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Teorias sobre a religião e sua origem – III

Teorias da relação de objecto – Klein, Winnicott


e Bowlby
Teoria das Relações
de Objecto e a religião

 M. Klein
 Psicanalista, fez análise a crianças através do jogo
 Para Freud o psiquismo do bebé estava vazio, devia ser
formatado. O desejo constituía o mecanismo básico de
formatação e esta fazia-se no encontro com a realidade (o
objecto) que era internalizada, constituindo a representação
mental.

Fernando Sampaio 08/25/2020 2


 Para Klein a mente do bebé já está cheia de objectos e
fantasias.
 O objecto existe e impunha-se por si mesmo.
 O bebé e o objecto estabelecem relações em fase muito
precoce
 Essas relações são fundamentais para a estruturação
psíquica e na emergência da patologia

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 Para Klein há um princípio:
- todos os conflitos brotam da luta entre as pulsões
de vida(Eros) e as pulsões de morte (Thanatos).
- Este conflito é inato e opera desde o nascimento.
- O próprio nascimento é vivido como um trauma
opressivo que faz emergir uma ansiedade persecutória
no bebé em relação ao mundo externo (objectos).

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 O primeiro objecto que existe na mente do bebé, e existe
como objecto separado do Self, é o seio materno (objecto
parcial), que é sentido como hostil devido à ansiedade
persecutória causada pela pulsão de morte.

 Depreende-se daqui que o Ego existe já no nascimento,


embora rudimentar, e é portador de mecanismos de defesa
para fazer frente à ansiedade, e é capaz de estabelecer
relações com o objecto (parcial – seio materno).
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 Para Klein não há estádios de desenvolvimento , mas
“posições” porque a criança olha para a mãe a partir de
uma posição psíquica.
 1ª posição (do nascimento aos 3 meses) –
esquizoparanóide:
Paranóide devido ao medo de perseguição do objecto
externo mau- o seio quase sempre ausente é
internalizado a fim de ser destruído, torna-se objecto
interno.
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Esquizóide – pq se verifica uma dissociação no objecto
(seio) em características afectivas opostas: bom e mau.
A identificação projectiva permite ao bebé lidar com os
afectos hostis (ódio contra o Self) expulsando-os sobre
o exterior, sobre a mãe real par a controlar e dominar.

 É importante a internalização de um seio bom,


fundamental para o desenvolvimento e auto estima
(narcisismo), e a projecção de um seio mau.

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 A dissociação seio bom/seio mau permite ao bebé tolerar a
pulsão de morte, diminuir a força dos mecanismos de dissociação
e projecção, abrir-se a mecanismos mais avançados de
recalcamento e realizar a integração do Ego e do objecto,
caminhar para a estruturação psíquica.
 Se assim não acontecer, o ego passa a atacar e arruinar o seio
bom e transforma-o em fonte de inveja. Dá-se então uma fixação
nesta posição e a fixação dos mecanismos projectivos e
dissociativos, favorecendo o aparecimento de uma estruturação
psíquica de natureza psicótica.

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 2ª posição – posição depressiva

Pelos 3 meses, tendo feito a introjecção de um seio bom e


a projeção de um seio mau, o bebé começa evolui para a
depressão, onde faz a integração do seio bom e mau,
constituindo um só objecto de natureza ambivalente,
inteiro e separado(independente).
Esta integração é concomitante com a integração do Ego.

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 A ansiedade típica da posição depressiva é a
depressividade provocada pelo medo de ter danificado
ou destruído o seio, i.é. a mãe, objecto do seu amor,
percebia como objecto inteiro.
 Busca então introjectar a mãe oralmente a fim de a
preservar dos ataques destrutivos da pulsão de morte.
Procura preservar também a mãe externa.

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 Se acaso surgir a fantasia de que a mãe foi danificada
ou destruída, ou devorada, esta é vivida através de
sentimentos de vazio, perda, abandono, provocando
uma fixação a esta fase depressiva.
 A posição depressiva favorece a formação do Superego
e a desenvolvimento do complexo de Édipo em seu
devido tempo.

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 Tanto a menina como o menino, face aos sentimentos de
depressão, voltam-se da mãe e do seio (auge da fase anal – 8-9
meses) para o pénis do pai, novo objecto de desejo (Édipo
precoce).

Para terminar:
- Ao contrário de Freud, Klein enfatiza a figura materna
- a figura materna é ambivalente: má, castradora, fálica
destruidora e controladora, mas também protectora, amorosa,
calorosa (bom/mau objecto)
- a criança apresenta fantasias destrutivas, invejosas,
mortíferas.

