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 Até que ponto as penas não privativas da

liberdade podem contribuir para combater a


crise do sistema penitenciário, sem deixar de
cumprir com os tradicionais fins do Direito
Penal?
 Compreender de que modo as penas não
privativas da liberdade podem contribuir para
combater a crise do sistema penitenciário,
sem deixar de cumprir com os tradicionais
fins das penas.
 Identificar os desafios enfrentados pelos
estabelecimentos penitenciários nacionais na
reeducação dos reclusos.
 Apresentar as vantagens da implementação

das penas não privativas da liberdade;


 Abordar acerca da regulamentação da

execução das penas não privativas da


liberdade e os órgãos administrativos e
judicias responsáveis pela sua
implementação.
 Recolha de dados:
Pesquisa bliográfica
Pesquisa documental
 Apresentação dos resultados
Hermenêutica jurídica ou interpretação de
legislação
 Sistema Penitenciário
História
Conceito
Tipos de sistemas penitenciários
1. Pensilvânico
2. Auburniano
3. Progressivo
4. Reformatório
 Penas não privativas da liberdade
História
Conceito
Vantagens e desvantagens
 Vantagens das penas não privativas de acordo
com Damásio (apud, Nunes, 2010):
Diminuem os custos do sistema repressivo;
Permitem ao Juiz adequar a repreensão penal à
gravidade objectiva do facto e às condições pessoais
do condenado;
Evitam o encarceramento do condenado nas
infracções penais de menor potencial ofensivo;
Reduzem a reincidência;
O Condenado não precisa deixar sua família ou
comunidade, abandonar suas responsabilidades ou
perder o seu emprego.
 Desvantagens das penas não privativas de
acordo com alguma doutrina citada por
Damásio (apud, Nunes, 2010):
Não reduzem o número de encarcerados;
Não apresentam conteúdo intimidativo, mais
parecendo meios de controlo pessoal ou medidas
disciplinadoras do condenado;
Em face do rol de penas alternativas nos Códigos
Penais, o legislador é induzido a criar novas normas
incriminadoras, aumentando o número de pessoas
sob controlo penal, ampliando a rede punitiva.
 Teoria absoluta ou retributiva

 Teorias relativas ou da prevenção

 Teorias mistas ou ecléticas

 A perspectiva do Direito Penal


Contemporâneo
 Art. 71 da Lei n.º 24/2019, de 24 de
Dezembro (CP 2019):
a multa

a prestação de trabalho socialmente útil

a interdição temporária de direitos.


 Lei n.º 35/2014, de 31 de Dezembro (CP
2014):
Penas alternativas (art. 89)
1. Prestacao de trabalho socialmente util
2. Prestacao pecuniaria ou em especie
3. Perda de bens ou valores
4. Multa
5. Interdicao temporaria de direitos
Medidas alternativas (art. 88)
1. Transaccao penal
2. Suspencao provisoria do processo
 Lei n.º 26/2019, de 27 de Dezembro
 Prestacao de trabalho socialmente util (art.

138 e seguintes)
 Multa (art. 174)
 Interdicao temporaria de direitos (art. 173)
 Orgãos de aplicação:
Ministério Público
Tribunais Judiciais
 Órgãos de execução
Órgãos administrativos
1. O Serviço de Penas Alternativas à Pena de Prisão
(SPAPP) – art. 145
Órgãos Judiciais
1. O Ministério Público (art. 146)
2. O Tribunal de Execução de Penas (art. 144)
 Diante de tudo que aqui foi apresentado
conclui-se que até o presente momento, de
um ponto de vista pragmático, não se afigura
conveniente analisar até que ponto as penas
privativas podem contribuir para combater a
crise do sistema penitenciário, sem deixar de
cumprir com os tradicionais fins do Direito
Penal, isto porque a sua aplicação efectiva
ainda encontra-se condicionada a entrada em
vigor da lei regulamentar da sua execução.
 Sob o ponto de vista meramente teórico,
conclui-se que as penas não privativas de
liberdade podem não ser, por si só, a solução
do problema do sistema penitenciário em
Moçambique, mas sem dúvida contribuem
para a humanização da pena, nos casos em
que a lei prevê a substituição e para a
reabilitação dos condenados.
 Conclui-se que as penas não privativas de
liberdade apenas são parte da solução,
podendo, quando devidamente aplicadas e
executadas, contribuírem para a redução da
superlotação prisional, considerada a mãe de
todos os problemas que sustentam a crise do
sistema penitenciário nacional.

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