Você está na página 1de 29

Ciclo da inter-regulação / Ciclo interativo da experiência

Interrupções do ciclo do contato


A busca da elegância em psicoterapia, de Joseph Zinker:
Cap. 4 – O ciclo interativo

Processo criativo em Gestalt-terapia, de Joseph Zinker:


Cap. 5 – Metas e aspirações

Prof. Aruza Carelli


O CICLO INTERATIVO

• Zinker trabalha com o conceito de Ciclo gestáltico da experiência, que é formado


sequencialmente por Awareness, Energia/ação, Contato, Resolução/fechamento,
Retraimento, “Nova awareness”...
• O trabalho com casais e famílias é uma extensão do ciclo de experiência
intrapsíquico. Essa extensão é usada para descrever as interações íntimas nos
pequenos sistemas. Os princípios são os mesmos: awareness plena leva a um
contato claro na fronteira entre o eu e o meio ambiente. Entretanto, o ciclo gestáltico
focaliza a atenção nas interações entre duas ou mais pessoas.
FASES DO CICLO

• A observação das interações entre membros de um casal ou de uma família dá ao


terapeuta uma visão clara do sistema.
• Um ciclo completo – cada uma das fases bem articulada – resulta em uma sensação
de bem-estar. Um ciclo incompleto resulta em insatisfação e mal-estar.
• A observação do funcionamento cíclico faz com que fiquem visíveis as resistências
no sistema que interrompem uma resolução tranquila e que, portanto, estão ligadas à
disfunção.
• À medida que o terapeuta identifica e ajuda a resolver as interrupções ou as
resistências do fluxo, instaura-se um processo satisfatório.
Awareness

• A awareness intrapsíquica e interpessoal existe antes da interação. Os indivíduos de


um sistema estão separados, com suas próprias sensações, emoções, pensamentos,
memórias e esperanças. Cada um tem uma awareness diferente.
• O voltar-se do eu para o outro marca o início da fase de awareness no ciclo
interativo. Há um trabalho necessário a ser feito para expressar claramente os
próprios sentimentos. E também há o trabalho de escutar, com o desejo de ouvir
sobre o mundo do outro, ou apenas observar o outro. Ex: “como foi seu dia hoje?”,
“você parece cansado, por que não relaxa hoje à noite?”, “como você se sente em
relação ao que eu estou dizendo?”.
• Este jogo de falar e ouvir, ver e ser visto, tocar e ser tocado, conhecer e ser
conhecido, leva-nos a esclarecer nossas semelhanças e diferenças. Essa consciência
crescente do outro estimula a energia necessária para o surgimento claro de
vontades e desejos: o surgimento de uma figura a partir do fundo.
• Se as habilidades de awareness do casal ou da família são escassas, uma fase de
awareness limitada irá provocar pouca energia para a ação, ou o contato que se
segue será superficial ou estereotipado. Ex: as mesmas coisas são discutidas e as
atividades são realizadas repetidamente.
• Quando existe um forte conflito e o sistema está lidando com tarefas difíceis da
vida, a habilidade de permanecer por tempo suficiente nessa fase de awareness
exploratória influenciará na chegada de uma resolução satisfatória. A tarefa
terapêutica será focalizar a atenção nas competências e nas interrupções/resistências
no intercâmbio de awareness entre as pessoas.
• Resistências à awareness mais comuns:
 Introjeção – há alguém que quer alimentar à força, que espera que a comida, a opinião ou a
informação seja engolida como é dada, e há um engolidor, que engole tudo que lhe é dado, em
vez de cuspir aquilo que não é desejado.
 Projeção – há alguém que oferece pouca informação pessoal e que deflete ou desestimula
perguntas, e outra pessoa que está disposta a adivinhar e a preencher os vazios, e outros que não
interferem.

