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CNPJ: 31.366.

052/0001-00

ÉTICA PARA O CUIDADOR DE


IDOSOS

Prof. Enf. Pós-Graduado

Especialista em:
Enfermagem em Oncologia – UFPA
Unidade de terapia intensiva (UTI) – FAMAZ
Gerontologia e saúde mental – FIBRA
Saúde mental e Atenção psicossocial - ESTÁCIO

Belém/PA
2020
A ÉTICA PROFISSIONAL E OS CUIDADORES

O que é Ética?

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos


morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que
pertence ao caráter. Ética é diferente de moral, pois moral se
fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos
culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o
modo de viver pelo pensamento humano.
A ÉTICA PROFISSIONAL E OS CUIDADORES

O que é Moral?
A Moral estabelece regras que são assumidas pela
pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-
viver.
A Moral independe das fronteiras geográficas e
garante uma identidade entre pessoas que sequer
se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial
moral comum.
É impossível pensar em ética se não pensarmos em
convivência. A
ética é o que marca a fronteira da nossa convivência, seja
com outras pessoas, seja no mercado ou com os indivíduos.
Ética é aquela perspectiva para olharmos os nossos
princípios e os nossos valores para existirmos juntos.

Ética é aquilo que orienta sua capacidade de julgar, decidir e


avaliar com autonomia, ou seja, isso pressupõe liberdade.
Quando se fala em ética se fala num conjunto de princípios
e valores que você usa para responder três grandes
perguntas da vida humana: Quero? Devo? Posso?
O QUE É ÉTICA PROFISSIONAL?

Ética profissional é o conjunto de normas morais pelas quais um


indivíduo deve orientar seu comportamento profissional. A Ética é
importante em todas as profissões, e para todo ser humano, para
que todos possam viver bem em sociedade.

Quando se inicia esta reflexão?

A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas


vezes, já deve ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma
profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres
profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é
jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres
que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria
que escolheu.
ÉTICA PROFISSIONAL : COMO É ESTA REFLEXÃO ?

É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes


que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas
que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode
exercer.
Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe,
mesmo quando a atividade é exercida solitariamente em uma
sala, ela faz parte de um conjunto maior de atividades que
dependem do bom desempenho desta.
Uma postura proativa, ou seja, não
ficar restrito apenas às tarefas que
foram dadas a você, mas contribuir
para o engrandecimento do trabalho,
ÉTICA PROFISSIONAL: PONTOS PARA SUA
REFLEXÃO

Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às


pessoas, confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade,
envolvimento, afetividade, correção de conduta,
responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em
você.
Um caminho consciente do processo de tomada de decisões éticas, no
entanto, torna o funcionário mais valioso, que será procurado por sua
responsabilidade ética no trabalho.
Apenas ler um livro ou fazer um curso sobre ética não
necessariamente transforma uma pessoa desonesta em honesta.

Comportamento eticamente adequado e


sucesso continuado são indissociáveis!
Capacidade de respeitar-se e de respeitar o idoso

Os comportamentos expressam o significado e o valor do idoso


para o cuidador. Ser capaz de estabelecer uma relação que
envolva escuta e presença física atentas; aceitar o idoso
incondicionalmente, evitando juízos críticos; demonstrar empatia,
afeto e cordialidade; auxiliá-lo a desenvolver seus recursos
pessoais, encorajando-o, motivando-o e apoiando-o e não
agindo por ele; manifestar compreensão e dedicação são
exemplos de comportamentos respeitosos.
MAUS TRATOS – VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO
Maus tratos são atos ou
omissões que causem dano,
prejuízo, aflição, ou ameaça
à saúde e bem-estar da
pessoa. O mau trato pode
ocorrer uma única vez ou se
tornar repetitivo, pode variar
de uma reação brusca,
impensada, até uma ação
planejada e contínua e
causar sofrimento físico ou
psicológico à pessoa
cuidada. Os maus tratos
tanto podem ser praticados
pelo cuidador, por familiares,
amigos, vizinhos, como por
um profissional de saúde.
Como os maus tratos são classificados
Abusos físicos, maus tratos físicos ou violência
física – são ações que se referem ao uso da força
física como beliscões, puxões, queimaduras,
amarrar
Abuso os braços
psicológico, e as
violência pernas,ouobrigar
psicológica a tomar
maus tratos psicológicos correspondem a
calmantes
agressões etc. ou com gestos, visando aterrorizar humilhar a pessoa, como ameaças
verbais
de punição e abandono, impedir a pessoa de sair de casa,
dizer frases como “você é inútil”, “você só dá trabalho” etc.

