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Teorias Clássicas da Gestão

A procura de princípios de gestão universais e


aplicáveis a todas as industrias começou com a
revolução industrial nos finais do Séc. XIX.
Evolução da Gestão
Moisés
Construção das Pirâmides
Grande Muralha da China
Construções Maias e Incas

Necessário alguns princípios de Gestão


Evolução da Gestão
INFLUÊNCIAS

Igreja – Hierarquia de autoridade (Papa, Cardeal, Arcebispo, Bispo,


Padre)

Exército – Principio unidade de comando (cada subordinado só


pode ter um superior); escala hierárquica (os vários níveis de comando de
acordo com o grau de autoridade e responsabilidade correspondente)
princípio de direcção (todos os soldados devem saber o que se espera
deles e aquilo que devem fazer)
Evolução da Gestão
INFLUÊNCIAS

Revolução Industrial – invenção da máquina a vapor e a sua


aplicação na produção trouxe uma nova concepção de trabalho

Divisão de trabalho de Adam Smith (1776) –O trabalho deveria ser


decomposto em tantas tarefas elementares quanto possível, as
quais deveriam, por sua vez, ser distribuídas por outros tantos
operários, de tal modo que cada um deles se tornasse um
verdadeiro especialista na tarefa (princípio da especialização); a divisão do
trabalho aumenta a produtividade na medida em que aumenta as
capacidades e destreza de cada trabalhador. A Riqueza das Nações
assentava na divisão do trabalho e na especialização das tarefas.
Aplicações: Indústria, banca, seguros, actividades administrativas
Evolução da Gestão

Confrontar com KARL MARX!!!

DEBATE
Evolução da Gestão
- O poder da máquina
- Produção em massa
- Redução dos custos de transporte (com expansão dos caminhos
de ferro)
- Inexistência de regulamentação governamental

Desenvolvimento empresas grande dimensão

Necessidade de uma teoria formal que orientasse os


gestores nas suas acções
Evolução da Gestão

Principais abordagens

- Estrutural – como se organiza o trabalho?


Como se organiza a Organização?
- Humana (a partir de 1920) – como se
organizam as pessoas na Organização?
- Integrativa (a partir de 1960) – equilibra as
pessoas e a estrutura.
Evolução da Gestão

Perspectiva estrutural – (como se organiza o


trabalho? Como se organiza a Organização?)

Gestão Científica do Trabalho Teorias Clássicas


Teoria Geral da Administração
Teoria da Burocracia
Teoria da Decisão
Evolução da Gestão
Gestão Científica do Trabalho – Frederick W. Taylor, engenheiro
mecânico dos EUA (Princípios da Gestão Científica, 1911)

Contexto

Olha para a Gestão na perspectiva da melhoria da


produtividade e da eficiência ao nível operacional, os aumentos
de produtividade dependiam de formas que fizessem os
trabalhadores ser muito mais eficientes.

Definir a melhor forma pela qual um trabalho deveria


ser feito (“the one best way”)
Evolução da Gestão
Pressupostos de Taylor:

- É possível e desejável estabelecer através do estudo sistemático e da


aplicação dos princípios científicos a melhor maneira de executar um
trabalho;
- As pessoas têm tendência a procurar a máxima recompensa com o
menor esforço possível.

O que fazer?
- determinar cuidadosamente o que cada um dos trabalhadores
deve fazer;
- garantir, por meio de um adequado controlo, que as instruções
dadas são cumpridas;
- proporcionar um salário correspondente ao desempenho obtido
Evolução da Gestão
- Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos

- Divisão do trabalho e especialização do operário

- Incentivos salariais e prémios de produção (o que motiva é o dinheiro; pagar em


função da produção de cada trabalhador e não em função do mês de trabalho)

- O homem como “homo economicus” (o trabalho para o homem não é uma forma
dele se realizar, mas apenas um meio através do qual obtém uma determinada quantia em
dinheiro que lhe permite sobreviver)

- Condições de trabalho (as condições de trabalho assumem uma grande importância,


mas a preocupação não era com os trabalhadores mas sim com as condições que
contribuíssem positivamente para os níveis de eficácia pretendida (Hawthorne)
- Supervisão funcional – o supervisor deve ser especialista da área
funcional que supervisiona
Os 4 princípios de Gestão de Taylor
1. Princípio do Planeamento - Desenvolver uma ciência para cada posto de
trabalho – análise pormenorizada do posto – que substitua a máxima “sempre
fizemos assim”, a improvisação, ou seja, os critérios individuais dos
trabalhadores e dos capatazes;

2. Princípio da Preparação - Seleccionar cientificamente os trabalhadores, de


acordo com as suas aptidões específicas para o desempenho das tarefas e,
posteriormente, treinar, ensinar e desenvolver os trabalhadores para conseguir
ajustar Homem/Posto (“the right man in the right place”) Antes, os operários
escolhiam o seu trabalho e treinavam-se a eles mesmos o melhor que podiam.