• Tarefa do terapeuta: fazer intervenções que tenham como objetivo atrair a atenção
do sistema e dirigi-la para o estilo com que o casal ou a família se move no ciclo. A
intervenção precisa focalizar as competências do sistema, assim como os padrões de
resistência e não a ação ou falta de ação de uma pessoa.
• A consciência de seu próprio processo possibilita que o casal ou a família se
interesse pelo modo em que funciona, em vez de tentar culpar alguém pelas
dificuldades.
Energia/ação
• Nessa fase, num sistema de casal ou de família, o interesse ou a preocupação com
alguma coisa emerge do conjunto da awareness, tornando-se uma figura
compartilhada por todos os membros do sistema. Esse processo é interpessoal: os
indivíduos desejam coisas diferentes, estão interessados nelas em graus
diversificados e expressam o que lhes é importante de modos diferentes.
• Um sistema competente pode trabalhar para uma fusão de desejos ao desenvolver
uma figura comum que abranja e ultrapasse as diferenças por meio de uma
combinação de pressão e paciência.
• Habilidades ativas necessárias: sugerir, criar, influenciar, provocar.
• Habilidades receptivas necessárias: abertura para ser influenciado, disponibilidade
para ser provocado, interesse nas sugestões, disponibilidade para incentivar e apoiar
a criatividade dos outros.
• Tarefa do terapeuta: procurar e apoiar o respeito pelo outro, além de incentivar as
habilidades descritas anteriormente.
• As interrupções/resistências nessa fase são caracterizadas por uma queda na energia
ou no interesse quando as diferenças ficam aparentes.
• Resistências à energia/ação mais comuns:
 Confluência – o poder é mal utilizado ou exercido de modo abusivo: exigir, seduzir. Uma pessoa
tem poder demasiado e a energia da outra se torna deprimida e oculta – placidamente confluente.
 Retroflexão – os membros do sistema não buscam um ao outro – não há calor, raiva, curiosidade
ou tentativas de influência mútua, ninguém insiste no contato, as fronteiras são exageradamente
respeitadas / rígidas. Esse sistema pode ficar isolado do mundo externo, pois não busca ajuda
facilmente.
Contato
• A fase de contato do ciclo é frutos dos esforços da fase de energia/ação. A figura
emergente é feita de desejos diferentes e pertence a todos, pois foi formada por um
processo de influência mútua.
• Quando o contato é forte, existe energia suficiente para a realização de acordos,
entendimentos e insights para o futuro.
• Tarefa do terapeuta: estar atento a quaisquer sinais de mutualidade saudável e a
movimentos em direção ao outro. Ex: “vamos fazer isso”, “conte comigo”. Estar
atento também a qualquer traço de resistência que possa ter começado na fase de
energia/ação (confluência e/ou retroflexão) e resultado numa figura ambígua cujos
contornos sejam confusos e indefinidos.
• Resistências ao contato mais comuns:
 Quando a confluência existe na fase de energia/ação, o contato que se segue é incompleto, meio
cru. Ex: “essa pode ser uma boa ideia”, “pode ser”, “vou tentar lembrar”. Sistemas que tendem a
ser confluentes são aqueles que supervalorizam a concordância, a semelhança, e evitam conflitos.
Concordam prontamente com o terapeuta e não seguem nada do que é proposto.
 Quando a retroflexão existe na fase de energia/ação, o contato não é alcançado e acontece um
retraimento prematuro. O sistema pode interromper a terapia e tentar resolver os problemas sem
ajuda externa. Ou um indivíduo ou subsistema retrai a energia para esperar por um outro
momento ou tentar resolver as coisas sozinho.
Resolução / conclusão
• Nessa fase do ciclo, o casal ou a família revê aquilo que aconteceu e procura modos
de expressar a experiência, procurando uma compreensão comum dos acordos,
apreciando a si mesmos e aos outros, e lamentando juntos aquilo que não pode ser.
O sistema resume, reflete e saboreia a experiência, e depois a define. Ex: “que pena
que isso aconteceu”, “você realmente ouviu”.
• A energia vai diminuindo gradualmente, terminando quando todo o interesse, a
curiosidade e os sentimentos estejam dissipados. Então o fechamento se torna
possível. Ex: “vamos ao cinema”, “vou voltar a estudar”.
• Tarefa do terapeuta: observar a presença ou a ausência das atividades necessárias
para a resolução. Quando a situação está incompleta, o terapeuta pode pedir: “digam
um ao outro o que vocês aprenderam com isso / como vocês se sentem”, “vejam
como todos parecem estar agora”.
• Resistências à resolução/conclusão mais comuns:
 Deixar ir cedo demais – o sistema não aprende com cada ciclo resolvido.
 Prender por tempo demasiado – a experiência é dissecada e drenada a ponto de ser seca e seu
sabor desaparecer.

