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Bibliografia
DAVIES, Jr. R.A. (1994). Barrier island systems - a geologic overview. In Geology of Holocene Barrier Island Systems.
Ed. R.A. Davies, Jr. Springer-Verlag, p. 1-47
SHORT, A.D. (Ed.) (1999). Handbook of beach and shoreface morphodynamics. John Wiley & Sons, 379 p.
Introdução
Vista parcial do sistema de ilhas barreira de Faro
As ilhas barreiras definem corpos alongados, essencialmente
paralelos à costa. São constituídas por ilhas de sedimentos não
consolidados, que protegem zonas continentais, e estão
separadas destas por um conjunto de ambientes de transição.
Nesta definição incluem-se as restingas e as barreiras
arenosas que nunca estiveram separadas do continente,
ficando excluídas as ilhas litificadas e ilhas imóveis.
2004 2012
Enquadramento dos sistemas de ilha-
barreira e de barreira, bem como de outros
ambientes costeiros, de acordo com o tipo de
costa, atendendo à amplitude da maré.
Principal característica do sistema: existência de um único canal de maré principal que estabelece a ligação entre a
laguna e o mar
À direita: panorâmica do sistema lagunar de Aveiro, onde se pode observar o canal de maré principal e os canais de maré
secundários (Canal de Mira, em baixo, e Canal de S. Jacinto, em cima).
À esquerda: pormenor do canal de maré principal, também designado barra de Aveiro
Outras massas de água junto à costa: Lagoas costeiras
Principal característica: não possuir ligação permanente com o mar
(Oertel, 1985)
Esquema simplificado dos subambientes Panorâmica, de “terra para o mar” e em período de maré baixa, de
uma planície de marés - laguna, assim como a barreira arenosa
Os sedimentos presentes nos subambientes lagunares provém de três fontes principais:
i) Origem marinha, através do canal de maré e episódios de galgamento; os sedimentos ficam restringidos às
proximidades do canal de maré, sob a forma de deltas de enchente ativos ou desativados, e da barreira no caso dos
galgamentos oceânicos (processo que ocorre, em geral, durante os períodos de temporal)
iii) atividade química e biológica da laguna, os sedimentos formam-se por precipitação química ou por acumulação de
matéria orgânica.
Lagoa de S. Martinho do Porto. Descarga do rio Salir na sequência de forte precipitação; os sedimentos mais grosseiros depositam-se
na foz do rio e nas margens da laguna, os mais finos são transportados em suspensão e exportados para o mar
Tipos de barreiras e de ilhas-barreira: morfodinâmica
Laguna
Oceano
Ilhas barreira dominadas pelos processos de ondulação; caraterísticas de costas micromareais
2011
Ilhas barreira de energia mista; observe-se o delta de refluxo bem desenvolvido, Carolina do Sul, USA
Ilhas barreira de energia mista
Como as barreiras não são fixas, o sistema tende a migrar
lateralmente, devido às correntes de deriva litoral ou seja, o
canal de maré (inlet) move-se assim como todo o sistema; por
outro lado, se o volume de sedimento disponível for
substancial podem-se formar várias cristas acrecionárias
provocando a migração do sistema praia-duna em direção ao
“mar”
Modelos evolutivos dos sistemas barreira-laguna
Barreiras agradantes ou
estacionárias
(a deposição dos sedimentos ocorre
Barreiras agradantes
Barreiras transgressivas ou
retrogradantes
(confinamento do sistema lagunar devido ao
avanço da barreira para o continente)
Cristas acrecionárias
Evolução de uma das ilhas (Costa Cayo) do sistema da Florida, USA, entre 1975 e 2019, onde são visíveis vários conjuntos de cristas
acrecionárias que se vão intersetando; trata-se de um sistema regressivo em que a ilha foi “crescendo” o que é bem visível até 2012
No final desta unidade é aconselhável a resolução dos exercícios 1 e 2, do conjunto III. ILHAS-