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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA

CÂMARA
MUNICIPAL
- -
-DE SAO JOAO DA BARRA -

- DOCUMENTOS HISTÓRICOS -

1676-2016
06 APRESENTAÇÃO
publicado por
10 A COLONIZAÇÃO
CÂMARA
- OS COLONIZADORES
MUNICIPAL DE
20 A FORMAÇÃO DA VILA
SÃO JOÃO DA BARRA
32 AS VISITAS IMPERIAIS
2017-2018 DEZEMBRO 2018
- DONATIVOS REAIS
Presidente Autoria
Aluizio Siqueira Filho - Fernando Lobato 38 ELEVAÇÃO À CIDADE
- A IGREJA
Vice-presidente Pesquisa Histórica
Carlos Alberto Alves Maia - Fernando Lobato
48 A CÂMARA
1O Secretário Pesquisa Iconográfica
- MEMÓRIAS FOTOGRÁFICAS
Alex Sandro Matheus Firme - Leonardo Vasconcellos Silva

2O Secretário Revisão Ortográfica 68 OS PRESIDENTES


Ronaldo Gomes de Oliveira - Rosane Medeiros
- PRESENÇA FEMININA
Elísio Alberto da Silva Rodrigues - Patrícia Bueno
Eziel Pedro da Silva
Franquis Arêas de Freitas Projeto Gráfico - LEIS DO SÉCULO XVII
Gerson da Silva Crispim - Aluizio Nogueira Jr
Sônia da Silva Pereira
Retoque Digital - LEIS DO SÉCULO XVIII
- Elton Nunes
- LEIS DO SÉCULO XIX
Digitalização
- Saulo Roberto
Rua Barão de Barcelos, 96 A CÂMARA E OS BANDOS
88, Altos - Centro Catalogação
- ESTATÍSTICA DOS CRIMES
São João da Barra - Acervo Villa Lobato
Rio de Janeiro - Centro de Memória
CEP 28200-000 Fotográfica de Campos 106 PERIÓDICOS SANJOANENSES
- PRESTAÇÃO DE CONTAS
(22) 2741-1301
camara@camarasjb.rj.gov.br Produção
http://www.camarasjb.rj.gov.br - EHP Publicidade 114 ALMANAQUE LAEMMERT

128 BIBLIOGRAFIA
A PALAVRA

S
- -
AO JOAO DA BARRA
sempre reuniu histórias e estórias inesquecíveis, dose maior do meu amor e dedicação a
momentos importantes e pessoas queridas. E, esta Casa de Leis. Em suas páginas, serão
através desta obra literária, traremos à nossa contadas histórias, fatos serão relatados,
memória alguns fatos que marcaram a vida e cenas destacadas e personalidades lembradas.
trajetória da Câmara Municipal de São João da Barra. Um grande acervo de fotografias nos levará
6 Carinho e emoção transbordam de mim! Lançar a um passeio repleto de lembranças do 7
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
ALUIZIO SIQUEIRA FILHO
este
CÂMARA MUNICIPAL livro,
DE SÃO JOÃO DA ainda
BARRA em minha legislatura, mostra uma Legislativo Sanjoanense. Presidente
A
O grande enfado, a longa pesquisa, o extenso
retrocesso na história, foi trabalho árduo
do importante e inesquecível historiador
sanjoanense Fernando José Martins, a ele coube
a pesquisa dos primeiros 200 anos da história,
desde a povoação até a elevação à cidade;
também Manoel Martins do Couto Reys, grande
cartógrafo que visitou e estudou a região, e os
eminentes autores campistas Alberto Lamego
e Julio Feydit foram por nós consultados neste
presente trabalho.

Não menor contribuição houve das obras do


inexistência de um arquivo laureado sanjoanense João Oscar do Amaral
organizado na nossa Câmara Pinto e Carlos A. A. de Sá, também eminente
Municipal, mais antiga que a historiador-cronista...
existência da internet; a riqueza
Da imprensa local, nos servimos de diversas
histórica do município, que publicações, sendo imprescindível a coleção do
completa 365 anos de fundação; Almanaque Agrícola e Industrial de Eduardo
a necessidade de se criar uma e Henrique Laemmerth, do Rio de Janeiro,
identidade Sanjoanense, neste rica em informações da São João da Barra nos
importante momento de expansão séculos XIX e XX... As revistas FonFon e Tico-Tico
encerram as contribuições as quais recorremos.
portuária; a extrema boa vontade
do presidente da Casa, um amante Esperamos que este primeiro trabalho enseje
da história local, e a existência de outros em que se tenha mais tempo e que se
documentos esparsos necessitando possa buscar nos arquivos ultramarinos da Torre
virem à luz; tudo isso, somado a do Tombo, em Portugal, outros importantes
documentos que venham preencher as muitas
nossa extrema curiosidade pelas lacunas do presente trabalho.
coisas locais, nos fizeram enfrentar
tal empreitada. Foram muitas as colaborações de funcionários
da Câmara, parentes e contemporâneos dos
Não pretendemos aqui escrever a citados na obra, amigos e professores...
história da Câmara; reconhecemos
nosso pouco conhecimento para tão Nosso muito obrigado se estende a todos...
ousado empreendimento. Esperamos
apenas reunir os dados existentes e
“alinhavar fatos”, com datas e nomes,
para o conhecimento e estudo da nossa FERNANDO LOBATO
juventude, sobre as coisas do passado. Professor e Historiador

8 9
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
A COLONIZAÇÃO
A
Vila de São João da Praia foi Góis desde a década de 1610, com
instituída, segundo o eminente a condição de povoar a região e A.N.I.
04 e 05

historiador sanjoanense criar duas vilas, uma na costa para A cidade de São João da
Fernando José Martins, em 06 proteção da entrada do rio e outra Barra vista do Rio Paraíba,
de junho de 1676, oito dias mais para o interior, onde a vasta c. 1946. Reprodução.
apenas depois de instalada a planície tornara-se pasto do rebanho Coleção: Villa Lobato
vila de São Salvador, quando, aqui vieram que abastecia o Rio de Janeiro.
o Juiz ordinário de Cabo Frio, Geraldo 06
F. J. MARTINS
Figueira, em companhia do Capitão Mor A freguesia de São João Batista Folha de rosto do livro,
Francisco Gomes Ribeiro, procurador do da Paraíba do Sul, que já existia, História do Descobrimento
donatário e outros para isso convidados. da Povoação da Cidade de
A criação das duas Vilas nos Campos dos criada pelo Prelado do Rio de São João da Barra e dos
Goytacazes era uma determinação do Janeiro D. Antônio de Mariz Campos dos Goytacazes.
Visconde de Asseca Diogo Correa de Sá e Loureiro, desde 1644, reunia Rio de Janeiro, 1868.
seu irmão João Correa de Sá, que haviam em torno da pequena ermida Coleção: Genilson Soares
recebido de D. Pedro III de Portugal, a do padroeiro, pouco mais de
posse das terras abandonadas por Gil de MANUEL MARTINS
10 e 11
30 casas, ou “fogos”, todas DO COUTO REIS
edificadas do lado do poente, Mappa Topographico
cobertas de palha, com raras do Destricto dos Campos
exceções. A população constituía- Goiatacaz [detalhe]
se de pouco mais de 600 pessoas, Rio de Janeiro, 1875.
Coleção: Wellington Paes
incluindo os moradores do
recôncavo. A instituição da vila 13
MIGUEL ANTÔNIO
seguia as condições ditadas na DO AMARAL
carta de doação feita pelo rei, em Retrato de D. Pedro III,
20 de março de 1674. Rei Consorte de Portugal,
enquanto Príncipe do Brasil
(1717-1786) – Óleo sobre
Como na povoação já havia mais de tela, c. 1773.
30 casas, e igreja, ficava faltando Acervo: Museu do
a Casa de Câmara para que se Hermitage, São
cumprissem as determinações reais. Petersburgo, Rússia.
Instituída a vila, tratou-se de nomear
as diferentes autoridades que a partir
de então a governariam, ficando
assim constituído o primeiro Senado
da Câmara: Para Juízes Ordinários,
foram escolhidos João Velho Pinto e
Francisco Pereira da Zevora, sendo os
vereadores ou “camaristas”, o Alferes

13
Um conjunto de funcionários complementava pública, nomear funcionários do corpo
12
ENG. MANOEL MARIA a organização política. O Almotacel administrativo, dos quais o carcereiro e o
DE CARVALHO (palavra árabe al-muhtasib) ou inspetor escrivão. As Casas de Câmara, instaladas no
Província do Rio de de pesos e medidas que fixava os preços centro das cidades ou vilas eram, junto com
Janeiro, 1888 – Litografia dos gêneros, passando depois a fiscal da as igrejas, os principais edifícios públicos,
policromada (Litógrafo: H. Câmara; os carcereiros, os tabeliães, os geralmente construídos às expensas do
Lambaerts, Rio de Janeiro – porteiros, responsáveis pelas penhoras e Donatário. Eram edifícios de múltipla
Acervo: Biblioteca Nacional. os quadrilheiros ou agentes policiais, que função; anexo, havia sempre as prisões.
[Localização: ARC.014,04,008 cuidavam da segurança pública.
Cartografia] Com funções também judiciárias, atuavam
Este mapa, que integra o A centralização do poder, exercido no que hoje é atribuição do Ministério
acervo da Biblioteca Nacional, é pelos reis portugueses desde o tempo Público, cuidando das denúncias dos
bastante detalhado. Nele estão crimes, desempenhando, além das funções
identificadas as estradas de ferro medieval, estendia-se pelas Câmaras, administrativas, outras de cunho policial.
em atividade, as que estavam em concessão dada através de ato régio
construção e as projetadas. Nele e que se consolidava na eleição do O termo Câmara, ou Senado, era a
também é possível identificar Juiz Ordinário e nos três vereadores, designação para a reunião dos
as rotas dos vapores marítimos, que exerciam o poder em nome da vereadores onde o mais velho presidia os
as estradas “communs”, as trabalhos e era também o juiz. O
linhas telegráficas, os trechos de Coroa. Com o tempo, esse número local das reuniões era, portanto, a
rios navegáveis e os engenhos de vereadores foi sendo modificado, Casa de Câmara, Casa de Vereação ou
centrais. Apesar de já estar em chegando a sete no período do Conselho de Vereadores.
desuso, vítima da concorrência Império. Os vereadores eram eleitos
com a Estrada de Ferro Macahé José Vaz Saraiva – vereador mais velho, Média, quando os “Homens Bons” – para um período de um a três Poderoso instrumento de dominação
e Campos, o Canal Campos- o Sargento Gabriel Nunes Varejão e Luiz proprietários de terras numa cidade ou das elites, a Câmara Municipal, nos
Macaé ainda é representado com Pereira Bandeira. Como Procurador do vila, escolhiam um conjunto de oficiais, anos, sem nenhuma remuneração, primeiros tempos, era a confirmação
destaque. Conselho, Felix Alves de Barcelos, como encarregados de administrar a localidade. escolhidos entre os “Homens Bons”, do poder da nobreza feudal que
Escrivão do Senado e Tabelião do Público, latifundiários, nobres e membros do vigorou até fins do século XVII com
14
WILTON MALLET Judicial e Notas, foi nomeado Antonio A organização e a composição de uma clero. Além dos vereadores, havia o a família do Visconde de Asseca.
A Criação da Vila de São João da Pereira Viana. O “pasto espiritual” vila ou cidade obedeciam normalmente Procurador, o Tesoureiro e o Escrivão, Juízes de Fora, Ouvidores e
Paraíba do Sul. – São João coube ao Padre Francisco Gomes a um “Foral” – carta do Monarca que Desembargadores controlavam e
da Barra, 2016. Tela à Óleo. Sardinha, que paroquiava a arruinada regulamentava a administração das terras todos eleitos. fiscalizavam as Câmaras em visitas de
Coleção: Villa Lobato igrejinha de São João. conquistadas – variando de acordo com Desde os primórdios e durante todo o Correição. Nestas, eram convocados os
cada local. Desde as Ordenações Afonsi- Período Imperial, as Câmaras tinham muitos membros da Câmara que passavam a
As Câmaras, braços do poder central nas estava prevista a existência de Juízes e amplos poderes, com atribuições diversas ser inquiridos conforme o estilo.
em Portugal, foram transplantadas Ordinários – responsáveis por presidir as em que cabia taxar os impostos, administrar Em se chegando à Vila, logo o
para a colônia desde 1532, quando foi Câmaras de Vereadores e por tratar dos as receitas e o patrimônio da Vila, conservar Corregedor iniciava o inquérito, – se
instituída a Vila de São Vicente, em assuntos econômicos e de um Procurador e construir os edifícios e as obras públicas, havia arcada de órfãos e tesoureiro;
São Paulo; estavam fundamentadas nas do Conselho, que servia também de te- as estradas, as pontes, os canais, os portos, se os donatários ou seus procuradores
Ordenações Manuelinas (1521-1580) e soureiro. Nas vilas e cidades mais impor- cuidar da limpeza dos logradouros e praças, excediam-se aos limites de suas BRASÃO DE ARMAS
nas Ordenações Filipinas (1580 -1640), tantes, havia o Juiz de Fora. Os vereado- regulamentar os ofícios e as profissões atribuições; se havia Ordenação Visconde de Asseca
trazendo resquícios ainda da Idade res, em todas, eram inicialmente três. do comércio, cuidar da higiene e saúde ou Foral e assim por diante.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Essa dependência só foi extinta com a da Democracia e do bem comum em
Proclamação da República, em 1889, detrimento de interesses particulares e
quando se instituiu a autonomia privados.
entre os Poderes Legislativo,
Compostas, hoje, por vereadores eleitos
Executivo e Judiciário. diretamente pelo voto do povo, através
de um sistema de proporcionalidade dos
Após a República Velha, com a criação do partidos, são as Câmaras a representação das
cargo de Prefeito e a nomeação de Juízes diversas correntes de opinião que através dos
para o julgamento das questões contenciosas, partidos, obtêm voz na defesa dos interesses
as Câmaras deixaram de exercer os Poderes dos cidadãos. Nas Câmaras da atualidade
Executivo e Judiciário respectivamente, estão presentes todos os partidos legais
contudo se firmaram como representantes e e autorizados a funcionar e com força de
guardiães da Constituição, inclusive com o representatividade suficiente para eleger
poder de cassar prefeitos que descumprissem um vereador.
as leis preconizadas na Carta Magna do País
e na Lei Orgânica Municipal. Repousam nas Dessa forma, na maior parte das vezes,
Câmaras Municipais os fundamentos básicos ali se encontram representados os interesses
da Democracia, sendo o mais democrático dos dos diversos distritos, de determinados
poderes do Estado. bairros ou localidades, bem como
agrupamentos de interesses comuns.
Nos dias de hoje, são as Câmaras Municipais A tão proclamada independência do
um órgão de representação, independente Legislativo fica evidente neste caráter
e harmônico dos Poderes Executivo e colegiado que há na Câmara, em que
Após a Constituição Absolutista de 1824, com Judiciário, porta-voz dos interesses do povo repousa a ideia de autonomia municipal.
a abdicação de Pedro I em 07 de abril junto ao Prefeito, na criação das leis de Em síntese, elaborar as leis em âmbito
Nessas ocasiões, o povo tinha a de 1831, durante o Período Regencial interesse coletivo, bem como fiscalizador do municipal e fiscalizar as ações do Executivo
SIMPLÍCIO
16A
oportunidade de representar contra alteraram alguns artigos da Constituição e, tesouro público, na busca do fortalecimento são as suas funções.
RODRIGUES DE SÁ o poder da Câmara. Durante todo em 1834, seguindo uma filosofia federalista
D. Pedro I - c. 1830 – Acervo: o Período Colonial e também no e descentralizadora, foi dada uma maior
Museu Imperial de Petrópolis Império, não havia separação entre autonomia às Câmaras. Foram mantidas 17
BENEDITO CALIXTO
a Igreja e o Estado, cabendo às as eleições para os Juízes de Paz, o que em Proclamação da República,
16B
CONSTITUIÇÃO POLÍTICA Câmaras dar posse e remunerar os realidade conflitava com a subordinação 1893 – Óleo sobre tela –
DO IMPERIO DO BRASIL párocos e reverendos responsáveis que havia das Câmaras às Assembleias Acervo: Pinacoteca do
25 de março de 1824 pelo “pasto espiritual” da vila. Legislativas Provinciais. Não havia, como Estado de São Paulo
Rio de Janeiro – Acervo: Com a Independência, e o governo antes, autonomia para as mínimas decisões,
Arquivo Nacional autoritário de D. Pedro I, e sua como criar e modificar posturas, efetuar
consequente centralização nas pagamentos, decidir sobre o talhe da carne,
mãos do Imperador, as Câmaras sobre o mercado, a cessão de imóveis
viram diminuir o seu poder, o que dentre outras que passaram a ser discutidas
perdurou por todo o Segundo na Comissão das Câmaras Municipais da
Império. Província.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
18
JOÃO MOREIRA
[restauração – Atelier Escola
Antiga, 2009] A reconquista de
Luanda aos holandeses por
Salvador Correia de Sá e
OS COLONIZADORES

``
Benevides em 1648. Painel de
azulejos na Fortaleza de São Martim Correia de Sá [1º Visconde de
Miguel, Luanda-ANGOLA Asseca] e João Correia de Sá, filhos de
Salvador Correia de Sá e Benevides,
foram aquinhoados com extensas
capitanias ao longo da faixa costeira,
próxima ao Espírito Santo. Pelos termos
dos títulos de doação eles eram obrigados
a fundar uma cidade em seus respectivos
domínios dentro do prazo de 6 anos.
Essas doações foram feitas aos dois irmãos
em paga pelos seus serviços e
“em reconhecimento pelos muitos
meritórios serviços que o pai, Salvador
Correia de Sá e Benevides, do meu Conselho
de Guerra, tem prestado a esta coroa”,
conforme reza a carta de doação firmada
pelo príncipe-regente em setembro de
1674. Por morte de seu filho mais velho,
Diogo Correia de Sá e Benevides Velasco
(6 de junho de 1639 - 28 de outubro de
1678), Salvador Correia de Sá e Benevides
atuou como guardião do seu próprio
neto: Salvador Correia de Sá e Benevides
Velasco [2º visconde de Asseca]. Em
maio e junho de 1676 foram fundadas,
respectivamente, as vilas de São Salvador
dos Campos dos Goitacá e de São João da
Praia [ou da Barra]. As duas novas vilas
receberam os nomes dos santos patronos
aos quais deviam o nome os seus respectivos
proprietários.”

BOXER, C. R. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e


Angola: 1602-1686. São Paulo: Editora Nacional;
Ed. da Universidade de São Paulo, 1973, p. 390-391.

19A
C. LEGRAND Salvador Correia de Sá e Benevides (1602-1688) – Militar
e político português. Foi governador do Rio de Janeiro e de Angola. –
Litografia: Manuel Luís, 1841 [Acervo: Biblioteca Nacional de Portugal]
18 19B
GIORGIO DOMENICO DUPRÀ Afonso VI (Lisboa, 21 de agosto 19
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA de 1643 – Sintra, 12 de setembro de 1683)
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
A FORMAÇÃO DA VILA

20 21
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
O
Rocio - Foi em reunião no ano de 1678, que a nova Câmara
determinou o Rocio da Vila, que seriam de um quarto de
légua para baixo e um quarto para cima, a partir da capela
de São João Batista. Foram ainda repartidas as terras do
“Mato Grosso” e das ilhas em torno do rio.

A primeira rua da Vila, formada à margem caminhadas do “Terço de Nossa Senhora”


do rio, foi a Rua da “Boa Vista”, por muitos aos domingos. Teve primeiramente a
anos a mais povoada. Foi denominada Rua denominação de Rua da “Restinga”.
Direita, por longos anos, chegou a ter quatro
sobrados e um trapiche, é ornada com três A sexta rua aberta foi a Rua das Palmeiras,
cais e sua lateral, junto ao rio, toda em em correição do Ouvidor José Freire Gamero
pedras. em 28 de novembro de 1811, quando ficou
deliberado que os chãos dos terrenos seriam de
A segunda rua, aberta pelos moradores do 100 palmos de fundo e os moradores da rua
Mato Grosso para vir à Vila, foi chamada “Direita” puderam alongar os seus terrenos até
primeiro de Rua do Caminho Grande; em a rua que se abria. Em 1847, em visita à Vila,
1774 chamada Rua do Açougue; de 1800 o imperador D. Pedro II, mandou plantar 21
até 1835, Rua de Baixo, em 1864 chamava palmeiras. Foi chamada Rua do Dr. Cordeiro e
Rua Direita, depois foi denominada Dr. atualmente se chama Barão de Barcelos.
Motta Ferraz; Miguel Couto nos anos de
1940 e, atualmente, Joaquim Thomaz de Em 23 de fevereiro de 1783, com o título de
Aquino Filho. Rua “Travessa” foi aberta a rua que atualmente
se chama Coronel Teixeira, e que já se chamou
A terceira rua foi aberta em correição de Rua do “Alecrim”. Em 1780, denominada Beco
21 de janeiro de 1750, com o nome de Rua de José Manuel, foi aberta a Rua “Detrás da
Nova, conservando-o até 1835, quando teve Boa Morte”, atual João Francisco de Almeida,
seu nome trocado para Rua do Rosário, que que também se chamou Dr. Cordeiro.
conserva até hoje. Foi aberta com 260 braças
de extensão. Também foram abertas no século XVIII as
ruas do Cotovelo, chamada Rua do “Jogo
A quarta, aberta com a denominação de da Bola”; a de São João, de São Benedito,
Rua de São Benedito, em 1778, também das Flores, a do Caju, aberta em correição
mudou de nome para o que tem atualmente, geral de Câmara de 1792, a do Açougue,
Rua dos Passos, com a mesma extensão aberta em 1780; a de São Pedro; da Cunha;
da anterior. Em 1864, ao final dessa rua, Do Sapo. Além dessas ruas foram abertos os
no local denominado coqueiro, foram becos, de José do Porto, atualmente ao lado
construídos os cemitérios da cidade. A da policlínica; do Riacho, dos Namorados, do
quinta foi a Rua do Sacramento, aberta Rei, do Pelourinho e da Cadeia.
em 1792, quando se fez um rasgo, saindo Instituída a Vila, era necessário um lugar
na praça da matriz para dar passagem às para a realização das reuniões do Senado;

22 23
PLANTA DA VILA SÃO JOÃO DA BARRA Reprodução, 23
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA Rio de Janeiro. c. 1840 - Coleção: Villa Lobato
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
nos primeiros tempos as reuniões eram adquirido de Cecília Andrade, em frente à
realizadas ora na varanda da igreja, ora na Matriz. Em 1697, o Senado expediu uma
casa do Sargento Mor João Velho Pinto. Em solicitação ao capitão-mor como procurador
primeiro de setembro de 1692, Dr. Miguel do Donatário, para que mandasse fazer na
de Siqueira Castelo Branco, Corregedor Vila Casa de Vereança, com sala de audiência e
do Rio de Janeiro, a quem pertenciam os sala para tronco e cadeia. Também solicitavam
campos dos Goytacazes, vindo na primeira que o procurador mandasse dois escravos
correição, deu início aos trabalhos para a para embarrear a casa que já estava construída
construção da casa. Em 1694, o Corregedor, em ponto de palha; porém levantariam em
Manoel de Souza Lobo, prosseguiu nos ponto de telha, caso estas fossem mandadas,
melhoramentos da nascente vila. pois a única olaria daqui estava fabricando 1º DISTRITO
as telhas da matriz. Freguesia de são João Batista
Por essa época, foi adquirido por “sete patacas da Barra, criada em 1644
e meia” o terreno em que está hoje a Câmara O Senado de 1703 resolveu escrever ao pelo prelado D. Antonio de
e Cadeia, com uma casa velha e arruinada, governador, o ofício seguinte:
Mariz Loureiro.
Deu-se princípio à obra, para despender com uma nova 2º DISTRITO
contratada com o mestre Cadeia e Casa de Vereança, visto a Freguesia de São Francisco
“Senhor Capitão-Mor Fernando da Gama, lembra-nos a de V. Mcê. de 3 de maio próximo passado na qual vemos Antonio Fernandes da Silveira existente estar em ruínas.
perfeita saúde, que nosso Senhor lhe conservará seu estado que deseja para lhe fazer muitos serviços; e servimos de Paula de Cacimbas, curato
por 36$000, terminada em pela Lei Provincial nº 674 de
a V. Mcê. Ficamos prontos para toda ocasião que nos der do seu serviço que o faremos com muito gosto. Muito Autorizados, fizeram uma obra
‘agordecemos’ as ordens que nos concede, assim dos ‘sucilios’, como da redízima do pescado e próes e precalços 1709, sendo essa primeira casa assobradada, construída pelo mestre 19 de agosto de 1854, elevada
das embarcações, que tudo daremos execução; e, igualmente, a nova eleição da mercê dos próes das patentes coberta de palha. Já estava carpinteiro Constantino Soares, que a freguesia pelo decreto Nº
das milícias e justiça, que esses quando V. Mcê. seja servido pode nos mandar ordem para que possamos fazer arruinada em 1724, quando entregou pronto em 1736. Com 936, de 05 de novembro de
e recorrer a V. Mcê. para o provimento, comutando o seu precalço, e isto aplicar para as obras desse Conselho. o Senado mandou guardar os alguns reparos e consertos serviu
Sobre as casas da Câmara e Cadeia, toda a madeira fica cortada e lavrada de machado, e não estar lavrada é até 1753, quando outra foi
1856 – Barra Seca.
“pelouros” na casa do Vigário
por causa do carpinteiro que assiste nas obras da igreja Matriz e anda ocupado com a capela a qual brevemente construída, ainda de madeira, mas
se acaba, e depois dela o dito oficial pega nesta nossa obra que com brevidade se há de fazer, porém cremos que Gabriel Pereira de Araujo. já coberta de telhas. Este edifício 3º DISTRITO
ficará levantada e preparada de todo o necessário e nunca se cobrirá de telha por o coronel dizer que a olaria durou até a construção do atual. Freguesia de São Sebastião
estava desfabricada, mas constará que o Conselho deste ano fez a sua obrigação, o que as nossas passadas nunca Em 1729, o Ouvidor Jose Pires de do Itabapoana, criada pela
fizeram, ao menos será aos que de novo entrarem. Mendonça, vindo em correição, Com a vinda do Corregedor Manuel Lei Provincial Nº 989, de 15
mandou consertá-la, e fazer outro Carlos da Silva Gusmão, em
Sobre as miudezas da igreja, abrimos junto com o reverendo padre jesuíta, e tudo está muito velho; e nos mandará lance no terreno contíguo para 1781, deu-se início ao projeto de
de outubro de 1857, assinada
V. Mcê. Três sanguinhos, um pano de púlpito, um frontal de brocado de prata, e alguns panos de linho para alvas servir de cadeia privativamente, construção de um novo edifício. pelo Presidente da província
e mais miudezas, e nos faça mercê de remeter junto pelo que ficamos esperando 1 oitava de retrós, 1 meada de ficando o antigo só para a vereança. Antonio Nicolau Tolentino.
linhas roxas para consertar o dito frontal velho, e nos mandará também o Senhor Crucificado de pau; agordecemos Para tanto, o Vice-Rei Conde de
muito a V. Mcê. E as fechaduras mouriscas que não se esqueça. Também escrevemos à Câmara da Vila de São Ainda tudo coberto de palha. em Rezende, em 1793, mandou do 4º DISTRITO
Salvador dos Goytacazes sobre os sucílios, e por não molestarmos mais a V. Mcê. não queremos ser importunos 1735, essa casa, sem alicerce ou Rio de Janeiro o risco da obra. Em São Luiz Gonzaga, criado pela
e nos recomendamos muito em sua graça, e Deus padre lhe prospere e dê muitos anos de vida e a mais família. fundamentos, já estava incapaz 04 de abril de 1794, lançou-se a
de servir. Vindo o Corregedor Primeira Pedra, na presença de Lei Provincial Nº 2.006, de 08
Vila de São João da Praia, Cabo de São Thomé em Câmara de 8 de julho de 1703 anos – João Martins da Costa Agostinho Pacheco Felix, do Rio de toda a Câmara em corpo, presidida de maio de 1874 –Maniva.
– Manoel Henriques do Amaral – Luiz Pereira Bandeira – O Procurador Matheus de Souza.” Janeiro, o Senado pediu autorização pelo Corregedor José Pinto Ribeiro,

24 25
MOEDA DE PRATA que circulava no Brasil Colonial, sendo rei de Portugal 25
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA D. José I. – Moeda de 600 reis, 1758 – Casa da Moeda: Rio de Janeiro
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
sendo o terreno alinhado onde de prisões masculina e feminina.
5º DISTRITO havia sido a cadeia velha. Foram Sem aberturas laterais, os presos
Freguesia de Nossa Senhora do gastos quatro contos de réis, ou desciam por uma escada posta no
Amparo do Tahy, criada pela Lei 10.000 cruzados, na obra que andar superior. No andar superior,
Provincial Nº 1.951, de 20 de teve o mestre carpinteiro Manuel realizavam-se as reuniões e todo o
novembro de 1873 – Pipeiras. Francisco da Encarnação e o mestre corpo administrativo era alojado.
pedreiro Manuel Barreto. Com
52 palmos em quadra de terreno, A Câmara Municipal funcionou no
6º DISTRITO tinha dos lados, becos com 18 prédio até 1894, quando na
Usina Barcelos, criada pelo palmos cada. Ficou pronta em administração do Coronel Manoel
Decreto Estadual Nº 78, 1797, construção tão sólida que José Nunes Teixeira, foi adquirido
de 12 de junho de 1958, dura até os dias atuais. o prédio da Rua Barão de Barcelos,
assinada pelo Governador para onde transferiu-se.
Em 1900, sofreu reparos na
Miguel Couto Filho. cumeeira. Possui andar térreo A partir de então, o edifício teve
dividido em duas salas que serviam diversos usos.

ALBERTO RIBEIRO LAMEGO


20, 21 e 26

Adeia colonial de São João da Barra,


com paredes de pedra e cal
de 1.20m de espessura, c. 1940.
Coleção: Genilson Soares

26 CONDIÇÃO PARA CONTRUÇÃO DE UMA CADEIA 2ª Seção técinca da secretaria


27 a 30
27
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA de Obras Públicas e Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - Manuscrito de oito páginas,
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Petrópolis, 2 de outrubro de 1895 - Coleção: Villa Lobato
28 29
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
30 JOÃO ROCHA Fundos da Câmara e
31
31
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA Cadeira - São João da Barra, c. 1970 -
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Coleção: Villa Lobato
AS VISITAS IMPERIAIS
32 33
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
pela Câmara Municipal, diversas saudados pelo Presidente, o Tenente Francisco Ferreira Pinto,
autoridades e muita gente; seguiu e pelos professores, João Batista e Seraphim Pereira Ramos.
para a Igreja de São João, onde foi Seguiram depois para a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte,
celebrado um “Te Deum”. Dali, após onde foi celebrado um “Te-Deum”. Descansaram no sobrado
um passeio a pé pelas principais do Comendador Graça, visitaram a Casa de Câmara e Cadeia e
ruas, recolheu-se ao sobrado do escolas públicas.
Comendador André Gonçalves
da Graça. Na parte da tarde, o Ainda nesse mesmo dia, na parte da tarde, foram a
Imperador e sua comitiva visitaram Atafona conhecer a Foz do Rio Paraíba. Retornando
a Casa de Câmara e Cadeia, e a
escola pública. No dia, fez plantar
para Campos, no caminho na fazenda “Barra Seca”,
21 palmeiras imperiais; seguindo do Coronel José Joaquim de Carvalho Siqueira,
depois de barco até a barra, onde vistosa banda de escravos apresentou-se na
foi recepcionado no trapiche do passagem da comitiva.
também Comendador Joaquim
Thomaz de Farias, dali indo ver o Em 15 de junho de 1875, retornou o Imperador Pedro II, a já
Delta do Rio Paraíba; retornando elevada Cidade de São João da Barra. Encontrou-a crescida.
em seguida para Campos e depois Chegou pelas 8 horas da manhã, acompanhado da Imperatriz
São Fidelis. O Imperador fez nessa Thereza Cristina e do genro, o Conde D’Eu, do Conselheiro Costa
ocasião a doação de um conto de Pereira, Ministro da Agricultura e Sra., o Presidente da Província,
réis para a construção de uma casa Conselheiro Pinto Lima e Sra. e o Conselheiro
oram quatro as de caridade. Azambuja. Desembarcaram na praça,
visitas imperiais feitas chegados no Vapor “Cachoeiro”, sendo
Verdadeiramente encantado com recebidos com grandes aclamações. Como
a São João da Barra, o progresso da Vila, atendendo de praxe foram assistir ao “Te-Deum” na
quer na pessoa do aos apelos dos fazendeiros e matriz e depois a visita oficial à Casa de
34
FRANCISCO DE Imperador Dom comerciantes, o imperador Câmara e Cadeia; estiveram na Santa Casa
PAULA CARNEIRO providenciou a elevação à de Misericórdia, fundada em 1855. Também
Vapor fluvial ancorado na
Pedro II, e de outros membros categoria de cidade três anos foram conhecer o sobrado de quatro andares
margem do Rio Paraíba – da Família Imperial. Em todas, depois, em 17 de junho de 1850. que foi oferecido para escola por Jerônimo
Campos, 1906. / Gelatina-prata, o papel da Câmara Municipal Pinto Rodrigues de Brito e seus irmãos.
colorida à mão – Coleção: Em 16 de junho de 1868, foi a vez Almoçaram em casa de Dona Madalena Costa,
Ronaldo Linhares foi fundamental. da Princesa Izabel, acompanhada viúva do primeiro Vice-Cônsul português
do Príncipe Consorte, o Conde nesta cidade, Manoel Pinto da Costa. Foram
O vapor Miracema integrava Em 1847, saindo em visita à província D’Eu. Chegaram vindos de depois até a Atafona onde desembarcaram
a frota de vapores fluviais que fluminense, o Imperador Dom Pedro II chegou Campos, no Vapor “União”, com no trapiche da Companhia Espírito Santo e
regularmente transportava à Vila de São João da Barra em 08 de abril, grande comitiva e acompanhados Campos, indo até a Igreja de Nossa Senhora
passageiros e mercadorias vindo de Campos, aonde chegara em 24 de da Sociedade Musical Phil da Penha; rumaram em seguida até a enseada
entre São Fidelis, Campos março, para prolongada estada na região. Euterpe, desembarcaram no de Gargaú e foram observar o pontal.
e São João da Barra. Desembarcando de sua galeota, às 7h da Cais do Alecrim, onde eram Retornaram no mesmo dia para Campos.
O Rio Paraíba servia manhã, no cais da praça matriz, devidamente esperados pela Câmara Municipal
como hidrovia. enfeitado de muitas flores, foi recebido e população. Foram então
32
JOAQUIM INSLEY PACHECO Retrato do Imperador do Brasil, D. Pedro II, já idoso, em cenário
tropicalista. Rio de Janeiro, 1883 - Acervo: Coleção D. Thereza Christina Maria / Biblioteca Nacional
34 35A
JOAQUIM INSLEY PACHECO Príncipe Gaston de Orleans, Conde d’Eu e a Princesa Imperial Dona 35
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA Isabel de Bragança. Rio de Janeiro – 01 de dezembro de 1864 – Acervo: Museu Imperial de Petrópolis
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA 35B
JOÃO ROCHA Sobrado do Comendador André Gonçalves da Graça, atualmente sendo utilizado
como fórum de São João da Barra. C. 1970 – Coleção: Villa Lobato
DONATIVOS REAIS
E
Em 12 de abril de 1727, Francisco Mendes Galvão, tomou por sua
foi expedida uma Carta conta todos os festejos das duas vilas, que
Régia ao Governador da assistiram a grandes festejos. Na Vila de
Capitania do Rio de Janeiro, São Salvador, nos dias 29, 30 e 31 de maio;
em 22, 23 e 24 de junho, foi a vez da Vila
Luiz Vahia Monteiro, impondo de São João. Desde a chegada do Capitão
ao povo, através das Câmaras Mor, junto com a Câmara de
Municipais, um pesado imposto Campos, no dia 21, iniciaram-
para donativo do casamento se os festejos, com formatura
na praça nos três dias de festa. MERCADO
dos príncipes portugueses e Convocados todos os “homens O açúcar era, desde o século
espanhóis, filhos dos soberanos bons” da Vila, em formatura, XVI, embalado em caixas
governantes. participaram de cargas de de madeira, as quais eram
mosquetaria, missa cantada, marcadas com ferros. As
O Príncipe Dom José e sua irmã, Dona procissão, vistosas luminárias
Maria Bárbara, filhos do Rei Português Dom
marcas, elaboradas por
em volta da praça e desfile de
João V, ajustaram-se casar com a Infanta de cavalos. Tudo à custa do dito artesãos especialistas nesta
Espanha, Dona Mariana Vitória, e seu irmão, Capitão, sem que a Câmara atividade, eram específicas
o Príncipe de Astúrias Dom Fernando, filhos precisasse despender de cada engenho.
do Soberano Espanhol Felipe V. nenhuma “pataca”.
A.N.I. A Usina de Barcellos,
36

anteriormente, Engenho Central As Vilas de Campos e São João da Barra


– São João da Barra, c. 1910 / concorreram com vultosa quantia, sendo
Gelatina-prata – Acervo: Coleção para tanto criados os seguintes impostos: de
José Francisco de Carvalho Em 23 de novembro de 1878 encontraram a Câmara Municipal, 1$000 para cada caixa de açúcar; de $40 por
da Biblioteca Municipal Nilo retornou, pela última vez, a a Diretoria da Usina e mais de medida de aguardente vendida nas tabernas;
Peçanha – PMCG São João da Barra, o Imperador Dom mil pessoas convidadas para o de cinco por cento pelo pescado fresco; de
Pedro II, em companhia da Imperatriz evento. Ao som do Hino Nacional, $300 por dúzia de Tapinhoan; de $200 pela
O Engenho Central de Barcellos, executado pela “Lira de Ouro”, de canela ou vinhático; de $100 pela de
foi construído pela firma francesa e grande comitiva. O destino dessa pela “Lyra de Apolo” e pela caixeta; de $200 pela de perna d’asna; $100
Fives-Lille. Sua inauguração, feita era inaugurar a Usina Barcelos, orquestra particular do Visconde pela de frechal e $40 por vigas ou esteios.
em 1878, contou com a presença de propriedade do Dr. Domingos Alves de Itabapoana. Depois de visitarem
do Imperador D. Pedro II, que de Barcelos Cordeiro. todas as instalações do recém- Em 26 de abril de 1737, foi a vez do
trouxe na sua comitiva o inaugurado estabelecimento Governador Gomes Freire de Andrade, depois
jornalista José do Patrocínio, fabril, e de calorosos discursos, foi Conde de Bobadela, o nascimento da Infanta
representante do jornal carioca Chegando às 10 horas no porto mandado oferecida uma recepção festiva, de Portugal, filha do Príncipe Real Dom José,
“Gazeta de Noticias”. construir, em frente à usina, vindos de retornando a comitiva às 4 horas neta do Rei Dom João V. Como governante da
Campos nos vapores “Agente” e “Muriahé”, da tarde para Campos. Capitania da Paraíba do Sul, o Capitão Mor

36 37
JEAN BAPTISTE DEBRET Carregadores de caixas 37
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA de açúcar – Origem: Voyage Pittoresque et Historique
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
au Bresil (Paris, 1834-39).
ELEVAÇÃO À CIDADE

O
Presidente da Província do Rio A Câmara Municipal tinha naquele
de Janeiro, João Pereira Darrigue ano a seguinte composição:
Faro, em 17 de junho de 1850,
no Palácio do Governo da Presidente
Província, assinou a lei número José Lopes da Costa e Souza
534, na qual a Vila de São João Vereadores
da Barra foi elevada à categoria de cidade. Feliciano José Manhães
A visita do Imperador D. Pedro II, em 1847, Dr. João da Silva Cordeiro
com certeza contribuiu para essa conquista Joaquim Pinto das Neves
política, que teve no Barão de São João da José de Brito Moreira
Barra, José Alves Rangel, grande entusiasta. José Rodrigues de Freitas
Com apenas dois artigos, a lei dizia: Antônio Joaquim de Faria Sobrinho
Secretário
“Art. 1º- A Vila de São João da Barra Thomaz Joaquim de Faria Motta
é elevada à categoria de cidade, com Procurador
a denominação de Cidade de São José Antônio de Souza Filho
João da Barra.
Para comemorar, a Câmara Municipal
Art. 2º- Ficam revogadas as organizou vários festejos. A Sociedade
disposições em contrario. Palácio Musical “Invencível”, dirigida pelo poeta
do Governo da Província do Rio de sanjoanense Belmiro José Ferreira Fluminense,
Janeiro, 17 de junho de 1850. (a) realizou um grande baile na noite de 06 de
João Pereira Darrigue Faro”. agosto, com a participação de toda a cidade.