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 Klein e a religião: a deusa mãe
- Ao contrário do pai idealizado de Freud, aqui é enfatizada a mãe
poderosa, castradora, destruidora, autoritária… (a mãe pré-
edipiana) … e os desejos sádicos, inveja, ciúme da criança
(rebelião contra a autoridade) …mas também a boa mãe, o bom
objecto (ambivalência materna)
O medo tremendo contra a mãe passa para o terror em relação ao
divino, transforma-se em desconfiança: Deus não é confiável
A figura materna e as fantasias com ela relacionadas são
projectadas em Deus: por um lado castigador e sádico, por outro
bondoso e protector (ambivalência da imagem de Deus)
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 Winnicott
 Winnicott interessou-se por certos objectos que a criança
privilegia, tentando compreender o sentido que lhes dá em seus
jogos.
 Estudou as condutas que marcam a passagem de uma situação
a outra: levantar, deitar para dormir, sair para a creche, partir em
viagem, separação dos pais…
 Verificou que os comportamentos observados nas crianças são
induzidos pela necessidade de separação com os pais
(comportamentos transitivos)

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 Winnicott conclui que as crianças desde pequeninas inventam
rituais de separação (chuchar o dedo,, guardar um objecto
privilegiado, as histórias os contos…) que lhes permite suportar
a frustração e ansiedade pela perda momentânea da presença
dos pais.
 São comportamentos de transição que lhes permitem “reparar” os
prejuízos psicológicos pela ausência simbólica dos pais.
 Estes comportamentos são por isso asseguradores.
 Os comportamento transitivos marcam a passagem de uma
situação de presença a uma situação de ausência.

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 Dois conceitos:
- objecto transitivo
- e “mãe suficientemente boa”
 O objecto transitivo

– os objectos (um pano, um peluche, a chupeta …) tem uma função psicológica


fundamental: muitos investidos pelo afecto permitem à criança suportar o vazia da
ausência dos pais.
Assim o objecto transitivo é o complemento indispensável das condutas
transitivas, pois ao substituírem os pais cumprem uma função afectiva
securizante.

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 O objecto permite uma fusão imaginária com a mãe,
possibilitando à criança permanecer na ausência da mãe
e superar a angústia de dissolução ou fragmentação
psicológica.

 Estes objectos, que têm uma natureza simbólica,


permitem ultrapassar uma conduta de tipo psicótica para
uma conduta sadia, à fundação de um Self sadio (caso
contrário falso Self). Têm uma função curativa.
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 “Mãe suficientemente boa” (verdadeiro e falso Self)

O bebé para construir a sua personalidade necessita da ajuda da


mãe.
Presta um suporte constante quer na satisfação das necessidades
básicas, quer com suporte afectivo e calor humano.
Porque a mãe é omnipresente a criança constrói-se “no espelho”
do rosto da mãe.
De uma forma constante e persistente, o rosto da mãe espelha o
gozo, o encanto, o prazer que tem no seu bebé, fonte de auto
estima, auto confiança, capacidade de transformação e
superação das dificuldades.

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O amor materno possibilita-lhe o enfrentamento do mundo e suas
vicissitudes.
O Bebé cria a ilusão de que nunca será abandonado, condição para
ultrapassar com êxito as crises. (É uma etapa transitória que será
abandonado com o desenvolvimento).
A mãe, neste caso, desenvolve uma capacidade de ser um “bom
continente” para acolher as frustrações e as metabolizar com
afectos positivos –”Mãe suficientemente boa”

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 Se a mãe não é “suficientemente boa”, se está deprimida ou é
incapaz de reflectir prazer e encanto com constância, a criança
renuncia a enfrentar a realidade e constrói um falso Self que será
a reprodução do comportamento da mãe: ausência, vazio,
depressão (complexo da “mãe morta” de Green).
A criança vai investir no amor da mãe para a satisfazer e não a
perder em vez de investir na realidade e na construção de si
mesmo.

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 A “mãe suficientemente boa” ajuda a criança a superar o
seu mundo fragmentado e construir-se como ser inteiro e
separado.
 Ao prestar cuidados consistentes e calorosos permite à
criança criar esse espaço ilusório de omnipotência que
lhe dá a possibilidade de suportar a ausência e caminhar
ao encontro do outro com a realidade da separação
 Para Winnicott a religião é um fenómeno transitivo. É a criação
de um espaço intermédio e ilusório da experiência que ajuda ao
longa vida a superar a separação e perda e, deste modo, a criar
ligações à realidade interna e externa.
 A ilusão, ao contrário de Freud, adquire com Winnicott uma
conotação positiva e criativa, abrindo-se ao fenómeno religioso
 O espaço e o objecto transitivos apontam para a dimensão
simbólico e sacramental

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 John Bowlby
 Discípulo de Ana Freud, deixou-se influenciar por Klein. Estudou
as ligações mãe-bebé - teorias do “attachment” ou do apego.
 Criticou a teoria psicanalítica porque secundariza a mãe e
apenas acentua as necessidades primárias
 O bebé nasce programado e apetrechado para a relação e
necessita de uma relação íntegra e intacta com a mãe. A ligação
é uma resposta instintiva e com bases biológicas.

