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EPI – Equipamento de proteção individual

• Qualquer equipamento destinado a ser usado ou


detido pelo trabalhador para a sua proteção, contra
um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua
segurança ou saúde no trabalho.
• Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade
com as disposições regulamentares em vigor.

• A entidade patronal deve fornecer gratuitamente aos

trabalhadores EPI em bom estado:


- adequados relativamente aos riscos a prevenir;

- que não sejam eles próprios geradores de novos riscos;

- que tenham em conta parâmetros pessoais

associados ao utilizador e à natureza do seu trabalho.


• A regra é um equipamento para cada pessoa exposta! Se
forem fornecidos a um trabalhador vários EPI, estes
devem ser compatíveis entre si.
• Se um EPI servir para vários trabalhadores, será
necessário velar pelo respeito das regras de higiene.
• A entidade patronal deve velar para que as informações
necessárias à utilização dos EPI se encontrem disponíveis
na empresa sob uma forma que possa ser compreendida
pelos trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento
elas devem ser levadas.
• A entidade patronal deve organizar sessões de formação e
de treino dos trabalhadores em causa, a fim de garantir
uma utilização dos EPI em conformidade com as
instruções.

• Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas


circunstâncias para as quais são recomendados e depois a
entidade patronal ter informado o trabalhador da natureza dos
riscos contra os quais o referido EPI o protege.
Como avaliar e apreciar a necessidade do uso de
um EPI

• Convém proceder ao estudo das partes do corpo


susceptíveis de serem expostas a riscos:
• Riscos Físicos

• Riscos Químicos

• Riscos Biológicos
Exemplo

• Por exemplo, um trabalhador cuja tarefa seja efetuada num


ambiente em que o nível sonoro é muito elevado e não
redutível, designadamente por medidas colectivas
(isolamento das máquinas), encontrando-se exposto ao ruído.

• O órgão- alvo é o ouvido.

• Em termos de EPI a solução será um protetor auricular.

• Mas em primeiro lugar devem ser tomadas outras


medidas, como a redução do tempo de exposição ou a
aquisição de equipamento menos ruidoso.
Como avaliar um EPI do ponto de vista de
segurança ?

• A selecção dos dispositivos (ou equipamentos) de


proteção individual (EPI) deverá ser em conta:
– Os riscos a que está exposto o trabalhador;

– As condições em que trabalha,

– A parte do corpo a proteger;

– As características do próprio trabalhador.


Ensaio de dispositivos de
Proteção Individual na Empresa

• Para testar um novo EPI, devem tanto quanto possível,


escolher-se trabalhadores com um critério objetivo de
apreciação.
• É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar,
bem como o ensaio de mais de um tipo de proteção.

O registo de elementos como: durabilidade, efeito de


protecção, comodidade, possibilidade de limpeza, entre
outros, é extremamente importante para uma solução
definitiva.
• A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser tomada
com base numa análise cuidada do posto de trabalho,
análise essa em que devem participar chefias e
trabalhadores.
• A co-decisão conduz a uma maior motivação para o seu
uso.
Formação do utilizador

Os EPI’s são simples ?

É fácil a sua utilização correta?


•Para muitos EPI’s é necessário uma acção de demonstração,
quando são utilizados pela primeira vez.
•A transferência de informação deve
estar associada à motivação.
PRINCIPAIS TIPOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Proteção da cabeça

 A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o


risco de queda de objectos pesados, pancadas violentas
ou projecções de partículas.
 A protecção da cabeça obtém-se mediante uso do
capacete de proteção, o qual deve apresentar elevada
resistência ao impacto e à penetração.
Proteção dos Olhos e do Rosto

 Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo


onde os acidentes do corpo podem atingir a maior
gravidade.
 As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho,
podem ser devidas a diferentes causas:

Ações mecânicas,através de poeiras, partículas ou aparas;

Ações ópticas,através de luz visível (natural ou artificial), invisível


(radiação ultravioleta ou infravermelho) ou ainda raios laser.
Ações térmicas,devidas a temperaturas extremas.

Ações químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo ácidos

e bases) no estado sólido líquido ou gasoso.


 Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e
viseiras apropriados, cujos vidros deverão resistir ao
choque, à corrosão e às radiações.
Proteção das vias respiratórias

 A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas


vezes, contaminada em virtude da existência de agentes
químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas,
fibras, poeiras.

