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POLÍTICAS PÚBLICAS

MARABÁ - 2020
O que é?
Antes da porteira: empresas especializadas passaram a ser responsáveis por insumos (fertilizantes,
defensivos, rações, vacinas etc.), máquinas, seguro, financiamento e capacitação.
Dentro da porteira: as fazendas deixaram de ser unidades diversificadas e passaram a ser
responsáveis apenas pelas atividades de plantio, produção e colheita, pela administração da
fazenda e pela capacitação.
Depois da porteira: empresas especializadas
passaram a ser responsáveis por armazenamento,
transporte, indústria, comercialização e capacitação.
Na década de 1960, o conceito de
“agronegócio” definido por Davis
& Goldberg ganhou espaço no
Brasil, recuperando a importância
da agricultura (setor “dentro da
porteira”), pois ele define o
agronegócio como “um sistema
que engloba todos os atores
envolvidos com a produção, o
processamento e a distribuição de
um produto.”
Ambiente
Institucional
Desenvolvimento Rural

O estudo do
desenvolvimento rural refere-
se à análise das políticas
públicas para o mundo rural
não apenas com relação aos
seus impactos, mas
igualmente quanto às suas
racionalidade e estratégia
operacional.
Desenvolvimento Agropecuário

Desenvolvimento agropecuário se
refere a condições da produção
agrícola, suas características e
tecnologias, identificando suas
tendências em um dado período de
tempo, como, por exemplo, área
plantada, produtividade, formatos

.
tecnológicos e eficiência produtiva
Desenvolvimento Agrário

O desenvolvimento agrário, por seu


turno, refere-se a um campo mais
amplo, que estuda a distribuição da
propriedade das terras e as
mudanças sociais e econômicas no
campo, nas instituições, nas
políticas públicas, nas relações de
trabalho e nos conflitos sociais 
Quanto à natureza ou ao grau da intervenção:

a) estruturais – buscam interferir em relações


estruturais, como renda, emprego, propriedade
etc.;

b) conjunturais ou emergenciais – objetivam


minimizar os efeitos negativos de uma situação
temporária, imediata.
Quanto à abrangência dos possíveis beneficios:

a) universais – para todos os cidadãos;

b) segmentais – para um segmento da população


caracterizado por um fator determinado (idade,
condição física, gênero etc.);

c) fragmentadas – destinadas a grupos sociais


dentro de cada segmento.
Quanto aos impactos que podem causar
aos beneficiários, ou ao seu papel nas
relações socias:

a) distributivas – visam distribuir benefícios individuais e costumam ser


instrumentalizadas pelo clientelismo (privilegiar certos grupos);

b) redistributivas – visam redistribuir recursos entre os grupos sociais:


buscando certa equidade, retiram recursos de um grupo para beneficiar
outros, o que provoca conflitos;

c) regulatórias – visam definir regras e procedimentos que regulem


comportamento dos atores para atender a interesses gerais da sociedade
e não visariam benefícios imediatos para qualquer grupo.
Formulação de Políticas Públicas no Brasil

PRIMEIRA
FASE: formação da
agenda (seleção das
prioridades)
Formulação de Políticas Públicas no Brasil

SEGUNDA
FASE: formulação
de políticas
(apresentação de
soluções ou
alternativas)
Formulação de Políticas Públicas no Brasil

TERCEIRA
FASE: implementação
(execução das ações)

Na implementação, ocorre
a organização do Estado
em termos administrativos,
de recursos humanos,
financeiros etc., e a
execução é um conjunto
de ações práticas
destinado a atingir os
objetivos estabelecidos na
política pública.
Formulação de Políticas Públicas no
Brasil

QUARTA
FASE: monitoramento
e avaliação
Formulação de Políticas Públicas no Brasil

Plano – planejamento global de longo prazo que inclui as grandes orientações


(missão, objetivos gerais e estratégias). Consiste na sistematização do
processo de organização da ação.

Programa – planejamento de médio prazo mais específico que o plano, inclui


objetivos, metas concretas e estratégias de implementação. Pode ser
considerado o desenvolvimento do plano.

