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ECONOMIA

Introdução

Prof.Ms. Flavio C. Schuch


ECONOMIA
• Economia é a ciência que estuda a
alocação de recursos produtivos escassos
entre os múltiplos fins de natureza
diversa, com vistas a atender
necessidades humanas ilimitadas.
• É o estudo de como a sociedade decide o
quê, como e para quem produzir.
RECURSOS PRODUTIVOS
• Os recursos produtivos são mão-de-obra,
máquinas e matérias-primas. Com eles são
fabricados os bens (mercadorias físicas como
máquinas de lavar e bananas) e prestados os
serviços (atividades como consultas médicas e
jogos de futebol, que tem como característica
o fato de serem consumidos ou usados
somente no mesmo instante em que são
produzidos).
ESCASSEZ
• O conceito de escassez em economia não se
refere apenas ao pressuposto de que os
recursos produtivos sejam quantitativamente
pouco numerosos, mas também ao fato de
não estarem disponíveis em quantidades
adequadas para satisfazer a todos os hábitos e
preferências dos consumidores.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
• Quando os recursos são escassos, a sociedade
só pode obter mais de algumas coisas se
receber menos de outras. Temos de escolher
entre diferentes resultados, há um trade off
entre eles.
• Chamamos de Custo de Oportunidade de um
bem a quantidade de outros bens dos quais se
abre mão para obter uma unidade mais deste
bem.
NECESSIDADES
• Necessidade é uma exigência individual
ou social que deve ser satisfeita por meio
do consumo de bens e serviços.
• As necessidades humanas caracterizam-
se por serem infinitas e ilimitadas.
MERCADOS
• Mercado é o conjunto de compradores
(demandantes) e vendedores (ofertantes) em
uma economia;
• Um mercado usa preços para conciliar
decisões sobre consumo e produção;
• Mercados e preços são uma maneira pela qual
a sociedade pode decidir o quê, como e para
quem produzir.
MERCADOS IMPERFEITOS
• Os mercados não funcionam perfeitamente,
existem falhas como os monopólios e
oligopólios.
• Os governos intervêm nos mercados para
corrigir ou minimizar suas imperfeições.
• Há diferentes níveis de intervenção.
POSITIVA E NORMATIVA
• A economia positiva trata da explicação
científica de como a economia concreta
funciona. É objetiva, cuida de como as coisas
são.
• A economia normativa oferece
recomendações baseadas em juízos pessoais
de valor. É subjetiva. Cuida de como as coisas
deveriam ser.
MICROECONOMIA
• A microeconomia está mais voltada ao estudo
das unidades individuais da economia, como
os consumidores e as firmas, quando
considerados isoladamente;
• Preocupa-se com os preços relativos e tem
elevado grau de abstração.
MACROECONOMIA
• A macroeconomia envolve os grandes
agregados econômicos, não se preocupando
com os seus componentes estruturais;
• Possui baixo grau de abstração, examinando
os problemas e medidas peculiares a
determinado lugar e instante do tempo.
Modelos teóricos
• Um modelo ou teoria faz suposições a partir
das quais podemos deduzir como se
comportam as pessoas.
• O modelo simplifica a realidade
deliberadamente. Omite alguns detalhes do
mundo real a fim de concentrar o foco no que
é essencial.
• Economistas usam modelos assim como
viajantes usam mapas
Dados

• Dados são evidências sobre o


comportamento econômico.
• Os dados (ou fatos) interagem com o
modelo de duas maneiras:
– Ajudam a quantificar relações teóricas;
– Ajudam a testar nossos modelos.
Dados econômicos

• Para coletar evidências, podemos


estudar as mudanças ao longo do tempo
(série temporal) ou mudanças que
acontecem em grupos ou regiões em um
mesmo período de tempo (dados
seccionais)
Evolução do PIB do Brasil
(Série Temporal)

