Lutas: classificação das modalidades

Prof. Andre Cyrino 1

ATENÇÃO: esse material foi produzido para o
pú blico do ensino médio. A depender da faixa
etá ria, pode precisar ser modificado para facilitar a
compreensã o ou para ajustar a profundidade do
conteú do.

2
 Classificação das lutas

Existem diferentes formas de classificar as

modalidades de luta. Opta-se por um modelo que
parece ser o mais simples: a classificaçã o se dá
pela distâ ncia que a luta acontece. Dessa forma,
temos:

- Lutas em longa distâ ncia;

- Lutas em média distâ ncia;

- Lutas em curta distâ ncia;

- Lutas em distâ ncia mista.

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 Observação importante:

A distâ ncia entre os lutadores em toda e qualquer luta se modifica com o

decorrer da luta (à s vezes os lutadores estã o longe, à s vezes se aproximam
e assim sucessivamente). Dessa forma, entã o, vale a pena destacar que a
inclusã o de uma luta em determinada categoria acontece porque acredita-
se que a luta decorra em determinada distâ ncia majoritariamente.

4
Modalidades de luta em longa distância

5
As modalidades de luta em longa distâ ncia tem
uma característica de difere de todas as outras:
por ser em longa distâ ncia, apenas com o pró prio
corpo nã o é possível ter contato com o corpo do
adversá rio. Nesse sentido, essas modalidades, de
forma geral, necessitam de um implemento
(objeto) para a luta acontecer. O implemento
mais comum é a espada (que difere de acordo
com a modalidade), mas qualquer implemento
pode ser utilizado para existir uma luta de longa
distâ ncia. Comumente, as modalidades em longa
distâ ncia tem como objetivo tocar o corpo do Bojutsu, a arte do bastã o
oponente em locais específicos para marcar
pontos. Do ponto de vista técnico, além daquelas
capacidades físicas comuns à s lutas (força,
equilíbrio, coordenaçã o etc.), é importante que
os lutadores treinem a habilidade de
manipulaçã o (manuseio, manejo, controle), haja
vista a utilizaçã o de um objeto externo ao corpo.
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A Esgrima é uma das modalidades de luta mais tradicional existente,
estando presente nos Jogos Olímpicos desde sua primeira ediçã o em
1896. Existem três armas possíveis na Esgrima: o Florete, a Espada e o
Sabre. Nas duas primeiras armas apenas a ponta pode encostar no
adversá rio; já o Sabre permite o contato também do corpo da arma, com
técnicas de “corte”. As modalidades também tem diferenças quanto as
partes do corpo vá lidas para serem tocadas.

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A Esgrima também existe para as Pessoas com
Deficiência (PcD) estando presente também nos
Jogos Paralímpicos.

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O Kendo é uma modalidade de luta japonesa conhecida como a
derivaçã o da arte da espada samurai (o Kenjutsu). Utiliza uma
espada de bambu (a shinai) e toda uma vestimenta
característica da modalidade. Permite golpes na cabeça, no
tronco e no pescoço (protegido pelo capacete) com a ponta ou
o corpo da espada.

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O Istunka Afgooye trata de um tipo de luta que acontece num festival de
ano novo na Somá lia (Á frica). Nã o se tem muitas informaçõ es sobre a
modalidade na internet, mas sua existência é verídica. Com bastõ es de
madeira (que no passado eram espadas de ferro), os combatentes buscam
golpear o adversá rio.

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Já há alguns anos, surgiram diversas competiçõ es de Luta Medieval, onde
se utilizam as armaduras e armas do período medieval europeu. Alguns
optam por um ringue, outras por um espaço mais característico, até mesmo
em palá cios. Pode acontecer 1x1 ou em grupos. Até no Brasil essa
modalidade já tem adeptos. Apesar de impactante visualmente, os
organizadores afirmam que ela tem risco normal como de qualquer luta.

