Você está na página 1de 40

A PESCA

A pesca

• 8.1 O oceano como fonte de recursos


• 8.2 As principais áreas de pesca no Mundo
• 8.3 Os diferentes tipos de pesca
• 8.4 A aquicultura
• 8.5 A importância da pesca em Portugal
8.1 O OCEANO COMO FONTE DE
RECURSOS
O oceano como fonte de recursos

Os oceanos concentram uma riqueza e diversidade biológicas


únicas, constituindo uma herança comum de toda a população
mundial.

O peixe é a base da
alimentação a nível mundial.
A atividade piscatória
A atividade piscatória consiste na extração de peixes, mariscos e
moluscos do meio aquático.

O mar fornece outros recursos,


tais como:
• Extração de sal;
• Apanha de bivalves;
• Exploração de algas.
Espécies ameaçadas
Muitas espécies marinhas estão à beira da extinção devido à intensificação das
técnicas de pesca e ao desrespeito pelos períodos de desenvolvimento das
populações juvenis.

Alabote Peixes Vermelhos

Alabote da Gronelândia Pescadas

Atuns
Raias
Bacalhau do Atlântico
Salmão
Camarões
Solha Americana
Espadarte
Tamboris
Linguado Europeu
Tubarões
Peixe-espada Branco
8.2 AS PRINCIPAIS ÁREAS DE PESCA
NO MUNDO
Plataformas continentais
É nas plataformas continentais que estão os principais bancos
pesqueiros. Elas são limitadas por uma área de grande declive – o
talude continental – seguida da planície abissal.

Vertente submarina
entre a plataforma
Superfície com pouco declive que continental e as
prolonga o continente sob o oceano grandes
atá aos 200 metros de profundidade profundidades Zona mais profunda dos oceanos
Fatores naturais que influenciam a pesca
Profundidade (as águas
menos profundas são mais
favoráveis, pois têm mais luz
solar e, por isso, mais
plâncton)

Águas mais agitadas (são


Grau de salinidade
mais ricas em oxigénio)

Correntes marítimas Riqueza em nutrientes


(as correntes frias orgânicos (os estuários
apresentam maior dos rios são, por isso,
potencial de pescado) ricos em pescado)
Plataforma continental portuguesa
A conjugação dos fatores naturais explica o facto de as plataforma
continentais serem locais de grande potencial piscícola.

Baixa salinidade
(contacto com os
cursos de água)

Águas pouco Riqueza de


profundas nutrientes

plataforma
continental
Estuários dos rios
Os estuários dos rios reúnem estas condições, sendo locais
escolhidos pelas espécies para a renovação de populações e
desenvolvimento dos juvenis.

Estuário
do Tejo

Estuário
do Sado
1. NORDESTE ATLÂNTICO 4. CENTRO-OESTE PACÍFICO
Dinamarca, Islândia, Noruega, Reino 2. CENTRO-ESTE ATLÂNTICO 3. NORDESTE PACÍFICO
Tailândia, Indonésia,
Unido, Rússia, Espanha, França, Países Espanha, Marrocos, Senegal e China, Rússia, Coreia do
Filipinas, Vietname, Japão e
Baixos, Suécia, Irlanda, Alemanha e Gana. Norte e Coreia do Sul.
Malásia.
Portugal. Total de capturas: 3,8 milhões Total de capturas: 33,8
Total de capturas: 10,6
Total de capturas: 12,5 milhões de de toneladas. milhões de toneladas.
milhões de toneladas.
toneladas.

5. ESTE ÍNDICO 6. OESTE ÍNDICO


7. SUDESTE ATLÂNTICO 8. SUDOESTE ATLÂNTICO
Índia, Tailândia, Mianmar, Índia, Paquistão, Irão e Sri
África do Sul e Namíbia. Argentina e Brasil.
Indonésia e Bangladeche. Lanka.
Total de capturas: 4,2 Total de capturas: 2,3 milhões
Total de capturas: 5,2 Total de capturas: 4 milhões
milhões de toneladas. de toneladas.
milhões de toneladas. de toneladas.
10. CENTRO-OESTE ATLÂNTICO
9. SUDESTE PACÍFICO 11. CENTRO-ESTE PACÍFICO
Estados Unidos, México e
Peru, Chile e Equador. México.
Venezuela.
Total de capturas: 13,3 milhões de Total de capturas: 1,2 milhões
Total de capturas: 1,9 milhões de
toneladas. de toneladas.
toneladas.