Fonte: IBGE
Dados seccionais

PIB por UF, 2010


(os cinco Estados que mais
contribuem com o PIB Nacional - %)
SP RJ MG RS PR

33,1 11,3 9,3 6,6 5,9

Fonte: IBGE
Coeteris paribus
• Manter outros fatores constantes é um
artifício para examinar a relação entre duas
variáveis, mas lembrando ao mesmo tempo
que outras variáveis também importam.
• Se, ao traçarmos a relação entre duas
varíaveis, uma “outra coisa” relevante muda,
temos de plotar dados separadamente para os
diferentes sub-períodos.
ECONOMIA E DIREITO
DIREITO E TEORIA DOS MERCADOS
• Defesa do consumidor e da concorrência;
• Comportamento dos produtores e dos consumidores
(Economia);
• Comportamento dos agentes das relações de
consumo, consumidor e fornecedor (Direito);
• Para o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor,
os direitos do consumidor colocam-se perante dos
deveres do fornecedor de bens e serviços.
DIREITO E ATIVIDADE EMPRESARIAL
• Economia: o papel do administrador na
organização dos fatores de produção, visando
minimizar custos e maximizar lucros;
• Direito Comercial: Cria a figura da pessoa
jurídica.
DIREITO E FALHAS DE MERCADO
• Existem imperfeições nos mercados:
externalidades, informação imperfeita e
poder de monopólio;
• O Estado deve intervir para corrigir as falhas
do mercado;
• Para isso, normas jurídicas possibilitam que a
atuação do governo na economia seja mais
abrangente.
LEIS ECONÔMICAS
• Lei de Defesa da Concorrência;
• Título VII da CF: Da Ordem Econômica e
Financeira;
• Capítulo I – Dos Princípios Gerais da Atividade
Econômica (arts. 170 a 181);
SBDC
• O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência foi
criado em junho de 1994, pela Lei 8.884;
• Formado por 3 órgãos:
– Secretaria de Direito Econômico – SDE, do Ministério da
Justiça;
– Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), do
Ministério da Fazenda;
– Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE),
autarquia vinculada ao MJ e instância judicante
administrativa.
Duas frentes
• O SBDC atua em duas frentes:
– Controle das estruturas de mercado diz respeito
aos atos que resultem em qualquer forma de
concentração econômica;
– Controle de condutas, que consiste na apuração
de práticas anticoncorrenciais de empresas que
detém poder de mercado.
• A SDE é o órgão responsável por instruir a análise
concorrencial dos atos de concentração econômica (fusões,
aquisições, etc.), bem como investigar infrações à ordem
econômica.
• A SEAE é responsável por emitir pareceres econômicos em
atos de concentração, investigar condutas para oferecer
representação à SDE, bem como elaborar facultativamente
pareceres em investigações sobre condutas
anticoncorrenciais.
• O Cade é responsável pela decisão final, na esfera
administrativa, dos processos iniciados pela SDE ou Seae.
Após receber os pareceres da SDE e SEAE, que não são
vinculativos, o CADE tem a tarefa de julgar tanto os
processos administrativos que tratam de condutas
anticoncorrenciais quanto as análises de atos de
concentração econômica.
Razões para se defender um
ambiente concorrencial saudável
• A defesa da concorrência preocupa-se com o bom
funcionamento do sistema competitivo dos mercados. Ao
se assegurar a livre concorrência, garante-se não somente
preços mais baixos, mas também produtos de maior
qualidade, diversificação e inovação, aumentando,
portanto, o bem-estar do consumidor e o desenvolvimento
econômico.
• A defesa da concorrência não se presta a proteger o
concorrente individual, mas sim a coletividade, que se
beneficia pela manutenção da concorrência nos
mercados. O consumidor, portanto, é sempre o
beneficiário final das normas de defesa da concorrência.
Bem-Estar

• Ao intervir nos mercados para defender a


concorrência, o Estado usa do arcabouço
legal para coibir e reprimir abusos como:
– Concorrência desleal;
– Utilização indevida de invenções, de signos
distintivos, marcas e nomes comerciais
DIREITO E POLÍTICAS
MACROECONÔMICAS
• São de competência da União:
– Política Monetária;
– Política Creditícia;
– Política Cambial;
– Política de Comércio Exterior.
• O Congresso Nacional tem atribuições para dispor
sobre a moeda e montante da dívida mobiliária
federal.
• A Política Fiscal é de competência das três entidades
da Federação;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• Artigos 170 à 181.
Exercício
1. Dê três exemplos de tradeoffs importantes com os quais você se
depara em sua vida diária.
2. Qual o custo de oportunidade de assistir a uma sessão de cinema?
3. A água é fundamental à vida. O benefício marginal de um copo de
água é grande ou pequeno?
4. Por que os formuladores de políticas públicas devem pensar em
incentivos?
5. Por que o comércio entre nações é diferente de um jogo em que
alguns ganham e outros perdem?
6. O que faz a “mão invisível” do mercado?
7. Explique as duas causas principais das falhas de mercado e dê um
exemplo de cada uma.
8. Por que a produtividade é importante?
9. O que é inflação e quais as suas causas?
10. Qual a relação, no curto prazo, entre inflação e desemprego?

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