38 38
A.N.I. Praça da Matriz – São João da Barra, c. 1930 - Fotografia - Coleção: Villa Lobato 39
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA 39
A.N.I. Vista da Rua do Rosário na Beira Rio – São João da Barra, c. 1900 - Reprodução - Coleção: Villa Lobato
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
A IGREJA •


Francisco Gomes Sardinha
- Encomendado – 1676
Francisco do Sarmento


João D.C.
- Interino – 1833
Joaquim de Sant’Anna Lamego
- Religioso do Carmo – 1680 - Interino – 1833

N ão havia, no início da Vila e nos • Mathias Teixeira de Mendonça • Francisco João Chrisóstomo Barreto
primeiros tempos da cidade, – 1681/1694 - Interino – 1834
uma separação entre o político e • Domingos de Mattos • Manoel de Brito Coutinho
o religioso. As duas instituições • – Até 1711 – 1834
caminhavam juntas, uma se amparando • Gabriel Pereira d’Araújo • Francisco José Pereira de Carvalho
na outra. A Câmara tinha que obedecer às - 1º Colado – até 1724 - Encomendado – 1835
ordens da Igreja e era ela quem efetivava • Dr. Pedro Marque Durão • Américo Alexandrino de Almeida
e financiava os reverendos e as principais • - Bacharel em Cânones 2º Colado – até 1760 Campos
festas religiosas do lugar, bem como • Francisco Xavier da Fonseca - Coadjutor – 1842
cabia ao poder público a construção e - Na ausência do proprietário – 1727 • Manoel Joaquim da Rocha
manutenção dos templos do imenso Império • Luiz Lourenço da Cunha Campista
Português. Alguns problemas chegaram a - Na ausência do proprietário – 1742 - Coadjutor – 1845
existir entre os padres nomeados pela Cúria • Ignácio da Costa Antunes Rosário • Antônio Guimarães Barroso
e empossados a contra gosto - Na ausência do proprietário – 1766 - Coadjutor – 1856
pela Câmara. Por outro lado, • João Silveira Machado • José do Canto Coutinho Pau-Brasil
os camaristas foram - Conjuntor - Na ausência do proprietário - Encomendado – 1862
obrigados a voltar atrás e – 1768 • Ricardo Maurício de Oliveira
pagar um dízimo • Manoel Furtado de Mendonça - Coadjutor – 1862
cobrado da Vila. - 3º Colado – 1769/1805 • Francisco Luiz Goytacaz
• Diogo de Carvalho da Costa - Coadjutor – 1869
Foram esses os - No impedimento do proprietário – 1774 • Manoel Luiz Coimbra
Reverendos que • José Soares - Interino – 1874
existiram em – 1789 • José Calvoza
São João da Barra: • Francisco José Pereira de Carvalho - Encomendado – 1875
- Encomendado – 1807 • Antônio Domingues Valieng
• José da Costa - Encomendado – 1880/1895
- Encomendado – 1808 • José Pires da Silva Almada
• (...) Barbosa - Encomendado – 1884
- Encomendado – 1809 • Manoel da Silva Cid
• Luiz Manoel - Encomendado – 1885
- Encomendado – 1810 • Cônego Raymundo da Purificação
• José Caetano Ribeiro Santos Lemos
- 4º Colado – 1812 - Encomendado – 1881
• Manoel Gomes de Azevedo • José Martins Pereira de Barros
- Interino – 1812/1816 - Coadjutor – 1887
• Manoel Gomes de Azevedo • Emílio de Galdi
- 5º Colado – 1816/1833 - Interino – 1880

40
ALBERTO RIBEIRO LAMEGO Igreja de Nossa
Senhoa da Boa Morte, em São João da Barra, século
XIX, c. 1940. Coleção: Genilson Soares
POSSE DO PADRE RICARDO
42

MAURÍCIO DE OLIVEIRA
São João da Barra,
1862 - Manuscrito Original
Coleção: Villa Lobato
43
SINAL DE SILÊNCIO NA
TORRE DA IGREJA
São João da Barra, 23 de
julho de 1883 - Manuscrito
Original - Coleção: Villa Lobato

42 43
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
44
ALBERTO RIBEIRO LAMEGO A velha matriz colonial de São João
Batista, em São João da Barra, c. 1940. Coleção: Genilson Soares
45
LISTA DE DONATIVOS Angariados em Campos para a reconstrução
da Igreja Matriz – Manuscrito de duas páginas – Campos dos
Goytacazes, 25 de março de 1883 - Manuscrito Original.
Coleção: Villa Lobato
46
ALBERTO RIBEIRO LAMEGO A velha matriz colonial de São João
Batista, em São João da Barra, c. 1940. Coleção: Genilson Soares
44 45
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
46 47
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
1677 E 1678 1686 1691 1697
Juízes Ordinários: Sargento Mor Juízes Ordinários: Felippe Vieira Juízes Ordinários: Felippe Vieira Juízes Ordinários: Felippe Vieira
João Velho Pinto e Francisco de Moura e Braz de Calheiro de Moura e Francisco Correa de Moura e Euzébio Cordeiro.
Pereira da Zevora. Malheiros. Vereadores: Francisco Xavier. Vereador: Francisco de Vereadores: Capitão Manoel
Vereadores: Jose Vaz Saraiva, Pereira da Zevora, Manoel Sá Barbosa. Borges Senra, Mathias Teixeira
Gabriel Nunes Varejão e Luiz de Freitas da Silva e Manoel Nunes e Capitão Gregório
Pereira Bandeira. Procurador: Ferreira Soares. Procurador: 1692 Barreto de Souza.Procurador:
Felix Alves de Barcelos. Gabriel Nunes Varejão. Juízes Ordinários: Manoel Gabriel Nunes Varejão.
Ferreira da Fonseca e Manoel
1679, 1680 E 1681 1687 de Freitas Silva. Vereadores: 1698
Juízes Ordinários: Manoel da Juízes Ordinários: Manoel de Pascoal Borges Ramos, Leonardo Juízes Ordinários: Alferes José
Fonseca do Amaral e Leonardo Freitas Silva e Manoel Ferreira de Sá Barbosa e Matheus de Vaz Saraiva
de Sá Barbosa. Vereadores: Soares. Vereadores: Felippe Souza. Procurador: Antonio e Capitão Manoel Borges Senra.
Manoel de Freitas Silva,Gonçalo Vieira de Moura, Francisco Martins da Palma. Vereadores: Antônio Carvalho,
Gomes Sardinha e Antonio Mendes e Gregório Barreto de Manoel Moreira da Costa e
Martins Gato. Procurador: Luiz Souza. Procurador: Luiz Gomes 1693 E 1694 Matheus de Souza. Procurador:
Pereira Bandeira. da Silva. Juízes Ordinários: Felippe Manoel Ferreira da Fonseca.
Vieira de Moura e Francisco
1682 1688 Mendes. Vereadores: Gabriel 1699 E 1700
Juízes Ordinários: Francisco Juízes Ordinários: Manoel de Nunes Varejão, Manoel da Juízes Ordinários: Capitão
Alvares de Barcelos e Sargento Freitas Silva e Manoel Ferreira Fonseca do Amaral e Euzébio Francisco Mendes de Souza e
Mor João Velho Pinto. Soares. Vereadores: Felippe Cordeiro de Alvarenga. Ajudante João da Silva.
Vereadores: Mauricio Ferreira Vieira de Moura, Francisco Procurador: Sargento Mor João Vereadores: Felippe Vieira de
Bandeira, Gabriel Nunes Varejão Mendes e Gregório Barreto de Vieira. Moura
e Manoel de Freitas Silva. Souza. Procurador: Gabriel Felix Alves de Barcellos
Procurador: Leonardo de Sá Nunes Varejão. 1695 e Balthazar de Calheiros
Barbosa. Juízes Ordinários: Capitão Malheiros. Procurador: Gabriel
1689 Manoel Borges Senra e Alferes Nunes Varejão.
1683 Juízes Ordinários: Francisco Matheus de Souza Riscado.
Juízes Ordinários: Manoel de Alves de Barcelos e João Vieira. Vereadores: Capitão Gregório 1701
Freitas Silva Vereadores: Pascoal Borges Barreto de Souza, Gaspar Juízes Ordinários: Alferes José
Vereadores: Manoel da Fonseca Ramos e Manoel da Fonseca do Coelho de Araújo e Francisco Vaz Saraiva e Francisco Pereira
do Amaral e Marcos Gomes Amaral. Procurador: Sargento da Silva. Procurador: Gonçalo de Barcellos. Vereadores:
Borges. Procurador: Mauricio Mor João Velho Pinto. Gomes Sardinha. Alferes Manoel Ferreira Soares,
Ferreira Bandeira. Capitão Gregório Barreto e
1690 1696 Antônio de Carvalho da Fonseca.

A CÂMARA 1684 E 1685


Juízes Ordinários: Leonardo de
Sá Barbosa e Jose Vaz Saraiva.
Juízes Ordinários: Francisco
Mendes e Sargento Mor João
Velho Pinto. Vereadores: Manoel
Juízes Ordinários: Capitão
Francisco Mendes de Souza
e Francisco de Sá Barbosa.
Procurador: Luiz Coelho

1702

ORGANIZADA Vereadores: Luiz Gomes da


Silva, Gonçalo Gomes Sardinha
e Gregório Barreto. Procurador:
Ferreira Soares, Pai, Francisco
Alves de Barcelos e Francisco
Correa Chavier Procurador:
Vereadores: Capitão André da
Motta Riscado e Capitão Mauricio
Ferreira Bandeira. Procurador:
Juízes Ordinários: Felix Alves
de Barcellos e Mathias Teixeira
Nunes. Vereadores: Francisco

CRONOLOGICAMENTE
48
Manoel da Fonseca. Pascoal Borges Ramos. Leonardo de Sá Barbosa. Pereira de Barcellos, Antônio de

49
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Noronha e Antônio Viegas de de Souza Riscado. Vereadores: 1713 Pedro Velho Barreto, Nicolau de 1722 1727 da Costa, Julião Rodrigues Pereira de Barcellos e
Brito. Procurador: Leonardo de Antônio D’Oliveira, Francisco de Juízes Ordinários: Antônio da Mendonça Gomes e Francisco de Juízes Ordinários: Antônio Juízes Ordinários: Antônio Freire e Jorge de Castro Ilara. Manoel Henrique do Amaral.
Sá Barbosa Sá Barboza e Lucas Coelho de Silva Esteves e Manoel Borges Sá Barboza. Procurador: Antônio da Silva Esteves e Capitão Carvalho da Fonseca e Leandro Procurador: Salvador Alves de Vereadores: João Velho Barreto,
Araújo. Procurador: Salvador Senra. Vereadores: Felix Alves Carvalho da Fonseca Salvador Alves de Magalhães. de Souza. Vereadores: Luiz Magalhães. João Ferreira Coutinho e
1703 Alves de Magalhães. de Barcellos, Manoel Ferreira Vereadores: João Martins D’Almeida Pereira, Nicolau Francisco Alves de Barcellos.
Juízes Ordinários: José de Soares e Nicolau de Mendonça 1718 da Costa, Felippe Vieira de de Mendonça Gomes e João 1732 Procurador: Jorge de Castro
Barcellos e José Rodrigues 1709 Gomes. Procurador: Capitão Juízes Ordinários: Salvador Alves Moura e Luiz Gomes da Silva. Martins da Costa.Procurador: Juízes Ordinários: Manoel Ilara.
Pereira. Vereadores: João Juízes Ordinários: José de Pedro Velho Barreto. de Magalhães e Pedro Carvalho da Procurador: José Vaz Ribeiro. Manoel Henriques do Amaral. Henriques do Amaral e João
Martins da Costa, Manoel Barcellos Pereira e Felix Alves Costa. Vereadores: Capitão Manoel Marins da Costa. Vereadores: 1737
Henriques do Amaral e Luiz de Barcellos. Vereadores: João 1714 Borges Senra e Manoel Moreira 1723 1728 José Dias D’Oliveira, João Juízes Ordinários: Euzébio
Pereira Bandeira. Procurador: Velho Pinto, Manoel Ferreira Juízes Ordinários: Pedro da Costa. João Martins da Costa. Juízes Ordinários: Tenente João Juízes Ordinários: Salvador Ferreira Coutinho e João Corrêa de Alvarenga e Salvador
Alferes Matheus de Souza. Soares e Luiz Pereira Bandeira. Carvalho da Costa Procurador: Manoel Henriques do Martins da Costa e Manoel Alves de Magalhães e Luiz Fernandes Liber. Procurador: Alves de Magalhães. Vereadores:
Procurador: Antônio da Silva e João Martins de Mendonça. Amaral. Nunes da Costa. Vereadores: Gomes da Silva. Vereadores: Antônio Carvalho da Fonseca Henrique Fernandes Ferro, José
1704 E 1705 Esteves, eleito de barrete. Vereadores: Salvador Alves de Manoel Freitas Silva, Francisco Manoel Ferreira Soares, Leandro Dias de Oliveira e Nicolau de
Juízes Ordinários: Manoel Magalhães, Antônio Correa 1719 de Sá Barboza e Salvador Alves de Souza e Manoel Henriques 1733 Mendonça Gomes. Procurador:
Ferreira Soares e João Martins 1710 Cardoso [morreu no exercício] Juízes Ordinários: Sargento de Magalhães. Procurador: do Amaral. Procurador: Manoel Juízes Ordinários: Manoel da João Fernandes Líber.
da Palma. Vereadores: Ajudante Juízes Ordinários: Manoel e Capitão Manoel Henriques mor Felix Alves de Barcellos Felipe Vieira de Moura. Moreira da Costa. Fonseca Magalhães e Julião
João da Silva, Felix Alves de Borges Senra e Pedro Carvalho Amaral. Procurador: Sargento e Francisco de Sá Barboza. Rodrigues Freire. Vereadores: 1738
Barcellos e Antônio da Silva da Costa. Vereadores: Salvador mor Félix Alves de Barcellos. Vereadores: Nicolau de 1724 1729 Sargento mor Pedro Velho Juízes Ordinários: Sargento
Esteves. Procurador: Manoel Alves de Magalhães, Manoel Mendonça Gomes, Manoel Juízes Ordinários: Capitão Juízes Ordinários: José Dias de Barreto, Nicolau de Mendonça mor Pedro Velho Barreto e
Borges Senra. Rodrigues Homem e Lucas 1715 de Freitas Silva e Sargento Manoel Borges Senra e José Dias D’Oliveira e Francisco Pereira Gomes e José de Castro Ilara. João Ferreira Coutinho
Coelho D’Araújo. Juízes Ordinários: Antônio mor Pedro Velho Barreto. D’Oliveira. Vereadores: Manoel de Barcellos. Vereadores: Procurador: Plácido da Silva Vereadores: Antônio Velho
1706 Procurador: Francisco de Sá da Silva e Esteves e Capitão Procurador: Antônio Carvalho Moreira da Costa, Alexandre Jorge de Castro Ilara, Moreira. Barreto, Francisco Pereira
Juízes Ordinários: Mathias Barboza. Antônio Viegas de Brito. da Fonseca. da Silva Esteves e Nicolau da Julião Rodrigues Freire e de Barcellos e João Pinto
Teixeira Nunes e Alferes Matheus Vereadores: Francisco de Sá Mendonça Gomes. Procurador: Salvador Alves de Magalhães. 1734 Caldeira. Procurador: Manoel
de Souza. Vereadores: José Vaz 1711 Barboza e Ajudante Manoel 1720 Domingos Pires. Procurador: João Martins da Juízes Ordinários: João Velho de Freitas Silva.
Saraiva, João Martins da Palma Juízes Ordinários: Alferes Corrêa Cardoso. Procurador: Juízes Ordinários: Capitão Costa. Barreto e Manoel Henriques
e Manoel Rodrigues. Procurador: Manoel Ferreira dos Santos e Antônio Carvalho da Fonseca. Salvador Alves de Magalhães 1725 do Amaral. Vereadores: João 1739
Alberto Pedro. Felix Alves de Barcellos e Tenente Joaquim Martins da Juízes Ordinários: Tenente João 1730 Fernandes Liber, Julião Cezar Juízes Ordinários: José Dias
Vereadores: Capitão João 1716 Costa. Vereadores: Manoel Martins da Costa e Manoel Juízes Ordinários: Manoel Leal e João Ferreira Coutinho. de Oliveira e João Coelho de
1707 Martins de Mendonça, Antônio Juízes Ordinários: Capitão Henrique do Amaral, Antônio da Moreira da Costa. Vereadores: Henriques do Amaral e João Procurador: Domingos Pires. Araújo. Vereadores: Francisco
Juízes Ordinários: Capitão da Silva Esteves e Manoel Manoel Borges Senra e Salvador Silva Esteves e José Vaz Ribeiro. Luiz D’Almeida Pereira, José Dias Ferreira Coutinho. Vereadores: de Sá Barboza, Francisco Alves
Antônio Viegas de Brito e Moreira da Costa. Procurador: Alves de Magalhães. Vereadores: Procurador: Pedro Carvalho da de Oliveira e José Vaz Ribeiro. Francisco de Sá Barboza, 1735 de Barcelos e José Peixoto
Antônio da Silva Esteves. Antônio Carvalho. Belchior Martins de Mendonça Costa. Procurador: Alberto Pedro. Antônio Carvalho da Fonseca Juízes Ordinários: Nicolau de Motta. Procurador: José Nunes
Vereadores: Ajudante José de Jorge de Mello e Agostinho e Henriques Fernando Ferro. Mendonça Gomes e Salvador Alvarenga.
Barcellos, Felix Alves de 1712 Esteves Negrão.Procurador: 1721 1726 Procurador: Nicolau de Alves de Magalhães.Vereadores:
Barcellos e Francisco de Sá Juízes Ordinários: Manoel Pedro Carvalho da Costa. Juízes Ordinários: Jorge de Juízes Ordinários: Manoel Mendonça Gomes. José Dias D’Oliveira, Julião 1740
D’Almeida. Procurador: Antônio Borges Senra e Francisco de Sá Castro Ilara e Sargento mor Felix Henriques do Amaral e José Vaz Rodrigues Freire e Plácido da Juízes Ordinários: Antônio
Carvalho da Fonseca. Barboza. Vereadores: Manoel 1717 Alves de Barcellos. Vereadores: Ribeiro. Vereadores: Alexandre 1731 Silva Moreira. Procurador: João Velho Barreto e Antônio
Henriques do Amaral, Gabriel Juízes Ordinários: João Martins Francisco de Sá Barboza, Nicolau da Silva Esteves, João Ferreira Juízes Ordinários: Euzébio Fernandes Líber. Carvalho dos Santos.
1708 Nunes Varejão e Lourenço da Costa e Sargento mor Felix de Mendonça Gomes e Francisco Coutinho e Felippe Vieira de Cordeiro D’Alvarenga e Vereadores: Julião Rodrigues
Juízes Ordinários: Manoel Ferreira de Souza. Procurador: Alves de Barcellos Pereira de Barcellos. Procurador: Moura [morreu no exercício]. Alexandre da Silva Esteves. 1736 Freire, Manoel Nunes Costa e
Borges Senra e Alferes Matheus Salvador Alves de Magalhães. Vereadores: Sargento mor Manoel de Freitas Silva. Procurador: Domingos Pires. Vereadores: João Martins Juízes Ordinários: Francisco Francisco de Andrade Queiroz.