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A Luta de Cotonetes nã o é uma modalidade organizada, mas sim um jogo
de luta feito geralmente em brinquedos de cama elá stica. Apesar disso, ela
serve como exemplo de uma forma de lutar a longa distâ ncia (e o cotonete
como exemplo de um implemento que nã o necessariamente precisa ser
uma espada).

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A seguir, uma lista de vídeos (opcionais) para quem quiser
conhecer melhor as modalidades em longa distâ ncia:

Esgrima: https://www.youtube.com/watch?v=D7Z7T4LzYts

Esgrima (brincadeira 3 atletas olímpicos x 50 oponentes):

https://www.youtube.com/watch?v=PgKg0Hc7YIA

Kendo: https://www.youtube.com/watch?v=LHNPoSBJvn8

Istunka Afgooye: https://www.youtube.com/watch?v=gas90e4D4Mk

Luta Medieval: https://youtu.be/QhF1i23vwps

Luta de cotonete: https://www.youtube.com/watch?v=rNGNF6ACVaU

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CURIOSIDADE: Existe luta com arma de fogo? Seria
também uma luta de longa distância?

Em geral, a partir do conceito anteriormente traduzido de luta, nã o se

considera a utilizaçã o de arma de fogo como uma prá tica de luta. O
contato entre os adversá rios se daria apenas pela bala que atinge o corpo
do oponente. Nesse sentido, se considerarmos a arma de fogo parte das
lutas, qualquer atividade que arremesse algum objeto seria considerado
luta também.

O filme Equilibrium (2002), que é uma

ficçã o futurista, apresenta em suas
cenas de combate uma modalidade de
luta com armas de fogo (onde há
contato entre os lutadores).
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Modalidades de luta em média distância

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As modalidades de luta em média distâ ncia tem como
característica principal a utilizaçã o de golpes percussivos (que
repercutem no corpo) como, por exemplo, chutes e socos.
Quedas também sã o permitidas em algumas modalidades, mas
nã o sã o o objetivo principal. As lutas em média distâ ncia nã o
necessitam de implementos, utilizando-se apenas do pró prio
corpo dos lutadores. A média distâ ncia se refere a ideia de que
os lutadores nã o podem estar nem muito longe (pois nã o
acertariam o oponente), nem muito perto (pois estariam
vulneráveis aos golpes do adversá rio). Essa média distâ ncia, na
verdade, nã o pode ser mantida durante toda a luta, pois os
lutadores encurtam esta distâ ncia para atingir o adversá rio.
Dessa forma, uma outra característica dessas modalidades é a
grande movimentaçã o existente no espaço de luta. Comumente,
as modalidades em média distâ ncia tem como principal
objetivo atingir o oponente com golpes que podem resultar na
vitó ria a partir dos pontos somados ou incapacitando o
adversá rio de continuar (nocaute). Do ponto de vista físico, a
força e a velocidade sã o capacidades que se destacam.
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O Boxe é uma das modalidades mais populares, também conhecida
como pugilismo. Está presente nas Olimpíadas e gera grandes
movimentaçõ es financeiras. As regras permitem apenas socos que
podem atingir da linha da cintura para cima, inclusive a cabeça.