3. Princípio do controlo – Os operários devem ser constantemente controlados


como forma de garantir que o seu trabalho está a ser efectuado de acordo com
os princípios previamente estabelecidos. Oferece incentivos de forma a que os
trabalhadores se comportem de acordo com os princípios da “ciência”
desenvolvida

4. Princípio da separação entre a concepção e a execução do trabalho – Dividir o


trabalho e as responsabilidades entre a gestão e os trabalhadores. À Gestão
compete estudar todo o processo de trabalho - apoiar os trabalhadores,
planificando meticulosamente o seu trabalho e facilitando-lhes as operações –
enquanto aos operários compete executar as tarefas de acordo com os
princípios previamente definidos.
Os 4 princípios de Gestão de Taylor

Seguindo estes princípios os operários poderiam ganhar mais dinheiro e a


gestão poderia obter mais lucros.
Gestão Científica do Trabalho – Frederick W.Taylor (Princípios da
Gestão Científica, 1911)

Critérios de eficácia da Organização – produtividade e lucro

Teoria – Uma gestão clara leva a resultados produtivos.

Ênfase é colocada na clarificação de objectivos, na análise racional e


na acção.

Clima Organizacional – Economia racional e todas as decisões estão


motivadas pelo seu impacto nos resultados gerais.

O papel do líder é alguém severo, estável e duro.o.


Contributos

Melhoria da eficiência da produção (nível de vida, baixa qualificação)

Perceber a importância do recrutamento, formação para execução das


tarefas.

Limitações
- A perspectiva mecânica da gestão científica

- Excesso de especialização do operário

- Reduzida visão do ser humano

- A empresa é vista como sistema fechado


Teorias Clássicas da Gestão
Henri Fayol e a Teoria da Gestão Administrativa

Henri Fayol (1841-1925)


Formado em engenharia de minas, assumiu em 1988 a
direcção de uma empresa de aço em sérias dificuldades,
tornando-a, em pouco mais de 10 anos, numa empresa
lucrativa e uma das maiores empresas públicas francesas.
Esta Escola foi marcante na primeira metade do séc. XX, tinha
como principal abordagem a melhoria da eficiência da gestão
ao nível da organização como um todo. Para Fayol , a
administração era um processo estruturado que podia e
devia ser estudado nas escolas e universidades.
Teoria Geral da Administração (Henry Fayol, Engenheiro e
Industrial francês, 1841-1925

Fayol, desenvolveu as suas pesquisas sensivelmente no mesmo


período que Taylor.
Taylor preocupou-se mais com a gestão no nível mais baixo da
hierarquia recorrendo ao método científico, Fayol dedicou o seu tempo
à sistematização do comportamento dos gestores, ou seja, tentou
perceber as actividades globais do gestor, baseando-se na sua própria
experiência. Se Taylor deu importância às tarefas desenvolvidas pelos
operários, Fayol deu ênfase à estrutura que a organização deveria
possuir para alcançar maior eficiência.
Teoria Geral da Administração (Henry Fayol)

Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções (dividia a empresa em 6
grupos de funções básicas)

1. Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de


serviços da empresa.
2. Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e troca.
3. Funções financeiras: relacionadas com a procura e gestão de capitais.
4. Funções de segurança: relacionadas com a protecção e preservação
dos bens e das pessoas.
5. Funções contabilidade: relacionadas com inventários, registos,
balanços, custos, estatísticas, resultados
6. Funções administrativas: relacionadas com a integração da cúpula, do
topo da organização, das outras cinco funções. As funções
administrativas coordenam e sincronizam as outras funções da
empresa. Nenhuma das pessoas que desempenhavam as outras cinco
funções tinha autoridade para planear, organizar as acções da
empresa, coordenar e controlar os esforços. Estas tarefas fazem parte
das competências da função do administrador, do gestor.
Teoria Geral da Administração (Henry Fayol)

São 5 as funções administrativas que constituem o chamado processo administrativo


(gestão)

1-prever: visualizar o futuro e traçar programas de acção.


2-organizar: estruturar e integrar os recursos humanos e naturais,
estabelecer relações entre os órgãos da empresa e desenvolver uma
estrutura destinada a implementar as actividades de gestão.
3-comandar: dirigir e orientar o pessoal, para que estes possam ter um
desempenho adequado às suas funções, no interesse da organização;
4-coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os actos e esforços das pessoas
para poder atingir os objectivos.
5-controlar: verificar que tudo ocorre de acordo com as regras estabelecidas
e as ordens dadas, e que tudo está a ser implementado correctamente.