Abuso sexual, violência sexual – é o ato ou jogo de relações de caráter


hétero ou homossexual, sem a permissão da pessoa. Esses abusos
visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de
convencimento, violência física ou ameaças.
Abandono – é uma forma de violência que se manifesta pela ausência
de responsabilidade em cuidar da pessoa que necessite de proteção,
seja por parte de órgãos do governo ou de familiares, vizinhos amigos e
cuidador.
Como os maus tratos são classificados
Negligência – refere-se à recusa ou omissão de
cuidados às pessoas que se encontram em
situação de dependência ou incapacidade, tanto
por parte dos responsáveis familiares ou do
governo. A negligência freqüentemente está
associadaeconômico/financeiro
Abuso a outros tipos de maus – consiste na apropriação dos
tratos que
geram lesões pensão
rendimentos, e propriedades
e traumas sem autorização
físicos, emocionais e da pessoa.
Normalmente o responsável por esse tipo de abuso é um familiar ou
sociais.
alguém muito próximo em quem a pessoa confia.
Autonegligência – diz respeito às condutas pessoais que ameacem a
saúde ou segurança da própria pessoa. Ela se recusa a adotar
cuidados necessários a si mesma, tais como: não tomar os remédios
prescritos, não se alimentar, não tomar banho e escovar os dentes, não
seguir as orientações dadas pelo cuidador ou equipe de saúde.
O que o cuidador pode fazer diante de situações de maus tratos

Ter consciência de que maus tratos existem e que têm um efeito destrutivo
na qualidade de vida das pessoas.
Refletir diariamente se, mesmo sem querer, realizou algum ato que possa
ser considerado como maus tratos, procurando desculpar-se junto à pessoa
cuidada. Identificar as razões e buscar a ajuda da equipe de saúde.
Caso assista ou tenha conhecimento de alguma forma de maus tratos à
pessoa cuidada, denunciar, esse fato.

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Lei de proteção à pessoa idosa

 O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) tem o objetivo


de garantir os direitos à pessoa idosa, com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

 A pessoa idosa tem todos os direitos e a lei protege e


facilita a preservação de sua saúde física, mental,
moral, intelectual, espiritual e social, objetivando
amparar as necessidades comuns a essa fase da vida.
Quem deve proteger a pessoa idosa?
Todas as pessoas devem proteger a dignidade da pessoa
idosa e nenhuma pessoa idosa pode sofrer qualquer tipo de
negligência, discriminação, violência, crueldade ou
opressão, sendo que qualquer descumprimento aos direitos
da pessoa idosa será punido por lei.

O art. 3º do Estatuto do Idoso afirma que “é obrigação da


família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público,
com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao
lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade,ao
respeito e à convivência familiar”.
§ 2º Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos
maiores de oitenta anos, atendendo se suas necessidades
sempre preferencialmente em relação aos demais idosos.

Redação dada pela , Lei 13.466/17.

A Lei 13.466/17 alterou os artigos 3º,15 e 71 da Lei 10.741,


de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do
Idoso e dá outras providências, a fim de estabelecer a
prioridade especial das pessoas maiores de oitenta anos.
São direitos das pessoas idosas:
O respeito é essencial e extremamente importante dentro de
qualquer relacionamento e, no universo da pessoa idosa, ser
respeitado pode traduzir-se nas seguintes garantias:
I – Direito de envelhecer
II – Liberdade, respeito e dignidade
III – Alimentos
IV – Saúde
V – Educação, cultura, esporte e lazer
VI – Exercício da atividade profissional e
aposentar-se com dignidade
VII – Moradia digna
VIII – Transporte
IX – Política de atendimento por ações
governamentais e não governamentais
X – Atendimento preferencial
XI – Acesso à justiça
Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade,o respeito
e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais,
garantidos na Constituição e nas leis.

§ 1 O direito à liberdade compreende, entre outros,os seguintes aspectos:


I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – prática de esportes e de diversões;
V – participação na vida familiar e comunitária;
VI – participação na vida política,na forma da lei;
VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e
orientação.
§ 2 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral,
abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias e
crenças,dos espaços e dos objetos pessoais.