50 51
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Procurador: José Nunes de João Velho Barreto, Manoel 1750 Ayres Teixeira. Procurador: de Magalhães. Procurador: Magalhães. Vereadores: Plácido 1769 da Costa. Vereadores: João Alves
Mendonça. Nunes e Ignácio Alves de Juízes Ordinários: Manoel Antônio Martins da Costa. João Fernandes Líber. da Silva Moreira, Ignácio Alves Juízes Ordinários: Domingos de Magalhães, Gregório Barreto
Barcellos. Procurador: Gabriel Henriques Amaral e João de Barcellos e José de Souza Moreira e Ignácio Alves de de Souza e Francisco Pereira de
1741 Nunes Varejão. Coelho D’Araújo. Vereadores: 1755 1759 Pires. Procurador: Francisco Barcellos. Vereadores: Amaro da Barcellos. Procurador: Domingos
Juízes Ordinários: Francisco Francisco Cardoso Joaquim, Juízes Ordinários: João Coelho Juízes Ordinários: Caetano Franco Peniche. Silva Moreira, Gregório Barreto Francisco Gaya.
Pereira de Barcellos e João 1746 João Fernandes Líber e Pantalião D’Araújo e José Gonçalves da Manoel da Motta Ferraz e Plácido de Souza e José de Freitas Silva.
Fernandes Liber. Vereadores: Juízes Ordinários: João Coelho Ferreira [por morar em São Silva. Vereadores: João Pinto da Silva Moreira. Vereadores: 1765 Procurador: Domingos Francisco 1774
Salvador Alves de Magalhães, Araújo e João Fernandes Liber. Salvador elegeu-se Caldeira, Francisco D’Andrade e Manoel Gonçalves da Costa, Juízes Ordinários: Domingos Gaya. Juízes Ordinários: Antônio
Antonino Pimentel do Couto Vereadores: Antônio Pimentel José Gonçalves da Silva]. Jorge Alves Barreto. Procurador: Antônio Rodrigues D’Andrade Moreira e Francisco Pereira de Vicente Ferraz e Domingos
e João Martins da Silva. do Couto, Francisco de Andrade Procurador: Leonardo Felix. José de Freitas Solva. e Gregório Barreto de Souza. Barcellos. Vereadores: Ignácio 1770 Moreira. Vereadores: Narcizo
Procurador: Gabriel Nunes de Oliveira e Paulo Vieira de Procurador: Francisco Xavier. Alves de Barcellos, Manoel de Juízes Ordinários: Manoel Antônio Ferreira, Manoel Pereira
Varejão. Carvalho. Procurador: Domingo 1751 1756 Freitas Silva e Amaro da Silva Gonçalves da Costa e Manoel da Encarnação e José de Freitas
Pires. Juízes Ordinários: Manoel de Juízes Ordinários: João 1760 Moreira. Procurador: José de da Fonseca Magalhães [estava da Silva Procurador: Manoel de
1742 Freitas Caldeira e Sargento Fernandes Liber e Capitão Juízes Ordinários: João Ayres Souza Pires. pronunciado em devassa Souza Pires.
Juízes Ordinários: João 1747 mor Pedro Velho Barreto. mor Pedro Velho Barreto Teixeira e Francisco Xavier janeirinha; nomeou-se a Manoel
Pinto Caldeira e José Nunes Juízes Ordinários: João Pinto Vereadores: João Ribeiro [pediu dispensa por ser velho Pereira. Vereadores: Antônio 1766 de Freitas Silva]. Vereadores: 1775
de Mendonça. Vereadores: Caldeira e Antônio Carvalho D’Andrade, Plácido da Silva e doente; elegeu-se a Manoel Rodrigues D’Andrade, João Juízes Ordinários: João Ayres Ignácio Gonçalves, Antônio Juízes Ordinários: José de Souza
Francisco Alves de Barcellos, dos Santos [foi impedido e em Moreira e Ignácio Gonçalves de Henriques do Amaral]. Alves de Magalhães e Manoel Teixeira e Ignácio Alves de Vicente Ferraz e Sebastião Pires e Domingos Alves de
Manoel Nunes da Costa e José seu lugar elegeu-se a Ignácio Andrade. Procurador: José Dias Vereadores: Jorge Alves de Souza Pires. Procurador: Barcellos. Vereadores: Manoel da Silva Cabral. Procurador: Barcellos. Vereadores: Ignácio
Gonçalves da Silva. Procurador: Alves de Barcellos]. Vereadores: de Oliveira. Barreto, Manoel da Silva Francisco Franco Peniche. da Fonseca Magalhães, Francisco Francisco Franco Peniche. Gonçalves de Andrade, João
João Coelho de Araújo. Francisco Alves de Barcellos, Barboza [morto, elegeu-se Pereira de Barcelos e Nazário de Oliveira Campos e Joaquim
Manoel da Silva Barboza e 1752 José Nunes de Mendonça) e 1761 Antônio Ferreira. Procurador: 1771 Pinto da Silva. Procurador:
1743 Ignácio Gonçalves de Andrade. Juízes Ordinários: João Pinto Plácido da Silva Moreira. Juízes Ordinários: Antônio Manoel de Souza Pires. Juízes Ordinários: Domingos Francisco Franco Peniche.
Juízes Ordinários: Julião Procurador: Ajudante Manoel Caldeira e Ignácio Alves de Procurador: Francisco Pereira Martins da Costa e João Moreira e José de Souza
Rodrigues Freire, João Martins de Freitas Silva. Barcellos. Vereadores: Plácido Barcellos. Coelho D’Araújo. Vereadores: 1767 Pires. Vereadores: José Luiz 1776
da Costa. Vereadores: Antônio da Silva Moreira, Antônio João Fernandes Liber, Ignácio Juízes Ordinários: Domingos de Mello, José de Freitas da Juízes Ordinários: José
Rodrigues de Andrade, Manoel 1748 Rodrigues Gato D’Andrade e 1757 Gonçalves de Andrade e José Moreira e João Alves de Silva e Manoel de Souza Pires. Gonçalves de Silva
de Freitas Silva e José Peixoto Juízes Ordinários: João Julião Rodrigues Freire. Juízes Ordinários: João Coelho de Souza Pires. Procurador: Magalhães. Vereadores: Procurador: João de Oliveira e José de Freitas Silva.
da Motta. Procurador: Domingo Fernandes Liber e Manoel Procurador: Manoel de Freitas de Araújo e Antônio Martins João Ribeiro da Silva. Gregório Barreto de Souza, Campos. Vereadores: Amaro da Silva
Pires. de Freitas Silva. Vereadores: Silva. da Costa. Vereadores: Ignácio Raymundo Bueno Feio e Moreira, Manoel Freire de
Antônio Pimentel do Couto, Alves de Barcellos, 1762 Francisco Pereira de Barcellos. 1772 Andrade e Manoel Antunes
1744 Francisco de Andrade de Oliveira 1753 João Alves de Magalhães e Juízes Ordinários: João Alves Procurador: Antônio Juízes Ordinários: Amaro Moreira. Procurador: Domingos
Juízes Ordinários: Antônio Velho e Manoel Gonçalves da Costa. Juízes Ordinários: Julião Ignácio Rodrigues de Magalhães e João Martins Martins da Costa. da Silva Moreira e Manoel Francisco Gaya.
Barreto e Antônio Carvalho dos Procurador: Domingos Pires. Rodrigues Freire e João Martins Azevedo. Procurador: da Silva. Vereadores: Francisco Gonçalves da Costa. Vereadores:
Santos. Vereadores: José Dias, da Silva. Vereadores: João João Ribeiro dos Santos. Alves de Barcellos, Ignácio 1768 Narcizo Antônio Ferreira, 1777
Manoel da Silva de Sá e Antônio 1749 Fernandes Liber, Francisco D’Andrade e Gregório Juízes Ordinários: José Sebastião da Silva Cabral e Juízes Ordinários: Gregório
Martins da Costa. Procurador: Juízes Ordinários: Francisco D’Andrade e Francisco Alves de 1758 Barreto de Souza. Procurador: Gonçalves da Silva e Manoel Manoel Pereira da Encarnação. Barreto de Souza e Antônio
Antônio Ribeiro de Mendonça. Pereira de Barcellos e Ignácio Barcellos. Procurador: Domingos Juízes Ordinários: José João Francisco Moreira. de Freitas Silva. Vereadores: Procurador: Manoel de Souza Vicente Ferraz. Vereadores:
Alves de Barcellos Vereadores: Pires. Juízes Ordinários: Gonçalves da Silva e Nazário Antônio Ferreira, Pires. Capitão mor Pedro Velho
1745 Gabriel Nunes Varejão, Manoel Plácido da Silva Moreira e João Francisco Pereira de Barcellos. 1763 E 1764 José Luiz de Mello e Manoel Barreto [escusou-se], Ignácio
Juízes Ordinários: Plácido Nunes da Costa e Julião Fernandes Liber. Vereadores: Vereadores: Ignácio Gonçalves Juízes Ordinários: José da Fonseca de Magalhães 1773 Alves Barreto e Manoel Freire
da Silva Moreira e Francisco Rodrigues Freire. Procurador: Francisco Alves de Barcellos, D’Andrade, José Nunes de Gonçalves da Procurador: José de Souza Juízes Ordinários: Manoel de da Escarnação. Procurador:
Pereira de Barcellos. Vereadores: Antônio Martins da Costa. Francisco Xavier Pereira e João Mendonça e João Alves Silva e Manoel da Fonseca Pires. Freitas Silva e Salvador Martins Antônio Martins da Costa.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
1778 Barcellos. Procurador: Antônio 1787 Soares, Antônio Vicente Ferraz 1796 Costa. Procurador: Joaquim Franco da Motta e Francisco 1809
Juízes Ordinários: Domingos da Silva do Amaral. Juízes Ordinários: Manoel e Joaquim Ignácio Barcellos Juízes Ordinários: Francisco Fernandes Lima. Homem Leal. Vereadores: Vereadores: Pedro Freire Vital,
Alves de Barcellos e José do Antônio Moreira e Antônio Procurador: Joaquim Fernandes Martins da Costa e José Freire Francisco José Vicente, Rafael Francisco José Vicente, Manoel
Souza Pires. Vereadores: Amaro 1783 Vicente Ferraz. Vereadores: Lima [escusou-se e nomeou-se a Vital. Vereadores: Francisco 1801 Rodrigues do Rosário e Joaquim da Silva Moreira. Procurador:
da Silva Moreira, Joaquim Pinto Juízes Ordinários: Manoel Antônio de Lemos Francisco D’Andrade]. Pereira de Barcellos, Joaquim Juízes Ordinários: Domingos Fernandes de Souza. Procurador: Manoel Gomes D’Azevedo [escuso
da Silva e Francisco Martins da Antônio Moreira e Domingos Andrade,Manoel Ferreira Soares Ignácio de Barcellos e Francisco Gomes de Azevedo e Manoel Francisco Rodrigues Grandão. e nomeado Manoel Pereira de
Costa. Procurador: Francisco Alves de Barcellos. e Manoel Pereira de Barcellos. 1792 José da Motta. Procurador: Ferreira Soares [faleceu em Barcellos].
Luiz de Andrade. Vereadores: Antônio Teixeira Procurador: Francisco Franco Juízes Ordinários: João Francisco Luiz D’Andrade. março, elegeu-se Domingos 1805
Nunes, Antônio Lemos de Peniche. D’Oliveira Campos e Francisco Alves de Barcellos]. Vereadores: Juízes Ordinários: 1810
1779 Andrade e Manoel Martins da Costa. Vereadores: 1797 Francisco de Andrade, Antônio Ignácio Moreira da Silva, Vereadores: Domingos Gomes
Juízes Ordinários: Sebastião da de Azevedo Lima. 1788 Manoel Ferreira Soares, Ignácio Juízes Ordinários: José de Rodrigues Moreira e Antônio João Martins da Silva. D’Azevedo, José dos Santos
Silva Cabral e Manoel Antunes Procurador: Francisco Juízes Ordinários: Manoel Moreira as Silva e Antônio da Freitas Silva e Antônio da Silva Velho Barreto. Procurador: Vereadores: Francisco Souza, Domingos Alves de
Moreira. Vereadores: João de Franco Peniche. de Azevedo Lima e Francisco Silva Cordeiro Procurador: do Amaral. Vereadores: José Salvador Franco da Motta. Martins da Costa, Manoel Barcellos. Procurador: João
Oliveira Campos, Francisco Martins da Costa. Vereadores: Antônio de Lemos D’Andrade. Martins da Motta, José Ayres de Pereira da Silva e Bento José Martins da Silva.
Pereira de Barcellos e Francisco 1784 João de Oliveira de Andrade, Athayde e Domingos Alves de 1802 Lopes. Procurador: José dos
Homem Leal. Procurador: Juízes Ordinários: Gregório Salvador Franco da Motta 1793 Barcellos. Procurador: Domingos Juízes Ordinários: Manoel Santos Souza. 1811
Francisco Franco Peniche. Barreto de Souza eAntônio e Miguel Antunes Moreira. Juízes Ordinários: Gomes D’Azevedo. Gomes de Azevedo e Manoel Vereadores: Salvador Franco
da Silva do Amaral. Vereadores: Procurador: Manoel Gomes de Joaquim Pinto da Silva e João Pereira de Barcellos [estes 1806 da Motta, Francisco Alves da
1780 Francisco Martins da Costa, Azevedo. Martins da Silva. 1798 juízes só tomaram posse em Juízes Ordinários: Silva e João Pedro Nolasco.
Juízes Ordinários: José Francisco Pereira de Vereadores: Antônio de Lemos Juízes Ordinários: João maio, por haverem-se oposto Francisco Homem Leal Procurador: Antônio Pinto
Gonçalves da Silvae José de Barcellos e Salvador Franco 1789 D’Andrade, Manoel Pereira da D’Oliveira D’Andrade e Francisco a ela com Ignácio Moreira da e Bento José Lopes. Netto.
Freitas Silva. Vereadores: da Motta. Procurador: Juízes Ordinários: Gregório Encarnação e João Martins da Homem Leal. Vereadores: Silva e outros]. Vereadores: Vereadores: Manoel Pereira
Manoel Pereira da Encarnação, Francisco Luiz de Andrade. Barreto de Souza e Sebastião da Motta. Procurador: Manoel Manoel Pereira da Encarnação, João Bernardo de Azevedo, da Encarnação, Luiz Bernardo 1812
Manoel Ferreira da Encarnação Silva Cabral. Vereadores: José Pereira de Barcellos. Gregório Barreto de Souza João Velho Barreto e Domingos Duarte de Macedo e José Alves Ditos: João Martins da Motta,
e Salvador Franco da Motta. 1785 de Freitas Silva, João Martins da e José Gomes D’Azevedo. Alves de Barcellos. Procurador: Rangel. Procurador: João Francisco Rodrigues Grandão e
Procurador: Manoel Freire de Juízes Ordinários: José Silva e José Barreto de Andrade. 1794 Procurador: Bento José Gomes. Miguel Antônio Moreira. Fernandes de Azevedo. Bento José Lopes.
Andrade. Gonçalves da Silva Procurador: Antônio da Silva do Juízes Ordinários: Andrade Procurador: Antônio José
e Sebastião da Silva Cabral. Amaral. Franco da Motta e Miguel 1799 1803 1807 Pereira Mendes.
1781 Vereadores: José de Freitas Antônio Moreira. Vereadores: Juízes Ordinários: Joaquim Juízes Ordinários: Manoel de Vereadores: Francisco
Juízes Ordinários: Francisco Silva, João de Oliveira 1790 José Barreto D’Andrade, José de Pinto da Silva e Miguel Antônio Azevedo Lima e Domingos Rodrigues Grandão, 1813
Franco Peniche e José Freire Campos e Francisco Homem Juízes Ordinários: João de Freitas Silva e Antônio Martins Moreira. Vereadores: João José Machado Coelho. Antônio Rodrigues Moreira Dito: José dos Santos Souza,
Vital. Vereadores: Gregório Leal. Procurador: Manoel Oliveira de Andrade e José da Costa. Procurador: João Martins da Silva, Manoel Vereadores: Joaquim Pinto da [impedido, elegeu-se Domingos Alves d Barcellos e
Barreto de Souza, Manoel de Freire de Andrade. Gonçalves da Silva. Vereadores: Martins da Silva Coutinho. Ferreira Soares e Manoel Freire Silva [morreu no exercício, Salvador Franco da Motta] José Gomes D’Azevedo.
Azevedo Lima e Manoel Ferreira João de Oliveira Campos, D’Andrade. Procurador: Manoel nomeou-se José Barreto e João D’Almeida Pinheiro. Procurador: Miguel Antônio
de Andrade. Procurador: Manoel 1786 Manoel Ferreira Soares e Ignácio 1795 Pereira de Barcellos. de Andrade], Antônio da Procurador: João Martins da Moreira.
Gomes de Azevedo. Juízes Ordinários: Amaro Moreira da Silva. Procurador: Juízes Ordinários: João Silva Coutinho [morreu no Silva Coutinho.
da Silva Moreira e Gregório Manoel Gomes de Azevedo. D’Oliveira D’Andrade e Salvador 1800 exercício, nomeou-se José 1814
1782 Barreto de Souza. Franco da Motta.Vereadores: Juízes Ordinários: Francisco Gomes de Azevedo] e João 1808 Ditos: Manoel Pereira de
Juízes Ordinários: Francisco Luiz Vereadores: Francisco Pereira 1791 Amaro da Silva Moreira, Martins da Costa e Ignácio da Silva Barreto. Procurador: Vereadores: Amaro da Silva Barcellos, Amaro da Silva
de Andrade e Antônio Vicente de Barcellos, Joaquim Pinto da Juízes Ordinários: Miguel Joaquim Ignácio de Barcellos e Moreira da Silva. Vereadores: João Martins da Motta. Moreira, Manoel de Brito Moreira e José Alves Rangel
Ferraz Vereadores: Sebastião Silva e João Martins da Silva. Antônio Moreira Domingos Alves de Barcellos. Francisco Pereira de Barcellos, Coutinho Pinto e Domingos [escuso, nomeado Manoel da
da Silva Cabral, Joaquim Pinto Procurador: Antônio da Silva do e Salvador Franco Motta. Procurador: Joaquim Fernando Joaquim Ignácio de Barcellos 1804 Alves de Barcellos. Procurador: Silva Moreira]. Procurador:
da Silva e Francisco Pereira de Amaral. Vereadores: Manoel Ferreira Lima. e João Baptista de Sá Juízes Ordinários: Salvador Antônio Pinto Neto. Pedro Freire Vital.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
1815 Coutinho, Amaro da Silva Manoel da Cruz Costa e José Cordeiro, Joaquim Pinto das Vereadores: André Gonçalves da de Moura e Silva, Francisco Antônio de Faria, Feliciano José 1862
Ditos: Salvador Franco da Moreira e Luiz Francisco Gomes Moreira. Procurador: Neves, José de Brito Moreira, Graça, Eduardo José Manhães, Antônio Teixeira Figueiró, Manhães, Manoel Joaquim Presidente: Dr. João da Silva
Motta, Domingos Alves de Moreira. Procurador: José João José de Brito. José Rodrigues de Freitas e Dr. Manoel Francisco Póvoa Joaquim Thomaz de Farias e Barreto de Faria, José Joaquim Cordeiro. Vereadores: Dr.
Azevedo e Felippe Martins da Antônio de Souza. Antônio Joaquim Ferreira, Manoel Francisco José de Brito Moreira. Carvalho de Siqueira, André Manoel da Costa Camorim, José
Silva. Procurador: José dos 1828 de Faria Sobrinho. Simões, Antônio da Motta Gonçalves da Graça, Luiz José de da Silva Santos Lavra, Padre
Santos Souza. 1822 Ditos: Francisco Rodrigues Ferraz, João Baptista de Castro, 1857 Souza Motta, Joaquim Francisco João Thomaz Barreto de Souza
Ditos: Francisco Rodrigues Grandão, Nicolau Manoel 1850 Francisco José Rodrigues Presidente: José Pinto da Simões e Joaquim de Souza Faria, Ten. Cel. Joaquim José
1816 Grandão, Ignácio Moreira da Romão e Miguel Antunes Presidente: José Lopes da Costa Fernandes e Eduardo José de Silva Ferreira. Vereadores: Dr. Freitas. Suplentes: Francisco Paes Ribeiro de Seixas, Francisco
Ditos: Manoel Gomes Silva e Manoel dos Santos Moreira Filho. Procurador: e Souza. Vereadores: Feliciano Moura e Silva. Joaquim Antônio de Faria, soares de Oliveira, João Batista de José Soares da Costa, Jeronimo
D’Azevedo, João Martins da Souza e Silva. Procurador: Francisco José Rodrigues José Manhães, Dr. João da Silva Feliciano José Manhães, Azevedo, Joaquim José Ribeiro Pinto Rodrigues de Brito e
Silva Coutinho e Francisco Alves Domingos Alves de Barcellos. Fernandes. Mudanças no Cordeiro, Joaquim Pinto das 1854 Manoel Joaquim Barreto de de Seixas, Joaquim Antônio José dos Santos Barreto, José
da Silva. Procurador: Manoel da formatação das Câmaras pela lei Neves, José de Brito Moreira, Presidente: Eduardo José Faria, José Joaquim Carvalho Lobato de Vasconcellos, João da Ferreira Lobo. Suplentes: Padre
Cruz Costa. 1823 de 1º de outubro de 1828. José de Brito Moreira, José Manhães. Vereadores: Dr. de Siqueira, André Gonçalves Silva Barreto, Eduardo Joaquim José do Canto Coutinho Pau-
Ditos: Manoel Manhães Barreto, Rodrigues de Freitas e Antônio Manoel Francisco Povoa da Graça, Luiz José de Souza Pereira de Oliveira, Candido de Brasil, Padre Manoel Marques
1817 José Alves Rangel e Francisco 1829 A 1832 Joaquim de Faria Sobrinho. Ferreira, Manoel Francisco Motta, Joaquim Francisco Souza Barreto de Faria, Joaquim Monteiro, João Francisco de
Ditos: João Baptista Pinto de José Rodrigues Fernandes. João Jose de Brito, Antonio Simões, Antônio da Mota Simões, Joaquim de Souza Antônio Domingues Carneiro e Souza Lopes, José Fernandes
Sá Costa [escusou-se por ser Procurador: José Caetano Ferreira Coutinho, Jose Alves 1851 Ferraz, Francisco José Freitas. Suplentes: Francisco José do Canto Coutinho. Lima, Cypriano Lopes de
escrivão], José Alves Rangel e D’Oliveira. Rangel, Manuel da Cruz Costa, Presidente: José Lopes de Costa Rodrigues Fernandes, Eduardo Paes Soares de Oliveira, João Oliveira Lyrio, José Antônio
Antônio Pereira Coutinho. Jose Antonio de Souza, Manoel e Souza. Vereadores: Feliciano José de Moura e Silva, Batista de Azevedo, Joaquim 1860 de Arahujo Gama Laranjeira,
Procurador: João José de Brito. 1824 Manhães Barreto e Manoel José Manhães, Dr. João da Silva Francisco Antônio Teixeira José Ribeiro de Seixas e Sem informações. Luiz Gomes Moreira e Souza,
Ditos: Domingos Gomes Gomes Moreira. Cordeiro, Joaquim Pinto das Figueiró, Joquim Thomaz de Joaquim Antônio Lobato de Domingos Ferreira dos Santos e
1818 D’Azevedo, Felippe Martins Neves, José de Brito Moreira, Farias e José de Brito Moreira. Vasconcellos. 1861 Francisco José Alves Rangel.
Ditos: Manoel Manhães da Silva e Antônio Ferreira 1833 A 1836 José Rodrigues de Freitas, Presidente: Dr. João da Silva
Barreto, Manoel da Silva Coutinho. Procurador: Bernardo Domingos Alves Cordeiro, Jose Antônio Joaquim de Faria 1855 1858 Cordeiro. Vereadores: Dr. 1863
Moreira e Manoel da Cruz dos Santos Souza. dos Santos Pereira e Souza, Sobrinho, André Gonçalves Presidente: Eduardo José Presidente: José Pinto da Manoel da Costa Camorim, José Presidente: Dr. João da Silva
Costa. Procurador: João Martins Manoel Gomes Coutinho, da Graça e Manoel Francisco Manhães.Vereadores: Dr. Manoel Silva Ferreira. Vereadores: Dr. da Silva Santos Lavra, Padre Cordeiro. Vereadores: Dr.
da Motta. 1825 Manoel Francisco da Cruz, Simões. Francisco Povoa Ferreira, Manoel Joaquim Antônio de Faria, João Thomaz Barreto de Souza Manoel da Costa Camorim, José
Ditos: Manoel Manhães Barreto, Miguel Gomes de Azevedo, Francisco Simões, Antônio da Feliciano José Manhães, Faria, Ten. Cel. Joaquim José da Silva Santos Lavra, Padre
1819 José Antônio de Souza e Fernando Jose Martins e João da 1852 Motta Ferraz, Francisco José Manoel Joaquim Barreto de Ribeiro de Seixas, Francisco João Thomaz Barreto de Souza
Ditos: Salvador Franco da Miguel Antônio Moreira Filho. Silva Barreto. Presidente: José Lopes da Costa Rodrigues Fernandes, Eduardo Faria, José Joaquim Carvalho José Soares da Costa, Jeronimo Faria, Ten. Cel. Joaquim José
Motta, Francisco Rodrigues Procurador: Manoel dos Santos e Souza.Vereadores: Feliciano José de Moura e Silva, Francisco de Siqueira, André Gonçalves Pinto Rodrigues de Brito e Ribeiro de Seixas, Francisco
Grandão e José da Silva Amaral. Souza e Silva. 1848 José Manhães, Dr. João da Silva Antônio Teixeira Figueiró, da Graça, Joaquim Francisco José dos Santos Barreto, José José Soares da Costa, Jeronimo
Procurador: Antonio Pinto Presidente: José Alves Rangel. Cordeiro, Joaquim Pinto das Joaquim Thomaz de Farias e Simões e Joaquim de Souza Ferreira Lobo. Suplentes: Padre Pinto Rodrigues de Brito e
Netto. 1826 Vereadores: Eduardo José Neves, José de Brito Moreira, José de Brito Moreira. Freitas. Suplentes: Francisco José do Canto Coutinho Pau- José dos Santos Barreto, José
Ditos: Francisco Rodrigues Manhães, Manoel da Cruz José Rodrigues de Freitas, Paes soares de Oliveira, João Brasil, Padre Manoel Marques Ferreira Lobo. Suplentes: Padre
1820 Grandão, Amaro da Silva Costa, Candido José da Rosa Antônio Joaquim de Faria 1856 Batista de Azevedo, Joaquim Monteiro, João Francisco de José do Canto Coutinho Pau-
Ditos: Domingos Alves Moreira, Manoel da Silva Fraga, Manoel Gomes Coutinho Sobrinho, André Gonçalves da Presidente: Eduardo José José Ribeiro de Seixas e Souza Lopes, José Fernandes Brasil, Padre Manoel Marques
D’Azevedo, Felippe Martins da Moreira. Procurador: Vicente e José do Canto Coutinho. Graça, Manoel Francisco Simões Manhães. Vereadores: Dr. Joaquim Antônio Lobato de Lima, Cypriano Lopes de Monteiro, João Francisco de
Silva e João da Silva Barreto. Gomes Rangel Pessanha. e Joaquim Thomaz de Farias. Manoel Francisco Povoa Vasconcellos. Oliveira Lyrio, José Antônio Souza Lopes, José Fernandes
Procurador: José dos Santos. 1849 Ferreira, Manoel Francisco de Arahujo Gama Laranjeira, Lima, Cypriano Lopes de
1827 Presidente: José Lopes da Costa 1853 Simões, Antônio da Motta 1859 Luiz Gomes Moreira e Souza, Oliveira Lyrio, José Antônio
1821 Ditos: João Martins da Silva e Souza.Vereadores: Feliciano Presidente: Barão de São João Ferraz, Francisco José Rodrigues Presidente: José Pinto da Silva Domingos Ferreira dos Santos e de Arahujo Gama Laranjeira,
Ditos: João Martins da Silva Coutinho [morreu no exercício], José Manhães, Dr. João da Silva da Barra. Fernandes, Eduardo José Ferreira. Vereadores: Dr. Joaquim Francisco José Alves Rangel. Luiz Gomes Moreira e Souza,

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Domingos Ferreira dos Santos e 1867 Vereadores: Jeronimo Pinto Cap. Antônio Manhães Barreto, Jorge Leite de Silva, Cap. 1883 Distritais: Cap. Antônio da Francisco Alves, Cap. Antônio
Francisco José Alves Rangel. Presidente: Ten. Francisco Rodrigues de Brito, Alf. Joaquim Cap. Antônio de Souza Menezes, Antônio Manhães Barreto, Cap. Presidente: Dr. Domingos Alves Silva Gomes, Cap. Urbano Francisco de Almeida, Cap.
Ferreira Pinto. Antonio Lobato de Vasconcellos, Manoel José Nunes Teixeira, João José Ribeiro de Seixas, da Motta Ferraz. Vereadores: José da Conceição e Manoel Antônio da Silva Henriques e
1864 Vereadores: Alf. Manoel Dr. Domingos Alves de Barcelos Advogado Joaquim Francisco Manoel José Nunes Teixeira, Dr. Antônio José de Assumpção Campista. Joaquim Thomaz de Aquino
Presidente: Dr. João da Silva Felisberto da Silva Junior, Cordeiro, Padre João Thomaz Simões, João dos Santos Barreto Francisco Gomes dos Santos Neves, João Gonçalves de Filho.
Cordeiro. Vereadores: Dr. Joaquim Francisco Simões, Cap. Barreto de Souza Faria, Luiz e Major Fernando José Martins. Mangueira, Antônio Gomes Oliveira Bastos, José Lopes da 1906
Manoel da Costa Camorim, José da Silva Santos Lavra, José Gomes Moreira e Souza, Martins e Martinho Francisco Costa e Souza Junior, Manoel Presidente: Dr. Arnaldo Tavares. 1912
José da Silva Santos Lavra, Antônio de Souza Motta, João Antônio Caetano Moreira, João 1877 Medina. Francisco Pereira Ramos, Vice-Presidente: Cap. Felicissimo Presidente: Dr. Arnaldo Tavares
Padre João Thomaz Barreto dos Santos Barreto, Tem. Vicente Gonçalves de Oliveira Bastos e Presidente: Dr. Domingos Manoel Antônio de Oliveira Francisco Alves. Vice-Presidente: Cap. Joaquim
de Souza Faria, Ten. Cel. Ribeiro de Campos, Cap. Manoel Major Fernando José Martins. Alves de Barcellos Cordeiro. 1880 Cruz, Francisco Pinto da Silva, Secretário: Joaquim Thomaz de de Oliveira Cintra. Secretário:
Joaquim José Ribeiro de Fernandes Teixeira e Dr. Manoel Vereadores: Major Fernando Presidente: Barão de Barcelos. Chrisanto Pereira de Barros e Aquino Filho. Intendente: Dr. Joaquim Thomaz de Aquino
Seixas, Francisco José Soares da Costa Camorim. 1873 José Martins, Manoel Jorge Leite Vereadores: Major Fernando José Manoel José Nunes Teixeira. Arnaldo Tavares. Filho. Vereadores: Alf. Antônio
da Costa, Jeronimo Pinto Presidente: Dr. Domingos da Silva, Cap. Antônio Manhães Martins, Manoel Jorge Leite da Suplentes: Manoel Pedro Alves Vereadores: Chrisanto Pereira Fernandes Gomes, Ten. Antônio
Rodrigues de Brito e José dos 1868 Alves de Barcellos Cordeiro. Barreto, Cap. João José Ribeiro Silva, Cap. Antônio Manhães Ferreira e José de Souza Neves. de Barros, Cap. Felicissimo Lopes Martins, Cap. Felicissimo
Santos Barreto, José Ferreira Presidente: Ten. Francisco Vereadores: Tem. Cel. Joaquim de Seixas, Manoel José Nunes Barreto, Cap. João José Ribeiro Francisco Alves, Francisco Francisco Alves, Cap. Antônio
Lobo. Suplentes: Padre José Ferreira Pinto. Antônio Lobato de Vasconcellos, Teixeira, Francisco Gomes dos de Seixas, Manoel José Nunes 1885 Ferreira Cereja, Cap. Joaquim Francisco de Almeida, Cap.
do Canto Coutinho Pau- Vereadores: Alf. Manoel Major Marcos da Costa Brito, Santos Mangueira, Antônio Teixeira, Francisco Gomes dos Presidente: Dr. Domingos Alves Gomes dos Santos, Alf. Antônio Antônio Francisco de Almeida
Brasil, Padre Manoel Marques Felisberto da Silva Junior, João Cap. Antônio Manhães Barreto, Gomes Martins e Martinho Santos Mangueira, Antônio da Motta Ferraz. Vereadores: Fernandes Gomes e Joaquim e Joaquim Thomaz de Aquino
Monteiro, João Francisco de Francisco Simões, José Antônio Cap. Antônio de Souza Menezes, Francisco Medina. Gomes Martins e Martinho Dr. Antônio José de Assumpção Thomaz de Aquino Filho. Filho.
Souza Lopes, José Fernandes de Souza Motta, João dos Manoel José Nunes Teixeira, Francisco Medina. Neves, João Gonçalves de
Lima, Cypriano Lopes de Santos Barreto, Tem. Vicente Martinho Francisco Medina, 1878 Oliveira Bastos, José Lopes da 1909 1913
Oliveira Lyrio, José Antônio Ribeiro de Campos, Cap. João dos Santos Barreto e Major Presidente: Dr. Domingos Alves 1882 Costa e Souza Junior, Manoel Presidente: Dr. Arnaldo Presidente: Cel. João de Oliveira
de Arahujo Gama Laranjeira, Manoel Fernandes Teixeira, Dr. Fernando José Martins. de Barcellos Cordeiro [fazenda Presidente: Dr. Antônio Francisco Pereira Ramos, Major Tavares. Vice-Presidente: Cap. Cintra. Vice-Presidente: Major
Luiz Gomes Moreira e Souza, Manoel da Costa Camorim e Calabouço]. Vereadores: Major Cordeiro Antunes Guimarães. Manoel Antônio de Oliveira Felicissimo Francisco Alves. José França da Graça Junior.
Domingos Ferreira dos Santos Joaquim Luiz Machado. 1874 Fernando José Martins [rua Vereadores: Ten. Manoel Cruz, Cap. Francisco Pinto da Secretário: Joaquim Thomaz de Secretário: Cap. Joaquim
e Francisco José Alves Rangel. Presidente: Dr. Domingos do Major Fernando], Manoel Felisberto da Silva, João Silva, Cap. Chrisanto Pereira Aquino Filho. Intendente: Dr. Thomaz de Aquino. Vereadores:
1869 Alves de Barcellos Cordeiro. Jorge Leite de Silva, Cap. Francisco de Souza Lopes, de Barros e Manoel José Nunes Arnaldo Tavares. Vereadores: Major Manoel Correa, Major
1865 Presidente: Dr. Manoel da Costa Vereadores: Cel. Joaquim Antônio Antônio Manhães Barreto Miguel dos Santos Moreira, Teixeira. Suplentes: Manoel Chrisanto Pereira de Barros, Francisco Ferreira Cereja, Major
Sem informações. Camorim. Lobato de Vasconcellos, Major [fazenda da Boa Vista], Cap. Luiz Alves da Silva, Feliciano Pedro Alves Ferreira e José de Cap. Felicissimo Francisco Alves, Antônio Francisco de Almeida,
Vereadores: Manoel Francisco Marcos da Costa Brito, Cap. João José Ribeiro de Seixas José Manhães, João Gregório Souza Neves. Francisco Ferreira Cereja, Cap. Cap. João da Costa Almeida,
1866 Simões, Jeronimo Pinto Antônio Manhães Barreto, Cap. [Rua dos Passos], Manoel Francisco de Miranda, Antônio Joaquim Gomes dos Santos, Antônio da Silva Gomes, José
Presidente: Ten. Francisco Rodrigues de Brito, Joaquim Antônio de Souza Menezes, José Nunes Teixeira [Rua dos Gomes Martins e Manoel 1904 Alf. Antônio Fernandes Gomes Gomes Nascimento e Fernando
Ferreira Pinto. Antônio Lobato de Vasconcellos, Manoel José Nunes Teixeira, Passos], Francisco Gomes dos Francisco da Conceição. Presidente: Cap. José França e Joaquim Thomaz de Aquino Lopes Martins.
Vereadores: Alf. Manoel Dr. Domingos Alves de Barcellos Advogado Joaquim Francisco Santos Mangueira [São F. de Suplentes: Alf. João Pinto de da Graça Junior. Vice- Filho.
Felisberto da Silva Junior, Cordeiro, Padre João Thomaz Simões e Major Fernando José Paula], Antônio Gomes Martins Almeida, Manoel Francisco da Presidente: Cap. Francisco 1914
Joaquim Francisco Simões, Barreto de Souza Faria, Luiz Martins. [Itabapoana] e Martinho Cruz Simões, Major Fernando Ferreira Cereja. Vereadores: 1910 Presidente: Cel. João de Oliveira
Cap. José da Silva Santos Gomes Moreira e Souza, Francisco Medina [Limeira]. José Martins, Joaquim Silvino Cap. Chrisanto Pereira de Presidente: Dr. Arnaldo Tavares. Cintra.Vice-Presidente: Major
Lavra, José Antônio de Souza Antônio Caetano Moreira, 1875 Carrazedo, Manoel Antônio Barros, Tem. João Gualter dos Vice-Presidente: Cap. João de José França da Graça Junior.
Motta, João dos Santos Domingos Ferreira dos Santos. Presidente: Dr. Domingos 1879 de Oliveira Cruz, Dr. Eugenio Santos, Dr. Arnaldo Tavares, Oliveira Cintra. Secretário: Vereadores: Ten. Eduardo
Barreto, Ten. Vicente Ribeiro Alves de Barcellos Cordeiro. Presidente: Dr. Domingos Alves Pires de Amorim, Cap. João Cap. Joaquim Gomes dos Joaquim Thomaz de Aquino José da Costa Almeida, Major
de Campos, Cap. Manoel 1871 Vereadores: Cel. Joaquim de Barcellos Cordeiro [fazenda Esteves Maia, Advogado Luiz Santos, Dr. Eduardo José Filho. Vereadores: Alf. Antônio Francisco Ferreira Cereja, Major
Fernandes Teixeira e Dr. Presidente: Manoel Francisco Antônio Lobato de Vasconcellos, Calabouço]. Vereadores: Major Gomes Moreira e Souza e Vig. Manhães, Capitão João da Fernandes Gomes, Ten. Antônio Antônio Francisco de Almeida,
Manoel da Costa Camorim. Simões Major Marcos da Costa Brito, Fernando José Martins, Manoel Domingos Antônio Valiengo. Costa Almeida. Vereadores Lopes Martins, Cap. Felicissimo Ten. João Batista dos Santos

58 59
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Moreira, Achilles Rodopeano 1958/1962 1966/1970 1972/1976 Ribeiro dos Santos e Oswaldo Abreu, Hildenicio Alvarenga, Francisco Barreto e Osvaldo Jose Vieira, Elísio Alberto da
Campos, Antônio Lopes Martins Presidente: Alberto Dauaire. Presidente: Dr. Gilson da Presidente: Edemir Martins e Ricardo dos Santos. Francieli Batista, Jose pinto de Roberto Barreto. Silva Rodrigues, Gerson da
e Ten. Antônio Lírio Vespeiro. Vereadores: Argeu Oliveira, Silva Moraes, João Francisco Benicio Andrade. Vereadores: Souza, Jose Maria Felizardo, Silva Crispim, Jonas Gomes
João Coelho de Almeida, de Almeida e Antonio de Jorge Michel Abilio, Olegário 1981/ 1984 Maria Valdenice Souza Santos, 2001/2004 de Oliveira e Jose Amaro
1947/1950 Ernesto Barreto Ribeiro, Azevedo Viana. Gomes Vargas, Caetano de Presidente: Antonio de Nadir Castilho Moreira, Nival Presidente: Carlos Roberto Martins de Souza.
Vereadores: Simão Mansur, Roberto Pereira Mata, João Vereadores: Roberto pereira Campos Paes, Joaquim Ribeiro Azevedo Viana. Vereadores: Ornelas Ferreira, Rinaldi da Silva Pereira. Vereadores:
Heitor Carlos Barreto, Jose de Sá Neto, Mansur Jassus Mata, Amaro Bongosto, dos Santos, Dirceu Freire Almir Ribeiro Alves, Almir Miranda Mata e Seme Cherene. Adilson Lobato de Almeida, 2013/2016
Gomes Teixeira, Amâncio Cherene, Herval Cruz Benicio Andrade, Jorge Michel Henriques, Benicio Andrade, Roberto dos Santos, Amaro Amaro Elio de Souza Ribeiro, Presidente: Aluizio
Ribeiro de Campos Sobrinho, Cardoso, Gervasio Gomes Abilio, Gerdal Batista, Petrônio Arivalter Gomes Martins, Bongosto, Antonio machado 1993/1996 Arildo Rodrigues dos Santos, Siqueira Filho.
Gogir de Souza Paes, Francisco Peixoto, Manoel Jose Viana Henriques de Souza, João de Antonio de Azevedo Viana, Moço, Antonio de Azevedo Presidente: João Batista Alves Ary Florencio do Amaral, Vereadores: Alex Sandro
Ribeiro Pinto, Pedro Fernandes de Sá, Rossine Quintanilha Sá Neto, Antonio de Azevedo Manoel Alves Barreto, Ovidio Viana, Antonio Ribeiro de dos Santos. Carlos Alberto Alves Maia, Matheus Firme, Carlos
Gomes, Manoel Barreto Gomes Chagas, Amaro Rangel Neto, Viana, Norival Manhães, Ribeiro de Abreu, Elias Fidelis Souza, Arivalter Gomes Vereadores: Adalberto Ribeiro Carlos Roberto da Silva Machado da Silva,
da Silva [o poeta], Jose Laerte Durval Machado, Edecil da Manoel Alves Barreto, João da Silva, Almir Roberto dos Martins, Daniel Silva, Elias Alves, Alceir Rodrigues Rangel, Pereira, Domingos Jose Vieira, Eziel Pedro da Silva,
Nogueira, Gregório Prudêncio Silva Viana e Oswaldo Martins Francisco de Almeida, Ovídio Santos e Dr. Marilton Manhães Fidelis da Silva, Joaquim Antonio de Azevedo Viana, Francisco Flavio Batista, Elísio Alberto da Silva
de Azevedo, Manoel Barreto da Gomes. Suplentes: Alvino Ribeiro de Abreu, João Viana Pinheiro. Suplentes: Daniel Ribeiro dos Santos, Jose Pinto Antonio Jose da Silva Pereira, Gerson da Silva Crispim, João Rodrigues, Franquis
Silva [o professor], Hermano Azevedo, Aurélio Baptista Simões e Durval Machado. Silva, Antonio Machado de Souza, Laerte Melo Gaia, Antonio Alfredo Raposo, Artur Batista Alves dos Santos, João Areas de Freitas, Jonas
Moreira e Crisanto Augusto de Pacheco, Francisco Santana, Suplentes: Dr. Nicacio Moço, Arizio Alves de Almeida, Osvaldo Riscado dos Santos, dos Santos Paes de Azevedo, Batista dos Santos Filho, Jorge Gomes de Oliveira,
Araujo. Newton Mayerhofer Pessanha, Alvarenga, Joaquim Ribeiro João de Pinho Carvalho Filho, Ovidio Ribeiro de Abreu e Benedito Nelson dos Santos Candido, Jose Amaro Martins Ronaldo Gomes de
Epaminondas Ribeiro Rangel e dos Santos, Nely Pereira Oswaldo Martins Gomes, Seme Cherene. Filho, Edenites Viana, Francieli de Souza, Lauro Lisboa e Souza e Sonia Maria da
1950/1954 Norival Manhães. Viana, Amaro Rangel da Nival Ornelas Ferreira, Vilson Santana, João Batista Alves Oswaldo Roberto Barreto. Silva Pereira.
Sem informações. Silva Neto, Almir Ribeiro Gomes Porto, Cesar Pereira 1985/1988 dos Santos, Jose Jorge Gomes
1962/1966 Alves e Roberto D. Afonseca Gomes, Cremilce Maciel, Presidente: Almir Ribeiro Alves Coleral, Jose Antonio Alexim, 2005/2008
1954/1958 Presidente: Dr. Nicacio Monteiro. Mario Nunes Barreto, Pedro Vereadores: Acy Leal de Jose Pinto de Souza e Seme Presidente: Jose Amaro
Presidente: Jose Laert Alvarenga. Vereadores: Dr. Fernandes Gomes, Wilson Miranda, Almir Ribeiro Alves, Cherene Castilho. Martins de Souza —
Nogueira. Vereadores: Benedito Gilson da Silva Moraes, 1970/1972 dos Santos, Genaldo Rangel, Almir Roberto dos Santos, Vereadores: Alexandre Rosa 2017/2018
Gomes da Silva, Alvino João de Sá Neto, Amaro Presidente: Antonio de Petronio Henriques de Souza, Amaro Bongosto, Antonio de 1997/2000 Gomes, Carlos Alberto Alves Presidente:
Azevedo, Durval Machado, Rangel Neto, Célio de Souza Azevedo Viana.Vereadores: Oswaldo Ricardo dos Santos, Azevedo Viana, Antonio Ribeiro Presidente: João Batista Maia, Carlos Roberto da Aluizio Siqueira Filho
Joaquim Ribeiro dos Santos, Aquino, Argeu Oliveira, Joir Elias Fidelis da Silva, Manoel Manoel da Conceição Dias, da Silva, Antonio machado Alves dos Santos e Carla Silva Pereira, Claudio Marcio Vice presidente:
Valério da Silva Gomes, Otavio Coelho de Almeida, Roberto Alves Barreto, Daniel da Newton Manhaes de Souza e Moço, Arivalter Gomes Martins, Maria Machado dos Santos. Gomes Martins, Gerson da Carlos Alves Maia
Augusto de Araujo, Francisco pereira Mata, Vilmo Aruela Silva, Dr. Marilton Manhães outros. Claudio Marcio Martins, Elias Vereadores: Adilson Lobato Silva Crispim, João Batista dos Vereadores:
Simões Barroso, Jose Laerth Sarlo, Constantino Pereira Pinheiro, Geraldo Manhães Fidelis da Silva, Jose Pinto de de Almeida, Arildo Rodrigues Santos Filho, Jonas Gomes de Alex Sandro Matheus
Nogueira, Waldemiro Estevão Gomes, Edecil da Silva Machado, Almir Roberto dos 1977/1980 Souza, Manoel Alves Barreto, dos Santos, Alair Azeredo Oliveira, Jose Amaro Martins Firme, Elísio Alberto
de Moraes, Vicente Sarlo, Viana, Francisco Cardoso de Santos, Amaro Bongosto, Presidente: Ovídio Ribeiro de Nival Ornelas Ferreira, Rinaldi de Souza, Antonio Jose da de Souza e Manoel Francisco da Silva Rodrigues,
Norival Manhães, Jorge Abreu Medeiros, Joaquim Ribeiro Joaquim Ribeiro dos Santos, Abreu. Vereadores: Antonio de Miranda Mata e Seme Cherene. Silva Pereira, Benedito Gomes Barreto. Eziel Pedro da Silva,
Viana, Gervásio Gomes Peixoto, dos Santos, Norival Manhães Nely Pereira Viana, Benicio Azevedo Viana, Jose Pinto de Filho, Carla Maria Machado Franquis Arêas de
Alberto Dauaire e Eginisio e Antonio Ribeiro da Mota. Andrade, Roberto Pereira Souza, Dr. Laerte Melo Gaia, 1989/1992 dos Santos, Carlos Roberto 2009/2012 Freitas, Gerson
Barbosa dos Santos. Suplentes: Suplentes: Jorge Baptista Mata, Mansur Cherene, Antonio Machado Moço, Almir Presidente: Rinaldi Miranda da Silva Pereira, Francisco Presidente: Alexandre da Silva Crispim,
Carlos Alberto Simões de Meireles, Carlos Alberto Ovidio Ribeiro de Abreu Ribeiro Alves, Elias Fidelis da Mata. Flavio Batista, João Batista Rosa Gomes e Gerson da Ronaldo Gomes de
Oliveira, Jose Ernesto da Silva, Muylaert de Menezes, Jorge e Dr. Nicácio Alvarenga. Silva, Antonio Ribeiro da Silva, Vereadores: Antonio de Azevedo Alves dos Santos, João Ovidio Silva Crispim. Vereadores: Oliveira e Sônia da
João Coelho de Almeida, Herval Rossi Mayerhofer, Waldevino Suplentes: Almir Ribeiro Almir Roberto dos Santos, Viana, Antonio Machado Moço, Codeço Coelho de Almeida, Alexandre Rosa Gomes, Aluizio Silva Pereira
Cruz Cardoso, Epaminondas Francisco da Conceição, Alves, Durval Machado, Jorge Daniel Silva, Seme Cherene, Arivalter Gomes Martins, Jose Amaro Martins de Siqueira, Antonio Manoel —
Ribeiro Rangel e Antonio Sebastião Bernardo e Olegario Michel Abilio e Humberto Amaro Bongosto, Arivalter Benedito Jonas da Silva, Souza, Mario Tavares, Michel Machado Mariano, Carlos
Gomes Coutinho. Gomes Vargas. Ramos de Azevedo. Gomes Martins, Joaquim Domingos Manoel Soares de Alexandre Filho, Manoel Alberto Alves Maia, Domingos

60 61
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
MEMÓRIAS 62A
A.N.I.
Vista do Rio Paraíba do Sul

FOTOGRÁFICAS na Beira Rio, c. 1960.