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 O bebé nasce com cinco sistemas de resposta altamente
estruturados: a sucção, o choro, o sorriso, o apego e o seguir ou
orientar.
 Os sistemas de resposta do bebé, por sua vez, activam o
comportamento de resposta da mãe, que oferece um feedback
aos sistemas de resposta do bebé.
 Quando os sistemas de resposta instintivas do bebé são
activados e a mãe não está disponível, ocorre a ansiedade de
separação, comportamento de protesto, tristeza, luto.

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 O elemento materno na religião
 - Schjelderup
Psicanalista norueguês, refere três tipos de religião criados na base de uma
imagem fundamental:
+ um centrado na imagem do pai, onde predomina o sentimento de culpa e
de medo, associado à submissão e a experiência de conversão;
+ outro centrada na figura da mãe, onde predominam sentimentos de
desejo pelo divino, de união profunda, desejo de paz e descanso no regaço
materno;
+ o terceiro centrado no Eu, de natureza narcísica. Abundam imagens do
Eu-divino, resultado de um desejo infantil de omnipotencia e auto-
engrandecimento.

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 Schjelderup, estuda o elemento feminino na origem da
religião a partir de casos clínicos ou de histórias místicas

1º Caso – Estudante de teologia protestante de 22 anos


Sofria de depressão, inibição em relação ao trabalho e outros sintomas. Para
este rapaz Deus era cheio de ternura e bondade, de braços abertos. A união
com Deus era mais intensa que a relação amorosa-sexual.
O seu pai era bruto e violenta. Batia na mãe. Sentia-se o protector da mãe.
Quando adolescente fazia dele confidente e por vezes deitava-se com ela
para mimar e conversar . Quando ela ficava deprimida ele consolava-a.

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Quando jovem adulto vivia muito preocupado com ela, sentindo
saudades de se deitar com ela. Sonhava com ela, que lhe tocava
nos seis… Também tinha sentimentos incestuosos em relação à
sua irmã mais nova. No contacto com mulheres procurava as
características da mãe e da irmã.
Quando conversava sobre temas espirituais com mulheres ele
sentia sentimentos sexuais, e estes surgiam particularmente
quando os temas abordavam a castidade.

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Quando se tornou pastor sentia-se apto para se
entregar a Deus.
Mas também olhava Deus como uma mãe perfeita
que o podia consolar e proteger.
Schjelderup conclui dizendo que o rapaz fez uma
transferência para Deus e para a religião da sua
relação de infância com mãe
 2º Caso - história do místico begala Sri Ramakrisna, séc. XIX

Tinha uma forte ligação à deusa mãe Khali.


Era visto como a”criança simples e humilde da mãe”

Último filho de cinco irmãos de uma família brama camponesa e


pobre. Manifestava um grande apego à mãe, ajudando-a em
casa; e tinha também grande apego às outras mulheres da aldeia
a quem entretinha com suas canções e pantominas

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Com 17 anos foi levado para Calcutá para ser educado por um
sacerdote.
Revelava uma grande apetência para o feminino.
Depois de entrar ao serviço no templo da deusa Khali (a divina
mãe do universo) passava horas cantando hinos e rezando,
ansiando uma união mística com a dita deusa.
.
Passados uns tempos regressou à sua aldeia e casou com
uma menina de 5 anos que depois veio a ser sua mulher.
Passados uns anos regressou a Calcutá ao templo de Khali e era
grande o seu fervor.
Desejava uma união com a deusa.
Quando saída do templo, no final do dia, era dolorosa a separação,
chegando a momentos de loucura e reunindo multidões à sua
volta para o consolar: “mãe, oh! Minha mãe, mais outro dia
chegou ao fim e eu ainda não te encontrei”…

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Até que um dia teve uma visão mística da deusa
Khali e entrou em transe.
Ao voltar a si apenas dizia uma palavra: mãe.

A sua relação com a deusa estava marcada por este


jogo de separação-encontro em que sentia que a
deusa ou se escondia ou se revelava, provocando
sofrimento e alegria.
Desta experiencia Ramakrishna desenvolveu um ensinamento ligado
ao desprendimento total do mundo através de uma ascese de
entrega plena como forma de encontro-união com Khali.

Os discípulos eram recrutados entre jovens que estivessem puros


de contacto com mulheres e de bens materiais e que fossem
capazes de continência perfeita e abstinência de riqueza e
luxúria.

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Ramakrishna sempre se referiu à grande mãe divina
como sendo de compaixão e de amor, mas Khali
contém também uma dimensão terrífica (mãe fálica)

Ela domina sobre o seu esposo morto, Shiva, dançando


sobre o seu cadáver.