§ 3 É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer


tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Direito aos Alimentos
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma
da lei civil.
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o
idoso optar entre os prestadores.
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser
celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor
Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de
título executivo extrajudicial nos termos da lei processual
civil.
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem
condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se
ao Poder Público esse provimento, no âmbito da
assistência social.
Direito à Saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por
intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso
universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da
saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam
preferencialmente os idosos.

o § 1 A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas


por meio de:
I – cadastramento da população idosa em base territorial;
II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas
áreas de geriatria e gerontologia social;
IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a
população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por
instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e
eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano
e rural;

V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução


das sequelas decorrentes do agravo da saúde.

§ 2 Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente,


medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como
próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento,
habilitação ou reabilitação.
§ 3 É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde
pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
o § 4 Os idosos portadores de deficiência ou com limitação
incapacitante terão atendimento especializado, nos termos
da lei.
o § 7 Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta
anos terão preferência especial sobre os demais idosos,
exceto em caso de emergência.
Redação dada pela Lei 13.466/17.
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado
o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde
proporcionar as condições adequadas para a sua
permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde
responsável pelo tratamento conceder autorização para o
acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
justificá-la por escrito.

Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades


mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento
de saúde que lhe for reputado mais favorável.

Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos


critérios mínimos para o atendimento às necessidades do
idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos
profissionais, assim como orientação a cuidadores
familiares e grupos de autoajuda.
Direito à educação, cultura, esporte e lazer
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte,
lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que
respeitem sua peculiar condição de idade.
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do
idoso à educação, adequando currículos, metodologias e
material didático aos programas educacionais a ele
destinados.
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de
ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao
processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do
idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir
conhecimentos sobre a matéria.
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer
será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta
por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e
de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários
especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa,
artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento.
Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão às pessoas
idosas, na perspectiva da educação ao longo da vida, cursos e
programas de extensão, presenciais ou a distância, constituídos por
atividades formais e não formais.
Redação dada pela Lei 13.535/17.
Parágrafo único. O poder público apoiará a criação de universidade
aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e
periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que
facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.
Direito à profissionalização, ao trabalho, à previdência e assistência
social
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade
profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais
e psíquicas.

Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou


emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite
máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os
casos em que a natureza do cargo o exigir.

Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em


concurso público será a idade, dando-se preferência ao de
idade mais elevada.
Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
I – profissionalização especializada para os idosos,
aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades
regulares e remuneradas;

II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria,


com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de
estímulo a novos projetos sociais, conforme seus
interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e
de cidadania;
III – estímulo às empresas privadas para admissão de
idosos ao trabalho.
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do
Regime Geral da Previdência Social
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção serão
reajustados na mesma data de reajuste do salário-mínimo, pro rata,
de acordo com suas respectivas datas de início ou do seu último
reajustamento, com base em percentual definido em regulamento,
observados os critérios estabelecidos pela Lei no 8.213, de 24 de
julho de 1991.
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1 de Maio, é a data-base dos
aposentados e pensionistas.
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma
articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei
Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no
Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes.
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não
possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida
por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-
mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.
Direito à Habitação

Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou


subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de
prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria,
observado o seguinte:

I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades


habitacionais residenciais para atendimento aos idosos;
II – implantação de equipamentos urbanos comunitários
voltados ao idoso;
III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas,
para garantia de acessibilidade ao idoso;
Direito ao Transporte
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a
gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e
semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando
prestados paralelamente aos serviços regulares.
o § 1 Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente
qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade.
§ 2 Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão
reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos,
devidamente identificados com a placa de reservado
preferencialmente para idosos.

§ 3 No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60


(sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação
local dispor sobre as condições para exercício da gratuidade nos
meios de transporte previstos no caput deste artigo.
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-
á, nos termos da legislação específica:
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com
renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das
passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com
renda igual ou inferior a 2 (dois) salários mínimos.

Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os


mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos previstos nos
incisos I e II.
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei
local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos
públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a
garantir a melhor comodidade ao idoso.
Art. 42. É assegurada a prioridade do idoso no embarque no sistema
de transporte coletivo.
OBRIGADO !