A.N.I.
62B

Carnaval da Lira Democrata


em Homenagem à Câmara
Municipal, c. 1913.
Fotografia sobre cartão.

62C
A.N.I.
Na Porta da antiga
Prefeitura, o Coronel Cintra
e o Secretário da Câmara
Manuel Braga, c. 1900.
Reprodução.

62C
A.N.I.
O Coronel Cintra na
ingauguração da
Tróleibus, c. 1900.
Reprodução.

63A
A.N.I.
Coroel Amando
Alves e Família, 1921.
Fotografia sobre cartão.

63B
A.N.I.
Antiga registro da
Lira Democrata.
Ao centro o Coronel Amando
Alves, c. 1900. Reprodução.

Todas as imagens
Coleção: Villa Lobato.

62 63
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
64A
A.N.I.
O preferito Ernesto Barreto
Ribeiro de pé, ladeado pelo
Presidente da Câmara Edmir
Martins, c. 1970.

A.N.I.
6B, 64C e 64D

Em três momentos, os
Veradores Sanjoanenses
no 5º Congresso Fluminense
de Vereadores na cidade de
Volta Redonda, 1968.

A.N.I.
64E

Funcionários da Prefeitura
em reunião festiva na
Câmara, c. 1970.

A.N.I.
64F

Reunião da Câmara,
Presidida pelo vereador João
Francisco de Almeida, 1968.

65A
A.N.I.
Plenário da Câmara que leva
o nome da poetisa Narcisa
Amália de Campos , c. 1960.

A.N.I.
65B e 65C

Reunião da Câmara,
Presidida pelo vereador João
Francisco de Almeida, 1968.

65D
A.N.I.
Vista aérea da cidade
de São João da Barra, 1961.

Todas as imagens
Coleção: Villa Lobato.

64 65
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
JOÃO VELHO PINTO, nascido em Cabo FELIPE VIEIRA DE MOURA. casada com Fernandes Marçal e Valéria
Frio em 1640, supostamente filho de de Barcelos, casada com o Alcaide Menor
Gaspar David de Alvarenga e Isabel Pinto, FRANCISCO ALVES DE BARCELOS, Sebastião Coutinho.
66
JOÃO foi o primeiro Capitão Mor da Vila. Como Capitão, natural de Portugal, casado
BAPTISTA BORELY Sargento Mor, em 1670, mandou explorar em São João da Barra, em 1670, com MANOEL FERREIRA SOARES, Alferes,
Acervo: quadro a as matas da Enseada de Pargos, atrás de Margarida Correa; tiveram três filhos o nascido em S. João da Barra em 1668,
óleo sobre tela que uma goma copal; residia em São João da Capitão Salvador Alves de Magalhães, casou-se com Maria Alves, filha de Francisco
pertenceu Praia quando recebeu foros de Escudeiro o Capitão Mor Félix Alves de Barcelos e Alves de Barcelos e Margarida Correa,
à pinacoteca do Fidalgo a 04-02-1676. Por serviços prestados Maria Alves, casada com Manoel Ferreira proprietário de terras em Cassimbas e
Solar dos Airizes, s/d no Rio e no Alentejo, como soldado, Alferes Soares. Deixou grande descendência. também Manguinhos. Falecido em 1750.
[Reprodução] e ajudante... Em 1685 comprou de Maria Proprietário de terras no Vianna, com Tiveram dois filhos.
Sargento-Mor José Coutinho o sítio chamado de “Sebastião grande criação de gado.
Alves Rangel, Barão Gusmão”; era proprietário das terras da MATHIAS TEIXEIRA NUNES.
de São João da barra até a Lagoa da “Lucrécia”, hoje FRANCISCO MENDES DE SOUZA, casado
Barra, 1779-1855. Iquipari. Casado com Violante Arraz de com Domingas da Rocha de Távora, com ANTÔNIO VIEGAS DE BRITO, Capitão,
Mendonça, filha de Antônia e Pedro Arraz uma filha, Maria Mendes da Rocha. casado com Catarina de Ceia, natural de
de Mendonça. Tiveram cinco filhos. Cabo Frio. Com geração.
MANOEL FERREIRA DA FONSECA.
MANOEL DA FONSECA DO AMARAL, ANTÔNIO DA SILVA ESTEVES.
Capitão. Nascido em 1641, residia em suas MANOEL BORGES SENRA, Capitão, filho do
terras no Campo Novo de São Lourenço Sargento Mor João de Senra, de São Salvador, PEDRO CARVALHO DA COSTA. Por
na criação da Vila, casado com Marcela de casou-se com Violante Arraz, filha de Violante nomeação D’EL REI. [diz uma nota].
Alvarenga, eram pais de uma filha, Maurícia Arraz e do Sargento Mor João Velho Pinto.
de Sá, casada com João Gomes Medina. Tiveram uma única filha, Domingas de Senra JOÃO MARTINS DA COSTA, Tenente,
que casou com o Capitão Mor Félix Alves de nasceu em 1683, tesoureiro de órfãos,
MANOEL DE FREITAS SILVA, Capitão Barcelos. Eram proprietários de terras com proprietário de terras, casado com Vitória
e primeiro nome no Arrolamento dos engenho de açúcar. de Jesus, filha de Euzébio Cordeiro de
moradores do povoado na criação da Vila, Alvarenga e Margarida Coutinho de Mello,
em 1676; em 1680 foi o maior licitante JOSE VAZ SARAIVA, era o vereador mais tiveram sete filhos.
por oferecer 2$000 pela Direção da velho na primeira Câmara de 1676, Alferes.
Passagem da Barra. SALVADOR ALVES DE MAGALHÃES,
FELIX ALVES DE BARCELOS, Capitão Mor, Capitão, nascido em 1671, filho de
LEONARDO DE SÁ BARBOSA, nascido filho do Capitão Francisco Alves de Barcelos Francisco Alves de Barcelos e Margarida
em 1637, filho de João Barbosa Calheiro e e Margarida Correia, natural de São João Correia, casado pela primeira vez com
Catharina David, Alferes, era proprietário de da Praia, casado com Domingas de Senra, Bárbara de Souza e a segunda, com Maria
uma sesmaria nas terras da Ilha do “Pena” filha de Manoel Borges Senra e Violante de Oliveira.
com engenho de açúcar. Foi processado Arraz de Mendonça. Tiveram 09 filhos e
em 1707 por querer subornar os eleitores eram proprietários de terras com engenho JORGE DE CASTRO LARA, proprietário da
para ser juiz; processado também por ferir de açúcar. Foi o primeiro Procurador do “terra nova”, onde em 1745 teve início a
o escrivão da Câmara e o padre, por ser Conselho. estrada geral que ia até o “Pau de Papagaio”.
desordeiro e chamar muito pelo “diabo”.
JOSÉ DE BARCELOS PEREIRA, casado, MANOEL HENRIQUE DO AMARAL,
BRAZ DE CALHEIRO MALHEIRO. pai da benemérita e caridosa Ana dos Reis, Capitão de Ordenanças em 1728.

66 OS PRESIDENTES
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
67
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
ANTÔNIO CARVALHO DA FONSECA, JOÃO PINTO CALDEIRA casado com vez com Polônia de Veiga, e a segunda com GREGÓRIO BARRETO DE SOUZA, nascido MIGUEL ANTÔNIO MOREIRA. MANOEL GOMES DE AZEVEDO, natural de
casado com Elena Coelho de Araújo. Dorothéa filha de Pedro Velho Barreto e Maria Rosa Pereira. Com geração. em São João da Barra, filho de Gregório São Salvador de Fonte Boa - Vila de Barcelos,
Francisca de Magalhães. Barreto de Mendonça e Maria José JOÃO DE OLIVEIRA CAMPOS. Arcebispado de Braga, filho de Manoel
JOSÉ DIAS D’OLIVEIRA. ANTÔNIO MARTINS DA COSTA, tesoureiro Conceição. Casado com Anna Maria do Gomes Novo e Esperança Fernandes. Tenente
JULIÃO RODRIGUES FREIRE. de órfãos de 1752-1781, filho de João Nascimento, filha de José Mattos Henriques JOAQUIM PINTO DA SILVA, dono da e senhor de engenho, proprietário de terras
EUZÉBIO CORDEIRO DE ALVARENGA, Martins da Costa e Victória de Jesus, e Mariana Furtado Mendonça. Fazenda Barra Seca com engenho de em Cassimbas, terras nas ilhas, com criação
nascido em São João da Barra em 1671, PLACIDO DA SILVA MOREIRA, nascido e casado, com Joana do Nascimento, filha do açúcar, filho de Manoel de Freitas Silva e de gado, cana, escravos. Casado com Maria
filho de João Velho Pinto e Violante Arraz falecido em São João da Barra em Capitão Manoel Rodrigues da Purificação DOMINGOS ALVES DE BARCELOS, filho do Maria Pinto das Neves. Casado em 1785 do Rosário, filha de Antônio Martins da Costa
de Mendonça, casado com Margarida 22-04-1828, filho de José Gonçalves da e Anastácia Pereira. Proprietários de terras Capitão Mor Félix Alves Barcelos e Domingas com Anna Coutinho de Jesus, filha de e Joana do Nascimento. Falecido em
Coutinho, bisneta de Vasco Fernandes Silva e Micaela de Oliveira, casado em no “Mato Grosso” que compraram a Pedro de Senra. Casado com Isabel da Silva Rangel. Antônio Ferreira Coutinho e Maria Lemos 07-06-1822. Com geração. Pai do Padre
Coutinho, Donatário do Espírito Santo. 07-05-1815 com Anna Maria do Velho Celestino, no caminho da Barra. Pai do Barão de São João da Barra. Aguiar. Com geração. Manoel Gomes de Azevedo.
Era sogro de Martins da Costa. Nascimento, filha do Alferes Joaquim Tiveram quatro filhos.
Proprietário de terras nos arredores da Fernandes Lima e Dona Úrsula Freitas. Pais SEBASTIÃO DA SILVA CABRAL, filho ANDRÉ FRANCO DA MOTTA, nascido em MANOEL DE AZEVEDO LIMA.
Vila, no local conhecido como Porto do de José Fernandes Lima, casado com Dona JOÃO ALVES MAGALHÃES, nascido em São de Margarida da Silva Souza e Inácio 1720, natural de Peniche. Foi Tabelião,
Euzébio, ou “Curral”. Maria Dias e, Dona Madalena Maria de João da Barra em 1704, filho de Salvador Alves de Barcelos. Escrivão do Público, Judicial e Notas. SALVADOR FRANCO DA MOTA, nascido em
Oliveira Pinto, casada com o Vice Cônsul Álvares de Magalhães e Maria de Oliveira, Casado com Maria Martins da Silva. Com São João da Barra, com data provável em
JOÃO VELHO BARRETO, nascido em de Portugal, Manoel Gonçalves da Costa. casado com Sebastiana de Almeida, filha FRANCISCO FRANCO PENICHE, português, geração. 1761. Tesoureiro do Selo, filho de André
1678, filho de João Velho Pinto e Violante de Antônio Leite e Isabel Correa de Souza. comerciante de fazendas, foi Procurador da Franco da Mota e Maria Martins da Silva.
Arraz, casado com Ana Gomes. Tiveram JOÃO COELHO ARAÚJO. Teve dois filhos, Januário A. Barcelos e o Câmara em 1770 e Imperador do Divino FRANCISCO MARTINS DA COSTA, nascido Casado com Luiza Francisca, filha de Luis
quatro filhas: Luzia, Thereza, Leonor e Capitão Joaquim Pinto das Neves. em 1777 e 1778. Casado com Quitéria em São João da Barra em 1740, filho Francisco da Cruz e Luzia Ferreira. Donos
Izabel, donas da Barra Seca. JOÃO FERNANDES LIBER. da Silva, filha de Manoel Rodrigues da de Antônio Martins da Costa e Joana do da “Barra Seca”, viviam de seus negócios.
DOMINGOS MOREIRA, o Mamposteiro. Purificação e Anastácia Pereira. Sem Nascimento. Casado com Mariana, filha do Falecido em 01-01-1832 com 84 anos. Sem
NICOLAU DE MENDONÇA GOMES, MANOEL DE FREITAS CALDEIRA. Secretário da Irmandade do Santíssimo Geração. ajudante Manoel de Freitas Silva e Maria Pinto geração.
casado com Isabel Rodrigues, pai de Maria Sacramento. Pai de Manoel Antunes das Neves, proprietário de terras no “Viana”.
Mendonça, casada com José de Almeida. JOSÉ GONÇALVES DA SILVA, Capitão de Moreira, que em 1775 foi escolhido para FRANCISCO LUIZ DE ANDRADE, tesoureiro Falecido em 13-09-1811.Tiveram três filhos. IGNÁCIO MOREIRA DA SILVA, filho de
Ordenanças em 1791, filho do Tenente representar o Imperador do Divino Espírito de órfãos 1782-1814 e tesoureiro do selo, Amaro da Silva Moreira e Dona Caetana
FRANCISCO PEREIRA BARCELOS, tenente, João Martins da Costa e Victória de Jesus, Santo na primeira festa realizada na filho do Capitão Antonio Lemos de Andrade JOSÉ DE FREITAS SILVA, Alferes, filho de Pereira de Barcelos. Casado com Anna
nascido em Campos e batizado em casado pela primeira vez com Luzia das cidade. e Natália Barreto de Jesus. Casado, primeiro Manoel de Freitas Silva e Maria Pinta das Maria de Jesus.
23-10-1757. Casado em 08-01-1781, em Neves e a segunda com Micaela, filha de com Sebastiana Maria Coutinho e segundo Neves. Solteiro.
Campos com Clara Maria de Azevedo, filha Plácido da Silva. MANOEL GONÇALVES DA COSTA, filho de com Antônia Maria Coutinho. Falecido FRANCISCO HOMEM LEAL, 1806, filho
de Félix Paes Soares e Domingas Azevedo João Martins da Costa e Victória de Jesus, em 1815. Entre seus filhos, o padre João JOAQUIM PINTO DA SILVA, filho do de Plácido da Silva Moreira e Maria do
Nunes. Tesoureiro e mamposteiro de Santo CAETANO MANOEL DA MOTTA FERRAZ, casado com Josepha da Conceição. Francisco de Andrade Lima. ajudante Manoel de Freitas Silva e da Assumpção Valadares. Casado com Rosaura
Antônio de Lisboa na Freguesia de São João vindo do Rio de Janeiro com negócios de Dona Maria Pinto das Neves. Casado com Pereira.
Batista da Praia. Pai de Caetana Pereira, alto trato construiu em 1754, no melhor AMARO DA SILVA MOREIRA, filho de MANOEL ANTÔNIO MOREIRA. Ana Coutinho, filha de Antônio Ferreira
casada com Amaro da Silva Moreira e do local da Vila, uma morada de casa. Plácido da Silva Moreira e Maria Assumpção Coutinho. Tiveram cinco filhos. Com grande FRANCISCO RODRIGUES GRANDÃO,
Padre José Pereira de Barcelos. Retirou-se em 1760 para Campos. Tinha Valadares. Casado com Caetana Pereira MANOEL DE AZEVEDO LIMA, sogro de geração. Senhores de engenho. natural da Freguesia da Sé velha do Rio de
duas filhas: Anna, casada com Capitão de Barcelos, filha de Francisco Pereira de Antônio Rodrigues Moreira. Janeiro. Casado primeiro com Anna Maria
PEDRO VELHO BARRETO, Sargento Mor, José Antônio, e Francisca, casada com Barcelos. Com geração. DOMINGOS GOMES DE AZEVEDO, natural de Jesus; segundo com Floriana Sodré
senhor de terras, gados e escravos, filho Jerônimo Martin Ferreira. JOÃO DE OLIVEIRA ANDRADE, filho da Freguesia de São Salvador da Fonte de Mendonça e Melo; terceiro com Maria
de João Velho Pinto e Violante Arraz de ANTÔNIO VICENTE FERRAZ, filho de Antônio Lemos de Andrade e Natália Boa, Arcebispado de Braga, Barcelos, de Jesus; quarto com Florência Maria da
Mendonça, casado pela primeira vez com JOÃO AYRES TEIXEIRA, filho do Capitão de Plácido da Silva Moreira e Maria Barreto de Jesus. Casado com Úrsula filho de Manoel Gomes Novo e Esperança Conceição. Estes dois últimos por carta de
Francisca de Magalhães e a segunda, com Mor Antônio Teixeira Nunes e Margarida de Assumpção Valadares. Casado com Anna Ferreira, filha de João Ferreira Coutinho e Fernandes. Casado com Margarida Ada Arraz. Com filhos do primeiro casamento.
Victória da Silva. Mendonça e Athayde, casado pela primeira das Neves. Com geração. Francisca da Fonseca. Silva Moreira. Falecido em 08-08-1838 em Cassimbas.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
PEDRO FREIRE VITAL, natural da Corte do Rosário, filha de André Franco da Motta JOSÉ ANTÔNIO DE SOUZA, nascido em “Barra Seca”. Senhor de engenho com do Paraíba, onde possuía sólido trapiche. filho de Antônio Lopes da Costa e Dona
Rio. Sesmeiro do Visconde de Asseca. Com e Francisca Barreta de Magalhães, pai Campos dos Goytacazes, filho de Antônio grande escravaria. Muito rico. Proprietário Traficante de escravos. Casado com Dona Maria de Souza. Casado primeiro com Dona
terras em Campo novo do “funil”. Casado de Dona Francisca Barreta casada com o José de Souza e Maria Josepha de Jesus, de uma banda de música de escravos. Francisca Barreta de Jesus. Filha de João Umbelina Duarte Cruz e segundo com Dona
com Maria do Nascimento. Pais do Capitão Comendador Joaquim Thomaz de Farias e casado em São João da Barra com Ana Com terras em guaraparim e bens na corte Martins da Silva Coutinho e Dona Justina Anna da Costa Brito e Souza. Com geração
José Freire vital. do Historiador Fernando José Martins, além Maria da Mota, viúva de Joaquim Moreira do Rio, dono da “Ilha Mocangue”. Pai do Maria do Rosário. Tiveram um único dos dois casamentos. Porta Bandeira da
de grande descendência. dos Santos, filha de José de Souza Motta Doutor João Batista de Castro Moraes filho, falecido na infância. Benemérito Guarda Nacional em 1854. Construtor
JOÃO MARTINS DA MOTTA, nascido em e Catharina Maria de Jesus. Tiveram cinco Antas. Falecido em 11-06-1857. Sanjoanense. Construiu a imponente Igreja naval. Falecido em 03-05-1903. Sogro do
São João da Barra em 1763, filho de Maria MANOEL DA CRUZ COSTA, casado com filhos. de Nossa Senhora da Boa Morte, onde está Coronel Manoel Oliveira Cintra e pai de
Martins da Silva e André Franco da Motta, Dona Ana Pinto da Silva, pais de Joaquina MANOAL GOMES MOREIRA, Capitão, filho sepultado. Falecido em 07-02-1856. José Lopes da Costa e Souza Junior.
casado com D. Anna Gomes da Hora, filha Pinto da Cruz casada com Dr. Theodoro DOMINGOS ALVES CORDEIRO, Capitão, de Domingos Gomes de Azevedo e Dona
de Luzia Ferreira e Luiz Francisco da Cruz. Ferreira da Silva Policarpo. Falecido em natural de São João da Barra, filho de Margarida Francisca Almeida. Casado em MIGUEL GOMES DE AZEVEDO. EDUARDO JOSÉ MANHÃES, nascido em
Viúvo, ainda vivia em 07-09-1830. 23-02-1867. Antônio da Silva Cordeiro e Dona Maria São João da Barra em 18-11-1812 com São João da Barra, batizado em
Pereira de Azevedo. Casado com Dona Maria Francisca Maria Pereira de Jesus, filha de JOÃO DA SILVA CORDEIRO, Advogado 23-08-1818, filho do Sargento Mor Manoel
JOÃO DOS SANTOS SOUZA. NICOLAU MANOEL ROMÃO, natural do Henriques Cordeiro, filha do Alferes João Manoel Pereira de Barcelos e Dona Maria nascido em São João da Barra, filho de Manhães Barreto e Ignácia Maria da
patriarcado de Lisboa, filho de Francisco Henriques Cordeiro e Dona Luiza das Neves da Conceição. Foi Juiz de Paz em 1848, Domingos Alves de Barcelos e Dona Encarnação, Major da Guarda Nacional,
MANOEL PEREIRA DE BARCELOS, Capitão. Manoel Romão e Dona Ângela Maria, Silva. Senhores de Engenho com terras nas morador da Rua Direita. Falecido em São Sebastiana Maria Coutinho. Advogado, proprietário de terras no Rio Ganguela,
Senhor de engenho da Barra Seca, casado casado com Maria Quitéria Barreto, filha de Fazendas Samambaia e Boa sorte. Residente João da Barra em 07-06-1863. formado em São Paulo em 1835. Casado com escravos e cana de açúcar. Casado com
com Dona Maria da Conceição, filha de Luiz Angélica Maria de Azevedo e Antônio da em São Sebastião do Itabapoana. Falecido Dona Francisca José Alves Rangel, filha dos Dona Paula Domingas Alves de Barcelos,
Francisco da Cruz e Luzia Ferreira. Com Silva Riscado Maciel. em 15-11-1887. FRANCISCO JOSÉ RODRIGUES Barões de São João da Barra. Proprietário filha de Domingos Alves Barcelos.
geração. Proprietários de terras na “Barra FERNANDES, natural de São Thomé de de terras com engenho, gado e escravos.
Seca”, com criação de gado. JOÃO JOSÉ DE BRITO, nascido na freguesia JOSÉ DOS SANTOS PEREIRA E SOUZA. Bade, termo da Vila da Barca, Braga. Pai do Barão de Barcelos residia na Rua das JOSÉ PINTO DA SILVA FERREIRA,
de Sampaio de Fam, em Barcelos, Reino de Nascido em 1786, filho de João Rodrigues e Palmeiras, chamada Rua do Doutor Cordeiro. Fazendeiro de Açúcar.
JOÃO BATISTA PINTO DE SÁ COSTA, Portugal em 1775, filho de João de Brito MANOEL FRANCISCO DA CRUZ. Maria Fernandes. Veio para o Rio de Janeiro
nascido em S. João da Barra em 1814, e Joanna Maria da Assunção, casado em em 1804, em dezembro já se encontrava JOSÉ ALVES RANGEL, Barão de São João TENENTE FRANCISCO FERREIRA PINTO,
filho de Manoel Pinto de Sá Costa e Maria São João da Barra com Mariana da Silva FERNANDO JOSÉ MARTINS, natural de São em São João da Barra, onde se casou com da Barra, nascido em São João da Barra em nascido em São Gonçalo de Niterói em
Ferreira; casado com Custódia Maria de Moreira, filha do Alferes Antônio da Silva João da Barra em 24-04-1809. Filho de João Maria Pita de Jesus, filha de Joaquim 24-04-1779, filho de Domingos Alves de 15-08-1830, filho de João Ferreira Pinto
Jesus. Falecido em 1842. Com uma filha. do Amaral e Dona Maria Moreira. Senhor Martins da Silva Coutinho e Justina Maria Pinto da Silva e Dona Ana Coutinho de Barcelos e Izabel da Silva Rangel. Casado e Maria Rosa da Silva Pinto e falecido em
de engenho, falecido em São João da Barra do Rosário. Major da Guarda Nacional, Jesus. Viúvo casou a segunda vez com com Dona Maria Francisca Alves, natural São João da Barra em 18-08-1878. Tabelião
MANOEL MANHÃES BARRETO, Capitão. em 06-04-1848, pai do Reverendo Miguel Advogado Provisionado. Casado com Dona Dona Anna Pinto da Silveira Brito, filha de de Campos, filha de Joaquim Alves e Dona Oficial do Registro Geral de Hipoteca,
Sargento Mor. Natural de São Gonçalo. Antunes de Brito, João de Brito Moreira, Maria Joaquina Gomes, filha do Patrão Mor Manoel de Brito Coutinho e Dona Mariana Úrsula Maria das Virgens. Agraciado com presidente da Irmandade do Santíssimo
Filho de Theodoro Manhães e Antônia Joaquim de Brito Moreira e Manoel de Brito da Barra, Joaquim Thomas de Farias e Dona Benedita da Silveira. Senhor de engenho o titulo de Barão em 26-04-1849. Elevado Sacramento. Casado com Dona Laurinda
Maria. Senhor de engenho. Com terras Moreira. Ana Gomes da Mota. Foi vereador, Juiz de em Cassimbas, com oratório onde se dizia a grandeza em 06-12-1854. Era oficial da Ferreira Gularte, filha de Manoel Ferreira
no Rio Ganguela. Com fábrica de farinha. Paz, colaborou na imprensa Sanjoanense missa. Benemérito construiu a Igreja de Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem de Gularte e Clara Maria Gularte. Teve filhos
Casado em 1800 com Dona Inácia Maria da ANTÔNIO FERREIRA COUTINHO, nascido e Campista. Escreveu várias peças teatrais. São Francisco de Paula, hoje matriz do Cristo. Proprietário da Fazenda “Caetá” com Catarina de Sena, de Carolina, casada
Encarnação, filha de Antônio Velho Barreto em São João da Barra, filho de Joaquim Autor da “História de São João da Barra”. Município de São Francisco do Itabapoana. onde residia, São João e Bela Vista com com o Tabelião João de Souza; Chilperico
e Dona Josefa Maria de Jesus. Pai do Pinto da Silva e Anna Coutinho de Jesus. Teve vários filhos, dentre eles o célebre Com grande geração. Faleceu em 1868. engenho de açúcar. Membro da Guarda Sena, dentre outros.
Doutor Joaquim Manhães Barreto e avô da Casado na Capela de Nossa Senhora do Engenheiro Doutor João da Silva Coutinho, Nacional alcançou o posto de Major e foi
Baronesa de São João da Barra. Carmo em Campos a data de 01-12-1821 primeiro presidente do Clube Engenharia do JOAQUIM THOMAS DE FARIAS, Sargento Mor. Tiveram 5 filhos, todos com MANOEL FELIZBERTO DA SILVA JUNIOR,
com Dona Úrsula Maria do Espírito Santo, Brasil. Falecido em 05-01-1898. Comendador da Ordem de Cristo. Nascido grande geração. Faleceu em Caetá, São Alferes.
JOÃO MARTINS DA SILVA COUTINHO, filha de Manoel Francisco Póvoa e Dona em São João da Barra em 02-05-1797. João da Barra, em 01-09-1855.
nascido em S. João da Barra em 1764, Ana Maria Francisca. Senhores de engenho. JOÃO BATISTA DE CASTRO, Comendador. Filho do Patrão Mor Joaquim Thomas de DOUTOR MANOEL DA COSTA CAMORIM,
filho de Leonardo Félix e Margarida Tiveram 08 filhos com grande geração. Casado com Dona Maria Madalena de Farias e Dona Ana Mota. Proprietário de JOSÉ LOPES DA COSTA E SOUZA, natural natural de Campos dos Goytacazes, filho
Coutinho, casado com Justina Maria do Falecido em 28-07-1834. Moraes e Castro. Proprietário da Fazenda terras no sertão, Fazenda Floresta e na Barra de São João da Barra, nascido em 1819, de José Francisco da Costa e Maria da

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Conceição Brito. Casado em 18-04-1868, Agrícola, etc... Com geração. Falecido em MIGUEL DOS SANTOS MOREIRA, natural Dona Maria Caetana da Graça, solteiro, e Dona Luiza Rosa Sebastiana de Lima, AMANDO ALVES DA SILVA, nascido em
na matriz de São José da Corte do Rio de Caetá em 07-07-1904. de São João da Barra, casado com Dona comerciante de alto trato, acionista da casou-se em São João da Barra em São João da Barra em 11-06-1881,
Janeiro, com Deolinda Cândida de Oliveira Anna Joaquina da Conceição, filha de Companhia de Navegação. 01-05-1898 com Dona Maria de Oliveira filho do Tenente Coronel Luiz Alves
Campos, filha do Professor Joaquim Jacome DOUTOR ANTÔNIO CARNEIRO ANTUNES Manoel dos Santos Couto e Dona Francisca Cruz, filha de Manoel Antônio de Oliveira da Silva e Dona Alexandrina Pinto
de Oliveira Campos e Dona Rita Maria GUIMARÃES, nascido em 11-11-1845 na Maria de Salles. Moradores na Ilha Grande DOUTOR ARNALDO TAVARES, nascido Cruz e Maria Rosa dos Santos Ramos, Machado, casou-se em São João da
de Jesus, viúva de Fernando Gomes de cidade do Recife, filho de Antônio José do Arena. Tiveram um filho. na Freguesia de São Francisco Xavier do Comerciante e um dos principais acionistas Barra em 20-12-1892, com Dona
Azevedo. Foi Deputado Estadual na 13ª e Antunes e Dona Maria Eugênia Carneiro Engenho Velho, no Rio de Janeiro em da Companhia de Navegação. Teve uma Virgilina do Amaral, filha de Patrício
14ª legislaturas. Antunes. Graduou-se em Ciências Jurídicas ANTÔNIO LOPES DA SILVA RISCADO, 11-07-1871, filho de Ignácio Eugenio filha, Luiza Almeida. Amaral e Dona Maria Fernandes
e Sociais, na Academia de Recife em Alferes, nascido em São João da Barra, Tavares e Dona Páschoa Eugênia Tavares, Teixeira Romão. Fundador do Clube
MANOEL FRANCISCO SIMÕES, 21-11-1866 e Doutorado pela mesma casado com Dona Joanna da Silva Riscado, casado com Dona Amália Cruz Pereira da EDUARDO JOSÉ MANHÃES, nascido em Democrata. Era Tabelião do Segundo
latifundiário, nascido em São João da Academia em 01-09-1870. Foi Promotor filha de Antonio da Silva Riscado Maciel e Cunha, filha de Julião Duarte Baptista da São João da Barra em 21-04-1864, filho Ofício. Tiveram 6 filhos.
Barra. Falecido em 21-01-1879, filho de Público na cidade de Laguna, em Santa Dona Angélica Maria Rangel. Com filhos. Cruz e Dona Francisca de Souza Cruz. Foi do Tenente José Manhães Faísca e de Dona
Francisco Simões e Dona Anna Francisca da Catarina e Juiz Municipal em Santana do Promotor Público em São João da Barra Carolina Domingas Alves de Barcelos, SIMÃO MANSUR, nascido em São
Cruz. Casado com Theodora Pinto de Brito. Livramento. Deixando a Magistratura, MANOEL JOSÉ NUNES TEIXEIRA, nascido de julho de 1894 a 09-04-1897, Secretário formado pela Faculdade de Direito de São João da Barra, no antigo sertão,
Proprietário da Fazenda “Sant’anna”. foi advogar em Maceió, onde casou na Freguesia de Santo Hildefonso, Porto, Estadual de Interior Justiça e de Finanças. Paulo em 1890, casou-se no Oratório de filho de Sírio-libaneses, foi Deputado
com Amanda Vidigal Batista Guimarães. em Portugal, em 03-04-1841, filho de Foi eleito Deputado Federal e Presidente Nossa Senhora do Amparo, da fazenda do Estadual nas legislaturas de 1954-1966
JOAQUIM ANTÔNIO LOBATO DE Ingressando novamente na Magistratura, Antônio Nunes Teixeira e Francisca Luiza da Assembléia Constituinte Estadual de Barão de Barcelos, em 11-04-1885, com sendo 2º Secretário em 1958, foi Vice
VASCONCELOS, nascido em São João foi nomeado Juiz em Magé e removido de Azevedo, casou-se em São João da Barra 1935. Em 1930 foi indicado Membro do Dona Ignácia Alves da Mota Ferraz, filha de Governador. Cassado pela Revolução
da Barra em 05-03-1824, filho de José para São João da Barra onde completou em 14-06-1862 com Delphina Maria de Conselho Consultivo, foi Vice Presidente Antônio da Motta Ferraz e Dona Francisca de 1964. Empresário da Navegação.
Francisco Lobato e Custódia Maria de o quatriênio. Deixando a Magistratura, Oliveira, filha de Antônio José Alves de da OAB. Encerrou sua carreira como Domingas Alves Rangel. Foi Tesoureiro da Casou-se com Dona Beatriz Dieguez
Vasconcelos. Casado com Dona Anna Rosa passou a advogar em São João da Barra Oliveira e Dona Custódia Maria da Cruz, Ministro do Tribunal de Contas (TCU) Sociedade Cooperativa dos Lavradores, de Aquino, viúva de Orêncio Aquino.
Viana, filha de Joaquim Antônio Viana e e Campos. Foi Presidente da Companhia casou a segunda vez com Dona Mariana faleceu em Niterói em 1950. presidente do Clube da Lavoura, Juiz Teve diversos filhos fora do casamento.
Dona Anna Gomes da Rosa. Madeireiro em Agrícola de São João da Barra. Em Alagoas da Conceição Teixeira, filha de Antônio Municipal na cidade de Campos dos Faleceu em 13-05-1978.
Barra de Itabapoana, dono de embarcações, foi Diretor do Liceu. José Domingues Tinoco e Ana Angélica CORONEL JOÃO DE OLIVEIRA CINTRA, Goytacazes, Deputado Estadual em duas
proprietário de terras e um trapiche. Com da Conceição Tinoco, comerciante de alto nascido em São da João da Barra em legislaturas 1898-1900 pelo Partido PEDRO FERNANDES GOMES,
serraria em Barra de Itabapoana. Deputado DOUTOR DOMINGOS ALVES DA MOTTA trato, sócio fundador da Companhia de 07-05-1862, filho de Joaquim José da Republicano. Deixou 11 filhos. Faleceu em pecuarista, residia ao final da Rua dos
provincial, 20ª e 22ª legislaturas. Com FERRAZ, nascido em 1844 e falecido em Navegação São João da Barra e Campos, foi Costa Cintra e Dona Maria de Souza Campos em 04-06-1917 durante o mandato Passos. Casado, com filhos.
vários filhos. 30-11-1895, filho de Antônio da Motta Deputado Estadual de 1904-1906. Faleceu Oliveira Costa, casado em São João da de Presidente da Câmara.
Ferraz e Francisca Domingas Alves Rangel. em 15-07-1907, sem descendência. Barra em 07-09-1885 com Dona Maria do JOSÉ LAERT NOGUEIRA.
DOMINGOS ALVES DE BARCELOS Casado em São João da Barra, em Rosário Lobato Neves, filha de Dionísio JOAQUIM THOMAZ DE AQUINO FILHO,
CORDEIRO, Barão de Barcelos, nascido 08-09-1877 com Dona Antônia Úrsula CORONEL MANOEL OLIVEIRA CINTRA, de Souza Neves e Dona Úrsula Lobato de nasceu em São João da Barra em ALBERTO DAUAIRE, nascido em São
em São João da Barra em 04.08.1839, Manhães, Filha de Antônia Manhães nascido em São João da Barra em 1849, Vasconcelos, proprietário da padaria Cintra 05-06-1881, filho de Joaquim Thomaz de João da Barra, em Imburi de Barra
filho do Doutor João da Silva Cordeiro e Barreto e Dona Úrsula Alves da Silva. filho de Joaquim José da Costa Cintra e acionista da Companhia de Navegação Aquino e Dona Carolina de Sá, casou-se em em 27.09.1926, filho do sírio, Sarur
Dona Francisca José Alves Rangel, neto do Proprietário de terras. Doutor em Medicina. e Dona Maria de Souza Oliveira Costa. São João da Barra e Campos. Fundador São João da Barra com Dona Maria Julia Dauaire, aqui chegado em 1907, e
Barão de São João da Barra. Casado em Casou-se com Dona Anna Lopes da Costa, e principal benemérito da “Sociedade Lobato Neves, filha de José Lobato Neves e Luzia Parude, comerciante. Casou-se
27.07.1865 com Izabel Alves Manhães, JOÃO GONÇALVES DE OLIVEIRA filha do Capitão José Lopes da Costa e Beneficente dos Artistas”, que em 1906 Dona Júlia Cruz de Oliveira, Fundador da com Thereza, teve dois filhos sendo
filha de Feliciano José Manhães e Dona BASTOS, casado com Dona Edeltrudes Souza e Dona Umbelina Duarte Cruz. construiu o Cine Teatro São João. Falecido Indústria de Bebidas Joaquim Thomaz de um o Prefeito Alberto Dauaire Filho
Rachel Josefa Alves Rangel. Barão de Baraúna de Oliveira Bastos, pais de Comerciante de secos, molhados, tecidos. em São João da Barra em 07-07-1926. Aquino Filho. Tiveram 23 filhos com grande e avô do Deputado Bruno Dauaire.
Barcelos recebeu o título em 19-07-1879. Theodorina casada com Eduardo José Sem descendência. descendência. Foi Prefeito de São João da Barra em
Formado em Advocacia em 1861 em Manhães, Tabelião do Segundo Ofício; ANTÔNIO FRANCISCO DE ALMEIDA, 1963-1966. Secretário de Estado de
São Paulo. Em 23-11-1878 inaugurou o Albertina, casada com o Major Domingos CAPITÃO JOSÉ FRANÇA DA GRAÇA Major, nascido em Santo Antônio de JOÃO DE ALMEIDA, nascido em São João Trabalho e Serviço Social em 1967; e de
“Engenho Central de Barcelos”. Provedor Manhães Faísca, que foi Procurador da JÚNIOR, nascido em 1885, em São João Guarulhos de Campos dos Goytacazes da Barra, proprietário de terras com fábrica Viação e Obras Públicas em 1983-1986.
da Santa Casa, Presidente da Companhia Câmara. da Barra, filho de José França da Graça e em 1864, filho de Francisco José de Lima de aguardente em grande alambique. Deputado estadual de 1967-1995.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
NICÁCIO ALVARENGA. Mata. Formado em Direito pela Faculdade
de Direito de Campos e Administração e
JOÃO FRANCISCO DE ALMEIDA, nascido Recursos Humanos. Trabalhou no Banco
e Cultura, fundadora do Centro Cultural
Narcisa Amália. Exerceu também o cargo
de Prefeita de São João da Barra de
PRESENÇA FEMININA
em São João da Barra em 15-09-1932, da Lavoura em Campos, foi procurador 2004-2008 e 2009-2012. Foi reeleita