Estas 5 funções estão presentes no trabalho do administrador/gestor em


qualquer nível ou área de actividade da empresa, ou seja, o director, o gerente,
os chefes, como o supervisor - cada qual em seu nível, desempenham
actividades de previsão, organização, comando, coordenação e controle, como
actividades administrativas essenciais, embora à medida que se vai subindo na
hierarquia a importância das funções administrativas vai aumentando
Teoria Geral da Administração (Henry Fayol)

Fayol, tal como Taylor, teve a preocupação de desenvolver princípios


gerais que se aplicassem a toda e qualquer organização, embora a
preocupação de Taylor tenha sido com a tarefa e a de Fayol com a
análise da Organização como um todo.

Para Fayol, tendo em conta as obrigações do gestor, a sua


responsabilidade principal passa por implementar 14 princípios de gestão
da organização, que são universais. Ainda segundo o autor, os gestores
devem receber uma formação formal para a sua aplicação.
Teoria Geral da Administração (Henry Fayol)
São14 os princípios Gerais da Administração/Gestão

1. Divisão do trabalho: Consiste na especialização das tarefas e das


pessoas para aumentar a eficiência. O objectivo subjacente consiste
em produzir cada vez mais e melhor, com o mesmo esforço, utilizando
as vantagens da organização.

2. Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o direito de dar ordens e


o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma
consequência natural da autoridade e significa o dever de prestar
contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.

3. Disciplina: Depende da obediência, aplicação, energia,


comportamento e respeito aos acordos estabelecidos. Os
membros/pessoas que compõem uma organização devem respeitar
as regras e acordos existentes na empresa.

4. Unidade de comando: Cada empregado deve receber ordens de


apenas um superior. É o princípio da autoridade única.
Teoria Geral da Administração (Henry Fayol)
5. Unidade de direcção: Uma cabeça e um plano para cada conjunto de
actividades que tenham o mesmo objectivo. Os esforços dos
trabalhadores que se encontram a trabalhar num dado projecto devem
ser coordenados e dirigidos por um só responsável/chefe.

6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os interesses gerais


da empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das
pessoas.

7. Remuneração do pessoal: Deve haver justa e garantida satisfação para os


empregados e para a organização em termos de retribuição.

8. Centralização: Refere-se à concentração da autoridade no topo da


hierarquia da organização. A organização tem de ter um núcleo central
que o comande, da mesma forma que o cérebro comanda o nosso
corpo.

9. Cadeia escalar/hierarquia: É a linha de autoridade, ininterrupta, que vai do


escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio do comando.
Trata-se da unidade de comando ao longo da qual as ordens vão sendo
dadas e a unidade de comando se desenvolve.
Teoria Geral da Administração (Henry Fayol)

10. Ordem: Quer os materiais quer as pessoas, devem estar no sitio certo,
na hora certa. As pessoas devem estar nos cargos, nas posições,
que mais se adequam a elas.

11. Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal

12. Estabilidade do pessoal: A rotatividade do pessoal é prejudicial para a


eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa
permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa.

13. Iniciativa: Deve ser dada aos trabalhadores liberdade suficiente para
que estes possam formular e implementar os seus planos. O estímulo
da criatividade na organização é extremamente positivo para esta.

14. Espírito de equipe: A harmonia e união entre as pessoas são muito


importantes para o sentido de unidade da organização, tendo um
impacto positivo nesta.
Trabalhos de Urwick

Seguidor de Fayol, acresce duas funções da administração às cinco


originais: Investigação, Previsão, Planeamento, Organização,
Coordenação, Comando e Controlo.

Gulick, também seguidor de Fayol, criou aquilo que se conhece como


POSDCORB:
. Planeamento (Planning)
. Organização (Organizing)
. Administração do Pessoal (Staffing)
. Direcção (Directing)
. Coordenação (Coordinating)
. Informação (Reporting)
. Orçamento (Budgeting)
Contributos

- A perspectiva funcional da gestão

Limitações

- Abordagem muito simplificada da organização formal (Componente


social/ Informal?)