“Cuidar é mais que um ato, é uma atitude.
Atitude de responsabilização e de envolvimento
afetivo com o outro.” Leonardo Boff
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BORN, TOMIKO. CUIDAR MELHOR E EVITAR A VIOLÊNCIA-MANUAL DO CUIDADOR DA
PESSOA IDOSA – BRASÍLIA: SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS -
SUBSECRETARIA DE PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS, 2008.330P.

CORTELLA, MARIO SERGIO. QUAL É A TUA OBRA? INQUIETAÇÕES PROPOSITIVAS SOBRE


GESTÃO, LIDERANÇA E ÉTICA. RIO DE JANEIRO: EDITORA VOZES, 2007. PUBLIFOLHA

DUARTE, YEDA APARECIDA DE OLIVEIRA MANUAL DOS FORMADORES DE CUIDADORES DE


PESSOAS IDOSAS / YEDA APARECIDA DE OLIVEIRA DUARTE ; [COORDENAÇÃO GERAL
ÁUREA ELEOTÉRIO SOARES BARROSO]. -- SÃO PAULO : SECRETARIA ESTADUAL DE
ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL : FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA, 2009.

FORTES, ÉTICA E SAÚDE: QUESTÕES ÉTICAS, DEODONTOLOGICAS E LEGAIS, AUTONOMIA E


DIREITOS DO
PACIENTE, ESTUDO DE CASOS. SÃO PAULO: EPU, 2002.

GAUDERER. E.C. O S DIREITOS DO PACIENTE: UM MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA. RIO DE


JANEIRO:
RECORD, 2000.

GLOCK, RS, GOLDIM JR. ÉTICA PROFISSIONAL É COMPROMISSO SOCIAL . MUNDO JOVEM
(PUCRS, PORTO ALEGRE) 2003.

SÁ, ANTÔNIO LOPES DE. ÉTICA PROFISSIONAL. 8 ED. SÃO PAULO: ATLAS, 2007.
Os outros de nós mesmos:

“Visão de alteridade é a
capacidade de ver
o outro como outro,
e não como estranho”.

Continuando a falar em ética, antes de mais nada ela é a capacidade


de proteger a dignidade da vida coletiva. A nossa humanidade é
compartilhada, ser humano é ser junto.
Isso significa que é preciso saber que nossa convivência exige uma
noção de igualdade e se afastar de qualquer forma de arrogância.
Pessoas arrogantes acham que já sabem tudo, que são os únicos e
se relacionam com o outro por conta de alguma coisa.
ÉTICA PROFISSIONAL E RELAÇÕES SOCIAIS

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de


proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas
que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não
previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento
do profissional em ser eticamente correto, aquele que,
independente de receber elogios, faz A COISA CERTA.
“Difícil não é fazer o que é certo, é descobrir o que é certo fazer.”
(Robert Henry Srour)
A CONSTRUÇÃO DE UMA RELAÇÃO DE AJUDA

Quando os cuidadores não forem os


familiares, é fundamental que os
conteúdos sobre a construção de uma
relação de ajuda sejam desenvolvidos,
pois isso vai constituir-se na base das
atividades esses profissionais. Relação de
ajuda pode ser entendida como uma
ligação profunda e significativa entre a
pessoa que ajuda e a que é ajudada, a
qual ultrapassa as simples trocas
funcionais, atendo um prisma de
crescimento\e evolução. Cria vínculos
com a execução de atividades de cuidado
que tenham por princípio o respeito e a
liberdade, ou seja, tenham por finalidade
auxiliar a pessoa que é ajudada a
restabelecer e manter sua autonomia.
Denúncia em caso de maus tratos

Quanto mais dependente for a pessoa, maior seu


risco de ser vítima de violência. O cuidador, os
familiares e os profissionais de saúde devem estar
atentos à detecção de sinais e sintomas que possam
denunciar situações de violência. Todo caso suspeito
ou confirmado de violência deve ser notificado,
segundo a rotina estabelecida em cada município, os
encaminhamentos devem ser feitos para os órgãos e
instituições descriminados a seguir, de acordo com a
organização da rede de serviços local:

a) Delegacia especializada da mulher


b) Centros de Referência da mulher
c) Delegacias Policiais
d) Conselho Municipal dos Direitos
da
e) Pessoa
Centro Idosa
de Referência da Assistência Social
(CRAS)
f) Ministério Público
g) IML e outros

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