A
filho de João Camilo de Almeida e Maria Geral da Câmara Municipal de São para o mandato de 2017-2020. Câmara de São João da Barra ostenta
das Dores Ribeiro, casado em Itaperuna Francisco do Itabapoana, onde também em sua Sala das Sessões o nome da
em 14-09-1958, com Nilse Lobato de exerceu a função de Conciliador na CARLOS ROBERTO DA SILVA PEREIRA, conterrânea famosa Narcisa Amália,
Oliveira, filha de Antenor Lobato de Comarca daquele município. Foi membro nascido em São João da Barra, filho de que denomina o plenário desde
Oliveira e Adméa Bouchardeth Baptista. da Secretaria de Justiça da Prefeitura João Pereira e Alvina Pedra. Casado,
Contador das Indústrias de Bebidas de Campos e Atualmente é Chefe de Empresário do ramos de pesca. os anos 20 do século passado;
Joaquim Thomaz de Aquino Filho. Exerceu Gabinete na Câmara de Campos. porém, só em 1989 elegeu a
também o cargo de Prefeito de São João JOSÉ AMARO MARTINS DE SOUZA, primeira mulher da Casa.
da Barra de 1983-1986. Tiveram cinco ANTÔNIO DE AZEVEDO VIANNA, nascido no 5º distrito de São João da
filhos, dentre eles o Vereador Adilson nascido em São João da Barra em Barra, em 02-02-1967, filho de Manoel Era ela Maria Valdenice Souza Santos, ou Nice de Alcides,
Lobato de Almeida. Falecido em 1998. 12-04-1931, filho de Joventina de Martins de Souza e Maria Adelaide do nascida em Araçuaí- MG, em 29-06-1944, filha de Ana Teixeira
Azevedo e Olímpio da Silva Viana, casado Espírito Santo; foi trabalhador da lavoura de Souza e Antonio Jose de Souza, casada com o português
DR. GILSON MORAES. com Renê Viana de Sá, filha de Joca Sá. e depois produtor rural. Exerceu também Alcides da Silva Santos, moradora de Atafona. No impedimento
Pecuarista. Tiveram dois filhos. o cargo de Prefeito de São João da Barra do marido, que não pôde concorrer visto não ter cidadania
EDEMIR MARTINS. de 2013-2016. brasileira à época, Nice disputou o pleito em 1988 tendo
JOÃO BATISTA ALVES DOS SANTOS, expressiva votação. Exerceu o mandato de 1989 a 1992.
BENÍCIO ANDRADE. nascido em São João da Barra em ALEXANDRE ROSA GOMES, Nascido em
23-06-1949, filho de Valdenira Alves São João da Barra em 06-11-1971, filho A segunda mulher a ocupar uma cadeira na
OVÍDIO RIBEIRO DE ABREU, pai do e Amaro Francisco dos Santos, casado de Jurema Rosa e Lício Gomes, foi casado Câmara foi a professora Carla Maria Machado
Vereador Domingos Ribeiro de Abreu. com Maria de Fátima Viana, tiveram com Gilberta Miranda e Keth Fernandes dos Santos, nascida em Campos em 75A
JOÃO BAPTISTA
vários filhos, eletricista e comerciante em Miranda, com filhos dos dois casamentos. 17-04-1965, filha de Derly Machado e Ronaldo BORELY
ALMIR RIBEIRO ALVES, nascido em São Grussaí, 3º distrito. Comerciante, foi presidente do GRESS Carlos Marques dos Santos. Eleita no pleito Óleo sobre tela que
João da Barra em 13-08-1926, filho de Congos e da Associarts. de outubro de 1996, foi a Primeira Mulher pertenceu à pinacoteca
Belmiro Ribeiro Alves e Dona Ignácia ADALBERTO RIBEIRO ALVES, nascido em Presidente da Casa e sua atuação legislativa se do Solar dos Airizes, s/d.
Azeredo Alves, casado em Campos em São João da Barra, em 20-01-1948, filho GERSON DA SILVA CRISPIM, nascido deu de 1997-2000. Baronesa de São João
28-12-1954, com Riva Lopes Ribeiro, de Delson Ribeiro Alves e Izaulina Lopes em São João da Barra em 30 de março da Barra, Francisca
natural de Campos, filha de João Lopes de Souza Alves, casado com Roselina de 1962 filho de Judith da Silva e João Também digna de registro a atuação da advogada Alves Rangel.
da Silva Lima e Alice Peixoto Lopes, Rangel Alves, com dois filhos. Advogado Crispim Filho, casado com Marla Ney Dra Irene Estella Lobato Borges, que foi a
pecuarista, ingressou na política pelo formado pela Faculdade de Direito Viana Crispim, tem dois filhos. Produtor primeira mulher a ocupar o cargo de Procuradora 75B
A.N.I.
MDB, sendo vereador por diversas de Campos na década de 1980. Foi rural. da Câmara de São João da Barra. Nascida em Narcisa Amália de
legislaturas. Tiveram uma filha. Faleceu presidente do Rotary Clube de São João São João da Barra em 27-11-1957, filha de Campos, 1856-1924
em 19-07-1987. da Barra. Faleceu em 21-03-2006. ALUÍZIO SIQUEIRA FILHO, nascido em Norméa Lobato de Oliveira e Odyr Borges de Foi uma poeta, escritora
Campos dos Goytacazes em 17 de abril Oliveira, foi nomeada na gestão do Presidente e jornalista brasileira.
RINALDI MIRANDA MATA, nascido em CARLA MARIA MACHADO DOS SANTOS, de 1968, filho de Gilda Maria Monteiro Gerson da Silva Crispim, no biênio 2011/2012. Foi a primeira jornalista
29-11-1955, filho de Roberto Pereira nascida em Campos dos Goytacazes em 17- Cruz e Aluízio Siqueira, casado com profissional a atuar no
Mata e Dona Erli Batista Miranda, casado 04-1965, filha de Derly Machado e Ronaldo Dayse Siqueira de Almeida Pereira, filha Atualmente a casa é ocupada por outra Brasil. Narcisa era filha do
com Maria de Fátima Ferreira Rangel, Carlos Marques dos Santos, casada, com de Denise Siqueira e Lourenço Carneiro representante feminina, a atafonense poeta Jácome de Campos
filha de José Alves Rangel e Maria Diva um filho, professora, foi fundadora e Almeida Pereira, produtor rural e Sonia Maria da Silva Pereira, reeleita e da professora primária
Ferreira. Pais da Doutora Juliana Rangel Presidente da APAE, Secretária de Educação comerciante. Atual presidente da Câmara. para o quadriênio 2017/2020. Narcisa Inácia de Campos.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
LEIS DO SÉCULO XVII

E
m 1676, foi nomeado pelo Capitão Mor era o pagamento de 10 cruzados e dinheiro e 10 patacas se negociado
Francisco Gomes Ribeiro, o primeiro escrivão trinta dias na cadeia. Neste mesmo com gêneros. Quem não cumprisse
da Câmara, Antônio Pereira Viana, que pelo ano foi estabelecida a passagem da o estabelecido, perderia o animal e
ordenado de 6$000 mensais, servia também Barra, caminho dos viajantes do pagaria uma multa de meia dobla.
como Tabelião do Público Judicial e Notas. norte e do Espírito Santo.
Em 03 de novembro de 1690, foi
Ao Alcaide e Carcereiro da Vila, pagava-se um salário Em 05 de agosto de 1679, foi ordenado à Câmara, pelo Jesuíta
de 2$000, já o aluguel da casa do Sargento Gabriel nomeado para Carcereiro e Alcaide Francisco Coelho, superior da
Nunes Varejão custava à municipalidade o valor de da Vila Manoel Gomes, com o Aldeia de Iriritiba, que daquela data
1$000 ao ano. ordenado de 2$000 anuais. em diante se crescesse o dinheiro,
a saber: três vinténs valeriam
Em 1677, ficou decidido o imposto de 10 reis por cada Em 1680, foi publicado em hasta quatro, quatro valeriam um tostão;
couro que se exportasse. pública o pregão para a cobrança da um tostão valeria seis vinténs,
passagem da Barra. Foi arrematado seis vinténs valeriam meia pataca;
Em ato de vereança no ano de 1678, ficou determinado pelo Capitão Manoel de Freitas meia pataca valeria dois tostões
o “rocio” da Vila, sendo um quarto de légua para cima Silva que ofereceu 2$000 por e finalmente uma pataca passaria
e outro quarto para baixo, a partir da capela de São ano pelo contrato. As taxas eram a um cruzado. Havendo pena de
João, ficando as terras do “Mato Grosso” para Pedro cobradas, 100 reis por pessoa e 160 castigo para os desobedientes.
Velho Celestino. reis por cavalgadura atracada.
Em 1696, a Câmara comprou
Em 01 de março de 1678, seguindo o Senado da Em 1685, ficou determinada à Cecília Andrade, dois
Câmara de Campos, ficou estabelecida a taxa de 1$280 a cobrança de 320 réis de lanços de casas na praça
por cada pipa de vinho ou aguardente que entrasse da matriz, pela quantia de
vindo do reino. Este imposto foi arrematado no imposto por cada embarcação 2$400, alegando no termo
primeiro ano por Francisco de Viveiros por 7$200. que navegasse neste porto. desta deliberação ser oneroso
o pagamento anual da casa
A Câmara no ano de 1678 deliberou diversas vezes Em vereança de 22 de agosto alugada.
no sentido de diminuir o aluguel da casa do Sargento de 1689, ficou estabelecida a
Gabriel Nunes Varejão, de 1$000 para 800 reis, proibição de saída de qualquer
alegando ser essa despesa excessiva. quantia de dinheiro, apenas
gêneros poderiam circular, sob CARTA RÉGIA AO GOVERNADOR DA
Em 08 de fevereiro de 1679, ficou determinado o pena de ser tomado o dinheiro e CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO
preceito de que ninguém de fora, ou seja, que não fosse aplicado para o cofre do Conselho. proibindo que no Brasil, as escavas
do termo da Vila poderia pescar no rio e na Lagoa da O preço das vacas foi estabelecido usassem roupa de seda, cambraias ou
Lucrécia, sob pena de 30 dias de tronco no pescoço. Em em 2$000 quando vendida a holandas com renda ou guarnições
vereança de julho do mesmo ano, foi determinado que dinheiro e em 2$500 quando de ouro ou prata. – Lisboa [ Portugal,
ninguém poderia retirar gado do Campo Novo de São trocada por gêneros, já o boi 20 de fevereiro de 1696]
Lourenço sem licença de um oficial de justiça, cuja pena capado era negociado a 3$000 no Coleção: Biblioteca Nacional

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
LEIS DO Apanhar cavalgadura era
punido com a multa de 2$000
réis se fosse branco e 50 açoites
“Bando Pelas Pazes - Pedro Velho
Barreto, Sargento-Mor desta Vila e
seu distrito, com patente do Senhor
Justiça e Milícia ir tirar suas patentes e títulos no Rio de
Janeiro com o Governador Geral.

SÉCULO XVIII no pelourinho, sendo negro


escravo. Ninguém poderia tecer
a olho, sem ter licença. Nem
Dom Francisco Xavier de Távora,
Governador Geral da Cidade do Rio
de Janeiro de São Sebastião e suas
Em 1722 o Procurador da Câmara e o almotacel fazem
uma prestação de contas que diz o seguinte...

E
pescar nas lagoas de Gruçay ou capitanias. Faço saber a toda a pessoa “Recebeu o Procurador deste Senado Pedro Carvalho, cinco
m 1701, a Câmara impôs a “Finta” de 6$000 réis a da “Lucrécia” – Iquipary e a de qualquer qualidade que for, que patacas e meia da mão do procurador que servia, das quais
de condenação ao escravo que usasse de marcar da “Castanheta” Açu; estando este meu bando ouvir e a noticia lhe tirando a pataca para a missa dos oficiais da passada ficam
e vender gado ou cavalgadura. Recurso que seria a barra aberta, sendo a pena for, acudam todos com suas armas de quatro patacas e meia: - Digo eu, Nicolau de Mendonça
usado para as obras da matriz. extensiva aos de São Salvador fogo, e os que as não tiverem também Gomes, que almotacei a Domingos Pires, um barril de
de Campos. acudam nesta Vila à última oitava que aguardente do reino a dois cruzados a medida e fazendo o
Em 1703, foi aberta a estrada do “Corvo”, na se contam três de abril, com penas de contrario será condenado em dez tostões- fica registrado as
terra nova de Cacimbas. Obra executada por Luiz Em 09 de agosto de 1711, cinco tostões aplicados para pólvora fl. 31. Almotacei um rolo de fumo a Raymundo Pereira, 21
Pereira Bandeira e Jorge de Castro Lara. um bando com caixas e balas, advertindo que os oficiais de réis, por ser verdade etc. Dos gastos que se fizeram com o
destemperadas, percorreu as milícia, alferes e sargentos, apareçam ouvidor quando veio fazer eleição e correição, comestíveis
Em 1704, foi nomeado o primeiro Alcaide Mor da ruas da Vila para publicar o alvorados para o dito tempo e com a de peixe, carne, farinha e azeite da candeia, cinco mil
Vila de São João da Praia, cargo que foi exercido pelo Alvará instituído de licença pena de dez tostões, para que assim réis... 5$000. Meia pataca que se mandou dar ao alcaide
Capitão João Vaz Nunes. de porta aberta. A partir marchem todos desta companhia do seu salário do mês passado... 320 Em 31 de dezembro
daquela data, quem fosse em louvor às pazes que em estas de 1727, o Governador Luiz Vahia Monteiro, escrevendo
No dia 21 de dezembro de 1710, o procurador fez pego vendendo sem licença, capitanias se celebram ao som de à Vila de São João, estranhando não receber dela noticias
prestação de contas do seu cargo. cumpriria 20 dias de cadeia caixas destemperadas. Dado e passado das deliberações, acrescenta que... ”que essa falta era
mais 4$000reis de multa. nesta Vila de São João aos 05 de muito para admirar, e ele governador a conservava, visto
No ano de 1711, foi feito o Inventário março de 1714. Pedro Velho Barreto.” ser esta Vila de São João a mais notável dos Campos dos
dos Dinheiros e Bens do Senado, sendo Um bando com caixas Goytacazes.”
destemperadas saiu às ruas da Em 26 de março de 1714, através de
apresentado pelo procurador o seguinte: cidade, em 05 de outubro de Carta Precatória, o Capitão Manoel Em 16 de fevereiro de 1728, a Câmara responde a uma
Em moeda corrente 2 cruzados; Um bufê 1713, comunicando que nenhum Borges Senra, juiz ordinário da Vila, carta do Governador, com o seguinte teor: “Senhor
de pau amarelo, com seu pano de Serafina, mestre de barca ou sumaca poderia negou um atestado de bons serviços Governador. Recebemos a carta de Vossa Senhoria de 31
6 tamboretes, meio alqueire, vara e côvado, entrar na barra ou seguir para São prestados à Vila, ao Ouvidor da Lei de dezembro pela qual vemos a admiração que lhe causa a
uma medida de medir vinho, duas varas Salvador de Campos, sem licença Francisco de Benavides, em virtude falta de notícias que se acham desta Vila nessa secretaria,
do Juiz Ordinário ou do Capitão do mesmo não prestar contas dos e é certo que a sua pequenez, apesar de principal destes
usadas de Juiz, 5 varas dos camaristas, Mor da Vila, sob pena de 10 mil bens de um órfão, usufruindo dos campos, deve ser a sua principal origem deste descuido de
todas muito bem pintadas. E mais nada reis ou 30 dias na cadeia. bens do mesmo. que só poderá ter culpa os nossos antecessores. Quanto aos
havia. provimentos dos ofícios desta vila que Vossa Senhoria nos
Outro bando com caixas O Ouvidor Geral da Capitania do Rio ordena se vão procurar a essa cidade, nenhuma dúvida
No ano de 1711, foi criada a “Finta” de meia pataca destemperadas percorreu as de Janeiro, a quem pertencia a Vila, se nos oferece, mas por enquanto lhe não chegaram os
por cada rês que se vendesse, sendo o marchante esquinas da vila convocando Luiz Fortes Bustamante Sá, avisa aos emolumentos para as despesas das propinas por constar o
obrigado a comunicar ao “Almotacel”, a fim de todo o povo para comparecer na Camaristas e ao juiz ordinário que ordenado só de 8$000 (cremos ser o emprego de Escrivão
mandar pesar a carne com os pesos da Câmara. O sal praça da matriz para marchar não obedeçam mais, a partir daquela da Câmara e Judicial) e não renderem a escrita para papel
vindo de fora, teria que ser vendido por meio alqueire em comemoração às pazes entre data - 1714 - as ordens do Visconde e tinta. A cópia do foral que Vossa Senhoria nos pede, se
que já se encontrava na casa do alcaide. Portugal e França. de Asseca, devendo os Oficiais de não acha registrado nos livros desta Câmara e só temos a

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
notícia de que a da Vila de São Salvador se remeteu a Vossa Em 13 de junho de 1742, chegaram Em 21 de janeiro de 1750, Em 10 de agosto de 1751, um bando apregoado pelas
Senhoria por cópia e nos parece fica menos prejudicial à à vila os dizimeiros de “miunças, foi aberta, com o nome de ruas regulando a taxa dos ovos. Todos seriam obrigados
falta deste documento em que se nos não apresenta pelo bocas e gado”, Domingos Gonçalves Rua Nova, que conservou a vender quatro ovos por um vintém, sob pena de multa
nosso donatário não temos achado outro algum papel dos Santos e Rodrigues Pinto, sendo até 1835, a Rua do Rosário, de 2$000. Em decorrência da grande quantidade de
neste cartório mais do que o estabelecimento desta vila que a Câmara fez publicar um criação de galinhas e fertilidade dos alimentos.
feito por ordem do Senhor donatário o qual remeteremos a bando, ordenando que ninguém com 260 braças de extensão.
Vossa Senhoria quando lhe for necessário. Ficamos prontos pagasse os ditos dízimos, sob pena Inicialmente esta rua tinha Em 08 de dezembro de 1751, uma ordem do Senado da
para observar em tudo as ordens e resolução que se tomou de cadeia ao que contribuísse com casa dos dois lados, porém Câmara proibia a coberta de palha das casas, no recinto
sobre o donatário nos gêneros que tem esta vila, porém qualquer quantia. O preceito foi na enchente de 1767, o da vila, medida que o povo relutava em obedecer.
a pequenez de seu negócio não dá esperança de que seja rigorosamente obedecido. rio avançou sobre as casas Também nesse ano foi desenvolvida uma força tarefa
importante o produto deles; em tudo o mais que em for do Em 08 de fevereiro de 1743, uma para que os sitiantes e fazendeiros introduzissem em
agrado de vossa senhoria se achará sempre pronta a nossa ordem expressa do Vigário Geral destruindo parte da rua, onde suas terras o uso do arado, segundo determinação do
obediência. Guarde Deus a Vossa Senhoria muitos anos, do Bispado, excomungando os não mais se construiu, até Vice-rei Vasconcellos.
feita em Câmara a 16 de fevereiro de 1728.” vereadores, convocando-os ao Rio meados dos anos de 1950.
de Janeiro para darem conta do Em 1752, o juiz dos alfaiates Ignácio Bueno Xavier, a
Em 31 de março de 1735, a Câmara recebeu a seguinte procedimento. Ao se apresentarem Após muita discussão e diversas mando do Senado da Câmara, fez taxar as obras de
carta do Governador.: “Ao Secretário do Conselho no Rio de Janeiro, os vereadores opiniões sobre a qualidade alfaiataria, estabelecendo os seguintes valores:
Ultramarino para de propina essa Câmara mil e duzentos foram absolvidos depois de da comida e pousada dos
réis cada ano, e esta devendo a que se venceu neste ano de jurarem dar inteiro cumprimento Corregedores, em 11 de junho de Feitio de um vestido de seda para casamento .......... 7$000
mil setecentos e trinta e cinco, e o do ano de mil setecentos ao pagamento dos dízimos e 1750, lavrou-se o termo seguinte: Por um vestido de pano fino forrado de seda ........... 6$000
e trinta e quatro que importa dois mil e quatrocentos réis direitos exigidos. “Por ser muito conveniente a Por um vestido de baeta ............................................ 4$000
que devo remeter nesta frota, sirvam-se Vossas Mercês este Conselho toda a decência Por uma saia de seda ................................................. 1$280
ordenar ao tesoureiro ou procurador remeta a dita Em 24 de maio de 1749, necessária com que se devem tratar Por uma saia de sarja .................................................... 640
quantia de dois mil e quatrocentos réis logo e para os anos foi publicada a pragmática os Ministros Corregedores quando Por um manto de seda .............................................. 1$280
seguintes farão vir os ditos mil e duzentos réis a tempo do vestuário, composta de vierem a esta vila em correição, e Por uma saia de baeta ................................................... 640
de que se possa remeter. Deus guarde a Vossas Mercês. 21 capítulos em que eram por nesta vila não haver pessoas que Por um timão de baeta .................................................. 640
Rio de Janeiro 31 de março de 1735 anos. – Agostinho determinados os trajes permitidos tenham trastes capazes para estes Por um capote de camelão para homem ...................... 640
Pacheco Felix – Senhores Juízes Ordinários, Vereadores e às diferentes classes, cores e ministros por isso concordavam que Por um capote de pano forrado .................................... 800
Procuradores ao Senado da Vila de São João da Praia.” condições. Ninguém poderia o Procurador deste Senado mandasse Por uma vestia de calção abotoado até abaixo ......... 1$280
se vestir de prata, bordados e buscar um catre de jacarandá – por Por uma véstia de calção de seda .................................. 600
No ano de 1737, já pagavam de direito ao Donatário, galões em suas roupas, os negros ser pau capaz para tais pessoas, Por uma véstia de baeta abotoada até abaixo .......... 1$280
pela moagem de cana, aos engenhos seguintes: e mulatos, filhos de negros e como também mandasse um colchão Por uma véstia abotoada até a cintura .......................... 960
mulatos, de mães pretas com e dois lençóis de pano de linho, Por um timão de seda ................................................... 960
O de Alberto de Azevedo por ano ................................ 4$000 brancos, de qualquer sexo, ainda colcha e travesseiro e finalmente dois Por um riguigo ........................................................ 1$600
A engenhoca de Antonio Pacheco de Lima .................. 2$000 que forros, não poderiam trajar, tamboretes e um banco de encosto, Por um capote de mulher à inglesa .......................... 1$280
O de Teodósio de Oliveira .......................................... 4$000 prata, ouro, tecidos de lã, olandas, como também uma dúzia de pratos Por um colete de seda à Simoa ..................................... 640
A do Capitão Antonio Teixeira Nunes ......................... 2$400 esguiões, linhos e joias, sob pena de estanho, meia raso e meia curvos,
A de Antonio de Souza, morador nos Columins ......... 2$000 de açoite ou degredo para a Ilha de e um prato grande para peixes, e Por outro lado o juiz dos sapateiros, Damião
A de Domingos Henriques, no Limão ......................... 1$920 São Thomé. Era também proibida um tinteiro de chumbo com seu Cavalcante e Holanda, taxou as obras do seu oficio:
A de João Ribeiro de Mendonça, na ponta do Guary .. 1$920 a importação de móveis e objetos poedouro. E por não haver mais
A de Luiz Pacheco, na outra Banda ............................ 2$560 de luxo; ninguém poderia andar que concordar mandaram fazer este Um par de sapatos lisos ............................................ 1$280
A de Silvestre Martins, em Macaé ............................... 3$840 mascarado ou encapuzado. termo.” Um par de sapatos costurados e entranhados ........... 1$920

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Uma bota de cavalgar com canhão de bezerro .......... 4$800 Em correição do Ouvidor Salles Foi expedido um Alvará Régio,
Uma bota de meio canhão ................................... 3$200 Ribeiro, no ano de 1758, ficou cujos artigos exigiam que os
Por umas chinelas com salto de marroquim ........... 1$280 determinado que a Câmara viajantes fossem revistados e
Por umas chinelas de cordão e salto .......................... 1$600 mandasse providenciar uma exigidos passaportes, todas as
Por umas chinelas de cordão preto .............................. 800 estacada de madeira, começando
Por umas chinelas de couro de veado ........................ 720 do “Porto Escuro” para baixo, a embarcações entradas e saídas
Por um sapato de mulher de cordão e salto de marroquim . 1$280 fim de criar obstáculo às águas do do porto tinham que ser
Chinelas de marroquim de mulher ........................ 1$280 rio, que livres da Ilha do Curtume, revistadas; ninguém poderia
Chinelas de cordão com salto ...................................... 640 destruída pelo vento e água, embarcar ou desembarcar
Por umas botas de couro de veado com canhão inteiro . 2$880 ameaçavam invadir a cidade. sem que um Oficial de Justiça
Por umas botas de meio canhão ............................... 2$400 Obra que não foi concluída visto
o rio ter se ensacado na restinga visitasse a embarcação.
Em 1º de junho de 1753, o recém coroado Rei de da “Areia Branca”. Hoje chamado Tudo com o intuito de
Portugal Dom José I e seu Ministro, o Marquês de Viana. expulsar definitivamente os
Pombal, através de Alvará Régio tomou para si a religiosos da Companhia de
Capitania da Paraíba do Sul, incorporando o distrito à Vindo em correição em 1759, Jesus do país.
Comarca do Espírito Santo, nomeando para administrar o Ouvidor Salles Ribeiro,
o Desembargador do Paço, Francisco de Salles Ribeiro. franqueou a pescaria na
Pernambuca, Lagoinha e Campelo, Em 1762, um bando régio,
Em 02 de dezembro de 1753, aportou em São João da que haviam sido fechadas à pesca publicado pela vila, proibiu andar
Barra o desembargador Salles Ribeiro, convocando os em 1750 pelo Ouvidor Falcão pelas estradas em machos ou mulas,
“Bons do Povo” e fazendo as nomeações das justiças. de Gouveia, a pedido do povo, sob pena de serem os animais
conseguindo também a apertura mortos e os donos presos; este
Em 1756, quando a planície era dominada pela criação da boca da vala. bando foi em virtude dos criadores
de gado, a Câmara, para proteger essa atividade muito da Bahia, de Pernambuco e do Piauí
rendosa para a Vila, demarcou diversas áreas de uso Em 03 de novembro de 1759, terem feito várias representações
comum e de serventia para todos. Foram essas áreas: o a Câmara recebeu ordens de ao Rei, sobre a queda do preço dos
Capão das Carnes, Gombô, Capão dos Colhudos, Matheus publicar pelas ruas da vila um cavalos.
Cabeça, Saco da Justa, Imbaíba, Capão das Abóboras, bando com caixas destemperadas,
Pitanga, Capão do Cedro, Coitinho e Matamba. vindo do Governador Gomes No ano de 1762, o Senado da
Freire, Conde de Bobadela, Câmara, querendo realizar os
Em 1757, foi promovido um arrolamento na anunciando os tiros que foram festejos do Padroeiro em seu dia,
vila constando a existência de sete mil almas disparados contra o Rei Dom José necessitavam de autorização
I, e que por se haver descoberto para tal, visto haver autorização
de Confissão e Comunhão, ou seja, mais de o envolvimento dos jesuítas, na para a comemoração pública de
sete mil moradores no recinto da Vila, indo trama, todos os Padres Jesuítas apenas alguns santos. Contudo,
desde o Porto do Euzébio, ou Curral, até a da Companhia de Jesus estavam alegando que a Câmara contribuía
divisa com o Distrito de São Salvador de expulsos do território português anualmente com a quantia de doze
Campos, contando pelo rio, e indo pela costa e ordenava que pessoa alguma mil cruzados só de dízimos para a
tivesse mais negócios com os ditos Coroa. Obtiveram a autorização e
até a barra do Rio Iguaçu ou Açu, senda jesuítas, sob pena de ser tratado a festa foi realizada com grandes
bastante escassa nesta região. como cúmplice. pompas.