• Esses casais e famílias costumam ultrapassar o tempo ou iniciar um algo novo


abruptamente quando se aproxima a hora da conclusão. O terapeuta pode ter
dificuldade para terminar a sessão.
Retraimento
• O retraimento marca o final do ciclo. Antes do início de um novo ciclo, as pessoas
se separam, voltam-se para si mesmas e se soltam do(s) outro(s).
• A capacidade do sistema para se contatar as fronteiras e depois iniciar o processo de
expandi-las novamente é um processo saudável.
• Tarefa do terapeuta: observar os sinais de deixar ir que marcam a independência e a
autossuficiência – aqueles sinais no corpo ou verbais, na preocupação e na atenção
que começam a separar os indivíduos e os grupos uns dos outros, marcando assim o
fim de uma experiência. Ex: “estou satisfeito”, “o que vamos fazer agora?”.
• Os casais ou famílias resistentes ao deixar ir podem caracterizar-se por agarrar-se
uns aos outros, aos outros membros da família, ou ao terapeuta. O estar junto é
supervalorizado e a privacidade é desvalorizada. As normas são autossuficiência e
não precisar de ajuda.
Resumindo...
• Cada casal ou família tem seu próprio estilo de passar pelas fases do ciclo.
• Um processo saudável tem organização, ordem e uma forma clara, enquanto um
processo não saudável é desorganizado, desordenado e tem uma forma pouco clara.
• A repetição de experiências bem sucedidas em ciclos completos desenvolve um
sendo de bem-estar, um senso de crescimento e realização. A repetição dessas
situações de sucesso ajuda a construir um terreno comum estabilizador com figuras
comuns e facilmente alcançadas.
• O terapeuta deve fazer intervenções que tragam awareness ao casal ou à família
com relação ao modo que interagem: suas competências (o que já fazem bem) e
suas fraquezas (o que precisam aprender, e como são suas interrupções e
resistências). Para isso, deve estimular o interesse e a curiosidade do sistema quanto
a seu próprio processo.
• Habilidades que os sistemas precisam desenvolver: as fronteiras devem ser claras e
flexíveis e propiciar um bom contato; as pessoas permitem que o outro se
diferencie; aprendem a incentivar, apoiar e cuidar do outro; apreciam o seu próprio
esforço e o do outro, e aprendem a respeitar; aprendem a permanecer no presente, a
terminar uma interação antes de começar algo novo e a identificar as interrupções
em seu processo; aprendem a ser mais pacientes; são curiosos sobre os sentimentos
e opiniões do outro e criativos.
METAS E ASPIRAÇÕES:
interrupções no ciclo do contato
Interrupção entre retração e sensação

• Acontece quando a pessoa é incapaz de retomar uma experiência sensorial partindo da


fase de retração. Ex: sono induzido por soníferos, semi-coma, transe hipnótico. Ela
pode estar em um estado dissociado (esquizofrenia), em pessoas seriamente
deprimidas ou histéricas.
• O indivíduo profundamente retraído não parece ouvir outras pessoas nem reagir a elas.
Ele talvez não queira, ou não possa, registrar os indícios sensoriais enviados por seu
corpo e, consequentemente, pode passar a comer demais, a não comer e a apresentar
incontinência.
• Desfazer as interrupções entre essas fases é um processo demorado. O terapeuta deve
achar uma forma de se inserir naquela parte da experiência da pessoa que continua
viva e animada. Desse ponto de contato, ele pode direcionar a awareness do cliente e
ensiná-lo a se ancorar no ambiente. Ex: desenvolver awareness sobre seu corpo, seu
peso sobre a cadeira, sua posição no espaço, quaisquer sons e movimentos.
Interrupção entre sensação e awareness

