezes que o valor da variável foi citado, é: Rio Grande do Sul, 3; Ceará, 4;
Rio de janeiro 2; Amazonas 1.
A frequência relativa registra a frequência absoluta em relação ao total de citações.

  A frequência relativa do estado do Rio Grande do Sul é 3 em 10 ou ou 0,3 ou 30%.

  A frequência relativa do estado do Ceará é 4 em 10 ou ou 0,4 ou 40%.

  A frequência relativa do estado do Rio de Janeiro é 2 em 10 ou ou 0,2 ou 20%.

  A frequência relativa do estado do Rio de Janeiro é 1 em 10 ou ou 0,1 ou 10%.

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

TABELA DE FREQUÊNCIAS

É a tabela que mostra a variável e suas realizações (valores), com as frequências absolutas (FA) e relativa FR).
Usando o exemplo anterior, temos:

Estado FA FR
Rio Grande do Sul 3 30%
Ceará 4 40%
Rio de Janeiro 2 20%
Amazonas 1 10%

Quando a variável é quantitativa, ou seja, quando a informação pode ser representada por um número, a organização
desses dados em ordem crescente ou decrescente é denominada de rol.

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Gráfico de segmentos

Os gráficos de segmentos são utilizados


principalmente para mostrar a evolução das
frequências dos valores de uma variável
durante certo período.

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Gráfico de barras

Gráfico de barras verticais Gráfico de barras horizontais


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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Gráfico de setores

Em cada gráfico de setores, o círculo todo indica o total (1000 espectadores ou 100%) e cada setor indica a
ocupação de uma sala. Na construção do gráfico de setores, determina-se o ângulo correspondente a cada setor
proporcionalmente à frequência.
Calculando o ângulo central do setor A, pelo exemplo, temos:   =   =

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Histograma

Quando uma variável


tem seus valores
indicados por classes
(intervalos), é comum o
uso de um tipo de
gráfico conhecido por
histograma.

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

As medidas de tendência central indicam o posicionamento dos elementos dentro de um rol numérico.

Média aritmética

Dados n valores x1, x2, x3, …, xn de uma variável, a média aritmética desses valores é o número obtido da seguinte
forma: 𝑛
 
∑ 𝑥𝑖
  = 𝑖=1
𝑛
 

Exemplo:
  MA = = 6
A média aritmética dos números 7, 8, 3 e 6 é:

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

Mediana (Me)

A mediana (Me) é o elemento central do rol que tiver um número ímpar de elementos ou a média aritmética entre os
dois elementos centrais do rol que tiver um número par de elementos.

Exemplos:

1) (2, 2, 4, 5, 5, 8, 15)

Me = 5 (termo central – o rol tem número –impar de termos)

  2) (1, 3, 4, 7, 8, 8, 9 ,15)

Me = = 7,5 (média aritmética dos termos centrais – o rol tem, número par de termos)

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

Moda (Mo)

Dada uma tabela ou uma relação de dados, chama-se Moda (Mo) o elemento que mais aparece ou seja, o de maior
frequência nessa tabela ou relação.

Exemplo:
Dada a relação das idades de 10 crianças em um grupo:
(5, 7, 4, 5, 9, 5, 3, 3, 5, 8)
A moda dessa é relação é 5 (elemento que mais apareceu).

Observações:
• Se numa tabela ou relação dois elementos aparecem a mesma quantidade de vezes (e mais que uma vez),
dizemos que essa distribuição de valores é bimodal.
• Quando não há repetição de números, a distribuição é chamada amodal.

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

MÉDIA ARITMÉTICA A PARTIR DE TABELAS DE FREQUÊNCIAS

Frequência de intervalos de “peso” de um grupo de pessoas

Valor médio de intervalos de “peso” do mesmo grupo de pessoas

Média aritmética dos “pesos” das pessoas desse grupo

  MA =

Assim, a média aritmética é 51,4 kg


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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

MEDIDAS DE DISPERSÃO

Para ocupar um cargo numa empresa, dois candidatos A e B fizeram quatro provas (I, II, III e IV) valendo de 0 a 10
cada uma delas. O resultado é o que se encontra na tabela seguinte.

Prova I Prova II Prova III Prova IV


Candidato A 4,0 6,0 5,0 5,0
Candidato B 7,0 9,0 1,0 3,0

Média aritmética do candidato A = 5,0. Média aritmética da candidato B = 5,0.

Para determinar qual dos dois candidatos teve um desempenho mais regular, usa-se os conceitos de
variância e desvio padrão e dizemos que o candidato mais regular é o que possui o menor desvio padrão.
Em seguida estudaremos tais conceitos.

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

MEDIDAS DE DISPERSÃO

Situação-problema:
Vamos considerar os dados do problema anterior.
Candidato A: (4, 6, 5, 5) e MA (média aritmética das notas do candidato A) = 5
Candidato B: (7, 9, 1, 3) e MB (média aritmética das notas do candidato B) = 5

Variância (V)
É a média aritmética dos quadrados das diferenças entre cada elemento da amostra e a média aritmética dessa
amostra.

  =
Variância do candidato A.

  =
Variância do candidato B.

A variância do candidato A é menor que a do candidato B.

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CAPÍTULO 2 – ESTATÍSTICA

MEDIDAS DE DISPERSÃO

Desvio padrão (DP)


O desvio padrão é definido como a raiz quadrada da variância.
Assim, no nosso exemplo, temos:

 DPA = Desvio padrão do candidato A =

 DPB = Desvio padrão do candidato B =

DPA < DPB ⇒ O candidato A foi mais regular comparado com o candidato B.

A variância e o desvio padrão são necessariamente números não negativos.

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