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O Dambe é um tipo de boxe oriundo do oeste africano, especialmente no
norte da Nigéria. Como o boxe, utiliza apenas as mã os, mas difere do boxe
tradicional porque os lutadores usam apenas uma das mã os para golpear
(a outra é utilizada para segurar o adversá rio, defender-se etc.). Nã o é
uma modalidade esportivizada, entã o os combates ainda sã o bastante
rudimentares e simplificados (nem um local específico para o combate
aparenta existir).
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O Karatê é uma modalidade de
luta tradicional, oriunda do
Japã o. Recentemente foi
incluída nos Jogos Olímpicos.
Permite, além dos socos, chutes
de diversos tipos. Na forma de
combate (chamada Kumitê),
ganha o lutador que atingir
maior quantidade de pontos ao
final do tempo (nã o é objetivo o
nocaute). Além disso, como
característica de uma arte
marcial, o Karatê tem
vestimenta tradicional e
costumes que devem ser
seguidas, sob pena de
eliminaçã o.
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O Karatê, assim como outras modalidades (como o Kung Fu e o Judô ), tem uma
simulaçã o de luta real onde o karateca desenvolve uma sequência de golpes pré-
determinada: essa prá tica no Karatê se chama Kata. O Kata sã o formas de
expressar a modalidade e hoje também um modo de competiçã o (individual ou
em equipe). Além disso, a prá tica do Kata é um tradicional treino da modalidade
e está ligada a disciplina mental e ao autocontrole dos movimentos. É uma
maneira de treino bastante interessante nas lutas porque pode ser realizada
sozinho e em qualquer local, o que facilita sua prá tica.

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A origem do Kickboxing está ligada a um tipo de competiçã o de
karatê, o Full Contact (que é um outro nome genérico também
associado ao Kickboxing). Muitas modalidades sã o similares,
como o Muay Thai, mas o Kickboxing difere-se especialmente por
permitir apenas socos, chutes e joelhadas (nã o sã o permitidas
cotoveladas).

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O Sanda (também conhecido como Sanshou ou Boxe Chinês) é uma
vertente esportivizada derivada do Kung Fu tradicional que se especializou
nas técnicas de combate real. Uma característica bastante comum da
modalidade é a permissã o de quedas (mas a luta nã o continua no chã o, os
lutadores devem levantar e retornar em pé o combate) e, em algumas
competiçõ es, até mesmo cotoveladas.

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O Muay Thai é mais uma modalidade em média distâ ncia, mas
que, devido a permissã o total do clinch (açã o técnica que os
lutadores ficam agarrados/pró ximos para desferir golpes),
muitas vezes pode ser interpretada como luta de curta distâ ncia.
Oriunda da Tailâ ndia, o Muay Thai utiliza, além dos socos e
chutes, joelhadas e cotoveladas. Outra particularidade da luta é o
acompanhamento de mú sica que dita o ritmo do combate e vai
ficando mais acelerada com o passar dos rounds.

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O Lethwei (ou Boxe Birmanês) é uma modalidade de Myanmar, país
vizinho a Tailâ ndia, que assemelha-se bastante ao Muay Thai, mas dele
difere por permitir também cabeçadas. É considerada uma prá tica de luta
bastante agressiva e nã o inclui luvas para proteçã o das mã os, apenas
ataduras. No seu país de origem, Myanmar, a modalidade é ainda bastante
amadora e comumente os atletas conciliam outros trabalhos com a vida de
lutador.

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O Taekwondo é uma modalidade de origem coreana e está inclusa
também nos Jogos Olímpicos desde o ano 2000. Originalmente, a luta
permite socos e chutes, mas a sua vertente de competiçã o olímpica acabou
priorizando os chutes e hoje, basicamente, eles sã o utilizados na grande
maioria dos golpes (tanto chutes no corpo quanto na cabeça, podendo
ocorrer o nocaute).

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A Capoeira, em sua perspectiva de luta, também pode ser
encaixada como uma modalidade de média distâ ncia.
Eventualmente, os capoeiristas utilizam também quedas, mas
a luta nã o se desenrola de forma agarrada no chã o.

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A seguir, uma lista de vídeos (opcionais) para quem quiser
conhecer melhor as modalidades em média distâ ncia:

