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Universidade José Eduardo do Santos

Faculdade de Medicina Veterinária do Huambo


F.M.V

Tema: Protocolos anestesicos em cesarianas

Nome: Sérgio Lukeny Fortunato Justino

Docente: Alexandre Duarte


Machael Cristoph

Huambo, Março 2016


Introdução

 A cesariana é geralmente um procedimento de emergência e deve contar com


técnicas anestésicas seguras para a mãe e os fetos e, ao mesmo tempo, permitir
anestesia adequada para a realização da cirurgia em tempo hábil, liberando os
filhotes em estado vigoroso (MASTROCINQUE, 2002).

Todos os fármacos anestésicos utilizados em cesarianas atravessam


rápidamente a barreira placentária, sendo impossível evitar que o feto seja
afectado. (HELLYER, 1998).
Objectivo geral
Fundamentar os protocolos anestésicos em
cesarianas

Objectivos Específicos

Descrever os protocolos anestésicos em cadelas, gatas e porcas.


Caracterizar as diferentes técnicas anestésicas nas espécies acima citadas
Segundo Massone (2011) geralmente as cadelas e gatas, quando vêm ás clínicas,
em estado crítico torna delicada qualquer acção de fámacos anestésico, nestes
casos, deve-se avaliar o fármaco ideal para indução directa que permita a obtenção
de anestesia com menor concentração de anestésicos voláteis.

Primeira técnica para cadelas


 Medicação pré-anestésica, com levomepromazina ou clorpromazina 0,3ml/kg IV,
ou acepromazina 0,05mg/kg IV.
 Tricotomia e aguardar 15mim.
 Tiopental 5 a 8mg/kg IV, tiamilal 2 a 8ml/kg ou meto-hexital a 5 a 7ml/kg IV.
 Intubar com sonda de magil
 Adaptar ao aparelho de anestesia e aplicar
Segunda técnica

 Tricotomia
 Medicação pré-anestésica conforme a técnica anterior
 ketamina 2ml/kg IV lentamente
 Estabelecida a prostração, adaptar a máscara e administrar enfluorano,
isofluorano ou sevofluorano.
Terceira técnica (para gatas)

 MPA conforme a técnica anterior, mas pela via intramuscular.


 Ketamina, 15 mg/kg I.M
 Tricotomia
 Decorrido 10 minutos aplicar a mascara facial administrando o
anestésico volátil enfluorano 2V%
Esta técnica é recomendável em casos de animais toxémicos, ou que, por qualquer
motivo estejam em choque. A ketamina por ser vasoconstritora periférica e causar
prostração rápida permite acção do anétesico volátil que, por sua inducção rápida
ocasiona um plano anestésico sem muitos transtornos (Masone 2011)
A aplicação da ketamina por via I.M facilita a prostração do animal em 10
minutos que permite manipula-lo durante o periodo ´pré cirurgico. Durante a
manunteção, não há necessidade de intubá-lo , sendo necessário, entretanto,
deixar o animal em planos anestésicos adequados para a intervenção, o que
pode ser conseguido deixando-se o reflexo palpebral bem definido, porém
ainda presente, não permitindo a miose que é indício de plano profundo(3º
plano de estágio III)
Quarta tecnica

 Segundo Masone (2011) atropina, na dose de 0,04 mg/kg via SC


 Aguardar 10 a 15 minutos.
 A ketamina, 15 mg/kg via IM em cadelas e 10 mg/kg em gatas, associada a
xilazina, 1mg/kg também por via IM em cadelas, e 0,5 a 0,8 mg/kg em gatas,
ambas na mesma seringa.
Quinta técnica

 MPA semelhante a da primeira.


 Tricotomia
 Anestesia peridural lombossacra com agulha 30x8 e injetando-se de 3 a 5 ml
de lidocaina a 2%, dependendo do talhe.
 Anestesia infiltrativa pré – umbilical com 3 a 5 ml de lidocaina a 1 %.

Esta técnica é indicada em animais em choques, e a cirurgia deve ser


agilizada, a fim de que os niveis séricos de lidocaina não deprimam os fetos.
A grande vantagem desta técnica é a de que, se a lidocaina for usada em
doses clínicas, apresenta boa margem de segurança para o paciente.
Em suinos a cesariana é melhor solução e é realizada sobre anestesia local ou
regional com contenção e sedação prévia. A anestesia geral poderá também ser
utilizada principalmente em centros de pesquisas e hospitais veterinários, pos
estes estarem seguramente melhor aparelhados(Massone 2011)

Para se efectuar uma cesariana, a opção mais utilizada é a tranquilização


associada a anestesia local. Para realização das técnicas infiltrativas o ideal é
usar uma agulha de Hauptner segundo wille.
Primeira tecnica.
 MPA com levopromazina ou clorpromazina, 0,5 mg/kg IM, ou
acepromazina 0,05 mg/kg ou azaperona 2 mg/ kg IM.

Segunda tecnica
 Azaperona 2 mg/kg + midazolam ou diazepam 0,05 mg/kg, associados ou
não na mesma seringa por via IV.

Terceira tecnica
 Azaperona 2 mg/kg + dexmedetomidina 3 ưg/kg IM ou azaperona 2mg/kg +
xilazina 2 mg/kg IM.
Todas estas técnicas podem ser associadas a anestesia local em forma de
bloqueio ou mesmo anestesia espinal peridural. Alguns dos sedativos como
agonistas α 2 adrenérgico e benzodiazepínicos utilizados na MPA poderão ser
revertidos por antagonistas específicos caso haja depressão dos fetos retirados
imediatamente após a cesariana.
Conclusão:

As técnicas regionais devem prevalecer quando uma paciente gestante


necessita ser submetida a um procedimento cirúrgico, obstétrico ou não, em
virtude dos fármacos atravessarem a barreira placentária, interferindo na
actividade uterina e na vitalidade dos fetos, o que impede que se afirme que
certa técnica ou anestésico seja ideal para todas as abordagens
da fêmea gestante.
Referencias bibliograficas

1. Hellyer PW. Anesthesia for cesarean section. Anesthetics


considerations for sur-gery. In: Slatter´s Textbook of Small Animal
Surgery. 2th ed. Philadelphia, WB: Saunders; 1991. p. 2300-3.
2. Massone, Flavio. Anestesiologia veterinária: farmacologia e tecnicas:
texto e atlas colorido. 6ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011

3. Mastrocinque S. Anestesia em ginecologia e obstetrícia. In: Fantoni DT,


Cortopassi SRG. Anestesia em cães e gatos. São Paulo: Roca; 2002. p.
231-8.
Fonte: internet
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