12. NORDESTE PACÍFICO 13. NOROESTE ATLÂNTICO


Estados Unidos e Canadá. Estados Unidos e Canadá. Estas áreas são quase
Total de capturas: 12,9 Total de capturas: 2,3 milhões exclusivamente regiões banhadas
milhões de toneladas. de toneladas. por correntes marítimas frias.
Correntes marítimas no Mundo
As correntes frias são mais ricas em pescado, por terem muito plâncton e
maior agitação de águas, a qual promove a oxigenação do peixe.
Pescado em correntes frias
As espécies mais comuns neste tipo de águas são o atum, a
sardinha, a anchova, o salmão e o peixe-espada, entre outros.

Atum Sardinha Anchova

Salmão Peixe-espada
8.3 OS DIFERENTES TIPOS DE PESCA
Os diferentes tipos de pesca
Diferentes formas de classificar a pesca:

Dimensão e permanência das embarcações no mar

al e costeira Pesca do alto Pesca de longa distância

Pesca local e costeira

Podemos ainda classificar a atividade piscatória em tradicional


ou industrial, sendo que esta distinção decorre das duas primeiras.
Pesca local e costeira

Utilizam
Pescam
pequenas
Não se
Usam
espécies de
embarcaçõe
afastamtécnicas
daforma
s com um
costa
tradicionais
indiscrimina
ou dois
da
tripulantes
Pesca do alto

Realizada
Utiliza já um
longe
conjunto
da Tem de
É dirigida a
costatécnicas
portripulações
uma espécie
períodos
modernas
especializad
de e
em concreto
cerca
embarcaçõe
de as
oitosdias
maiores
Pesca de longa distância

Navios
Usa
equipadosEnvolve
processos de
com meios tripulações
conservação
Praticada
sofisticados,muito
e
com como
barcosradar
qualificadas
transformaçã
de grande
ou sonar e com
o do pescado
tonelagem
(para a grande
em alto-mar
deteção dosnúmero de
(navios-
bancos de tripulantes
fábrica)
pesca)
Maiores frotas pesqueiras no
Mundo
Os países que detêm maiores frotas de pesca
são a China, os EUA, a Rússia, o Japão, o Reino
Unido e a Espanha.
Técnicas
Arrasto – bastante eficiente, mas gravemente
predatório por capturar indivíduos jovens e pôr em
causa a preservação das espécies. É a técnica mais
praticada na pesca industrial, com carácter intensivo.

Deriva – é praticada na pesca


artesanal por embarcações menores
e mais próxima da costa, mas com Cerco – é utilizado na captura de
menores capturas. cardumes superficiais de peixe.
Pesca industrial
Grandes frotas pesqueiras que Grande volume de As espécies obtidas
preparam e armazenam o capturas. destinam-se ao
pescado. comércio.

Embarcações
de grandes
dimensões.
Necessita de
grandes
infraestruturas
portuárias.

Utiliza modernas técnicas de localização e captura de bancos de peixe, como o sonar (permite
a deteção dos cardumes), satélites, helicópteros e outros meios que ajudam na deteção e
sucção.
Problemas da pesca
As novas técnicas têm levado à delapidação dos recursos
piscatórios e à quebra da sustentabilidade das espécies marinhas.

Golfinho preso nas redes de arrasto Pesca em grandes quantidades, que


leva à rutura das populações
Soluções para os problemas da pesca
• Penalizar práticas de pesca demasiado
intensivas, como a do arrasto;
• Proibir malhagens de pequena
dimensão, que não garantam a
preservação dos indivíduos jovens;
• Estabelecer períodos de defeso para o
crescimento; Inspetores da União Europeia a verificar
• Proibir a captura de espécies em perigo a malhagem das redes de pesca
de extinção;
• Apostar na aquicultura como alternativa
ao fornecimento de peixe para
alimentação humana.

O peixe-gota vive na Austrália, numa


profundidade de 600-1200 metros, e está em vias
de extinção devido à pesca em alto-mar por redes
8.4 A AQUICULTURA
A aquicultura
A Aquicultura consiste na criação em cativeiro, de forma
controlada, de espécies piscícolas (peixes, moluscos e crustáceos).