Projeto – ação claramente planejada e delimitada pelos objetivos de um


programa. Possui atividades, recursos e prazos para alcance dos objetivos e
das metas. Constitui o nível mais específico do planejamento, com maior
detalhamento possível para efeitos de curto prazo e de execução.
Formuladores de Políticas Públicas para o
Agronegócio Brasileiro

No âmbito nacional, existem algumas


instituições que se destacam na
formulação e na implementação de
políticas públicas para o agronegócio,
pois apresentam a sustentabilidade
desse tema em sua missão, assim
como um quadro técnico mais
experiente para lidar com os
problemas e os gargalos da
agropecuária brasileira.
Formuladores de Políticas Públicas para o
Agronegócio Brasileiro

Ministerio da agricultura, Pecuária e Abastecimento- MAPA


Promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do
agronegócio em benefício da sociedade brasileira, com programas
destinados ao pequeno, ao médio e ao grande produtor rural.

Ministério do Desenvolvimento Agrário- MDA


Promover a política de desenvolvimento do Brasil rural, a
democratização do acesso à terra, a gestão territorial da
estrutura fundiária, a inclusão produtiva, a ampliação de
renda da agricultura familiar e a paz no campo, contribuindo
com a soberania alimentar e os desenvolvimentos
econômico, social e ambiental do país.
Formuladores de Políticas Públicas para o
Agronegócio Brasileiro

Ministério do Meio Ambiente- MMA


Promover a adoção de princípios e estratégias para o conhecimento, a
proteção e a recuperação do meio ambiente, o uso sustentável dos
recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a inserção do
desenvolvimento sustentável na formulação e na implementação de
políticas públicas.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa
Desenvolver, em conjunto com parceiros do Sistema Nacional de Pesquisa
Agropecuária – SNPA, um modelo de agricultura e pecuária tropical e
brasileiro, superando as barreiras, naturais ou não, que limitam a produção
de alimentos, fibras e energia.
Formuladores de Políticas Públicas para o
Agronegócio Brasileiro

Agência Nacional de Vigilância Sanitária- Anvisa


Promover e proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes
da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária
(no caso do agronegócio, os alimentos).

Companhia Nacional de Abastecimento- Conab


Gerir as políticas agrícolas e de abastecimento, visando assegurar o
atendimento das necessidades básicas da sociedade, preservando e
estimulando os mecanismos de mercado.
Formuladores de Políticas Públicas para o
Agronegócio Brasileiro

Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural- Anater


Promover o desenvolvimento rural sustentável e a segurança alimentar por meio de
assistência técnica e extensão rural, mediante processos educativos e participativos, visando
o fortalecimento da agricultura familiar e suas organizações, e criando condições para a
melhoria da qualidade de vida da população.

Agência Nacional de Águas- ANA


Existem, também, várias outras instituições nacionais vinculadas às políticas públicas do
agronegócio, destacando-se:
•Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA;
•Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – Contag;
•Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares
Rurais – Conafer;
•Associação Nacional do Agronegócio – Abag;
•Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR.
  Políticas Públicas Internacionais

Planejadas para proteger os interesses nacionais, em especial nos


âmbitos da segurança, da economia e da cultura, as políticas
internacionais – ou políticas exteriores – são um conjunto de
objetivos políticos e programáticos que um determinado país almeja
alcançar nas suas relações com os demais países.

No Brasil, a existência da Organização Mundial do Comércio –


OMC é de vital importância, pois países nos quais o comércio
internacional de produtos agrícolas é muito importante dependem
de um sistema de normas para defender seus interesses
comerciais.
Políticas Agrícolas

As políticas agrícolas adotadas pelo governo desde a década


de 1960 são um dos principais fatores que contribuíram para
um marcante dinamismo na agricultura brasileira existente
nos dias de hoje.

O Brasil é visto como referência mundial devido ao seu


elevado desempenho produtivo e à sua grande participação
no volume do comércio internacional como um dos maiores
exportadores agropecuários.
Marco Legal da Política Agrícola Brasileira
(Legislação)
Constituição da República Federativa do Brasil – 1988:
Em 5 de outubro de 1988, foi anunciada a Constituição da República
Federativa do Brasil, sendo a lei suprema e fundamental do país e
servindo de parâmetro de validade para todas as demais normas. A
Constituição é dividida em nove títulos, que tratam de temáticas
diferentes.

Título VII – Constituição:


O Título VII, da Ordem Econômica e Financeira, abrange as normas de
políticas urbana, agrícola, fundiária e de reforma agrária (artigos 170 a
192).
Marco Legal da Política Agrícola
Brasileira (Legislação)
Art. 187 – Constituição:
O art. 187 da Constituição Federal determina que a política agrícola
seja planejada e executada na forma da lei, com a participação
efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e
trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de
armazenamento e de transportes.