Boxe: https://www.youtube.com/watch?v=3yJjR-EneJs

Dambe: https://www.youtube.com/watch?v=pwRYnNfiKiI

Karate: https://www.youtube.com/watch?v=BWRwxqYG0wM

Kickboxing: https://www.youtube.com/watch?v=Vs-wc6HwYnc

Sanda/Sanshou: https://www.youtube.com/watch?v=MKAMMr-wtQE

Muay Thai: https://www.youtube.com/watch?v=fzW2sFwrhfU

Lethwei: https://www.youtube.com/watch?v=XdfsE7GPmac

Taekwondo: https://www.youtube.com/watch?v=mnLiVUzofQw

Capoeira: https://www.youtube.com/watch?v=VaFY-qzPbqc

27
Modalidades de luta em curta distância

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As modalidades de luta em curta distâ ncia tem como
característica principal a luta agarrada. Pode-se mesmo dizer
que essa curta distâ ncia, na verdade, nã o é distâ ncia nenhuma,
pois os lutadores se entrelaçam na busca de superar seu
oponente. Uma outra característica comum das modalidades
em curta distâ ncia é a busca por desequilibrar o adversá rio e
levá -lo ao chã o. Além disso, nas modalidades onde a luta
continua apó s ir ao chã o, o esforço de dominar/segurar o
adversá rio ou aplicar-lhe um golpe que o faça desistir (também
chamado de finalizar a luta, com torçõ es, estrangulamentos,
alavancas com o corpo etc.) é outra particularidade. Por fim,
tais modalidades também tem uma relaçã o diferente com o
espaço (que geralmente é aberto – ou seja, sem paredes, cordas
ou qualquer estrutura além de marcaçõ es de linhas no solo) e
os lutadores nã o podem sair da á rea de combate sob pena de
sofrerem puniçã o. Do ponto de vista físico, a força é uma
capacidade física que se destaca e as categorias de peso (apesar
de existirem em quase todas as modalidades) se tornam ainda
mais necessá rias nas modalidades de curta distâ ncia.
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O Judô é uma das modalidades de luta mais conhecidas do
mundo. Oriunda do Japã o, é uma modalidade que visa derrubar o
adversá rio com as costas no solo (ippon), o que dá a vitó ria
instantaneamente. Todavia, se a luta for ao solo sem ser com uma
queda de costas, faz parte do judô também técnicas de domínio
no chã o e finalizaçã o (outra forma de vencer é dominar o
adversá rio por 30 segundos no chã o).

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O Kirkpinar é bastante diferente ao primeiro olhar, pois os lutadores se
banham de ó leo para o combate (o que dificulta a luta agarrada). Assim
como diversas modalidades, o objetivo é também derrubar o adversá rio
com as costas no chã o. De origem turca, a modalidade tem uma vestimenta
característica (calça de couro) e é permitido inclusive colocar a mã o por
dentro da calça do adversá rio para facilitar o agarre do oponente.

31
O Jiu Jitsu, assim como a Capoeira, é conhecida por ser uma modalidade
brasileira. Ela deriva do Judô , mas dele se difere por ter se especializado na
luta de solo, fazendo evoluir diversas técnicas de controle e finalizaçã o do
adversá rio no chã o. O Jiu Jitsu também tem grande participaçã o no que o
hoje é conhecido como MMA (Artes Marciais Mistas) pela sua
especialidade na luta de solo.

32
O termo Wrestling é muito utilizado como um sinô nimo pra luta agarrada,
sendo frequentemente utilizado em nomes de outras modalidades (o
Sumô pode ser visto também como Sumô Wrestling). Antes conhecido no
Brasil como Luta Olímpica, é modalidade tradicional de luta que visa
derrubar o oponente e controla-lo com as costas encostadas no chã o por
poucos segundos. Tem dois estilos conhecidos: o estilo greco romano,
onde o lutador só pode agarrar o adversá rio da cintura para cima para
derrubá -lo, e o estilo livre, onde sã o permitidas também pegadas nas
pernas.
33
O Sumô é uma modalidade japonesa tradicional e bastante
conhecida no mundo, apesar de nã o ser tã o praticada. A
vestimenta, o tamanho dos lutadores e a tradiçã o religiosa
envolta na modalidade fazem a sua popularidade. A vitó ria é
conseguida fazendo qualquer parte do corpo do adversá rio (além
dos pés) tocar o chã o ou o empurrando para fora da á rea de luta.