- Perspectiva mecanicista

- A empresa como sistema fechado


Gestão Burocrática (Max Weber – 1864-1920)

Descreveu a actividade organizacional baseado nas relações de


autoridade. Sistema que assenta em regras, numa hierarquia estabelecida,
numa clara divisão do trabalho e em procedimentos organizacionais. Ao
desenhar este modelo de Gestão, ele via-o como um suporte para teorizar
sobre o trabalho, e a forma como o trabalho poderia ser feito em grandes
empresas.
Gestão Burocrática (Max Weber – 1864-1920)
Conjunto de elementos que caracteriza o modelo burocrático:
- Regras formais e regulamentos – Existem normas e procedimentos

estandardizados, que se aplicam uniformemente a todos regulando as


suas acções
- Divisão do trabalho – as funções são divididas em tarefas rotineiras e bem

definidas
- Impessoalidade – as regras e o controlo são aplicados uniformemente,

evitando o envolvimento com as pessoas e as preferências pessoais dos


trabalhadores. Permitiria um equilíbrio, uma equidade de tratamento para
todos os trabalhadores.
- Estrutura hierárquica – A burocracia é estabelecida seguindo o princípio da

hierarquia, onde cada nível inferior é controlado e supervisionado por um


nível superior.
Gestão Burocrática (Max Weber – 1864-1920)

- Selecção formal – todos os trabalhadores devem ser seleccionados


com base em qualificações técnicas demonstradas pela formação,
educação e exame formal
- Carreira para toda a vida – O envolvimento na carreira para toda a vida
significa que a segurança no trabalho está garantida, pelo menos
enquanto o trabalhador for tecnicamente qualificado e desempenhar as
suas tarefas satisfatoriamente. Tanto o trabalhador como a organização
sentem-se envolvidos um com o outro ao longo da vida de trabalho.
- O funcionário burocrata não é dono do seu posto de trabalho. As
funções que exerce e o cargo que ocupa são independentes e
separados da posse privada dos meios de produção da organização
onde trabalha
Gestão Burocrática (Max Weber – 1864-1920)

- Racionalidade – os gestores racionais gerem a organização logica e


cientificamente, com todas as decisões tomadas directamente no
sentido de alcançar os objectivos da organização.

- Estrutura de autoridade – um sistema baseado em regras, numa divisão


do trabalho, na impessoalidade e numa estrutura hierárquica relaciona-
se entre si através de uma estrutura de autoridade. Esta estrutura
determina quem é que tem o direito de tomar decisões, de vária ordem,
nos diferentes níveis dentro da organização.
Gestão Burocrática (Max Weber – 1864-1920)

Benefícios

Consistência
Eficiência

Limitações

Regras rígidas

Morosidade na tomada de decisão


Tira flexibilidade e criatividade aos trabalhadores
Teoria da Burocracia - Max Weber

Critérios de eficácia – Estabilidade e continuidade

Teoria - que as rotinas geram a estabilidade

A ênfase está nos processos, tais como definição de


responsabilidades, medição, e a documentação e manutenção de
registos.

Clima Organizacional – Hierarquia, e todas as decisões estão


matizadas pelas normas, estruturas e tradições existentes.

O papel do líder é ser um monitor e coordenador estruturado.


Teoria da Decisão - Herbert Simon e James March

Elaboraram um modelo em que colocam em destaque a ideia de que as


pessoas que têm a sua actividade em organizações racionais têm
tendência também para terem comportamentos racionais.
Os indivíduos geralmente tomam decisões examinando uma série limitada
de alternativas possíveis, não avaliando a totalidade das opções
disponíveis.
Procuram mais a solução que lhes convém (a solução que satisfaz) e
menos a solução óptima.
Perspectiva Humana – (como se organizam as
pessoas na Organização?)

Escola das Relações Humanas – Elton Mayo

Dinâmica de Grupos – A importância do grupo no comportamento


individual

Liderança – importância dos grupos e da sua liderança (líder de tarefa


(objectivos em termos da tarefa) e líder social (atingir objectivos por
via do desenvolvimento e cooperação dos colaboradores))
– Teoria X e Teoria Y (Douglas McGregor)
Experiências de Hawthorn (Elton Mayo, 1924-1932)

Critérios de eficácia da Organização – compromisso, a união e a


moral

Teoria – a participação gera compromisso

Ênfase é colocada na participação, na resolução de conflitos e na


criação de consensos.

Clima Organizacional – Fraternidade, orientada para a equipa, e a


tomada de decisões é caracterizada por uma participação
comprometida.

O papel do líder é ser um mentor e um facilitador sensível.


Perspectiva integrativa – (equilibra as pessoas e a
estrutura)

Escola Sociotécnica – O sistema técnico (equipamento e métodos de


trabalho) têm um efeito muito grande sobre o sistema social, ou seja,
o comportamento das pessoas é influenciado pelo sistema técnico
em que trabalham

Teoria dos Sistemas - Um sistema e um conjunto interrelacionado de


partes que funcionam como um todo, capaz de atingir um objectivo
comum.