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ALAVARÁ DE 1785 Parte do Alvará da Rainha de Portugal, D. Maria I, proibindo 83
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA fábricas e manufaturas no Brasil. Lisboa : Na Oficina de Antonio Rodrigues Galhardo
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Impressor da Real. [ 5 de janeiro de 1785 - Reprodução ] Coleção: Acervo Nacional
Em 1778, foi aberta com a relata Fernando José Martins em ordinário repreender os vereadores e estes repreendiam
denominação de Rua de São sua obra, em 1868. o almotacel. Ao Corregedor cabia repreender o juiz
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THOMAS HICKEY OU Benedito, a Rua dos Passos, ordinário.
GIUSEPPE TRONI [atribuído] tinha 260 braças de extensão. Em 05 de junho de 1788, a Câmara
D. Maria I, Rainha de Portugal Principia nos fundos da Capela do de São João da Barra fez uma Em 1793, uma grande seca, seguida de falta de
– Óleo sobre tela, s/d. Acervo: Santíssimo Sacramento e Senhor representação ao Vice-Rei, contra víveres, provocou uma grande fome nos Campos dos
Palácio Nacional de Queluz, dos Passos e termina nas terras da o arbítrio do Corregedor Coutinho Goytacazes. Isso levou a Câmara da vila vizinha a
Queluz – Portugal antiga Fazenda Coqueiro, onde de Mascarenhas, pelo empréstimo enviar uma Precatória ao Senado da Vila de São João
Apelidada de “a Piedosa” e “a em 1868 foram construídos os de dois mil cruzados que clamando socorro no sentido de tomar providências
Louca”, foi a Rainha de Portugal cemitérios da cidade. arbitrariamente foram obrigados a para que se evitasse a saída dos produtos do sertão de
e Algarves de 1777 até sua emprestar à Vila de Vitória. Cassimbas, a fim de mitigar a fome do povo. A Câmara
morte, e também Rainha do Em 1780, foi aberta a com tomou as devidas providências enviando gêneros para
Brasil a partir do final de 1815. o nome de Beco de José Em 1792, foi aberta com o nome a Vila de São Salvador aproveitando o ensejo, pediram
De 1792 até sua morte, seu filho Manuel, a Rua João Francisco de Rua da Restinga, a Rua do àquela Câmara as medidas e padrões para regular os de
mais velho João atuou como de Almeida, que se chamou Sacramento, a partir de um rasgo São João.
regente do reino em seu nome que se fez saindo na praça da
Rua Detrás da Boa Morte matriz e indo até a restinga da
devido sua doença mental.
e depois Rua Dr. Cordeiro. Havia inscrito na Câmara da Vila em 1795 o
Velha Barbosa; tinha o objetivo de comércio de oito vendas e um açougue em que
Principiava na Rua da Banca franquear a passagem da Procissão
Da mesma forma um bando, em 05 de abril de 1868, e terminava nos fundos da do Terço de Nossa Senhora aos se cortava de 10 a 12 rezes por ano, sendo a
imputava penas a quem soubesse e não denunciasse Igreja de Nossa Senhora domingos. carne vendida a 20 réis a libra. Em 1818, a
os padres, pois, estaria incorrendo em pena de lesa
da Boa Morte. Em 23 de libra da carne já estava custando 30 réis, em
majestade, sendo por isso degredado para Angola por Em 1793, o Juiz Ordinário deliberação de 07 de janeiro de 1818, passou
oito anos. fevereiro de 1783, foi aberta Joaquim Pinto da Silva aplicou
a Rua Travessa. Iniciava-se para 35 réis; em 1824 a 40 réis, também
uma descompostura formal no
No ano de 1775, o Corregedor Athayde deu novo na beira rio, na Rua da Boa vereador mais velho Antônio de por postura da Câmara, em 1831 a 50 réis,
regulamento para a pesca no rio, lagos e na costa do Vista, indo até a praça nova Lemos d’Andrade, por faltar em culminando em 1868 em 110 a 140 réis.
mar, destinando determinados dias para as “pocuzeiras” demasia às reuniões do Senado.
do mar entre o cordão da barra, serviço este feito por
na restinga da Velha Barbosa. Das mais “desabridas” segundo Com o advento da cultura canavieira na planície Goitacá
Manoel Fernandes Marçal, Francisco Luiz d’ Andrade e Chamou-se depois Rua do Fernando José Martins, chamava e a importação de substancial número de escravos, em
Ignácio de Araújo Silva e Sá. Alecrim e atualmente Coronel o vereador de “rebelde, irreligioso, 1896 o Procurador da Fazenda Real, Desembargador
Teixeira. homizio” dentre outros adjetivos. João de Figueiredo escreveu ao Senado da Câmara no
As festas do Padroeiro São João Batista, um dos Em caso de contumácia, seria preso sentido de se evitar a saída de gêneros agrícolas para
maiores acontecimentos da Vila, principiou a ser O Corregedor Joaquim José e encaminhado para o presídio portos estrangeiros, abastecendo dessa forma a grande
realizada pelo Senado da Câmara com a autorização Coutinho de Mascarenhas, no da Pedra do Angouxe, no Rio de demanda da planície.
do governo. Com o tempo, porém passou a ser ano de 1788, obrigou o Senado Janeiro. As faltas dos vereadores,
realizada por festeiros, notadamente os marítimos, da Câmara de São João da Barra por essa época eram punidas com Em 1798, incumbido pelo Príncipe Regente, o Coronel
que festejavam com gasto de muitos recursos e grande a emprestar à Câmara da Vila de punições leves, mas podiam chegar Joaquim Vicente dos Reis solicitou à Câmara uma
aparato. A partir do ano de 1777, na festa realizada Vitória no Espírito Santo, a quantia à prisão em alguns casos, sendo contribuição para o casamento das princesas reais.
por Fernandes de Castro, o Senado da Câmara passou de dois mil cruzados; valor que, que em meados do século XIX O pedido foi acatado e enviou-se pelo Procurador
a participar da procissão e da missa acompanhando embora empregando todos os chegou-se a pagar 2$000 por cada da Câmara Bento José Lopes, a quantia de três mil
com o Estandarte Alçado. esforços nunca foram pagos, como falta sem justificativa. Cabia ao juiz cruzados, que foram entregues àquele coronel.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
LEIS DO SÉCULO XIX D. João. A comissão foi composta
do vereador mais novo, Manoel de
Brito Coutinho Pinto, e o procurador

E
Antonio Pinto Neto, sendo fornecida
m 1802, o Brigue Real João esteve Em 20 de janeiro de 1806, na saída a cada um a soma de 128$000 para
algumas vezes na vila para buscar o da procissão de São Sebastião, as despesas da viagem.
açúcar e as madeiras do Rei. Este navio houve um grande conflito entre as
da armada real, vindo ao porto, correndo irmandades de São Miguel e Almas e Em 1808, o Primeiro Cirurgião
Nossa Senhora do Rosário, por uma residente na Vila Bonifácio José
sempre iminentes riscos na irregular e questão de precedência. Levada a Ribeiro, requereu da Câmara o
mal sinalizada barra, fez despertar nas questão aos Bons da Câmara, esta cargo, o que lhe foi negado.
autoridades a necessidade de uma direção decidiu pela Irmandade de Nossa
de pilotagem, ou de alguém que sob certas Senhora do Rosário. Em 28 de novembro de 1811, em
condições se encarregasse dos sinais da altura correição do Ouvidor José Freire
da maré e caminhos mais seguros no banco. Em 05 de setembro de Gameiro, foi aberta a Rua da Banca,
1807, tomou posse Miguel que forma a parte da frente da
Nos primeiros tempos da barra, era a gente cidade vindo do lado de Atafona.
de Gargaú geralmente ocupada nessa Gonçalves Victoria, por Nela o Imperador mandou plantar
atividade, a qual conheciam muito bem. requerimento ao Vice-Rei, 21 palmeiras quando visitou a vila,
como Patrão Mor da Barra, em 1847. Chamou Rua do Mercado,
Em 27 de abril de 1802, foi criado através de alvará, debaixo de certas condições, Rua do Dr. Cordeiro, Rua das
o cargo de Tesoureiro do Selo, ocupado a primeira sendo-lhe possível cobrar Palmeiras e atualmente Rua Barão
vez por Luiz Bernardo Duarte Macedo. De 1809 até de Barcelos. Quando foi aberta essa
1816, foi ocupado por Salvador Franco da Mota, sendo 5$000 por cada embarcação rua, os moradores da Rua de Baixo,
substituído por Manoel dos Santos Souza, até 1824 e entrada na Barra, e outro ou Rua Direita, puderam estender
depois Francisco Jose Rodrigues Fernandes, em 1825, tanto pela saída. os seus fundos até ela. Tinha 100
e finalmente Jose Gomes Moreira, de 1830 até palmos de fundos em seus chãos.
a criação das Coletorias. Em 25 de fevereiro de 1808, recebeu
a vila, o comunicado da próxima Em 27 de novembro de 1812, a
Em 1804, o distrito dos Campos dos Goytacazes chegada da Família Real Portuguesa, Câmara Municipal concorreu com
conquistou o direito a um Juiz de Fora, predicado sendo mandado celebrar preces a quantia de cinco mil cruzados
só concedido às grandes cidades e vilas, graças públicas, pela feliz viagem de Suas para atender ao convite do
ao considerável aumento de produtos na região, Majestades. Em 06 de abril, soube-se príncipe D. João, na abertura do
notadamente açúcar e madeiras. Foi o primeiro que os príncipes finalmente haviam Banco do Brasil, tendo recebido
magistrado o bacharel Sebastião Luiz Tinoco da pisado o solo brasileiro. Foram dividendos por muitos anos.
Silva, que veio de Minas. Quando estava para sair, o mandadas saudações pela subida
magistrado requereu a anexação de São João da Barra, nova. Festejos os mais concorridos e No ano de 1813, foram diversos os
o que ocorreu por decreto de 09 de novembro de 1806, demonstrações públicas de regozijo. debates sobre a quem cabiam as
quando não mais servia aquele magistrado. A partir Foi nomeada uma comissão dentre despesas com o embarque das
desta data foram extintos os cargos de Juiz Ordinário na os membros da Câmara, para madeiras do rei, que eram cortadas
Vila de São João. Foi o primeiro magistrado o bacharel irem ao Rio de Janeiro levar suas e remetidas por conta do mesmo. As
José D’Azevedo Cabral. homenagens ao Príncipe Regente dúvidas recaíam sobre quem deveria

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OFICIO DO CONSULADO Da Suécia e 87
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA Noruega em agradecimento ao salvamento dos
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
náufragos do Brigue “Vidal”. Rio de Janeiro,
abril de 1872. Coleção: Villa Lobato
arcar com as despesas, se o Senado ou o Estado, sendo licenciado Victorino José Cardoso e chegando o excesso de correr a casa Em 11 de agosto de 1821, em função
a questão resolvida pelo Conde de Aguiar, ministro da nomeado em seu lugar o cirurgião de um cidadão, sem ordem alguma do movimento das Cortes de Lisboa que
Marinha, em carta ao Juiz de Fora Silveira Teles. José Caetano de Carvalho Salzedas, judicial, só por mera desconfiança desejavam que o rei D. João jurasse a
que, no entanto só permaneceu no e com frívolo pretexto de procurar
Em 13 de outubro de 1813, o Juiz de Fora Silveira Teles cargo até 02 de dezembro. O povo armamentos; e sendo das sábias
Constituição, reuniu-se o Senado da Câmara
convocou os bons do povo e reunidos organizaram da cidade, instigado por João José determinações de S. M. o Imperador da Vila, com o clero, republicanos, povo e
um código de posturas- o primeiro que tivemos- de Brito, invadiu a Sala de Sessões que entre os seus súditos jamais tropas, a fim de jurar aquela constituição,
providenciando sobre alinhamento e limpeza das ruas. da Câmara exigindo a saída de deve haver a perniciosa distinção segundo foram informados pelos maiorais
Ficou criado o cargo de arruador dentre outras medidas “Salzedas”, alegando ser ele ”uma de nacionalidades de cidadãos de Campos dos Goytacazes, Major Pedro
de interesse público. Foi esse magistrado de grande língua diabólica com pessoas da deste império; por isso em nome do
importância para Vila de São João. Em São Salvador família”. Razão suficiente para a mesmo Augusto Senhor recomendo
Augusto da Cavalaria; Major Prestes da
de Campos, pelo seu senso de justiça, criou conflitos expulsão, segundo os costumes da aos habitantes desta vila que devem Infantaria e Antonio Aureliano Rolão Couceiro
com os poderosos senhores de engenho, tendo por isso época. Para o cargo foi nomeado cessar de semelhante distinção de Pimentel Torrezão, do Corpo de Caçadores.
antecipado a sua retirada. então o Frei José de Castro, que lugar de nascimento, devendo só A reunião, que foi tumultuada, acabou
havia no ano anterior naufragado na distinguir o verdadeiro brasileiro, provocando parcialidades em que dois grupos
Em 04 de maio de 1816, através de uma ordem régia, costa do litoral sanjoanense. O povo quer seja nascido neste ou naquele
assumiu o posto de Cirurgião da Vila, o licenciado além de expulsar Salzedas, ainda o hemisfério, uma vez que tenha
não se entendiam sobre a real intenção
Victorino José Cardoso, aqui chegado da Bahia em fez sob assuadas e tiros de foguete. abraçado a sagrada causa, pois que do documento. Da Câmara, o movimento
companhia do filho Eleutério e do farmacêutico Felício, Os vereadores, contudo foram todos são membros desta sociedade. tomou as ruas e a denúncia de uma revolta
que depois de atuar aqui por longos anos retirou-se multados pelo Corregedor, cada E todos aqueles que insultam de escravos na importante fazenda “Barra
para S. Salvador de Campos. um em 2$000, por não ser o frade por palavras ou de qualquer Seca” fez a cidade em polvorosa. Foram meses
cirurgião. outra maneira em razão de sua
naturalidade, serão imediatamente
de intensos debates e discussões. O regente
O ano de 1818, em que foi coroado rei D. João D. Pedro enviou, por fim, aos Campos o
VI, foi inteiro de comemorações, sendo a Câmara Em 09 de janeiro de 1824, o Juiz de processados com todos os rigores da
fora José Libanio da Silva, por causa lei, o que espero, não seja preciso, Brigadeiro José Manuel de Moraes que pôs fim
Municipal responsável por gerais festejos. Em dos vários distúrbios provocados por em prática, pois confio na aos tumultos levando presos os revoltosos.
junho foi levantada na praça da matriz, junto entre portugueses e brasileiros obediência e fidelidades deste povo.
à cadeia, grande iluminação; foram realizadas na vila, partiu de São Salvador e E para que chegue a noticia a todos, Em agosto de 1821, naufragou na costa do rio Açu, o
cavalhadas e armou-se no rio uma “Barca de convocou o povo na Câmara, onde mandei passar e escrever este bando brigue inglês “Espling”. Depois de uma série de discussões
Fogos” em frente à vila, as expensas do Capitão fez publicar o seguinte bando: que será apregoado pelas ruas. Dado entre o Juiz ordinário de São Salvador Carneiro Leão, e de
“José Libanio de Souza, juiz de Fora nesta vila de São João da Barra, São João da Barra, João Martins da Silva Coutinho, sobre
Tenente Joaquim Martins Luz, do Tenente da nas vilas de São Salvador e São aos 09 de janeiro de 1824. Eu, a quem pertencia a jurisdição. Determinou-se que seria
Ribeira Joaquim Souza Freitas e do Patrão Mor João da Barra e Ouvidor interno Manoel Gomes Moreira, escrivão da a de São João da Barra. O carregamento salvo foi então
Joaquim Thomaz de Farias. Estas festas que da Comarca, etc. Faço saber aos Câmara, o escrevi. Jose Libanio de conduzido para esta vila e vendido em hasta pública.
foram em seguida ao casamento de D. Pedro habitantes dessa vila de São João Souza”
com a princesa Austríaca D. Leopoldina duraram que tendo no dia 04 aparecido Em 21 de junho de 1822, o Ouvidor Interino José Libanio
nesta mesma vila a suposta idéia A casa do brasileiro invadida de Souza reuniu o povo na Casa de Câmara, um convite
até 1919 no nascimento da princesa D. Maria da de que os brasileiros se queriam foi de Manoel Antonio Dias, onde se dos “Homens Bons” da Câmara do Rio de Janeiro, datado
Glória, depois Rainha de Portugal. levantar contra os portugueses, supunha haver grande quantidade de 22 de maio daquele ano, para adesão ao pedido para
idéia esta que trás os horrores da de armas, o que se constatou depois o Príncipe D. Pedro ficar no Brasil. Depois dos discursos,
Em 06 de janeiro de 1822, depois de muitas discussões, anarquia e que tanto perturba a ser apenas boato, o que ocasionou o foi assinado um termo atendendo ao pedido e em seguida
foi demitido do cargo de Cirurgião da Câmara, o boa ordem e tranqüilidade publica, supracitado bando. celebrado um “Te Deum” por tão auspiciosa notícia.

88 89
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Em 15 de setembro de 1823, foi determinado pelo e da Imperatriz Leopoldina. chegou à Câmara a reclamação do São João da Barra; nunca se chegou a termo.
Comandante Militar dos Campos dos Goytacazes, José Segundo Fernando José Martins, Ministro Inglês através do seguinte
Eloy, a criação de um destacamento de Primeira Linha o alcaide da Vila, que era oficio: “Reservado - Remeto-lhe a Em 17 de junho de 1850, através da lei
na Vila de São João e outro em Gargaú. português, levou os retratos inclusa cópia do “memorandum”,
retirados para sua casa, onde ainda que me foi presente com aviso de
Provincial... a Vila de São João da Barra
Em 14 de Junho de 1825, o Juiz ordinário da Vila de foi visto por longos anos. 12 do corrente, na Secretaria dos passou à Cidade. A chegada da notícia foi
São João da Barra, dando cumprimento aos ofícios Negócios Estrangeiros. A fim de comemorada com muitos festejos. A sociedade
recebidos em 25 de abril e 27 de maio, mandados pelo Para evitar o tráfico negreiro, que informe circunstanciosamente, musical “Invencíveis” sob a regência do poeta
Corregedor José Libanio de Souza, sobre a situação da muito intenso em nossa costa, a acerca dos fatos que nele se faz sanjoanense Belmiro Jose Ferreira Fluminense
vila respondeu o seguinte oficio: “Fogos na vila 448, marinha inglesa passou a vigiar menção, e que teve lugar no porto
fogos no termo 346 sendo pessoas masculinas brancas a navegação por toda região. A de “Manguinhos”, para poder organizou um grande baile na noite
e escravas de todas as idades, 2.246; fêmeas brancas e vigilância se tornou tão intensa, cumprir o que no referido aviso se de 06 de agosto.
escravas de todas as idades, 2.462. Esta vila está sujeita que no ano de 1842 chegaram dispõe. Honório Hermeto Carneiro
à jurisdição de Juiz de Fora da Vila de São Salvador a descer nas praias e invadir as Leão.” Em 24 de maio de 1853, o Presidente da Província
distante desta, 8 léguas, por cuja longitude as funções são casas dos lavradores em busca de João Pereira Darrigue Faro, em função da epidemia
exercidas pelo vereador mais velho a quem se dá o título escravos recém-chegados. Sabedor O juiz respondeu que assim de Febre Amarela em Barra do Itabapoana, colocou à
de Juiz de Fora pela lei. A administração do governo de tais arbitrariedades, o juiz, que procedeu, pois pensou que os disposição da Câmara Municipal a quantia de 600$000
político desta mesma vila, também forma do eclesiástico, era também delegado, mandou aludidos oficiais eram piratas que
com notável incômodo dos seus habitantes. Conforme o prender os invasores, que foram vinham assaltar a sua casa. E ficou
Escrivão Manoel Gomes Moreira”. presos na cadeia da cidade, sendo o dito pelo não dito.
confiscada uma chalupa que estava
Em 1830, foi criada a primeira Escola Pública da Vila a serviço dos mesmos. Dois dias Em 1833, foi criado o
de São João da Barra, sendo nomeado o primeiro depois de efetivada a prisão, que Batalhão da Guarda
professor Francisco Antonio da Silva, que tomou posse foi em abril, entrou na barra de
por provisão do Presidente da Província do Espírito Atafona uma lancha do navio de Nacional; tinha 419 praças do
Santo, Monjardim. guerra “Rose”, a que os presos serviço ativo e 98 da reserva.
pertenciam e saltou um oficial Em abril deste mesmo ano,
Em 02 de janeiro de 1830, foi estabelecida a inglês de nome Campbell, que procedeu ao “Tombamento”
solicitou a soltura dos mesmos. O
Agência dos Correios em São João da Barra, juiz municipal mandou efetivar
da vila, que não tinha
com direção para São Salvador de Campos; a soltura e permitiu que os ocorrido até aquele
o primeiro agente nomeado pela Câmara foi mesmos permanecessem na vila momento.
Manoel Francisco da Cruz. por mais algumas horas a fim de
que pudessem adquirir víveres Em 02 de fevereiro de 1834, o
e objetos que necessitavam. Ao Senado de São Salvador convidou
Em 11 de abril de 1832, foi jurada na Câmara a ir se despedir do juiz, o oficial oficialmente o Senado de São João
Constituição do Brasil, com aprovação e regozijo de acompanhado do preso, que bateu para fazer-se a divisão entre os
todos. Cantou-se um “Te Deum” e iluminou-se a vila por furiosamente na porta que lhe foi dois municípios. Contudo, embora
três dias. Nessa ocasião foi retirado o retrato de D. João fechada na cara ficando o mesmo as comissões tenham combinado
VI e da Rainha Carlota Joaquina, que em rica moldura ferido e lavado em sangue. Saíram distribuir marcos de pedra nos
dourada havia sido colocada na sala das Sessões, em dizendo que seriam vingados e dias limites, contendo numa das faces o
1814, sendo substituídos pelo de D. Pedro I depois, em 14 de maio do dito ano, nome São Salvador e na outra face

90 LITOGRAFIA IMPERIAL DE HEATON E RENSBURG Uniforme do Batalhão de Caçadores


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91
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA da Guarda Nacional, s/d. - Acervo: Arquivo Nacional
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
para as despesas com a pobreza, declarando que Em 1864, por uma
forneceria outros meios; caso a epidemia se alastrasse. determinação do presidente
da Província, em atenção às
Em 16 de maio de 1861, sob a presidência do Dr. solicitações do imperador,
João da Silva Cordeiro, a Câmara de São João da
Barra enviou uma carta à Câmara de Campos sobre foram proibidos os
questões de limites. Assinada por outros vereadores, enterramentos nas igrejas,
tinha o seguinte teor: “... Tomando em consideração sendo para isso construído
devida, o quanto é prejudicial à causa publica, que no lugar denominado
dois municípios limítrofes se conservem “pro-indiviso”, “Coqueiro”, o Cemitério
como acontece com este e o dessa cidade, e desejando
por todos os meios ao seu alcance, que desapareça Público Municipal. Todo
de uma vez para sempre esse estado de incerteza, tão murado, com largas
pernicioso a seus concidadãos, aprovou em sessão de proporções e sólida capela no
hoje, o parecer das comissões compostas por parte desta centro. Ao lado do Cemitério
Câmara, do Cônego Manoel de Brito Coutinho, do da Irmandade do Santíssimo
Engenheiro Ernesto Cezar Augusto, Eduardo Manhães e
Manoel Francisco Simões, que estabeleceram os pontos Sacramento.
divisórios entre este e esse município, tanto da parte
do sul, como da do norte do rio Paraíba, cujo parecer Em 02 de abril de 1870, foi
já foi aprovado por essas Câmaras, o que comunica a inaugurada a linha Telegráfica
v.v.s.s., para que inteirada dessa resolução, solicitem, de entre Campos e São João da Barra,
sua parte do poder competente a necessária aprovação com extensão de 37 quilômetros.
e ela possa fazer igual pedido, e haver assim por
determinados, os dois municípios. A mesma Câmara, Pela Lei Provincial, número 534
ciente do que há ocorrido, a respeito dessa divisão, pelo de 17 de junho de 1850, foi criada
que conta do seu arquivo e da correspondência que a Comarca de São João da Barra,
houve entre ela e essa Câmara, no quatriênio passado, desvinculada da de São Salvador,
tiveram de reconsiderar sobre os pontos traçados pelas sendo instalada em 1872, tendo
ditas comissões e então, entendendo dever acelerar o primeiro Juiz de Direito Dr.
a conclusão desse trabalho, de preferência a algum Francisco Ferreira Correia.
pequeno prejuízo, que possa ter em seu território, não
hesitou em aprovar o parecer da mesma comissão. Em 22 de março de 1873, foi
Dignem-se, por v.v.s.s., responder-lhe com brevidade. realizado o contrato para o
Cidade de São João da Barra, 16 de maio de 1861- “descortinamento” da estrada
João da Silva Cordeiro- João Thomaz Barreto de Souza do Gargaú; partindo da casa de 93
PLANTA DO CEMITÉRIO
Faria, Joaquim José Ribeiro de Seixas- Dr. Manoel da Domingos Antonio Ferreira à Planta pra contrução do
Costa Camorim – Jerônimo Pinto Rodrigues de Brito – encruzilhada do Bom Jardim. O cemitério municipal.
Francisco José Soares da Costa- Jose da Silva Santos” mesmo contrato rezava aterrar o Original nanquim sobre seda
atoleiro que da mesma estrada segue Rio de Janeiro, c. 1850.
Em 21 de março de 1862, foi discutido e votado o para o centro em frente às terras de Coleção: Villa Lobato
nivelamento das calçadas e alinhamento das casas. Herculano Ferreira de Barcelos.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Na mesma data ficou determinado o aterro e impostos, cobrados por particulares
nivelamento da estrada do centro; roçamento e que se dispusessem a oferecer o
arborização da Praça da Matriz. Aterro da valor mínimo de: Talho do gado nos
praça de S. Joaquim, em Itabapoana. 2º, 3º, 4º e 5º distritos, orçado em
600$000; o dízimo do peixe, orçado
A construção da Passagem do “Gonçalo” orçada em 700$000; a iluminação pública,
em 3:000$000. orçada em 2:100$000 e a limpeza
urbana, orçada em 500$00.
Em 12 de maio de 1879, foi inaugurada a
linha telegráfica de São Francisco de Paula de Em 1894, foi adquirido
Cassimbas até a cidade de São João da Barra. pela Câmara Municipal um
Tinha 50 quilômetros de extensão. elegante edifício, na Rua
das Palmeiras, de frente
Em 13 de Dezembro de 1880, ficou determinada a para o Paraíba, para onde
cobrança das seguintes verbas da receita municipal: foi transferida a Câmara
Direito sobre a exportação de açúcar, madeira, Municipal, sendo também
importação de cal, dízimo do peixe fresco e salgado; o instalado no mesmo prédio, a
aluguel da casa da Rua Direita.
biblioteca, a Sala de Sessões
Contrato dos serviços de iluminação pública e limpeza da Câmara, a Sala de Júri,
urbana: “Arrematação do aterro da Rua do Dr. Cordeiro Sala de Audiência do Juiz e
até a Rua Humaytá, no valor de 8:000$000; Aterro do Delegado.
da Praça da Matriz no valor de 8:000$000; abertura
da estrada da Barra- Atafona no valor de 200$000; Em 1894, foi construíndo, a uma
Estrada da margem da lagoa de Gussahy no valor distância de 1 km da cidade, o
de 1:000$000; construção de um novo matadouro matadouro público municipal.
12:000$000.”
Em 09 de agosto de 1899,
Em 22 de março de 1882, foi votada uma foi criado o lugar de Médico
recomendação sobre as espécies e qualidades das
plantas escolhidas para a arborização da cidade.
da Câmara com o ordenado
de 3:000$000 anuais, sendo
Na mesma data foi votado o “Regimento das Escolas 2:000$000 de salário e
Municipais”. 1:000$000 de gratificação.
Ainda caberia a doação da
Em 10 de abril de 1889, foi inaugurado o Farol da Câmara à Santa Casa de
95
A.N.I.
Barra de Atafona. Era um farol de Terceira Classe e sua Rua das Palmeiras - Vista
luz poderia ser vista a distância de 12 milhas.
Misericórdia do valor de da atual Rua Barão de
1:200$000 para a aquisição Barcelos. São João da Barra,
Em 17 de dezembro de 1892, foram submetidos a de remédios para os c. 1900. Reprodução.
pregão em hasta pública a cobrança dos seguintes indigentes. Coleção: Villa Lobato

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
A CÂMARA E OS BANDOS

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
A
sociedade colonial Em 05 de março de 1714, Pedro Velho não só aos jesuítas, que usassem
brasileira era Barreto, Sargento Mor da Vila de São de roupeta da sua ordem,
eminentemente João da Praia e seus distritos, mandou como aos que pretendessem
analfabeta, poucos proclamar um bando determinando que persuadir, que podiam, por
todos os moradores comparecessem na qualquer maneira, usar de
eram os que liam e Vila, para marchar em comemoração às hábito, ou de clérigos, ou de
escreviam; muitos pazes celebradas entre Portugal e França. outras ordens religiosas, cujo
padres e os funcionários da crime seria de lesa-majestade.
coroa. As câmaras municipais Em 13 de fevereiro de 1744, Antonio Toda pessoa de qualquer estado
eram compostas, na sua quase Teixeira Nunes, Capitão Mor da Capitania ou condição que tratasse com
totalidade, por homens da Paraíba do Sul, nomeado pelo 4º algum correspondente ou
Visconde de Asseca Martin Correa de Sá e confrade da Companhia de Jesus,
rústicos e ignorantes. Alguns, Benevides, mandou apregoar na Vila um e com ele tivesse negócio, seria
mal escreviam os seus nomes bando, ao som de caixas: “Toda pessoa degredado para Angola por oito
e outros marcavam com uma que se achar nessa capitania, com porretes anos, recomendando às justiças
cruz o local da assinatura. curtos, sendo branco, ficará na cadeia sete territoriais que tivessem devassa
dias e pagará 6$000 de multa; sendo preto aberta em todos os meses de
Cabia ao escrivão da Câmara 3$000 e 30 dias de cadeia; sendo escravo janeiro, abril, junho e outubro
ficará no tronco 15 dias e levará duzentos para inquirirem contra
redigir as leis votadas pelos açoites.” as contravenções dessa lei.
vereadores, no livro de atas,
e afixar na porta da Casa da “Todo preto ou mulato que andar Dessa forma comunicavam-se
Câmara. Além disso, era preciso corrente pelas ruas, será preso e as leis ao povo, a quem não cabia
dar ciência aos moradores levará no pelourinho 200 açoites, a desculpa do desconhecimento
da Vila do que passava a ser da ordem dada.
sem apelação, nem agravo.
lei. Da mesma forma as leis Todo escravo, macho ou fêmea,
recebidas do Reino precisavam que se achar pelas ruas, depois que
ser comunicadas aos vassalos o sino da cadeia der as badaladas A.N.I.
96 e 97

do rei. de costume, será levado à cela e Vista aérea da cidade de


São João da Barra, c. 1970
Com a população, na maioria analfabeta,
receberá 100 açoites, Impresso em postal.
fazia-se uso dos bandos que nas esquinas e não constando estar a serviço Acervo: Villa Lobato
praças, ao toque de caixas “destemperadas” dos seus senhores.”
eram proclamados em alta voz para que 97
PROVIDÊNCIAS
todos ouvissem. A pé, sobre cavalos ou em Em 05 de abril de 1768, o Governador do PARA A FORCA
carroças, membros da Câmara, tendo à Rio de Janeiro, Conde de Bobadela, enviou O juiz municipal Luiz Ferreira da
frente o porteiro, postavam-se nas praças e à Câmara da Vila de São João da Barra, um Silva Maia solicitando da Câmara
nas principais esquinas da Vila para bando cominando pena aos que sabendo que a construção de uma forca para
proclamar as leis recém-votadas ou as em alguma parte existiam jesuítas, não os a execução de condenados – São
recebidas da corte de Lisboa ou do denunciassem logo, a autoridade dentro de 24 João da Barra, 18 de abril de 1852
Vice-Rei no Brasil. horas, cujas penas seriam cominadas Acervo: Villa Lobato

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
ESTATÍSTICA DOS CRIMES
O s casos criminais mais curiosos desde a criação da
Vila, posto que relacionássemos todos, só faremos
menção dos mais curiosos.

1679 – SUMÁRIO escravo, ele réu disse que 1707 – DEVASSA


Juiz da Câmara – tinha feito muito bem, etc.; JANEIRINHA 101
A.N.I.
Infração de postura: ao que um irmão do dito Juiz ordinário, Capitão Negros acorrentados
Réu, João Fernandes, dos juiz, de nome Francisco Antônio Veiga de Brito – em estúdio, c. 1870.
Goytacazes, por pescar Martins, puxando da Suborno: Réu Leonardo de Coleção: Fundo
na Lagoa de Lucrécia sem espada entrou a cutilá-lo, Sá Barboza; por procurar Dario Marinho
licença. Esteve de tronco ajudando-o o mesmo juiz subornar os votantes para As fotografias de escravos
no pescoço. Fonseca, e o réu somente ser ele o juiz no futuro feitas em estúdio,
se defendia com um pau. ano. Livrou-se. longe de terem como
1692 – DEVASSA Depois da luta, o Vigário função o registro social
Juiz ordinário, Manoel Mathias Teixeira conseguiu 1708 – DEVASSA ou étnico, tinham a
Ferreira da Fonseca. apartar, vendo-se que só Juiz ordinário, Capitão finalidade de divulgar
– Desobediência e estava rasgada a manga da Manoel Borges Senra – a fisionomia do “negro
resistência: Réu, Gonçalo véstia do juiz. Suborno e irregularidade fujão”. Tais fotografias
Gomes Sardinha. Por ter de conduta: Réu Leonardo eram distribuídas em
ido dar num escravo do 1693 – DEVASSA de Sá Barboza; por estabelecimentos comerciais
mesmo juiz processante, JANEIRINHA subornar as eleições para para evitar que fazendeiros,
de nome Simão, em sua Juiz ordinário, Felippe ser juiz, por ser desordeiro, senhores de engenho ou
própria casa, e por haver Vieira de Moura – Abuso e por chamar muito pelo até mesmo comerciantes
insultado o juiz no mesmo de autoridade: Réus os diabo. adquirissem escravos
alpendre da igreja matriz, juízes ordinários do ano alheios.
no dia 28 de dezembro passado; por conversarem 1708 – SUMÁRIO
do ano passado, 1691. e tratarem de dar escápula Juiz ordinário, Capitão
O réu livrou-se porque ao criminoso Maurício Manoel Borges Senra –
provou ter o escravo Ferreira. Livraram-se. Ferimentos: Réu, o mesmo
tentado fazer lenha dos Leonardo de Sá Barboza;
paus da casa da pobre 1706 – DEVASSA por vir à Casa da Câmara e
viúva Vicência Daviso; Juiz ordinário, Alferes ferir o Escrivão Capitão José
e que quanto ao insulto Matheus de Souza – Rodrigues Pereira, e querer
da igreja, que o Juiz Morte: Réu, Maurício matar o Vigário Domingos
fora quem o provocara, Nunes; matou no curral de Mattos, que acudiu, pois
porque ao entrar a missa do enjeitado, a Antonio o dito escrivão estava na
perguntando ao réu pelo Borges. Seguiu para o Rio porta da Câmara rezando no
atrevimento de dar no seu de Janeiro. seu rosário.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
1708 – QUERELA outra cutilada com a vara Réu, o juiz ordinário do de São Salvador; por 1747 – DEVASSA 1753 – DEVASSA
Juiz ordinário, o mesmo – que trazia da festividade, foi ano passado Salvador matar a uma mulatinha Juiz ordinário, o mesmo – Juiz ordinário, Julião
Furto: Réu João da Rocha esta partida pelo meio. Alves de Magalhães e de 5 meses e ferir a mãe Ferimentos: Réu, o Rodrigues Freire –
de Calheiros, por furtar um o vereador mais velho desta, de nome Lauriana, mesmo Barcellos; por Ferimentos: Réu, o sacristão
bem de Alberto Fernandes. 1732 – SUMÁRIO Henrique Fernandes escrava de Jorge de ferir também João Soares, José Francisco; por fazer
Juiz ordinário, João Martins Ferro, aquele por Castro Llara, por lhe irmão do outro. ferimentos no rosto do
1711 QUERELA da Costa – Injúria: Réu, consentir ou não pedir Lauriana uns barbeiro Jerônimo Gomes.
Juiz ordinário, o Sargento Antônio, preto escravo de processar a este que botões de ouro que lhe 1750 – DEVASSA
Mor Félix Alves de Barcellos Domingos Pires; por dar uma apanhou 4$000 e uma tinha dado para mandar Juiz ordinário, o Capitão 1753 – DEVASSA
– Estupro: Réu, Gregório da bofetada com mão aberta no peça de pano de linho de consertar, a filha estava Manoel Henriques do Juiz ordinário, Julião
Silva, por deflorar a Moça Alcaide Francisco da Silva. Domingos Luiz, homem no colo da mãe. Amaral – Assuada na Igreja Rodrigues Freire –
Páschoa, de peitos atacados, marítimo, para ser solto Matriz, ferimentos, morte Ferimentos: Réu, Francisco
ao pé do Brejo dos Tucuns, 1734 – DEVASSA na cadeia, o qual vendo 1747 – DEVASSA e arrombamento: Réu, o d’Abreu, por ferir Páschoa das
irmã de Alberto Pedro. A Juiz ordinário, João Velho fora da prisão (para onde Juiz ordinário, Plácido ajudante Luiz Alves de Flores, parda forra.
ofendida alegou que indo Barreto – Morte: Réu, tinha ido por injúrias que da Silva Moreira – Barcellos, por cutilar o
cortar uns gravatás, vira o Custódio, escravo de dissera a Felícia Corrêa) Ferimentos: Réu, José Vigário Pedro Marques Durão, 1655 – DEVASSA
réu embaixo do bacuparim, Jorge de Castro Llara, o deu a querela contra Moreira, pardo liberto; dentro da igreja, cutilar o Juiz ordinário, o Alferes
abaixo de quatro pés, e lhe Procurador da Câmara o juiz e vereador mais por dar muitas pancadas juiz; matar o alcaide e um José Gonçalves da Silva
parecia o demônio; por isso Fernando Corrêa e Josefa velho por lhe apanhar em André Álvares, e pardo de Geraldo Dias, do – Arrombamento da
fechou os olhos, rezando da Silva; por matarem a este a peita para o soltar outro, que pertenciam Limão; arrombar a taverna cadeia: Réu, o carcereiro
sempre a Magnífica, e Ignácio Dornellas, marido e queimar os autos da a um barco na Bahia, de Domingos Moreira. Foi Francisco da Silva, Manoel
deixou ele fazer a estripulia; da ré Josefa, a qual andava injúria. cuja espera foi feita no degredado por Angola. Correia de Lemos e sua
mas que assim mesmo ela teúda e manteúda com o réu caminho da barra abaixo criada Catharina, parda,
casaria com ele, e seu irmão Corrêa, e mandaram matar 1743 – DEVASSA do sítio de Euzébio 1750 – DEVASSA por arrombarem a cadeia
é que foi a causa de se saber por Custódio, na cabeça da JANEIRINHA Cordeiro. Juiz ordinário, João onde estavam presos, e o
de tudo. ilha grande do Arena. Juiz, o Ouvidor Coelho de Araújo – Morte carcereiro concorrer para
João Alves Simões 1747 – DEVASSA e ferimento: Réus, José da a fuga, em razão de fazer
1716 – SUMÁRIO 1734 – SUMÁRIO – Responsabilidade Juiz ordinário, João Costa, marinheiro que se Catharina artes do demônio.
Juiz ordinário, Capitão Juiz ordinário, Capitão cometida no ano de 1737: Coelho de Araújo – achava preso, e Sargento
Salvador Alves de Manoel Henriques do Réu, o Juiz ordinário Assuada: Réu, Paulo João d’Almeida, que 1655 – SUMÁRIO
Magalhães – Desobediência: Amaral – Resistência Manoel Henriques do Viera; por dar dois chegando a esta Vila de Juiz, o Senado da Câmara
Réu, José Vaz Ribeiro; por e desobediência: Réu, Amaral; por haver a si assobios quando o passagem para o Rio de – Infração de postura: Réu,
haver-se atracado com Antônio Martins da Palma; um escravo dum ausente Senado passou pelo Beco Janeiro, comandando uma Manoel da Silva Barboza;
Escrivão Jorge de Castro por dar um tiro no juiz e mandando-o arrematar do Rei em correição. escolta de 1ª linha, foi à por pescar na Lagoa de
Llara, na praça desta Vila; dois soldados que o iam em praça por interposta cadeia, arrombou a porta Iquipary dentro do tempo
ao que acudindo o juiz e prender. pessoa. 1747 – DEVASSA que dava entrada para a proibido, estando ela aberta.
mais oficiais da câmara, o Juiz ordinário, João Pinto sala da câmara, arrombou O réu veio a juízo e disse
réu deu no dito escrivão 1738 – DEVASSA 1745 – DEVASSA Caldeira – Ferimentos: Réu, também o alçapão da enxovia que estava pronto a pagar os
da câmara uma cutilada e JANEIRINHA Juiz ordinário, Plácido o ajudante Luiz Alves de e fez fugir o dito preso para 6$000 rs. da multa, contando
o feriu, e o talho foi dado Juiz ordinário, o Sargento da Silva Moreira – Morte Barcellos; por fazer graves bordo do mesmo barco que o que fosse também condenado
por cima da cabeça do juiz Mor Pedro Velho Barreto e ferimentos: Réu, Julião ferimentos e outros crimes conduzia para a praça do seu a gente do Capitão-Mor
ordinário, o qual aparando – Responsabilidade: Rangel de Souza, da Vila em Manoel Soares. regimento. Pedro Velho; a do Capitão