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O Huka-Huka é uma luta indígena dos povos da regiã o do Xingu
realizada no final do Kuarup (um festival fú nebre). A luta se dá a
partir da posiçã o de joelhos e os lutadores devem tentar derrubar
o adversá rio de costas no chã o. A luta é uma forma de
confraternizaçã o entre as tribos que participam do festival e
mantém viva a cultura indígena brasileira.

35
O Arm-wrestling (ou Armfighting, a famosa Queda de Braço) é
também considerada uma modalidade de luta agarrada que utiliza
apenas uma parte do corpo (no caso, o braço). Tem campeonatos
organizados e atletas especializados na modalidade, mas nã o é tã o
difundida e praticada como esporte, mas sim como uma disputa/desafio
comum pelas pessoas.
36
O X-Arm-wrestling é uma variaçã o da Queda de Braço cujo o objetivo nã o
é empurrar o braço do oponente, mas sim golpeá -lo com socos e chutes.
Um dos braços mantém os oponentes em contato constante (braços
presos) e o outro braço está livre para efetuar golpes. Devido o contato
constante, classificamos esse luta como uma luta de curta distâ ncia, mas,
diferente das outras, o objetivo dessa se assemelha mais ao objetivo das
lutas em média distâ ncia.
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A seguir, uma lista de vídeos (opcionais) para quem quiser
conhecer melhor as modalidades em curta distâ ncia:

Judo: https://www.youtube.com/watch?v=BhsBSmrTB-U

Jiu Jitsu: https://www.youtube.com/watch?v=USB_X-U2zZs

Kirkpinar: https://www.youtube.com/watch?v=7DoarIoPyXM

Wrestling (estilo Greco Romano): https://youtu.be/cFcRxs07GAg

Sumo: https://www.youtube.com/watch?v=dyA4kW-Y5rE

Huka-Huka: https://www.youtube.com/watch?v=gahPr4tUrHs&

Arm-wrestling: https://www.youtube.com/watch?v=616zFxbuSAw

X-Arm-wrestling: https://www.youtube.com/watch?v=6Pcl_Li1dSM

38
Modalidades de luta em distância mista

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As modalidades de luta em distâ ncia mista sã o basicamente
modalidades que combinam regras de diversas modalidades
(geralmente modalidades de curta e média distâ ncia), permitindo assim
que o combate aconteça de diferentes formas e distâ ncias, agarradas ou
nã o. Dessa forma, as características dessas modalidades mistas se
mesclam com as características das outras modalidades, haja vista a
amplitude de possibilidades que elas têm. A modalidade de distâ ncia
mista de maior expressividade atualmente é o MMA (Artes Marciais
Mistas, na sigla em inglês), mas nada impede que outras sejam
inventadas.

40
A origem do MMA pode ser traçada a partir da Grécia antiga, quando nos
primeiros jogos olímpicos existia uma modalidade de luta que permitia diferentes
técnicas de luta em pé e no solo (inclusive golpes que hoje sã o proibidos, como
dedo no olho): ela era chamada de Pancrá cio. Na modernidade, os primeiros
eventos que misturavam luta em pé e no chã o foram o Pancrase, o Pride e o até
hoje existente UFC. Um fato importante de se registrar é que o MMA nã o tem
regras unificadas e pode variar bastante de acordo com o evento que promove.

41
O TFC (Team Fight Championship) foi um evento surgido na Letô nia que
basicamente trouxe a mesma ló gica do MMA, mas agora para uma
competiçã o em equipe (5 vs 5). Todavia, há quatro anos o evento nã o
acontece, o que se especula que ele nã o teve continuidade, inclusive por
ser muito agressivo.

42
O Hip Show Arena Combat foi um evento criado na Rú ssia que colocava
uma luta de MMA entre duplas em um espaço irregular (com partes
elevadas, tú neis etc.). A proposta visava trazer um entretenimento
diferente nas lutas acrescendo um espaço inovador. A proposta, que
também era um programa de TV, parece ter encerrado suas atividades.