Teoria Contingencial – O que os gestores fazem depende do conjunto


das circunstâncias que caracterizam a situação
Abordagem Sistémica

Um sistema e um conjunto interrelacionado de partes que


funcionam como um todo, capaz de atingir um objectivo comum.

Um sistema funciona pela aquisição de meios (inputs), no meio


envolvente externo, submete-os a um processo de transformação e
coloca os outros processos no meio envolvente.

A teoria dos sistemas consiste em 5 componentes: inputs, processo


de transformação, outputs, feedback e meio ambiente.

Sistemas abertos e fechados


Teoria dos Sistemas - Katz e Kahn, Ludwig von Bertalanffy

Critérios de eficácia da Organização –capacidade de adaptação e apoio


externo

Teoria – a adaptação e a inovação permanente levam à aquisição e


manutenção de recursos externos

Ênfase na adaptação, solução criativa de problemas, a inovação e a


gestão da mudança.

Clima Organizacional – inovador e flexível

O papel do líder é ser um inovador e um broker (alguém que usa o


poder e a influência na Organização).
Abordagem Contingencial

As abordagens clássicas assumem uma visão universalista da


gestão, ou seja, pensava-se que os conceitos de gestão eram
universais e válidos para todas as organizações.

A gestão moderna entende que cada situação é um caso e é única.


Os princípios não são universais e a gestão aprende-se,
experimentando um grande numero de situações e casos. Compete
aos gestores a tarefa de determinar que métodos devem utilizar em
cada situação. Como acontece em Gestão, nenhuma destas visões
está inteiramente correcta.
A teoria contingencial procura fazer a integração destas duas
visões de Gestão.
Abordagem Contingencial

A perspectiva contingencial da Gestão significa que a resposta de


um gestor depende da identificação das contingências de uma
situação organizacional.
A visão contingencial diz-nos que o que funciona bem numa
situação pode não funcionar noutra situação.
O trabalho do gestor é procurar as contingências mais importantes,
já que assim estão em melhores condições para ajustarem as
soluções a essas características.
As principais contingências que os gestores devem perceber
situam-se ao nível da industria em que operam, da tecnologia, do
meio ambiente e da cultura da organização.
Novas abordagens à teoria da Gestão

Aprendizagem Organizacional – reduzir a incerteza. Se virmos a


empresa como um sistema aberto, é do meio envolvente que vem a
inovação e a mudança que obriga os gestores a adaptarem-se a novas
condições, e a actuarem no meio envolvente (meio dinâmico).

A empresa pode ser vista como um ente social capaz de acumular


conhecimento, de o interpretar e de o guardar em memória, como uma
organização empenhada no processo de aprendizagem.

Peter Senge

Para desenvolver uma organização que aprende, os gestores devem fazer


alterações em todos os subsistemas da organização.
Para que uma organização seja uma organização que aprende tem que
promover 3 importantes valores:
Colaboração e comunicação entre os departamentos (team-based
structure), crescimento e valorixação dos empregados (empowered
employees) e partilha de informação (open information)
Novas abordagens À teoria da Gestão

Gestão por Objectivos (Peter Drucker 1909 – 2005 – The Practice of


Management 1954)

- técnica de gestão que encoraja a decisão participativa através da definição e


partilha dos objectivos para todos os departamentos da organização, em que a
avaliação do desempenho se baseia no alcance dos objectivos estabelecidos.
Uma vez que é um sistema que liga os planos de desempenho, é uma técnica
poderosa na implementação da estratégia.

1. O estabelecimento e a comunicação de objectivos organizacionais.


2. Estabelecimento de objectivos individuais
3. Desenvolvimento de um plano de acção das actividades necessárias para
atingir os objectivos
4. A revisão periódica do desempenho e a análise dos desvios relativamente ao
objectivos
Novas abordagens à Teoria da Gestão
Gestão da Qualidade Total (Total quality management)

É uma filosofia de gestão que procura a satisfação do cliente e a melhoria


continua a qualidade de todas as funções da organização

A Gestão da Qualidade tem 4 objectivos fundamentais:


- Ser melhor na qualidade dos produtos e serviços
- Ser mais rápido nas respostas às necessidades dos clientes
- Ser mais flexível e ajustar às exigências dos clientes
- Ter custos mais baixos através da melhoria da qualidade e eliminar tarefas
que não acrescentam valor

- Elementos fundamentais para o sucesso da TQM

- Trabalho em equipa (círculos de qualidade)


- Envolvimento dos trabalhadores
- Benchmarking
- Melhoria contínua

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