 A protecção das vias respiratórias é feita através dos


chamados dispositivos de protecção respiratória –
aparelhos filtrantes (máscaras).
Exemplos de protetores das vias respiratórias
Proteção dos ouvidos

 Há fundamentalmente, dois tipos de protetores de


ouvidos: os auriculares (ou tampões) e os auscultadores
(ou protetores de tipo abafador).
 Os auriculares são introduzidos no canal auditivo externo
e visam diminuir a intensidade das variações de pressão
que alcançam o tímpano.
Proteção do tronco

 O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser


confecionado em diferentes tecidos.
 O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se
evitar a sua prisão pelos órgãos em movimento. A gravata
ou o cachecol constituem, geralmente, um risco.
Proteção do corpo inteiro

• Vestuário de protecão contra agressões mecânicas;


• Vestuário de proteção contra agressões químicas;
• Vestuário antipoeira;
• Vestuário e acessórios fluorescentes de sinalização.
Proteção dos Pés e dos Membros Inferiores

 A protecção dos pés deve ser considerada quando há


possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos,
térmicos, químicos ou eléctricos. Quando há possibilidade
de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou
botas revestidos interiormente com biqueiras de aço,
eventualmente com reforço no artelho e no peito do pé.
Arnês anti- queda
 O arnês é utilizado como proteção individual sempre que
exista risco de queda em altura.
 O arnês simples é utilizado exclusivamente em intervenções
em elevação, quando o utilizador não necessita de se apoiar
para executar o trabalho.
 Este equipamento é utilizado em conjunto com um
dispositivo de interrupção da queda, que poderá ser um
qualquer dos sistemas pára-quedas.
Amortecedores de queda
 O sistema pára-quedas por amortecimento, é constituído por uma fita dobrada em
material sintético, mantida unida de forma a abrir sempre que se verifique uma queda.

 A fixação do amortecedor pára-quedas deve ser sempre


feita num ponto fixo que se encontra acima do plano de
trabalho, cuja resistência aparente não deixe duvidas.

 Na utilização deste equipamento deve ter-se em conta a


distância de paragem indicada pelo fabricante.

 O amortecedor pára-quedas é um equipamento que depois


de atuado não poderá ser reutilizável.
Pára-quedas retráctil

 Um cabo em aço ou fita em fibras sintéticas inserida num


enrolador que permita o enrolamento ou desenrolamento
automaticamente.
 Um sistema de travagem mecânica,sensível à aceleração,
imobilizando o movimento de queda do utilizador em
menos de 0,6m.
Pára-quedas deslizante

 O pára-quedas deslizante funciona de forma automática,


podendo o seu utilizando movimentar-se livremente para
cima e para baixo. Sempre que exerça um movimento
brusco no sentido da queda, o sistema de bloqueio é
accionado automaticamente, parando rapidamente o
movimento.
 O pára-quedas deslizante tem de ser próprio para a calha
em que irá funcionar.
 A inserção do pára-quedas deslizante na calha metálica deve
respeitar o sentido indicado no aparelho, a seta deve
apontar no sentido da subida.
Regulador Anti-quedas

 Constituído por um conjunto de mecanismos capazes de


bloquear a corda em qualquer ponto, permitindo assim
ao utilizador encontrar a melhor posição para realizar o
trabalho.
 O regulador é utilizado sempre que exista necessidade do
utilizador se posicionar para melhor realizar o trabalho. A
sua utilização é integrada no conjunto “corda de
amarração”, com dispositivo de posicionamento ao posto de
trabalho.
 Em todos os casos a extremidade livre da corda de
amarração deve ter uma costura ou um nó, para que aquela
não possa escapar do aparelho.
Corda linha de vida

 São utilizadas para trabalhos em altura, nomeadamente nas


fases de subida/descida, com o suporte de ancoragem do
pára-quedas deslizante.
 A corda para utilizar com um dispositivo pára-quedas
deslizante deve obedecer às características indicadas pelo
fabricante do mesmo, em particular no que respeita ao
diâmetro.
 A corda não deve ser colocada de forma a ficar a roçar em
arestas ou ângulos cortantes, superfícies abrasivas, em
contacto ou na proximidade de fontes de calor.

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