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Mor que era então de São Ferimentos: Réus, os praça do Rio de Janeiro, 1771 – DEVASSA Benguela; por matarem Nos últimos tempos, multiplicaram
Salvador, Felix Alves; o estudantes filhos de Cabo Francisco de tal, pardo, Juiz ordinário, Domingos estes a André, cabra seu os processos com o aumento
filho do Juiz Almotacé Frio, Bernardo da Costa e Domingos, escravo de Moreira – Arrombamento parceiro, por ordem do da população, mas pelos que
Plácido da Silva, de nome seu irmão Felix da Costa, Cosme Coelho, e um filho e furto: Réu, Antônio Alves dito, seu senhor na ocasião relacionamos pode o leitor ajuizar
Amaro; Manoel Rodrigues, e um negro escravo de do defunto Adolfo; por Rodrigues Faial, pardo; por de o prender. do modo processar dos primeiros
filho de Julião Rodrigues Manoel da Motta Feraz; por arrombarem a cadeia onde arrombar e furtar a loja de anos, e da natureza dos delitos
Freire, com sua rede; e mandarem os estudantes estavam por ordem do fazendas de Francisco Franco 1776 – DEVASSA mais frequentes; devendo notar-se
rede de Francisco Xavier pelo dito negro dar capitão mor. Peniche, Procurador da Juiz ordinário, Capitão que os almotacés também tinham
Pereira, emendada com a porretadas, de noite, em Câmara do ano passado. O José Gonçalves da Silva – alçadas sobre polícia interna.
de Manoel Nunes. Como Manoel dos Santos, filho de 1765 – DEVASSA réu residia em Quissamã. Bofetada com mão aberta:
também havia pescado Ignez da Silva, porque este Juiz ordinário, Francisco Ré, Maria da Conceição, Quanto aos procuradores e
na mesma lagoa, no dito Santos embodocou os ditos Pereira de Barcellos 1773 – DEVASSA parda; por dar uma bofetada advogados, também os haviam
tempo, o Alcaide Mor estudantes numa noite em – Bofetada com mão Juiz ordinário, Manoel de com mão aberta em Faustina como agora, porém serviam
Antônio da Silva Pessanha; que eles andavam rondando aberta: Réu, José Bicudo, Freitas Silva – Roubo de das Neves, mulher de Manoel aos que não se queriam dar ao
o Seminarista Felippe a casa da dita mãe de Ignez solteiro filho de Francisco igreja: Réu, José Antônio, da Silva Marvilla. trabalho de tratar de seus pleitos,
Gonçalves d’Oliveira, que para mantê-la em mau Bicudo de Brito; por dar natural de São Paulo; por muito diferentes dos dessa nossa
agora morava nos quintais caminho. duas bofetadas de mão tirar furtivamente na noite 1801 – DEVASSA era de liberdade, que com mais
de Pedro Dias Gonçalves (é aberta em Maria Antônia de Sexta Feira da Paixão, 9 Juiz ordinário, Domingos propriedade poderia chamar a dos
na Rua de S. Benedito onde 1762 – DEVASSA do Rozário, parda. de abril, um pano e parte Gomes d’Azevedo.- Vender privilégios, visto que não há quem
está agora a casa de José Juiz Ordinário, Antônio da pedra da ara do altar o que é seu: Réu, Ignácio os não arranje para sua classe. O
Jacintho), com sua rede Martins da Costa – Morte: 1768 – DEVASSA do Santíssimo Sacramento Xavier Barreto; por vender que é chamado a juízo não pode
emendada com a da gente Réu, Antônio Dias; por Juiz ordinário, Manoel de e Senhor dos Passos; umas terras litigiosas. lá boquejar e defender seu direito
do Padre Leandro da Rocha, ter dado um tiro no Freitas Silva – Bofetada com sendo preso encontrou sem que peça primeiro licença ao
que foram os que abriram castelhado Francisco Xavier, mão aberta: Réu, Antônio esse furto pendurado no 1807 – SUMÁRIO POR juiz para o fazer! Se a audiência é
a dita lagoa sem licença; e por alcunha o mouro, na de Freitas, marítimo; por pescoço, envolto em um INFRAÇÃO pública, como diz a lei, para todos
por ser o dito seminarista ocasião de o irem prender dar uma bofetada em José, pano de camaleão verde. DE POSTURA quanto tenham que requerer, como é
um galinho, depois que no Vianna, por ser o dito filho de Agostinho Alves. Foi O réu morreu de bexigas Juiz, o Senado da Câmara agora limitada essa prerrogativa a
veio do Rio de Janeiro, e já mouro criminoso. O ouvidor, absolvido pelo ouvidor por na cadeia da Vila de São – Falta do toque do Búzios: uma classe. É grande vantagem para
foi a presença do almotacé vindo depois em correição, provar que dera a bofetada Salvador. Réu, Eleutério, pardo a sociedade que haja profissionais
por bulir com a negra de absolveu o réu por provar- de mão fechada. escravo de Manoel Botelho em todos os ramos, porém, ser
Salvador Martins. O que se que o castelhado tinha 1775 – DEVASSA de Arruda; por não tocar o constrangido, o que sabe e quer
tudo ouvido e examinado, resistido, a ponto de haver 1770 – DEVASSA Juiz ordinário, o Alferes Búzio quando chegou praticamente tratar-se de seus
mandou-se lavrar termo dado uma cutilada de catana Juiz ordinário, Manoel Domingos Alves de com o peixe na banca. O interesses, de sua saúde e de sua
desta denúncia, o que o no alcaide da diligência Gonçalves da Costa – Barcellos – Morte: Réu, senhor do réu alegou que economia a ir procurar outro que
mesmo réu assinou, e foi Marcos Gomes. O mouro Ferimentos: Réu, Antônio, Simão Nogueira ad paz, outros pescadores já o o faça no mesmo sentido, será
absolvido; mandando logo morreu na cadeia. cabra escravo do Padre dono das fazendas da Barra haviam tocado antes, absurdo ou mais alguma coisa se o
passar mandado executivo Manoel Borges Senra; por Seca e Campelo; Antônio que por isso o povo agente souber menos que o próprio
contra os denunciados. 1762 – DEVASSA ter dado muitas porretadas Bahia, Congo, Casimiro, não tinha falta de aviso: dono, que neste caso, vem a ser
Juiz ordinário, João Alves de de noite, nas restingas do Mina, Domingos e Antônio, foi absolvido. vítima das novas usanças.
1757 – DEVASSA Magalhães – Arrombamento Vianna em Pedro de tal,
Juiz Ordinário, Antônio de cadeia: Réus os presos agregado do Capitão Mor
Martins da Costa – João Soares, soldado da Pedro Velho Barreto.
(1) Consta que o Escrivão Paulo de tal fugiu, em 1802, por ocasião de vir em correição o
Ouvidor interno José Ribeiro Pinto, e levou as chaves do cofre; em conseqüência
104 chamou-se para o substituir o Escrivão de São Salvador, Cláudio Pereira de Macedo. 105
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
PERIÓDICOS SANJOANENSES

106 107
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
A
relação entre a Câmara Municipal e os jornais que existiram na cidade sempre Nº 3 Despertador
foi muito íntima. Na maioria dos casos, os periódicos eram subvencionados - Periódico literário, noticioso e
pela municipalidade em troca da publicação das matérias de interesse público. comercial, de publicação semanal
Contudo o mundo político é sempre servido por dois lados e inúmeras vezes de propriedade do mesmo
os jornais se tornaram oposição política, perdendo sempre, nesses casos as advogado Luiz Gomes Moreira e
subvenções públicas que os mantinha. Em sua maioria sucumbiam dando lugar a Souza, que embora falecido, há
novos periódicos que subvencionados passavam a adular os governantes. Assim muitos anos, seu nome é sempre
é desde muito. Por ocasião das comemorações do Centenário da Imprensa no citado pela população desta
Brasil, em 1908, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, convocou todas as cidade.
Câmaras Municipais a colaborar no envio de exemplares de jornais para uma
grande exposição no Rio de Janeiro. A Câmara de São João da Barra respondeu Nº 4 O Popular
com o seguinte oficio: - Jornal noticioso e comercial, de
propriedade de Miguel Pereira da
Silva Torres, que por muito tempo
CÂMARA MUNICIPAL DE No entanto, com este envio a manteve a sua publicação.
SÃO JOÃO DA BARRA, V. Exa., os exemplares que me
EM 12 DE MAIO DE 1908 foi possível obter que são os Nº 5 O Artista
seguintes: - Periódico noticioso, literário e
Satisfazendo ao solicitado no recreativo, de publicação semanal,
ofício de V. Exa, datado de Nº 1 Parahybano - Jornal que teve como seu redator o Sr.
novembro do ano findo, e com comercial, agrícola, noticioso, Manuel Gama. A existência desse
relação à exposição comemorativa artístico e científico, de jornal foi longa.
do 1º Centenário da Imprensa propriedade e redação do talentoso
no Brasil, tenho a satisfação sanjoanense Francisco Jose Soares Nº 6 Alvorada
de informar que apesar de ter da Costa, cuja publicação foi - Órgão literário e recreativo,
empregado todos os esforços para iniciada em 1863 e desapareceu editado pelo inteligente
apresentar uma completa coleção em 06 de agosto de 1870, sanjoanense Cantidiano Cardoso
dos jornais publicados neste devido ao falecimento de seu Pereira, homem extremamente
município, não me foi possível proprietário. Foi esse o primeiro pobre, porém tão dedicado às
obter exemplares do Hyparano, jornal publicado neste município e letras, que construiu um prelo
Arcádia, Épocha, Papagaio, Bate publicava-se vezes por semana. de madeira para poder dar
Estaca, Regenerador, Typógrapho, publicidade ao jornal. Muito durou
Mocidade, Beija Flor, Beijo, Nº 2 Primeiro de Março esse jornal, que se publicava duas
Juvenil, Badalo, Biela, Periquito e - Órgão político, noticioso e vezes por semana.
Distraído, todos que se editaram literário, de publicação semanal, de
nesta cidade em épocas diferentes propriedade e redação do provecto Nº 7 O Progressista - Jornal
e bem assim, d’O Sertanejo, advogado e nosso conterrâneo, político, literário e noticioso, de
magnífico jornal que por muito Luiz Gomes Moreira e Souza, que propriedade e redação de nosso
tempo foi publicado no 2º Distrito também foi redator do Despertador conterrâneo Capitão João Felisberto
deste Município, sob a redação do e do Bate-Estacas. Iniciou a de Souza. Iniciou a sua publicação
talentoso sanjoanense Cantidiano sua publicação em 1869, que semanal, em 1879 e teve mais de
Cardoso Pereira. permaneceu até 1887. 20 anos de existência.

108 108
JORNAL PRIMEIRO DE MARÇO Capa, Ano II, n° 14, datado de 3 de outubro 109
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA de 1871. São João da Barra - Periódico. Coleção: Villa Lobato
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA 106, 107 e 109
JORNAL O PARAHYBANO Capa, Ano XI, n° 28, datado de 4 de Junho de
1869. São João da Barra - Periódico. Coleção: Villa Lobato
Nº 8 Lábaro - Periódico noticioso, nosso conterrâneo. Começou sendo semanalmente nesta cidade, sob a redação apresentar a V. Exa., os meus protestos de
literário e comercial, que se publicou por publicado semanalmente, em 1895 e do sanjoanense Tenente João Batista dos súbida estima e consideração.
muito tempo, 2 vezes por semana. terminou em 1897. Santos Moreira e Joaquim Felisberto da
Silva. Começou a ser publicado em 23 de Ao Exmo. Sr. Dr. Max Fleuiss
Nº 9 São João da Barra - Órgão Nº 14 O Povo - Órgão semanal, político, outubro de 1905 e desapareceu a 30 de DD. Secretário Perpétuo do Instituto Histórico
político, agrícola, noticioso, literário e literário e noticioso, de propriedade do dezembro de 1907. E assim, Exmo. Sr., e Geográfico Brasileiro
comercial, de propriedade e redação do sanjoanense Alferes Lucas pinto de Miranda. julgando ter satisfeito ao solicitado na circular Arnaldo Tavares
nosso talentoso conterrâneo Capitão José Começou a ser publicado, em 1896 e teve de novembro de 1907, tenho a honra de Presidente da Câmara
Henriques da Silva, atual diretor-gerente, cerca de 3 anos de existência.
do Combatente. Iniciou a publicação,
duas vezes por semana em 1880 e durou Nº 15 O Contemporâneo - Jornal
aproximadamente 20 anos a sua existência. político, noticioso e literário, de publicação
semanal, propriedade e redação de nosso
Nº 10 O Zephyro - Órgão semanal conterrâneo Joaquim Felisberto da Silva, Além desses jornais • A EVOLUÇÃO - Fundado dezembro de 1966;
dedicado à literatura, de propriedade do começou sua publicação em 1897 e terminou descritos, a cidade em 11 de maio de 1924 • A VOZ DE SÃO JOÃO DA
nosso mui digno conterrâneo Joaquim da em 1898. contou ainda com os no Espírito Santo, passou BARRA - Fundado em 27
Silva Lopes, que mais tarde foi redator periódicos seguintes: a circular em São João da de janeiro de 1974 pelos
e proprietário, d’ O Contemporâneo e Nº 16 O Município - Jornal extremado em Barra em 1930, Redator Jornalistas Antonio Nunes
d’A Palavra. Iniciou a sua publicação em política e noticioso de publicação semanal, • A VIOLETA - Surgido em José Ângelo, durou até dos Santos e Adméa
1877, e foi por muito tempo, impresso na propriedade e redação de nosso conterrâneo 07 de novembro de 1908; 1951; Lobato;
tipografia de São João da Barra. Capitão João Felisberto de Souza. Início em • DIÁRIO DA MANHÃ - • O LIBERTADOR - Fundado • FOLHA NOVA - Fundado
1897, e desapareceu em 1902. Sucessor de “A Violeta”; em 21 de maio de 1950, em 15 de maio de 1974,
Nº 11 A Primavera - Periódico literário e • NOVIDADES - Surgido em pelo Dr. Afonso Celso pela Jornalista Adméa
recreativo, de propriedade do sanjoanense Nº 17 Combatente - Órgão político, 1909, do grupo político do Ribeiro de Castro, sendo Lobato, durou até 1988;
Capitão João Felisberto de Souza, que noticioso e literário, de publicação semanal. Capitão Nelson Pereira; Redatores Flávio de • TRIBUNA SANJOANENSE
mais tarde foi proprietário e redator, É seu redator chefe, o Dr. Arnaldo Tavares, • A THESOURA - Iniciou em Almeida e o Professor - Fundado na década de
d ‘OMunicípio e do Progressista. A sua Deputado Estadual e Presidente da 04 de setembro de 1910. Aluízio Faria; 1980, pelo Jornalista
publicação foi iniciada quinzenalmente Municipalidade; e redator-gerente, o nosso Redator João Luiz de • O CARANGUEJO - Paulo Noel Berto Filho;
em 1881, ignorando-se ao certo, quando conterrâneo Capitão José Henriques da Silva. Souza; Fundado em 1964, no Rio • O SOL GOITACÁ - Surgiu
desapareceu. Iniciou a publicação em 19 de dezembro de • A SEMANA - Fundado em de Janeiro pelos membros na década de 1990,
1889, e é o maior jornal que presentemente 07 de setembro de 1914, da “Casa de São João da fundado pelo Jornalista
Nº 12 A República - Órgão político se edita no município. tendo como Redatores, Barra”, que funcionava Carlos A.A. de Sá;
e noticioso, sob a redação de nosso Joaquim Silva de Oliveira na Avenida Marechal • O SÃO JOÃO DA BARRA -
conterrâneo Alferes Lucas Pinto de Nº 18 O Pharol - Órgão literário e e J. Machado; Floriano, 207, na cidade Sucessor do “Sol Goitacá”,
Miranda, que mais tarde foi proprietário devotado a causa pública, de propriedade e • O LUCTADOR - Fundado do Rio de Janeiro; surgiu no início dos anos
e redator d’O Povo e do Pharol, iniciou a redação do nosso conterrâneo Alferes Lucas em 1918 pelo Jornalista • O SANJOANENSE 2000, tendo a direção
sua publicação bi-semanal, em 1887 e teve Pinto de Miranda. Começou a ser publicado José Henriques da Silva; - Sucessor de “O do Jornalista Carlos A.A.
mais de seis anos de existência. semanalmente, em 26 de abril de 1903, e • A TRIBUNA - Criado em Caranguejo”, durou até de Sá;
desapareceu em 1904. 1926 pelo Jornalista 1974, quando deixou de • O COTIDIANO - Surgiu em
Nº 13 A Verdade - Órgão político, Manoel José da Silva circular; 2005, tem como Redator
literário e noticioso, que teve como redator Nº 19 A Palavra - Apreciado periódico Braga, durou ate 1933. • A VOZ DO INTERIOR - o Jornalista Bruno Costa,
proprietário, o Capitão José Lobato Neves, literário e recreativo, que se publicava Redator Dr. Antônio Braga; Circulou entre julho e ainda em circulação.

110 111
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
PRESTAÇÃO DE CONTAS
O jornal “O Luctador”, de 07 de março de 1918, traz em primeira página
uma Mensagem Oficial do Presidente da Câmara, o Coronel João da
Costa Almeida, em que, ao prestar contas da administração daquele
ano, executada pelo Vice-Presidente o Coronel Amando Alves, fez uma
comparação com os anos anteriores. Ao fazer a prestação, o coronel que
assina embaixo do correligionário, mostra como cresceu a arrecadação nos
últimos anos e faz um demonstrativo das presidências anteriores desde 1905...

• Sob a Presidência do Dr. Arnaldo Tavares: • Talho do gado


1905 .............................................. 35:183$000 6:465$000
1906 .............................................. 28:495$200 • Consumo de aguardente
1907 .............................................. 28:491$170 3:360$000
1908 .............................................. 26:792$250 • Selos e Alvarás
1909 .............................................. 24:298$300 4:869$960
• Já na Presidência do Coronel João de Oliveira • Renda dos mercados da cidade e Gargahu
Cintra 9:678$800
1910 .............................................. 27:310$840 Já as despesas em que era empregada a receita,
1911 .............................................. 31:340$954 tinha como principal:
1912 .............................................. 32:344$710 • Pagamento de Pessoal
1913 .............................................. 37:866$300 14:647$660
• Presidência do Major Antônio Francisco de • Subvenção do Advogado
Almeida 1:000$000
1914 .............................................. 34:895$320 • Subvenção do Médico
1915 .............................................. 29:768$476 1:500$000
• Sob a Presidência do Dr. Eduardo José Manhães, • Subvenção das 4 escolas municipais
com interinidade do Coronel Amando Alves 2:400$000
1916 .............................................. 42:023$262 • Iluminação Pública
• Presidência interina do Coronel Amando Alves 5:691$096
1917 .............................................. 50:841$013 • Limpeza de ruas e praça e coleta do lixo
A origem principal dessa receita era: 2:552$766
• Imposto Predial • Limpeza dos mercados e matadouro 113
ANTIPROJETO
6:064$080 1:080$000 DA LEI ORGÂNICA DE
• Taxa de Indústria e Profissões • Despesa com obras públicas SÃO JOÃO DA BARRA
3:693$680 6:984$550 Jornal Folha Nova, página 1,
datado de 13 de março
Além de outras despesas com selos, publicações, pagamentos de “diversos”, chama atenção, ao final, de 1990.
o pagamento de 1:466$050 que se subscrevem num crédito denominado “INADIÁVEIS”. Dessa forma São João da Barra - Periódico.
podemos ter ideia de como foram os últimos tempos da Câmara com seu papel Legislativo e Executivo. Coleção: Villa Lobato

112 113
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
ALMANAQUE LAEMMERT

O
Almanak Laemmert foi editado no Rio de Janeiro, entre
1844 e 1889 pelos irmãos Eduard e Heinrich Laemmert,
fundadores da Livraria Universal e da Tipografia Laemmert,
pioneira no mercado tipográfico brasileiro. Com textos
sobre a corte brasileira, os ministérios e a legislação
imperial, para além de dados censitários e até propagandas,
o Almanaque Laemmert tornou-se fonte fundamental para a
compreensão do cotidiano brasileiro do século XIX. Em 1905, sua
edição n° 62 documentou o coditiano da cidade. Apresentamos
uma versão atualizada e revisada para os dias atuais:

O município de São João da Barra tem uma área de 2.300 km 1630, já existia a atual igreja matriz nesta cidade e presume-se que
quadrados e de acordo com o decreto Nº 1, de 28 de maio de 1892, a freguesia foi criada em 1644 pelo prelado Loureiro, com o nome
confirmado pelo decreto Nº 1-A, de 3 de junho do mesmo ano, limita- de São João Batista da Barra, unida ao município de Campos, de
se ao norte com o Estado do Espírito Santo, pelo Rio Itabapoana que fazia parte e com ele passou a pertencer a então capitania do
(antigo Cabapoana), composto de Poana, as vespas assanhadas Espírito Santo. Em 15 de setembro de 1674, encontra-se uma carta
ou levantadas); ao sul e a oeste com o município de Campos e a patente de doação assinada pelo Príncipe Regente, na cidade de
Freguesia de São Francisco de Paula (Barra Seca) criada por lei Nº Lisboa e como falecesse o agraciado em 23 de novembro do mesmo
906 de 5 de Novembro de 1856 : São Bastião de Itabapoana, criada ano, foi confirmado o título em favor do general do Estreito, João
por lei Nº 189 de 15 de outubro de 1857; São Luiz Gonzaga, crida Correa de Sá, que em maio de 1676 fundou a Villa. Em 18 de junho
lei Nº 2006 de 8 de maio de 1874 e Amparo do Tahy (o mesmo que de 1776, novo decreto deu classificação à Villa e EME Carta Régia
Tagyi, braço ou galho de rio ou canal) criada por lei Nº 1951 de 20 de 31 de março de 1803 estendeu-se a jurisdição do Juiz de Fora do
de novembro de 1883. atual município de Campos a este também; sendo o primeiro que
serviu neste cargo, Sebastião Luiz Tinoco da Silva. O município de
É banhado pelos seguintes rios: Paraíba, Itabapoana, Guaxindiba São João da Barra foi desanexado do de Campos, pela lei de 31 de
(alteração de Guacenduba, corruptela de Guacendiba, composto de agosto de 1832 que ficaram desde então pertencendo a província
Guacem, planta malvácea de fibra muito resistente; Urea Lobata e do Rio de Janeiro. A Vila foi elevada à categoria de cidade e criada
Diba ou Tiba em abundância) ; pequeno curso de água que vindo nova comarca desligada de Campos, pela lei provincial Nº 534 de 17
do centro de São Francisco de Paula, deságua no oceano, não é de junho de 1850 e foi instalada em 1872, sendo o primeiro Juiz de
propriamente um rio, pois sendo formado por pântanos e água das Direito o Dr. Francisco Ferreira Correa. A população do município é
chuvas, ocasiões há que, pela seca, sua barra fica fechada; O riacho de 20.652 habitantes dos quais por alistamento eleitoral de 1904,
de Gargahu é um braço do Parahiba e atravessa a lagoa do mesmo há 1.500 eleitores. O número de prédios no município eleva-se a
nome: ao lado esquerdo do Paraíba, as lagoas do Campelo e do lado 3.818. A cidade de São João da Barra presume-se ter sido criada pelo
direito as do Tahy grande e pequeno, a de Grussaí e de Iquipari. Em prelado Loureiro em 1644; está edificada a margem do

114 ALMANAK - ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL Folha de Rosto, n° 62,


114
115
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA datado em 1905. [ Rio de Janeiro, 1905 - Periódico ] Coleção: Biblioteca Nacional
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Paraíba, 4 Km de sua foz e a 50 Km da cidade de Campos. Batista, São Pedro e Santo Antônio, dos lados com 4 tribunas. No portas para o lado da rua e essas portas são de grade
corpo da Igreja encontram-se dois altares, do lado do evangelho, com de ferro. Nos espaços compreendidos entre os chalets
Apresenta duas perspectivas: vista da estação “São João da Barra”, a imagem de Nossa Senhora Das Dores e do lado da epístola como existem varandas cobertas com telhas de zinco e também
estrada de Ferro “Campista”, hoje pertencente a “Leopoldina Railway a de São Miguel, um rico púlpito e pia batismal. Na capela fundada calçadas a concreto, sendo quatro na frente com 14
Campany Limited”, cuja estrada partindo da povoação de Atafona, do lado do evangelho há o altar do SS. Sacramento com Nosso palmos de largura e uma de cada lado com 35 palmos.
neste município termina na cidade de Campos e vista da margem Senhor dos Passos, tendo aos lados em peanhas N. Senhora do Parto Na margem do Rio Paraíba estão mais duas varandas
do Paraíba onde a Companhia de Navegação São João da Barra e e Santa Anna. Existe a entrada desta capela uma cruz de mármore, de 35 palmos com mesa de madeira de lei com pequeno
Campos possuem vapores que transitam para Campos e vice-versa. comemorando a passagem do século XIX, que ali foi solenizada. Na declive para a venda de peixe e bem assim nas outras
Vista da estação, que, de passagem seja dito, está em completa ruína capela do lado da epístola há os altares de Nossa Senhora do Rozário, varandas existem muitas mesas do mesmo formato,
e é toda de velha madeira já utilizada em caixões, o aspecto da cidade São José e Santa Cecília, tem também um púlpito e uma tribuna destinadas a venda de aves, ovos, legumes etc. Pelo
é feio, vista da margem do Rio Paraíba lindíssima. Sua extensão é encerrando também magníficos trabalhos de alto relevo. Nos fundos lado do Paraíba, dá acesso para o interior do mercado
grande, pois partindo do lugar denominado “Curral” ou “Vila Nova” da igreja encontram-se as sacristias da matriz, da irmandade do SS. uma grande escada de cantaria que termina no chalet
vai até ao denominado “Convento”; o terreno é plano e defronta-se as Sacramento e da de Nossa Senhora do Rozário. da administração. A área central fica a descoberto, é
ilhas do “Arena e Urubu”. As ruas embora não sejam ainda calçadas, toda calçada a concreto e com declive suficiente para o
obedecem correto nivelamento e são todas fartamente iluminadas à O matadouro municipal está situado a cerca de 2 Km distante da pronto escoamento das águas das lavagens e pluviais.
querosene. Não tem ainda serviço de extinção de incêndio, nem carris cidade, construído por iniciativa do Sr. Coronel Manoel Jose Nunes Externamente o mercado é fechado por gradil de ferro.
urbanos. Nem de abastecimento d’água a qual é toda consumida do Teixeira, presidente da câmara em 1894, foi neste mesmo ano O povo sanjoanense deve esse melhoramento ao esforço
Rio Paraíba, sendo digno notar-se que o estado de salubridade pública inaugurado satisfazendo assim uma das mais urgentes necessidades do Senhor Coronel Manoel Oliveira Cintra, um dos mais
é sempre excelente. A população da cidade é de 5.484 habitantes. A para a saúde pública, pois este estabelecimento encerra as mais devotados filhos dessa cidade. Ainda devido aos esforços
cidade tem, além de muitas ruas, um largo, seis praças, uma avenida exigentes regras de higiene. O cemitério municipal que está no do Cel. Cintra foi começado em 1902 e inaugurado em 27
e uma estrada, sendo esta a comunicação para Campos; possui 836 lugar denominado “Coqueiro”, é todo murado, bastante grande e de julho de 1903 o mercado da florescente povoação de
prédios que pagam décimas, entre os quais alguns sobrados, notando- tem sólida e espaçosa capela. Em todo distrito existe também um Gargaú, onde semanalmente se reúne grande número de
se também edifícios de muito gosto artístico e de grande solidez, como cemitério municipal. Junto ao cemitério municipal da cidade, está o lavradores para a venda de artigos da pequena lavoura
Câmara Municipal, o da Companhia de Navegação São João da pertencente à Irmandade do SS. Sacramento, também murado, com e cereais em grande escala. Esse mercado é de sólida e
Barra e Campos, o palacete do Coronel Teixeira, o do Coronel Lima, o capela e lindos túmulos. A primeira pedra do mercado da cidade foi elegante construção, tem 100 palmos de largura por 90
edifício do Mercado, o da Sociedade de Beneficência dos Artistas, o da colocada com toda solenidade a 31 de março de 1902 e também com de comprimento e já estava projetado há mais de 40 anos.
Maçonaria e outros mais. toda solenidade, inaugurado a 11 de julho do mesmo ano. A Câmara Municipal funcionou até 1894 no pavimento
superior do edifício da cadeia e por decência do Coronel
A cadeia representa o mais antigo edifício do município, pois sua O mercado tem de frente 145 palmos sobre 73 de largura, todo Manoel Jose Nunes Teixeira. Então presidente da câmara
primeira pedra foi colocada em 1794, terminada sua construção em rodeado de um passeio de concreto na largura de 1,50 cm. Ao fez aquisição do sólido e confortável edifício da Rua do
1797 com uma despesa de 9 a 10.000 cruzados, não incluindo o centro da frente abre-se largo portão de ferro. Em frente ao portão Mercado, com frente para o Paraíba, o qual depois de
terreno que custava uma pataca e, tão sólida foi sua construção, que está um artístico chafariz com duas torneiras e encimado por cuidadosamente reformado foi adaptado para o uso que
atualmente acha-se como no seu primitivo tempo, tendo sofrido em uma pirâmide, havendo em uma das faces desse chafariz, uma tem. No pavimento superior acha-se a sala das sessões da
1900 reparos na cumeeira e é ainda considerada a mais segura de lápide de mármore eternizando as datas de sua iniciação e de sua câmara, com elegante mobília adequada para esse fim,
todo o estado. Possui andar térreo dividido em duas prisões para os inauguração. O mercado possui 7 chalets elegantes e pintados de tendo a cabeceira da cadeira presidencial um magnífico
dois sexos e andar superior para aquartelamento da polícia. cores diversas, sendo o revestimento das paredes internamente de trato (sic) do Marechal Floriano Peixoto. Procuradoria
azulejos de vários padrões, até a altura de 10, 1-2 palmos, todo municipal; biblioteca municipal com elevado número de
A matriz já existia em 1630, porém tem sofrido reconstruções, sendo com água canalizada e com abundância, com pias e torneiras para volumes, entre os quais alguns valiosíssimos e mais outras
que ainda a 15 de julho de 1882 foi devorada por um voraz incêndio; as lavagens frequentes, mesas com grossas pernas de mármores, dependências, no pavimento térreo está a sala para sessões
hoje é um templo muito grande, sendo de várias opiniões não haver sendo que as destinadas a açougue, tem elegante cepo de madeira do jury, muito espaçosa e com mobília própria para esse
melhor em todo o estado. de lei além de travessas, isoladas para serem penduradas a carne fim; a sala de audiência do juízo municipal a do delegado 117
COMUNICAÇÃO Documento da Câmara comunicando a
Tem a forma de uma cruz latina, seu interior é bonito, os altares são em ganchos de ferro polido. Esses chalets são todos calçados e e subdelegado de polícia; do juiz de paz; a sala da aferição inauguração do Mercado Municipal. São João da Barra,
dourados e de estilo gótico; tem na capela mor um altar de São João com declive para facilitar as lavagens diárias, todos têm duas e mais outras dependências. 12 de março de 1902 - Manuscrito Original. Acervo: Villa Lobato.