O artigo destaca em seu parágrafo primeiro que as atividades


agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais estão
incluídas no planejamento agrícola, e, no parágrafo segundo, que
as ações de política agrícola e de reforma agrária devem ser
compatibilizadas.
Marco Legal da Política Agrícola Brasileira
(Legislação)
Lei nº 8.171 – 1991:
Em 1991, foi anunciada a Lei nº 8.171, que dispõe sobre a política
agrícola fixando seus fundamentos e definindo os objetivos e as
competências institucionais, e que prevê os recursos e estabelece as
ações e os instrumentos da política agrícola.

Artigo 3º - Lei nº 8.171:


Como objetivos da política agrícola, a Lei nº 8.171 fixa no artigo 3º,
em quinze incisos, o que deve ser alcançado e quem será
beneficiado pelas políticas agrícolas.
Políticas de Planejamento Agropecuário
O planejamento das ações na agropecuária visa orientar a
definição de políticas públicas prioritárias e auxiliar sua
execução, tendo como base, principalmente, três leis que
estabelecem o planejamento orçamentário da administração
pública definindo em que os recursos governamentais serão
investidos e em qual quantidade:
Políticas de Crédito Rural

• CUSTEIO: visa cobrir despesas normais dos ciclos


produtivos;

• INVESTIMENTO: destina-se a aplicações em bens


ou serviços cujo uso se estenda por vários
períodos de produção;

• COMERCIALIZAÇÃO: visa cobrir despesas


próprias da fase posterior à colheita da produção
ou a converter em dinheiro os títulos oriundos de
sua venda ou entrega pelos produtores ou suas
cooperativas
Políticas de Seguro Rural

É uma ferramenta muito importante, podendo proteger as atividades


agropecuárias das consequências dessas situações e minimizar os
prejuízos, proporcionando segurança ao produtor e aos fornecedores de
insumos e agentes financeiros.

Entretanto, como o risco e os custos do negócio de seguro rural são muito


altos, o governo federal criou o Programa de Subvenção ao Prêmio do
Seguro Rural – PSR, que tem por objetivo diminuir os custos pagos pelo
produtor rural, possibilitando uma ampliação do acesso ao seguro rural no
país.
Políticas de Pesquisa Agropecuária

 foram criadas visando o maior desenvolvimento do país


em suas áreas específicas. O objetivo foi desenvolver a
agricultura e a pecuária tropical para superar as barreiras
de produção de alimentos, fibras e energia no Brasil.

• Década de 1970
• Embrapa - 1973
• SNPA - 1992
• SNPA e seus objetivos
• Oepas
• Atualidade
Políticas de Assistência Técnica
e Extensão Rural
Políticas de Defesa Agropecuária

os objetivos da defesa agropecuária são:


•a proteção da saúde dos animais e da sanidade dos
vegetais;
•a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na
agropecuária;
•a identidade, a qualidade e a segurança sanitária dos
alimentos e dos demais produtos agropecuários.
Políticas de Proteção ao
Meio Ambiente
Políticas de Produção, Comercialização,
Abastecimento e Armazenagem

A produção, a comercialização, o abastecimento e a


armazenagem são uns dos instrumentos da chamada Lei
Agrícola.
A Lei Agrícola determina que o poder público poderá intervir na
comercialização privada em caráter de exceção com o objetivo
de formar, localizar adequadamente e manter estoques
reguladores e estratégicos para garantir a compra da produção,
assegurar o abastecimento e regular o preço do mercado
interno.
Programa de Aquisição de Alimentos

O objetivo do PAA é superar o maior gargalo enfrentado pelos


agricultores familiares, que é a venda da produção a preços
remuneradores e compatíveis com o mercado. Dessa forma, o
governo compra a produção familiar a preços adequados, com menos
burocracia e sem atuação de intermediários.

Em 11 anos de PAA (de 2003 a 2014), os recursos aplicados na


aquisição de produtos foram da ordem de R$ 3,3 bilhões,
proporcionando o fortalecimento da agricultura familiar pelo
escoamento de sua produção com sustentação de preços dos
produtos agrícolas.
Programa Nacional de
Alimentação Escolar- PNAE

Já o PNAE determina que, no mínimo, 30% do valor


repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE
para o PNAE deve ser utilizado obrigatoriamente na
compra de gêneros alimentícios provenientes da
agricultura familiar, dispensando-se o procedimento
licitatório.

Em 2013, o PNAE destinou R$ 3,5 bilhões, atendendo a


cerca de 43 milhões de alunos, beneficiando
aproximadamente 100 mil agricultores familiares.

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