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A seguir, uma lista de vídeos (opcionais) para quem quiser
conhecer melhor as modalidades em distâ ncia mista:

MMA: https://www.youtube.com/watch?v=ZPpGATJQSZU

TFC: https://www.youtube.com/watch?v=GhxJpomBiTE

Hip Show: https://www.youtube.com/watch?v=qkI2WSugh1Y

44
Outras práticas que se aproximam das lutas

45
Nos Estados Unidos, sã o muito famosos os programas de
televisã o produzidos pela empresa World Wrestling
Entertainment (WWE, como ficou bastante conhecida a sigla).
A empresa reconhece que seus programas nã o sã o de lutas reais,
mas de produçõ es de entretenimento onde os movimentos
(apesar de perigosos) sã o combinados como numa peça teatral.
No Brasil, o equivalente a esses programas foi o programa
Telecatch durante a década de 60.

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O World Gravy Wrestling é um tipo de wrestling que
acontece numa piscina de molho. Busca se assemelhar
bastante ao WWE, os movimentos sã o mais improvisados no
momento do embate. Ao final, juízes decidem de quem foi a
melhor performance.

47
O Combaton é um jogo onde é
permitido chutar o adversá rio no
corpo e na cabeça para impedir que
ele avance e marque pontos. O time
deve passar um bastã o entre seus
jogadores até que um jogador (em
posse do bastã o) consiga atingir
(também com um chute) o poste de
gol do adversá rio. Pelo alvo da
disputa nã o ser o corpo dos
oponentes (que é uma das condiçõ es
para que a prá tica seja uma luta), o
Combaton é um jogo de oposiçã o,
mas que nã o se encaixa como uma
modalidade propriamente de luta
(apesar de usar movimentos
comuns das lutas – os chutes).

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Algumas modalidades sã o um pouco mais complexas de classificar
como lutas por suas regras e forma de lutar. Algumas delas podem até
nã o ser vistas como lutas por muitas pessoas, mas sim como um
simples jogo. O Cabo-de-guerra e o Mas-wrestling sã o dois exemplos.
As duas modalidades tem o objetivo de puxar o adversá rio (uma usa
uma corda; a outra usa um bastã o) até ele cruzar uma linha (similar
ao Sumô , cujo objetivo é empurrar o adversá rio para fora da á rea).
Utilizam implementos (objetos), mas nã o tem as mesmas
características das lutas em longa distâ ncia. Por um lado, pode-se
discutir se o alvo (objetivo) dessas modalidades é o corpo do
oponente ou o objeto em si. Independente disso, sã o duas
modalidades bem pró ximas à s lutas.

49
A seguir, uma lista de vídeos (opcionais) para quem quiser
conhecer melhor as modalidades citadas:

WWE: https://www.youtube.com/watch?v=4RLwNMXfkhM

Combaton: https://www.youtube.com/watch?v=ccnCbbxuUy4

Telecatch: https://www.youtube.com/watch?v=dLfniSM-7HY

Gravy Wrestling: https://www.youtube.com/watch?v=11BL7MAfrew

Mas-Wrestling: https://www.youtube.com/watch?v=EKbNbZuOmuk

Cabo-de-guerra: https://www.youtube.com/watch?v=23WUO_6BJ6U

50
 Exemplo de atividade: entrevistando
um lutador

1. Procure na internet/redes sociais o perfil de um lutador/lutadora de qualquer

modalidade (ele/ela deve ser atleta/competidor profissional de luta).

2. Gentilmente, entre em contato com o atleta e pergunte se ele aceita ser

entrevistado para um trabalho escolar (pela internet mesmo ele poderá enviar as
respostas, seja por escrito ou por á udio – não há a necessidade de vídeo).

