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Doçaria conventual

DEFINIÇÃO
• Designa-se por doçaria
conventual os doces
confeccionados nos
conventos,
caracterizados por
serem, na sua maioria,
compostos por grandes
quantidades de açúcar
e gemas de ovos.
ORIGEM
• A origem da doçaria conventual em Portugal
terá origem no século XV. Terá sido neste
período que o açúcar entrou na tradição
gastronómica dos conventos. O principal
adoçante até esta altura era o mel, sendo o
açúcar um ingrediente vulgar. Com a
colonização da Ilha da Madeira, o açúcar
recebe uma atenção especial, sendo cultivada
a cana de açúcar.
• A lista de doces conventuais é extensa e
abrange todas as regiões de Portugal. Saliente-
se, aInda, que a confecção de um
determinado doce pode variar consoante a
região, e o convento de origem. Alguns
exemplos: leite-creme, pudim, barriga-de-
freira, rabanadas, ovos moles, trouxas de
ovos, fios de ovos, arroz-doce, toucinho do
céu.
• Os doces conventuais assumem uma importância fundamental na
história da alimentação da capital portuguesa, se apenas
considerarmos que na metade do século passado existiam em
Lisboa cerca de 30 conventos femininos.

A pastelaria foi desde sempre uma arte respeitada e


regulamentada quando, em 12 de novembro de 1575, foi publicado
o "Regimento de Confeiteiros", que demonstrava os princípios e as
orientações profissionais ao longo dos seus 28 artigos.
• Os doces mudavam no tempo segundo o artesão e com base no
período histórico no qual eram realizados.
• Durante a época Barroca, por exemplo, o doce
representava um sinônimo de arte e toda a
pastelaria, conforme o gosto estético dessa
corrente artística, mostrava-se elaborada em
seu aspecto ou revelava-se um pormenor
requintado.
RECEITAS
• Arroz doce
• Cozinhar 500 gramas de arroz em
1,5 litro de leite, já fervido e com
baunilha.
• Depois, acrescentar 500 gramas de
açúcar e seis gemas de ovos.
• Colocar no fogo novamente para
cozinhar as gemas.
• Aconselho a servir frio, polvilhado
com canela em pó.
• Fatias do céu
Bater cuidadosamente 24 gemas de ovos.
• Juntar 25 gramas de farinha de trigo e bater
mais um pouco.
• Untar uma forma para depois colocar a
massa, e assá-la no forno médio.
• Deixar a massa esfriar e cortar em fatias
fininhas.
• Derreter 500 gramas de açúcar na água e
acrescentar suco de laranja diluído com
água.
• Passar as fatias por essa mistura e deixar
descansar por quatro horas.
• Servir as fatias escorridas.
• Papos-de-Anjo
Bater 12 gemas durante uma hora.
• Untar formas pequenas com
manteiga e encher com as gemas de
ovos.
• Levar ao fogo brando e, assim que
estiverem prontas, colocar num
tabuleiro.
• À parte, derreter o açúcar com a
água e colocar os doces por cima.
Deixar descansar durante 24 horas
antes de servir.
• Ovos Moles
• Misturar numa panela pequena 250
gramas de açúcar com um pouco de
água e levar ao fogo.
• Colocar 12 gemas num recipiente de
alumínio.
• Quando o açúcar estiver pronto,
despejar fio a fio sobre as gemas,
misturando com uma colher de pau no
fogo brando durante cerca de 2
minutos, depois que começar a ferver.
• Polvilhar canela por cima depois de ter
colocado os ovos moles nas tacinhas.
• Farófias
Ferver 7 copos de leite perfumado com
canela. Bater cinco claras em neve.
• Com uma colher, colocar a clara em neve
no leite fervido, virando de um lado e de
outro.
• Deixar ficar no leite quente durante
alguns segundos e retirar as farófias
escumadeira.
• Em seguida, passar o leite por uma
peneira e misturar com 1 colher de sopa
de farinha de trigo e 3 gemas.
• Levar ao fogo para engrossar ligeiramente.
• Juntar 5 colheres de sopa de açúcar e
mexer.
• Regar as farófias com esse creme e
polvilhar canela em pó.
• Levar à geladeira. Servir frio.
• Pudim Flan
• Ferver um copo de leite. Enquanto
isso, bater bem 1 copo com ovos
inteiros com 1 copo de açúcar.
• Acrescentar o leite fervido,
misturando muito bem.
• Caramelizar o fundo de uma forma
de alumínio com tampa e peneirar a
massa até obter uma mistura lisa.
• Colocar a forma fechada na panela de
pressão com 1 copo de água no
fundo. Depois que a panela começar
a obter pressão, contar 8 minutos.
• Apagar o fogo e deixar o pudim
esfriar completamente antes de abrir
a panela. Servir frio.
• Pastéis de Santa Clara
Levar ao fogo 250 gramas de açúcar com ½ copo
de água, deixando ferver até formar uma calda
espessa.
• Retirar do fogo e colocar 100 gramas de
amêndoas (sem pele e moídas), 9 gemas batidas
ligeiramente, mexendo bem. Voltar ao fogo e,
sem parar de mexer, deixar engrossar até
desgrudar do fundo da panela.
• Deixar esfriar. Sobre a mesa, misturar 250
gramas de farinha de trigo com 100 gramas de
manteiga e 3 colheres de sopa de água (se
precisar, colocar um pouco mais).
• Amassar com a mão e estender a massa bem
fina. Cortar a massa em rodelas e rechear com o
creme de ovos.
• Fechar a massa com as mãos umedecidas. Assar
em forno médio por cerca de 20 minutos.
• Retirar do forno e polvilhar com açúcar de
confeiteiro.
• Pastéis de Belém
Ir a Lisboa e não comer os famosos doces aos
quais todas as guias turísticas dedicam
parágrafos inteiros cheios de elogios, chamados
Pastéis de Belém, é quase um delito. Não há
nada a fazer, não se pode evitar.

• A base é preparada com massa folhada e o


recheio é feito de leite, natas (creme de leite) e
baunilha. A verdadeira receita é conhecida
apenas pelos pasteleiros da mais famosa
pastelaria de Lisboa, que se encontra no interior
do edifício numero 84 da Rua de Belém, na
fábrica fundada em 1837.

• Colocar nas forminhas recheadas de massa


folhada bem grossa um creme feito com 60
gramas de farinha, ½ litro de leite, 250 gramas
de açúcar, 2 ½ copos de água, 6 gemas, 1 casca
de limão e 1 pauzinho de canela. Colocar no
forno para assar durante 30 minutos a 200
graus.

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