• Quando a pessoa bloqueia o contato entre sensação e awareness, ela pode registrar
algumas sensações, mas não entende o que querem dizer. Os sinais de seu corpo são
estranhos e, às vezes, até assustadores. Ex: na crise de ansiedade, a hiperventilação e
a taquicardia podem ser experienciados como infarto em vez de aflição; uma dor
causada por gases abdominais pode ser interpretada como ansiedade por diversos
tipos de pensamentos, fantasias e sentimentos. Nesse último exemplo, o cliente é
solicitado a prestar atenção em suas experiências sensoriais: “o que você percebe
em seu corpo neste momento?”
Interrupção entre awareness e mobilização da energia

• Esse tipo de interrupção é comum em muitos intelectuais e indivíduos obsessivo-


compulsivos, que, apesar de ter um entendimento cortical de si mesmos, sentem-se
inquietos, deprimidos e incapazes de se mobilizar para agir.
• Muitas pessoas, embora cientes do que precisam fazer, não são capazes de
desenvolver ímpeto suficiente para isso. Ex: quer parar de fumar, mas não consegue;
quer dizer não, mas não consegue.
• A energia costuma ficar bloqueada por meio da excitação ou das emoções mais
intensas, que incluem sexualidade e raiva, assim como expressões de virtudes, valor
pessoal, assertividade, ternura e amor. Ex: a pessoa pensa que, se se permitir soltar a
raiva, pode destruir o ambiente; se puder se gabar, será ridicularizada e rejeitada; se
demonstrar amor, sufocará a outra pessoa; se se deixar levar pela sexualidade, vai se
comportar de maneira perversa e maníaca.
• Em geral, o bloqueio fisiológico concomitante ao medo da excitação afeta a
respiração. O indivíduo mantém a respiração superficial, reduzindo a oxigenação do
corpo e, assim, privando-se de energia. Neuróticos e esquizoides costumam
apresentar respiração curta e superficial.
• Essa forma de esvaziamento energético impede a pessoa de expressar sentimentos
de forma saudável. Ex: o deprimido retroflete suas manifestações, pois teme
expressar aos que ama sua insatisfação ou raiva.
• O retrofletor se volta contra si mesmo em vez de contra quem o desagrada e, assim,
sofre com sintomas físicos (musculares e esqueléticos), os quais demonstram onde a
energia está imobilizada.
• O terapeuta deve localizar o foco da energia bloqueada e fazer com que as sensações
dessas áreas alcancem a awareness da pessoa. Pedir para o cliente dizer: “se eu
começar a expirar mais completamente, vou sentir mais energia e, com isso, será
possível me livrar da depressão”. É crucial desfazer os bloqueios entre a awareness
e a energia.
• O terapeuta deve também fazer com que o cliente integre as declarações verbais
com a expressão muscular e a atividade.
• Dentro da sessão, a passagem à ação ocorre como um experimento controlado. O
cliente transfere para a ação a energia com que entrou em contato, dirigindo-a para
um sistema que há muito tempo deveria estar utilizando. Ex: o cliente pode falar
mais alto, caminhar pela sala em passos ritmados, socar almofadas. Ele, então,
pratica o uso de uma energia que foi mobilizada pela primeira vez.
Interrupção entre mobilização da energia e ação