3. Caso ele/ela aceite, envie as perguntas da pró xima pá gina ao entrevistado.

4. Printe o contato feito por rede social (whatsapp/instagram/facebook etc.).

5. Envie o printe e a entrevista (transcrita no caderno) por email.

51
 Exemplo de atividade: PERGUNTAS

- Por favor, faça uma breve apresentaçã o contendo seu nome, cidade/estado,
especialidade de luta, histó rico na modalidade (tempo, quantidade de lutas
que fez etc.), se é professor da modalidade também ou nã o.

- Partindo do pressuposto que as lutas podem ser de curta distâ ncia, média
distâ ncia, longa distâ ncia ou distâ ncia mista, em que distâ ncia se encaixaria
sua modalidade e por que?

- Do ponto de vista físico, qual a capacidade física (força, equilíbrio,

coordenaçã o etc.) é mais exigida na sua modalidade e por que?

- Por fim, do ponto das regras, você nã o concorda com alguma regra da sua
modalidade de luta? Se tivesse o poder de mudar, o que mudaria de regras na
sua modalidade?

52
 Exemplo de atividade: ATENÇÃO!
A ideia da entrevista nã o é verificar se o lutador tem as respostas corretas, até
porque nã o cabe avaliar se a resposta do lutador/lutadora é correta ou nã o,
porque a resposta dele é a partir da percepçã o dele sobre a realidade da sua
luta. E investigar essa percepçã o, de alguém que conhece e vive as lutas de
forma profunda é o real objetivo da entrevista.

53
 REFERÊNCIAS

Todas as imagens foram retiradas de sítios na internet. Nã o foram referenciadas as

fontes por serem de diversos locais (algumas baixadas há bastante tempo). O autor
pede desculpas pela falha, mas, como um material sem qualquer intençã o de ganho
financeiro, acredita-se que a falha é perdoável. Por esse motivo também o arquivo é
disponibilizado de forma aberta e editável.

Nã o foram usadas citaçõ es diretas no texto, mas com certeza diversas obras e sítios na
internet inspiraram e embasaram a escrita do autor, dentre elas:

GOMES, Mariana Simõ es Pimentel. et al. O ensino das lutas: dos princípios
condicionais aos grupos situacionais. Revista Movimento (UFRGS), v. 16, n, 02, p. 207-
227, abr./jun., 2010.

GONZALEZ, Fernando Jaime. DARIDO, Suraya Cristina. OLIVEIRA, Amauri Aparecido

Bássoli de. (orgs.) Lutas, capoeira e prá ticas corporais de aventura. Coleçã o Prá ticas
Corporais. 2. ed. Maringá : Eduem, 2017.

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 SOBRE O AUTOR

André Cyrino é o meu nome e eu nã o suporto falar em terceira pessoa (mas o faço
por saber que isso denota mais formalidade ao leitor tradicional). Sou cearense e
escolhi a Educaçã o Física para ser feliz.

Graduado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em

2014, trabalho desde o mesmo ano na Escola de Ensino
Médio Mariano Martins, em Fortaleza. Tenho
especializaçã o em Artes Marciais, Lutas e Esportes de
Combate pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e
mestrado em Gestã o e Avaliação da Educaçã o Pú blica
pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Esse material foi utilizado por mim durante o 2º

bimestre curricular de 2020, período da pandemia de
coronavírus. Nã o acredito no ensino à distâ ncia, mas
antes ele do que nada. Nesse contexto, esse material
pode servir como um disparador de reflexõ es, mas em
nada substitui a incomparável experiência corporal de
vivenciar os conteú dos da Educaçã o Física.
55
 SOBRE O AUTOR

Você pode me encontrar no twitter/instagram como

@dedecyrino, por email pelo and.cyrino@gmail.com e
também na pá gina criada para facilitar a comunicaçã o
com meus alunos em tempos de ensino à distâ ncia:

https://educacaofisicasemvergonha.wordpress.com/

Se quiser vir aqui em casa, avisa pra gente preparar

comida (porque nunca tem).

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