Realiza-se normalmente em tanques de terra e pode ser feita em regime


extensivo, semi-intensivo ou industrial, obedecendo a alguns princípios básicos,
como a seleção de espécies adequadas às condições naturais e resistentes a
doenças.
A aquicultura
As espécies com maior sucesso na produção em aquicultura são a
dourada e o robalo, mas estão a ser feitos estudos no sentido da
diversificação, surgindo o pregado como outra possibilidade.

Dourada Robalo Pregado


A aquicultura
Vantagens Problemas

• Permite compensar a falta • A produção industrial causa fortes


de pescado nos mercados. impactos sobre os ecossistemas
através dos efluentes que são
• Garante o abastecimento lançados no meio ambiente.
alimentar de espécies
piscícolas a preços mais • Os peixes criados em condições
baixos e de forma regular. artificiais podem contrair
doenças, tendo de ser tratados
com antibióticos e outros
produtos químicos, mas, se tal for
praticado com moderação, este
risco é diminuto.
A aquicultura em Portugal
A aquicultura em Portugal pratica-se
principalmente em água salgada, com
exceção da cultura da truta.
A região com maiores potencialidades
para esta atividade é o Algarve.

Distribuição da aquicultura em Portugal


A aquicultura em Mundo
No Mundo, os maiores produtores são países como a China, os
EUA e o Canadá.
8.5 A IMPORTÂNCIA DA PESCA EM
PORTUGAL
A Zona Económica Exclusiva portuguesa
Portugal possui uma das maiores ZEE (Zona Económica Exclusiva) da
Europa
ZEE – Faixa
marítima,
atualmente com
uma largura média
de 200 milhas,
sobre a qual os
países costeiros
detêm os direitos
de exploração,
conservação
e administração
dos recursos.

ZEE Portuguesa
A corrente upwelling
Uma corrente fria denominada upwelling afeta o nosso país no verão.

Esta corrente consiste na subida à superfície do oceano de águas


frias, vindas de camadas mais profundas, em substituição das águas
superficiais repelidas pelos ventos à superfície.

Estas correntes marítimas são muito ricas em detritos minerais e


em plâncton, o que favorece a abundância de certas espécies, como
a sardinha.
Problemas da pesca em Portugal
Portugal apresenta alguns problemas a nível
natural que colocam a pesca em crise.

PequenaExistência de
uma grande
dimensão da Pouca riqueza
superfície de
plataforma águas de espécies
continentalprofundas

Espécies mais
As espécies mais descarregadas nos portos
pescadas em Portugal
portugueses são a sardinha, a cavala e o atum. no ano de 2010
Problemas da pesca em Portugal

Outros problemas da pesca


portuguesa são a quebra dos
ativos no setor e o difícil
rejuvenescimento do mesmo.
A pesca em Portugal antes de 1986
Predomínio de mão de obra envelhecida, com pouca instrução e
formação.

Infraestruturas precárias de apoio à atividade, como os


portos, as lotas, entre outras.

Predomínio de embarcações pequenas e sem motor,


com pouca tecnologia e pouca tripulação.

Predomínio de uma frota vocacionada para a pesca


local e costeira.

Pesca tradicional praticada em


Portugal
A pesca em Portugal depois de 1986

Melhoria da qualificação e da formação da mão de obra piscatória.

Modernização das infraestruturas de apoio à atividade.

Redução do número de portos de pesca, que foram


transformados, por exemplo, em lotas ou armazéns frigoríficos.

Reforço das embarcações de maior dimensão com motor e


tecnologia, como o sonar/GPS, e maior número de tripulantes.

Desenvolvimento de uma frota dirigida à pesca do alto e


de longa distância.

Modernização da frota pesqueira


Principais destinos das embarcações
portuguesas
Portugal está sujeito à Política Comum de Pescas (PCP) e aos acordos
estabelecidos. Os barcos portugueses são obrigados a deslocar-se para
as regiões abrangidas pelas licenças de pesca.
O futuro da pesca em Portugal
Aprovei Refor Apost
1.º plano

2.º plano

3.º plano
tament a na
ço da
o mais
efetivo produ mode
da ção rnizaç
vasta de ão da
Zona frota
Econó
aquic
ultura e das
mica
Exclusiv , infrae
a, a aprov strutu
qual
eitand ras e
poderá na
ser oo
ainda poten forma
alargad cial do ção e
a, se se qualifi
concreti
País
cação
zarem para
da
os esta
acordos mão
ativid
em de
ade.
curso. obra.

Proposta de
alargamento da
plataforma
continental e ZEE
portuguesas.

Você também pode gostar