Na narração mítica ela dá à luz, mas também destrói e


devora, provoca sofrimento e morte (vida/morte)
Para assegurar o processo de renascimento e renovação da
fertilidade requer sacrifícios cruéis marcados pela destruição dos
símbolos masculinos: castração, decapitação e
desmenbramento. Sua vagina é dentada. É uma deusa fálica
(contém em si o maculino)
Khali contém a projecção da mãe pré-edipiana e das relações
fantasmáticas com ela estabelecidas.
A Mãe- deusa terrífica provem da projecção da mãe má, mãe que
frustra e castiga. Mãe poderosa que tem dentro de si o pénis do
pai.
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 Iam Suttie
- Compreende a religião como uma terapia relacional
- Entende que a teoria do desenvolvimento sexual de Freud,
nomeadamente o complexo de Édipo é resultado da dinâmica
familiar e deriva da cultura
- Substitui o conceito de libido por uma necessidade inata de relação
- Enfatiza o papel da mãe, ao contrário de Freud (pai)
- Todas as actividades sociais: a arte, a ciência e a religião são
tentativas para restaurar ou substituir a relação materna infantil

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 A religião tem uma função terapêutica pelo sistema de ajuda que
oferece, particularmente a religião cristã. Esta promove uma vida
fundada no amor, mais do que na autoridade, e enfatiza as
relações sociais (comunidade).
 Apresenta uma ideia de Deus como Pai cuidador e procura
reconciliar o crente a fim de superar a culpa, o medo e as
hostilidades inconscientes

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 Interpreta a religião à luz do Édipo e fala na deusa – mãe
(realça o materno)
 Apresenta dois tipos de religião: uma centrada no pai e
outra na mãe

 A religião centrada no pai - enfatiza um pai ciumento que


rivaliza com o filho por causa da mãe (Édipo). Diz que
esta ideia está presente nas sociedades patriarcais. A
culpabilidade é curada pelo sacrifício de um bode
expiatório (pode ser humano).
 A religião centrada na mãe predomina nas sociedades
matriarcais. Revela-se aí a mãe pré-edipiana –poderosa,
omnipotente, sádica, destrutiva, fálica… Aparece representada
na deusa-mãe compassiva e cuidadora, mas que pune sem
piedade quando sua lei é violada.
 Apresenta o ciúme de Caim como exemplo dos cultos maternos.
Caim mata Abel porque as suas ofertas foram aprazíveis a Deus.
Isto é, o irmão mais novo de Caim era amado pela mãe. A
punição depois vem da mãe que se recusa a recebê-lo em casa
(tem de vaguear), e como terra-mãe nega-lhe alimentos, frutos e
sacrifícios.
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 Guntrip
 Segundo a teoria das relações de objecto, assume uma atitude
positiva face à religião
 Psicoterapia e religião estão ligadas porque ambas procuram a
realização total do Ser através de uma relação de objecto
satisfatória
 A religião é entendida como um sentido de ligação e validação
pessoal pelo universo, a realidade última que todos buscam. O
conceito de conexão cósmica tem as suas raízes numa boa
relação mãe-filho.
Fernando Sampaio 08/25/2020 40
 Ao sentir-se desamparado o indivíduo deseja a salvação
–relação/ comum algo que todas as religiões oferecem:
comunhão com os outros e com o Transcendente

 O importante, então, não é professar dogmas, um credo,


as imagens que se criam de Deus, ou executar rituais,
mas realizar uma verdadeira experiência religiosa
(acentua o subjectivo e o individual)
Fernando Sampaio 08/25/2020 41
 Ana-Maria Rizzuto

- As imagens que se criam de Deus têm origem nas relações de


objecto da infância
- Concorda com Freud sobre a criação da imagem de Deus como
projecção da figura do pai
- Não deixa de afirmar a importância da mãe pré-edipiana na
construção da imagem de Deus. Desta forma todas as relações
de objecto da infância são importantes para a relação com a
imagem de Deus.

Fernando Sampaio 08/25/2020Deus 42


 É importante que cada um acredite em si mesmo e nos que nos
rodeiam, confiança esta que se constrói na relação com objectos
bons, confiáveis e gratificantes na infância.
 Essa capacidade de confiança é depois transferida para a
imagem de Deus que criamos: nele se pode confiar. (importante
esta ideia – Deus é confiável ou não – Deus vingativo)

 - A imagem criada de Deus (começando por ser interna) torna-se


um imagem externa, é colocado fora do sujeito

Fernando Sampaio 08/25/2020 43


 Para Freud o Pai é, por excelência, a figura de
Deus, mas para Klein é a mãe. 1 - Caracterize
esta figura. 2 – Relacione-a com o caso do místico
bengala Sri Ramakrisna.

 Comente as ideias acerca da religião de Iam


Suttie.

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