• Nessa forma de bloqueio, a pessoa trabalha inutilmente, incapaz de agir com base
em seus impulsos. Ela pode estar mobilizada, mas não consegue usar a energia a
serviço da atividade que lhe proporcionaria aquilo que quer. Resulta em sintomas
somáticos variados: hiperventilação, hipertensão, tensão muscular crônica,
disfunção sexual (a pessoa está em contato com sua energia sexual, mas não é capaz
de alcançar uma ereção completa ou a ejaculação), estados catatônicos da
esquizofrenia (a pessoa sente raiva, mas parece plácida e apresenta uma completa
flacidez muscular).
• Muitas vezes, a pessoa tem a awareness de seu desejo e até mesmo a energia
necessária, mas, com medo do fracasso, do ridículo, da decepção ou da
desaprovação, ela bloqueia a energia.
• O terapeuta deve permitir que o paciente expresse a energia que experiencia em seu
interior, mesmo que da maneira mais limitada e mínima. Como a contenção pode
ser severa, a expressão deve acontecer em um nível e dose confortáveis. Através de
experimentos, essas ações podem ser exploradas na relativa segurança do
consultório. Ex: “Você quer aprender a nadar? Como você experiencia não saber
isso? Onde está a energia que falta a essa habilidade? O que você pode fazer com
essa energia para começar a nadar? O que você pode fazer amanhã de manhã?”
Interrupção entre ação e contato

• Essa é a pessoa que a clínica designa como “histérica”. Tem sentimentos difusos,
fala muito e realiza diversas atividades, porém não consegue assimilar suas
experiências. Não está em contato com seu trabalho e não se abastece com a energia
despendida nem com as consequências de seu comportamento. Sua energia se
espalha pelos limites do corpo. Ex: quando come, não consegue saborear a comida;
quando faz sexo, tem apenas vagas sensações genitais; quando corre, não tem
consciência de seus músculos se contraindo e relaxando.
• Essas disfunções lhe dão uma sensação de irrealidade interna. Em geral, não se
sente em contato com o entorno e, às vezes, experiencia esvaziamento ou
superficialidade em sua vida interior, que podem ser fisicamente traduzidos como
um vazio no peito ou abdome. A pessoa pode abusar de sexo, comida ou drogas e
essa função acentuada da sensação lhe oferece uma noção de contato interior,
embora limitado.
• O terapeuta deve ajudar o cliente a localizar sua energia interior, prestar atenção
nela e impedir que seja prematuramente lançada no ambiente. Ex: pedir que o
cliente caminhe pela sala e se permita experienciar plenamente esse ato, sem se
apressar ou se distrair.
Interrupção entre contato e retração, retração e sensação: perturbações do ritmo

• Há um ritmo entre contato e retração. Estar constantemente mobilizado também é


prejudicial: a doença de não ter paz. Muitas pessoas cultivam uma noção
estereotipada de felicidade ou auto-renovação. Um exemplo de ciclo real é o da
vigília-sono
• Nossa cultura reflete um preconceito a experienciar esse ritmo natural: fala e
silêncio, trabalho e descanso, alegria e tristeza, companhia e solidão.
• A pessoa que interrompe o fluxo entre contato e retração não é capaz de deixar o
processo seguir em frente quando sua experiência alcança o auge ou clímax e nega a
sensação de fadiga, peso ou embotamento. Ex: ela combate a noção de encerrar o
dia e se mantém acordada até as 4h da manhã por sentir medo do ritmo diário de
viver e morrer; ela pode ter um problema de dosagem em relação a si mesma e,
então, trabalhar em excesso.
• O terapeuta deve ajudar o cliente a se tornar aberto à variedade de ritmos que
existem na vida. Aprender a ficar exposto à riqueza do silêncio e à necessidade do
descanso. Ex: quando o cliente se cala, surge o silêncio na sessão e o cliente fica
ansioso com isso, o terapeuta pode incentivá-lo a prestar atenção na qualidade e nas
sensações de estar ali, sem pronunciar palavras, pois as palavras preenchem a lacuna
da ansiedade e esta, por sua vez, levanta questões específicas que não foram
encaradas antes e fornece o combustível para a solução de problemas. E importante
apreciar a confusão e ficar com ela até que surja clareza.

Você também pode gostar