116 117
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
INDÚSTRIA a histórica barca “Terceira”, da Companhia
Além da construção naval, tão notável que o Cantareira, na capital federal que incendiou-se 118A
A.N.I.
governo do país em outros tempos dela se utilizou repleta de passageiros, quando atravessava a Navio Marilia, antiga
para a construção de obras importantes e mesmo baía do Rio de Janeiro; há ainda as indústrias embarcação da Navegação
há poucos tempos nos estaleiros desta cidade, agrícolas que são mais importantes. Essas mesmas Raposo no Rio Paraíba.
construiu-se o sólido vapor “Cintra”, da Companhia poderiam estar mais desenvolvidas se as gerações São João da Barra,
de Navegação São João da Barra e Campos, e passadas preparassem pessoal idôneo ao trabalho, c. 1900. Reprodução.
também com madeira extraída deste município, estabelecendo em cada município verdadeiras Coleção: Villa Lobato.
escolas agrícolas. É a farinha de mandioca o pão
de cada dia de todo o município; a sua fabricação ALBERTO RIBEIRO
118A

é rudimentar e simples e, embora não haja uma LAMEGO


fábrica notável para mencionar, pode-se calcular O velho trapiche do tempo
sem medo de errar que semanalmente se fabricam da navegação de São João
700 sacos de muito boa farinha. A importação do da Barra, c. 1940.
polvilho da Índia mostra o descuido e o desprezo Coleção: Genilson Soares.
atual desse ramo importante de atividade que
poderia ser consumida durante o ano tendo-se a LAVOURA de Barros, do Capitão João da Costa Almeida, 119
FRANCISCO DE
matéria- prima armazenada na terra. Não tão geral O solo deste município não tem nenhuma do capitão João Henrique Correa, do Capitão PAULA CARNEIRO
quanto à farinha, a indústria açucareira e a do parte improdutiva e sem utilidade; parte Eduardo Martins da Silva, a Fazenda “São Vapor “São Fidélis”
álcool são mais importantes. A indústria de laticínio com excelentes pastagens naturais; a maior Pedro” e o Engenho “Cubiça”, todos movidos a navegando pelo Rio Paraíba.
poderia ter amplo desenvolvimento, pois este parte coberta de florestas onde se encontram vapor; o de Luiz Ribeiro de Miranda, Francisco Gelatina-prata, colorida à
município prima pela excelente pastagem natural, excelentes madeiras para a construção naval Rodrigues dos Santos, Salvador Pereira Nunes, mão, c. 1910.
no entanto, toda ela cifra-se em alguma manteiga e civil. O solo da orla do mar é menos fértil, Manoel Pinto Neto Barreto, Maria Antônia do Coleção: Ronaldo Linhares.
de bom sabor e queijos que boa aceitação; não só porém tem atingido grande valor para a Espírito Santo, Alexandre da Silva Riscado, O sistema de transporte
nesse município como no Estado do Espírito Santo e extração de lenha, do carvão e ultimamente Jacintho Ribeiro Gomes e Francisco Paes da fluvial em embarcações
no município de Campos. das areias monazíticas. A principal lavoura do Silva todos movidos por animais. movidas a vapor, era
município é a de cana, três vezes secular e está a principal forma de
enraizada nos hábitos do povo; a mandioca, PROJETOS E MELHORAMENTOS escoamento de mercadorias
milho, feijão, algum café e algum arroz. No Pelo sempre pranteado Coronel Manoel e transporte de passageiros
entanto as condições do solo constituirão para Oliveira Cintra, foi em 1903, então antes do advento da
o futuro a prosperidade do município podendo presidente da câmara, iniciada a abertura ferrovia. Com a conclusão
obter óleos vegetais, fibras têxteis, a paina de de uma grande avenida, que, partindo da estrada de ferro ligando
seda, baunilha, o bicho da seda, o cacau, o da cidade, vá em linha reta terminar na São Fidélis a Campos e
algodoeiro, etc, etc., ramos esses de atividade florescente povoação de Grussaí, tendo uma Campos a São João da
que a fertilidade do solo lhe é favorável. A extensão de cerca de 15 Km. Cujas obras Barra os vapores foram
pequena lavoura muito vai se desenvolvendo pararam estando, no entanto, assentado desaparecendo do Paraíba.
e grande é o número de abóboras e melancias que serão concluídas por todo o ano de
exportadas para o Rio de Janeiro e mesmo 1905 – O Rozário Stramandinoli Junior,
a plantação de bananeiras vai de dia a dia projeta também inaugurar uma importante
aumentando. Existem os seguintes engenhos: salina, na Guaxindiba (2º distrito) dentro
“Ganzuela” de herdeiros do capitão Francisco de poucos meses, cuja instalação iniciou-se
Alves Manhães, do Capitão Chrisanto Pereira em 1903.

118 119
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
CÂMARA MUNICIPAL 2º distrito – Carlos Mayerhoffer Antônio Corsino Linhares Conferente da mesa de rendas – vago
Presidente – Dr. Arnaldo Tavares Agostinho Chrisantho de Arahujo Antônio Henrique Peçanha Agentes de Correio
Vice-Presidente – Cap. Felicíssimo Francisco Alves Manoel Antônio da Silva Dutra (4º Distrito) – Francisco Luiz de Oliveira - cidade
Vereadores – Crisantho Pereira de Barros 3º distrito – João Pereira Vianna Domingos Alves Peixoto Luiz Silva de Oliveira - carteiro
Cap. Francisco Pereira Cereja Cap. Urbano José da Conceição João Ribeiro da Silva Pedro Acácio Cambucá - Freg. S.F. de Paula
Antônio da Silva Gomes Francisco de Jesus Simões Gervázio Gomes Ribeiro Antônio Joaquim de Faria - Povoação de Gargaú
Cap. Joaquim dos Santos Gomes 4º distrito – Cap. Satiro Xavier Nunes (5º Distrito) Agentes de correio
Alf. Antônio Fernandes Gomes Guilherme Martins de Castro Escrivão da delegacia e subdelegacia – Eduardo Gomes da S. Simões - B. do Itabapoana
João Ignácio Ribeiro Junior Antonio Carlos Cabral – Álvaro Fernandes de Oliveira Sebastião Joaquim Xavier de Faria - S. L. Gonzaga
Cap. Antônio da Silva Henriques 5º distrito – Manoel Campista Escrivães das subdelegacias José Francisco Vilaça- Usina Barcelos
Joaquim Ribeiro Gomes Sardinha Ten. João Coelho da Silva – Manoel Martinho da Costa Professores Públicos
Oficial da Secretaria – Tem. Manoel José da Silva Braga Luiz Gomes da Silva Neto (2º Distrito) – Cap. José Moreira e Souza
Bibliotecário – Ten. Alfredo Antônio Raposo, R. Passos 54,56 Imediatos do juiz de paz Antônio Teixeira Nunes Junior - E.E. do sexo Masc. (1º Distrito)
Procurador – Cap. José Lobato Neves – João Batista dos Santos Moreira (1º Distrito) (3º Distrito) D. Carolina Paula Fraga Machado
Escrivão da Procuradoria – Felismino José Cancela Antônio Pinto de Oliveira (2º Distrito) Sebastião Joaquim Xavier de Faria - E.E. do sexo Fem. (1º Distrito)
Porteiro – Joaquim Fernandes dos Santos Manoel Pereira Vianna (3º Distrito) (4º Distrito) D. Eurídice de Almeida Schuller
Advogado – Maj. Joaquim Thomas de Aquino Joaquim Pinto da Silva (4º Distrito) Eupházio Ribeiro Gomes - E.E. Mista (1º Distrito)
Exatores Municipais – Sebastião Joaquim de Farias Eupházio Ribeiro Gomes (5º Distrito) Francisco Pereira da Silva Vianna
Manoel Jorge de Souza Tabeliães – Pergentino Augusto Tavares Franco Carcereiro – Domingos José Pinto - E.E. do sexo masc. (3º Distrito)
Administrador do matadouro – Joaquim da Câmara Pavão Ricardo Leão Belfort Sabino (licenciado) Colector – Cap. José Henriques da Silva, R. Rozário 41
Fiscais – Joaquim da Câmara Pavão João Batista de Souza Salermo (interino) Escrivão – Joaquim Felisberto da Silva No 4º Distrito há uma E.E. mista que presentemente está vaga
Antônio Pinto de Oliveira Oficiais de Justiça
Manoel Souza Gonçalves – Jose da Silva Santos Lavra
Administrador do mercado da cidade Galdino Izidoro de Faria
– Antônio do Santos Moreira Couto Delegado de Polícia – Maj. Joaquim Thomaz de Aquino
Administrador do mercado de Gargaú Suplentes – Cap. José Lobato Neves
– Antônio Pinto de Oliveira Ten. Alfredo Leonardo Borelly IMPRENSA • Prático Mor – Joaquim Ennes IRMANDADE DE SÃO BENEDITO
Inspetor do cemitério – Antônio do Santos Moreira Couto Subdelegados Atualmente só se publica semanalmente o Vianna Zacharias • Juiz – Valentim de Souza Cardoso
Suplente do Juiz Seccional – Tem. Alberto Baptista Marques – Ten. Manoel José da Silva Braga (1º Distrito) “Combatente” cujos redatores são o Sr. Dr. • Sota-Patrão – Antônio Ferreira • Secretário – Cap. Álvaro Moncorvo
Juiz Municipal – Dr. Emílio Guedes Castrioto Guimarães Cap. Honorato da Cruz Costa (2º Distrito) Arnaldo Tavares e o Cap. José Henrique da Silva • Tesoureiro – Antonio Joaquim Maia
Suplentes – Maj. Antônio Ferreira da Silva Fernandes Cap. José Pinto da Silveira Brito (4º Distrito) da Silva • Atoleiro – Feliciano Nunes Barbosa da Penha
Cap. Candido José de Andrade Ferreira Manoel Coelho da Silva (5º Distrito) • Pharo – Está situado a 4km da cidade, • Procurador – João Ludovino
Ten. Theodoro Lopes Costa Suplentes CAPITANIA DOS PORTOS na foz do Rio Paraíba; é 3ª classe e sua de Souza
Adjunto do Promotor – Cap. Manoel Simões da Silva – Leonardo Pinto da Gama Rua do Rozário, 63 (cidade) inauguração teve lugar a 10 de Abril de
Partidores e Distribuidores – Manoel dos Santos Moreira Cap. Amédio Pinto da Gama • Delegado – Ten. Cel. Reformado Albino 1889. A sua luz é visível a distância de ORDEM 3ª DE NOSSA SENHORA
(licenciado) Felismino José Cancela (1º Distrito) da Silva Maia 12 milhas, mais ou menos. DA BOA MORTE
Cap. Júlio de Souza Valle Cap. Eduardo Martins da Silva • Amanuense – Nelson Zuanny Delphim • Sindico – Manoel Vicente Alves
(interinamente) Manoel da Conceição Alvarenga Pereira ESTAÇÃO TELEGRÁFICA da Silva
Juízes de Paz Manoel Antônio da Silva Dutra (2º Distrito) • Patrão do Escaler – Miguel Ferreira de A rua Cel. Moreira, 4 (sobrados), está • Secretário – Ten. Alfredo Leonardo
1º distrito – Cap. Antônio Francisco de Almeida Belmiro Ferreira dos Santos Abreu, tem mais 6 remadores estabelecida a estação telegráfica a cargo Borelly
Ten. Miguel dos Santos Lisboa João da Costa Dutra (3º Distrito) • Praticagem da Barra – Pontal Sul, do telegrafista de 2ª classe Hypólito • Procurador – Ten. Cel. Luiz
Ten. João Manoel da Trindade Pedro Ribeiro de Mattos Atafona Cesário Diniz. Alves da Silva

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
IRMANDADE DE SÃO PEDRO • Tesoureiro – Cap. João de Oliveira • Procurador –
Igreja em formoso templo Cintra • Orador – Cap. José Henriques da Silva
• Diretor – Cap. João de Oliveira Cintra • Procurador – Alf. João Baptista de
• Secretário – Ten. Manoel José da Souza Salermo LOJA CAPITULAR FIDELIDADE
Silva Braga E VIRTUDE
• Tesoureiro – Ten. Miguel dos IRMANDADE DE NOSSA SENHORA Instalada a 24 de março de 1839,
Santos Lisboa DO ROZÁRIO adormecendo anos depois, foi reinstalada
• Procurador – Manoel Andrade • Secretário – Maj. Antônio Ferreira da em 11 de outubro de 1895 e hoje
Silva Fernandes funciona no sólido e vistoso edifício, de
IRMANDADE DE NOSSA SENHORA • Tesoureiro – José França da Graça sua propriedade, à Rua Dr. Motta Ferraz
DA PENHA • Procurador – Antônio Joaquim Maia da nº 16 e adaptado com todo esmero para
Na povoação de Atafona Penha o fim que se destina. Tem a seguinte
• Provedor – Cap. Candido José de administração:
Andrade Ferreira DEVOÇÃO DE NOSSA SENHORA • Venerável – Maj. Joaquim Thomaz de
• Secretário – Antônio Joaquim DAS DORES Aquino
Maia da Penha • Diretoria – D. Constança laranjeira de • 1º Vigilante – Antônio Joaquim Maia da
• Tesoureiro – Cap. João de Oliveira Arahújo Penha
Cintra • Secretária – D. Antônia Barbosa • 2º Vigilante – Ten. Miguel dos Santos
• Procurador – Victorino Tavares • Tesoureira – D. Maria Romão do Amaral Lisboa
Na povoação de Gargahú existe uma • Zeladora – D. Maria Oliveira das Neves • Orador – Cap. José Henriques da Silva
elegante capela, a de S. Pedro, na de S. Todas essas irmandades possuem valiosos • Secretário – Cap. Álvaro Moncorvo
F. de Paula, a Matriz do mesmo nome, bens móveis e imóveis. • Tesoureiro – Cap. Cândido Ferreira de
também com irmandade; da Barra de Andrade
Itabapoana, a Igreja de São Sebastião. SOCIEDADE BENEFICENTE DOS
ARTISTAS SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
IRMANDADE DE SÃO JOÃO Inaugurada a 16 de junho 1882 funciona A Santa Casa de Misericórdia foi fundada
BATISTA em lindo prédio de sua propriedade em 29 de setembro de 1869, sendo 90 o
• Diretor – Cap. Candido José de Andrade à Praça de São Benedito. Além dos número de fundadores. Possui 25 casas,
Ferreira constantes benefícios que distribuem, inclusive o edifício onde o hospital, sito à
• Secretário – Cap. Antônio Elizardo dos edificou em 1902, um sólido edifício Rua Dr. Cordeiro, esquina com da do Cel.
Santos à Rua do Sacramento e já iniciou a Teixeira; 3 terrenos, 8 apólices da dívida
• Tesoureiro – Cap. João de Oliveira construção de um soberbo e confortável pública do valor de 1:000$000 cada uma; 123
NOTA FISCAL Antiga nota fiscal da Irmandade do Santíssimo
Cintra theatro à Rua 11 de julho. e 15:000:$000 em apólices do Estado do Sacramento e Senhor dos Passos, na Igreja Matriz, pelo
• Procurador – Joaquim Luiz Machado • Presidente – Ten. Cel. Francisco Pinto Rio. Sua Administração é a seguinte: pagamento de uma sepultura perpétua do Irmão Manoel Lopes
• Zeladora Perpétua – D. Francisca Rosa da Silva • Provedor – Dr. Eduardo José Manhães Anjo por duzentos mil réis [ São João da Barra, 15 de julho de 1896
Ferreira Sant’ Anna • Vice-Pres. – Cap. Candido José de • Secretário – Cap. Candido José de - Impresso em tiprografia ] Acervo: Villa Lobato
Andrade Ferreira Andrade Ferreira 123
NOTA FISCAL Antiga nota fiscal da Tiprografia do Progessista,
IRMANDADE DO SS. SACRAMENTO • Secretário – • Mordomo – na rua do Sacramento, 38 [ São João da Barra, 20 de setembro de
• Provedor – Cap. Candido José de • 2º Secretário – Ten. Manoel José da • Tesoureiro – Cap. Álvaro Moncorvo 1883 - Impresso em tiprografia ] Acervo: Villa Lobato
Andrade Ferreira Silva Braga A empresa funerária está sob a 123
NOTA FISCAL Antiga nota fiscal da Padaria Cintra, na Rua dos
• Secretário – Antônio Joaquim Maia da • Tesoureiro – Cap. Manoel Simões administração do Cap. Manoel Simões Passos, 53 [ São João da Barra, 30 de junho de 1910 - Impresso
Penha da Silva da Silva e é estabelecida a Rua do em tiprografia ] Acervo: Villa Lobato

122 123
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Sacramento. A corporação Musical “União dos Operários”, construiu o sólido vapor “Cintra”, dessa companhia e muitas COMPANHIA horas trabalha 250 toneladas • Antônio Tolentino Teixeira • Carlos Mayerhoffer
tem como seu regente o Sr. Chilperico Sena de Oliveira Pinto. outras obras importantes e a oficina de calafate que pertenceu AGRÍCOLA DE CAMPOS métricas de cana. • Pedro da Silva Lino • José de Souza França
Há ainda o clube “Democrata” e o clube “Operários” onde ao Capitão Antônio Gonçalves Vianna. Atualmente está Instituída por decreto • Frederico Tolentino Teixeira • José Vicente e& irmão
constantemente se realizam magníficas festas, sobressaindo distribuindo 35% dividendos a razão de 10% e ocupa cerca Nº 5277 de 1883 para o • Diretor Presidente – Dr. • Francisco Ferreira Cereja
nos préstitos dos dias do carnaval, em que cada um procura de 500 empregados, geralmente residentes nesta cidade. Sua estabelecimento de engenhos Dídimo de Mattos Siqueira BILHAR
os mais esmerados artistas para seus carros alegóricos diretoria é a seguinte: centrais no Brasil, tendo • Diretor Gerente – Maj. José Almeida & Cia FOGUETEIROS
alcançarem completa vitória. • Diretor-Presidente – Cel. Manoel José Nunes Teixeira estabelecido o engenho Manhães Faísca • Camilo José Bento Ferreira
• Diretor-Secretário – Cap. Felicíssimo Francisco Alves central “Barcelos” à margem • Comissão Fiscal – Ten. Cel. CIGARREIROS • José Bento Ferreira
COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO • Diretor-Tesoureiro – Cel. Francisco Pinto da Silva do Paraíba, distante desta Luiz Alves da Silva • Chilperico Sena de Oliveira • Sebastião Ribeiro Alves
SÃO JOÃO DA BARRA E CAMPOS • Comissão Fiscal – Arthur Emiliano Costa cidade 19 Km e de Campos Ten. Cel. João de Barcelos Pinto
Fundada por decreto Nº 7984 de 5 de Fevereiro de 1881, Cap. Júlio de Souza Valle 18 Km, servindo a ambas Ten. Frederico Talles Ribeiro • José Raymundo Correa FUNILARIA
tem sua sede nesta cidade devido a sua honrada diretoria; Cap. Manoel Simões da Silva as cidades pela estrada de • Guarda-livros – Cap. Cândido • Adelino de Oliveira Cruz
tem atualmente o capital de 1346:800$000. O material da • Guarda-livros – Maj. Antônio Ferreira da Silva Fernandes ferro Leopoldina Railway José de Andrade Ferreira EXPORTADORES • João Candido de Azevedo
companhia e composto dos paquetes: ”Campos, São João da • Ajudante do Guarda Livros – Ten. Teodoro Lopes da Costa Companhia Ltda., que neste • Ajudante do guarda-livros – • João Benedito da Silva Maia • Aureliano Sardinha
Barra, Teixeirinha, Pinto, Carangola e Fidelense”; dos vapores • Agentes – lugar tem uma elegante Cap. Manoel Correa • Henriques & Cia
“Cintra, Miracema, Cachoeiro e Pery” e dos rebocadores - João de Souza Valle, no Rio de Janeiro estação denominada “Barcelos” • Francisco Gonçalves da HOTÉIS
“Aquidabã e Concórdia”; do Lugre “Conselheiro”; de 3 - Olympio do Amaral Lima, em Campos – e servindo também a lavoura AÇOUGUES Cunha • Francisco Gonçalves da
saveiros, 3 catraias, 1 lancha e 15 pranchas; 12 barcas, 4 - Lino Garcia de Abreu, em Macahé de ambos os municípios. • Antônio Aqui de Abreu • Ubaldino da Costa Fontoura Assumpção
barcas, 4 pranchas-canoas e bem assim dos seguintes imóveis: - Cruz Irmão & Cia, na Victoria A sua inauguração oficial • Dionizio Alves de Barcelos • Manasis dos Santos Moreira
O edifício da sede da companhia, 2 trapiches em Campos - Hugo Von Frankenberg Ludwigsdorff, na laguna teve lugar em 1878, com a • João Rodrigues da Silva FÁBRICA DE LICORES • Francisco Dias
com guindaste a vapor, 1 prédio em Campos, 1 armazém - Conde Filho & Cia, na Bahia presença da Família Imperial • Joaquim dos Santos Gomes • Walker & Cia, Rua do
em São Fidelis e outro em Macaé, 1 mortona a vapor nesta - Rosa Queiroz & Cia, em Aracajú e sua comitiva e foi a primeira • Francisco Gonçalves da Costa Comércio 17, MARCENARIAS
cidade e 2 terrenos também nesta cidade. O bem montado - Carl. Hoepeck & Cia, em Florianópolis instituída no Brasil para a • na povoação de Gargaú, • Boaventura Baptista da Silva
estaleiro pertenceu ao Coronel Manoel Oliveira Cintra, onde se - João Eugenio & Cia, em Paranaguá fabricação aperfeiçoada do ADVOGADOS João Batista Alves da Silva • Brasileiro Ferreira Ramos
açúcar e álcool. Iniciada com • Dr. Arnaldo Tavares (Fab. Brasiliense) • Felismindo Luiz da Silva
o capital de 600$000$000, • Dr. Eduardo José Manhães • Rua do Rozário 69 e 71 • José Antônio Correa
tem hoje o de 8000$000$000 • Maj. Joaquim Thomaz de (V. notabilidades, pg.
e dispensou a garantia de Aquino 2812) do ano MÉDICO
juros que teve direito. Foram • Dr. Umbelino de Souza • Dr. Francisco Augusto de
seus fundadores: Dr. João Marinha LOJAS DE FAZENDAS Lima Freitas
da Silva Cordeiro. Barão de • Antônio Elias & Cia
Barcelos, Dr. Manoel Rodrigues AGRIMENSOR • Ábido Pedro Parude NEGOCIANTES POR
Peixoto e Major Eduardo • João José Ribeiro Gaia • Abrahão Jorge Rasue ATACADO
José Manhães, atualmente • Joaquim Ribeiro Gomes • Antônio de Oliveira Santos
tem 12 Km de linha férrea e ALFAIATES Sardinha • Bento José Rodrigues
abundante material rodante, • Plácido Tribuzi • Felippe João Cardoso
para a o centro da lavoura • Manoel João Felipe de • Bento José R. Cardoso • Cypriano Augusto de
de cana e servindo também a Carvalho • José Jorge Abíliio Carvalho
usina Tahy, que fica entre este • Pinto & Pimenta • Graça Ferreira & Cia, Rua do
município e o de Campos e é BARBEARIA Rozário 53,55,57
de propriedade do Dr. Olímpio • Alberto Rodrigues Pinto, Rua FERRARIAS • Manoel da Costa Araújo
Joaquim da Silva Pinto. Por 24 dos Passos 77 • Antônio Ferreira dos Santos • Valle Costa & Cia

124 A.N.I. Término da construção do vapor Carangola no Estaleiro de São João


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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA da Barra, às margens do Rio Paraíba, 1918. Coleção: Genilson Soares
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
NEGOCIANTES DE • Francisco Rangel • Francisco Rangel de • João de Oliveira Terra • José Monteiro Alves Barreto • Dr. Domingos Alves • Manoel Gomes de São
SECOS E MOLHADOS • Francisco Ferreira da Silva Alvarenga • Antônio da Silva Gomes • João Ribeiro da Motta PHARMÁCIAS da Motta Ferraz Boaventura
E FAZENDA • Francisco da Silva Pontes • João Sebastião D’Oliveira • Felippe José & Irmão • Luiz Correa de Mello • Ten. Alberto Baptista Marques • Feliciano José Manhães • Raymundo José da Silva
• Amadeu Manhães de Lemos • Jorge Mayerhoff Filho • Sebastião Henriques da Silva • Guilherme Martins de Castro • Manoel Felisberto • Ten. Antônio Ribeiro Crespo • Feliciano José Paes
• Antônio Francisco da Silva • João Antunes da Silva • Antônio Ferreira da Silva • Honorato da Cruz Costa de Azevedo • Joaquim de Paula Teixeira, na • D. Francisca Alves Rangel PADARIAS
• Alfredo Leonardo Borelly Moreira • Manoel Cruz & Cia • Herculano Pereira de Barcelos • Manoel Carneiro Filho Flor. Povoação de Gargaú, Cordeiro • Cruz e Antônio
• Antônio Rodrigues Moreira • João Francisco Barreto • Belmiro Machado • João Baptista Rangel • José Augusto Freitas (2º Distrito) • João Alves de Araújo
• Arthur Felippe Neves • José Júlio Euzébio • Amédio Pinto da Gama • (...) Alberto Andrade Simões, • Luiz Manhães • João Alves Barreto SELLEIROS
• Alfredo Proost • João Costa • José da Silva Maciel, Gargau B. Itabapoana (molhados e hotel) SAPATARIAS • João Ribeiro do Nascimento • Francisco Joaquim da Silva
• Cruz & Cia • João Pinto Neto • Alvarenga & Barreto • Laurentino da Costa • José Maria Pitta • Tibúrcio Alves da Motta • José Gomes dos Santos • José Francisco Nunes
• Cleordão Alves Cordeiro • Luiz Martins dos Santos • Antônio José Machado Junqueira • Gastão Tinoco de • Luiz Alves de Siqueira Rangel • Manoel Pedro dos Santos
• Epaminonda Aquino & Graça, • Manoel Gomes da Silva • Agostinho de Souza Martinho • Luiz Rangel de Azevedo Guimarães Fontão SELLEIROS • Manoel Gomes Crespo e Silva • Wenceslau da Silva Cordeiro
Rua do Mercado 11, sócios Rangel • Ananias da Silva Riscado • Manoel da Cunha Leal • Manoel Baptista da Câmara • Maia & Cia, Rua do Rozário, • Manoel Pedro Alves Ferreira
Epaminondas Aquino e José • Manoel Henriques da Silva • (...) Antonio Nunes Barbosa • Rozário Estramandinolli • Manoel Domingues 17. 1º Distrito • Vicente Ribeiro Barreto
França da Graça, armazém de • Manoel José França • Domingos Alves Peixoto Junior • Ribeiro & Cia, fazendas, • João Evangelista Romualdo,
secos e Molhados, ferragens, • Marcos Mello & Cia • Domingos de Souza Gomes • José Marques Ferreira armarinho, roupas, no 5º Distrito MÉDICO
louça, fumo e tintas. • Herdeiros de Manoel Joaquim • Eduardo José Minguta • João de Paiva chapéus de sol para a • Wenceslau da Silva Cordeiro, • Dr. Domingos Alves da Motta —
• João Manoel Tavares Setúbal • Felix Francisco de Alvarenga • Manoel Fernandes dos Santos cabeça, drogas, ferragens, 5º Distrito Ferraz O principal comércio
• José Gomes do Nascimento • Manoel da Silva Pontes • Gregório Gonçalves Gomes • Ribeiro & Cia molhados e calçados. r. da cidade, além do que
Pirralho • Manoel Pereira da Macedo • Gervázio Gomes Ribeiro • José Pinto da Silveira Brito S. João, 1 e 2; povoação SOLICITADOR NEGOCIANTES ficou mencionado,
• Joaquim Thomaz de Aquino • Manoel Ferreira Porto • José Cordeiro & Cia • Amaro Paes & Cia da Barra de Itabapoana, • Ten. Luiz Alves da Silva • Antônio Carlos Bellarique é o seguinte:
Filho • Nascimento Lírio Gusmão • José Machado Barreto • Antônio Soares de Souza municipio de S. João da • Antônio José Machado 1 tipografia, 27 casas
• João Monteiro Quitete • José dos Santos Silva • Antônio Francisco Souza & Barra, no Estado do Rio. COMERCIO • Antônio José Romão de secos e molhados,
• João Gualter dos Santos • Olímpio da Cunha Rocha • Joaquim de Souza Gomes Pestana • José Ribeiro de Abreu • Francisco José Pereira • Azevedo Nunes & Cia 16 somente de secos,
• Graça Nunes & Cia, Rua do • Pedro Velloso de Souza Neves • João Ferreira Maciel • Baptista & Cia • Benedito Correa de Queiroz • Manoel Pedro Alves Ferreira • Candido José de Oliveira Paes 5 casas
Mercado, 2. • Ricardo José Rodrigues • Manoel da Silva Neto • Francisco Manoel • Capitão Francisco José de • Eduardo Manoel da Silva de venda por atacado
• José Dias de Azevedo • Rodolfo José Barreto • Manoel Ribeiro de Alvarenga • Jorge Miguel da Silva & Cia OLARIAS Souza • Francisco Manhães Faísca e varejo, 3 hotéis,
• Laurentino de Carvalho • Antônio Baptista da Câmara • Manoel Francisco das Chagas • Villaça e Borges • Constantino de Souza • Manoel da Silva Gomes • Francisco da Silva Ribeiro 2 farmácias,
Proença • Antônio Caetano de Souza • Manoel José da Silva • Antonio J. Pereira da Silva Gomes Moço • João da Silva Santos Sobrinho 5 barbearias,
• Miguel dos Santos Lisboa • Antônio Gonçalves Linhares • Nascimento & Irmão • Antonio Gonçalves dos Santos • José da Silva Maciel FERREIROS • Joaquim de Souza Trindade 5 açougues, 8 casas de
• Antônio Aqui de Abreu • Ernesto Vieira de Freitas • Souza & Paes • Antonio Pereira da Silva • Antônio Cardoso Bellarique • José Barreto da Silva fazendas e armarinho,
• Placido Tribuzy • Gastão Fontão & Cia • Vicente Teixeira Venâncio • Antonio Ferreira da Silva PADARIAS • Bernardino de Souza Gomes • José Francisco de Azevedo 5 sapateiros,
• Sergio Gomes da Silva • Joaquim dos Santos Ericeira • João Felisberto de Azevedo • Custódio da Silva Brito • Amédio Pinto da Gama • José Machado da Silva 4 padarias,
• Achiles Rodopeano de • Joaquim Matias Lopes • Henriques José dos Santos • Domingos Medeiros • João de Oliveira Cintra, Rua LAVRADORES • Laurindo Alves Barreto Junior 2 alfaiatarias,
Campos • Manoel Domingues • Arthur da Silva Lisboa de Souza dos Passos, 53 • Cap. Antônio Manhães • Manoel Francisco de Almeida 2 bilhares, 5 tanoarias,
• Américo dos Santos Moreira • Manoel José da Cruz • Luiz Pereira de Barcelos • Domingos Pereira da Motta • Joaquim Lobato de Souza Barreto Rodrigues 2 trapiches,
• Arthur Tavares • Manoel Alves Pereira • Antônio Francisco dos Santos • João Ribeiro Neves • Antônio de Souza Menezes • Manoel Francisco Rangel 3 marcenarias, e outros
• Bernardino Alves Pessanha • Sebastião José Gomes • Joaquim R. de Almeida e • José Antônio dos Santos • Joaquim das Neves Pereira • Barão de Barcelos • Manoel Gomes Nogueira negócios em pequena
• Elias Miguel Pedro • Silva Simões & Cia Silva • João Bento Catita Vianna • D. Carolina Alves de Barcelos • Manoel Luiz da Silva Santos escala.
• Eliziário Francisco da Boa • Arthur Barbosa da Fonseca • José Rodrigues de • João Gonçalves dos Santos • Antônio Francisco da Silva Manhães —
Morte • Antônio Nunes Barbosa Vasconcellos Pinto • Costa Ramos & Cia • Constantino de Almeida OLARIAS
• Francisco de Paula Rodrigues • Domingos Pereira de Macedo • Benedito Francisco Jerônimo • João Martinho dos Santos • Luiz Fernandes Pinto Rangel • Barão de Barcelos

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
BIBLIOGRAFIA
129
EMPRESTIMO DE ORFÃOS
MARTINS, Fernando Jose, 1868- Historia sobre a povoação e fundação da Cidade de São Documento da Mesa de Rendas
João da Barra e dos Campos dos Goytacazes. Da antiga Capitania da Paraíba do Sul – Nacionais da cidade de
segunda Edição 2004. São João da Barra, exercício
REYS, Manoel Martins do Couto. – Manuscrito de Manoel Martins do Couto Reys, 1785. – Rio 1856 à 1857. Pagamento ao
de Janeiro; Arquivo Publico do Estado do Rio de Janeiro, 1997. jovem Dionízio de herança da
PINTO, João Oscar do Amaral, 1976 – Apontamentos para a Historia de São João da Barra, mãe Umbelina Maria Lisboa,
Mini Gráfica – Editora LTDA. Teresopolis – RJ. Trezendo e vinte três mil
FEYDIT, Julio, 1979- Subsídios Para a Historia dos Campos dos Goytacazes – Edição Comemorativa duzentos e cinquenta réis
dos Festejos do Santissimo Salvador 1979 – Ed, Esquilo Ltda – Rio de Janeiro RJ. [ São João da Barra, 6 de
IPANEMA, Marcello de, 1984 – Imprensa Fluminense Ensaios e Trajetos – Instituto de março de 1857 - Original ]
Comunicação Ipanema – Rio de Janeiro RJ. Coleção: Villa Lobato
SÀ, Carlos A.A. de, 1995 – Zérique: Um jornalista Politico na província Fluminense – Cultura
Goytacá – Rio de Janeiro RJ.
SCHWARCZ, Lilia Moritz, 1999 – As Barbas do Imperador : D. Pedro II, um monarca nos
trópicos – Editora Schwartz Ltda – São Paulo SP.
LAMEGO, Alberto Ribeiro, 1974 – O Homem e a Restinga – segunda Edição, Editora Lidador
– Rio de Janeiro RJ. HOMENAGEM
LAMEGO, Alberto Ribeiro, 1974 – O Homem e o Brejo – Segunda Edição, Editora Lidador –
Rtio de Janeiro RJ. PÓSTUMA
LAMEGO, Alberto Frederico de Moraes, 1945 – Efemérides da Terra Goytacá – Livros I e II – —
Imprensa Estadual – Divisão de Obras – Niteroi RJ. O começo de minhas
OLIVEIRA, Cesar et Alii -1995 – Historia dos Municipios e do Poder Local – dos finais da pesquisas históricas, devo
Idade Media à União Europeia – Circulo dos leitores – Lisboa- Portugal. ao Mestre Gilson Nazareth,
BOXER, C. R. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola: 1602-1686 – São Paulo: Editora recém-falecido. A ele minha
Nacional; Ed. da Universidade de São Paulo, 1973, p. 390-391. homenagem e gratidão.

FONTES DE PESQUISA - Exemplares dos Jornais: O Parahybano; O Progressista; Primeiro de


Março; Epocha; O Popular; São João da Barra; A Verdade; O Povo; A republica; Combatente; O
Pharol; O Luctador; A Tribuna; A Evolução; O caranguejo/ O Sanjoanense; A voz de São João da
Barra; A Folha Nova; A Tribuna Sanjoanense.

AGRADECIMENTOS
Deixamos registrados os agradecimentos pela colaboração recebida de: Historiador Fernando Jose
Martins; Historiador João Oscar do Amaral Pinto; Dr. Gilson Cawdewl do Couto Nazareth;
Qualquer informação incorreta ou que Escritor Carlos A.A. de Sá; Jose Satiro Mello; Flavia Maria Ramos Cardoso; Professora Maria
tenha sido omitida, o autor agradece Helena Cardoso; Professora Analice Ribeiro Cardoso; Pesquisador Mario Barreto; Pesquisador
a correção futura e se compromete Genilson Soares; Victor Souza; Wagner Borges; Saullo Oliveira; João Paulo Fernandes; Wilton
a corrigir através de errata. Mallet; Roselina Alves; Dra. Estella Lobato; Evilmar Rangel e Professora Rosane Medeiros.

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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
www. camarasjb.rj.gov.br

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Este
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em papel Couchê
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA
Mate 90g (miolo), usando a fonte
Quicksand no corpo 11pt, no ano de 2018
para a Câmara de São João da Barra.

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