Geografia – 3ª. Fase – Ecologia Geral Universidade do Estado de Santa Catarina Foto de fundo: Thiago Silveira Interações homotípicas Interações entre os organismos de uma mesma espécie
Efeito de grupo: modificações que ocorrem
quando há mais indivíduos na mesma área Age sobre a taxa de natalidade (a procura de alimentos e a luta contra os inimigos são mais fáceis em grupo) Efeito de massa: superpopulação (mais maléfica que benéfica) Competição pelo alimento, redução da natalidade, comportamentos estranhos
Competição intra-específica: demarcação de território
(“racionalização” dos recursos e melhor conhecimento do terreno) Hierarquia social Competição por alimentos Competição pela água e pela luz nos vegetais A demarcação do território, levada ao extremo, produz novas raças e novas espécies Relações heterotípicas Relações entre indivíduos ou populações de espécies diferentes Também conhecidas como “harmônicas” e “desarmônicas” (melhor: interações negativas e positivas) As interações negativas tendem a predominar em comunidades pioneiras ou em condições perturbadas, tendendo a ser minimizadas com a predominância de interações positivas conforme o ecossistema evolui As interações negativas ajudam a controlar o tamanho da população, favorecendo sua sobrevivência Odum (2013) 1) Neutralismo: indiferença 2) Competição interespecífica de interferência direta: uma espécie elimina a outra por uma agressão física ou química sombreamento pelas árvores temperadas 3) Competição interespecífica de utilização de recursos: procura de um mesmo recurso por duas ou mais espécies (água, alimento) Princípio da exclusão competitiva: duas espécies que possuem as mesmas necessidades não podem coabitar Coabitação aparente: territórios ligeiramente diferentes Influência da competição sobre a distribuição geográfica (o caso das espécies exóticas que se tornam dominantes) e sobre a distribuição nos diversos biótopos de uma mesma localidade (coabitação aparente): podem ficar restritas a um espaço O “efeito-ilha” (habitats mais simples): nichos ecológicos maiores, poucas espécies, rápida extinção com a chegada de espécies exóticas Competição pela luz conduz a sucessões ecológicas em florestas A competição provoca adaptações seletivas que facilitam a coexistência, produzindo a “divergência de caracteres” (Darwin): adaptações morfológicas em prol da coabitação que podem até gerar novas espécies 4) Amensalismo: inibição do crescimento de uma espécie por secreções de outra (antibióticos naturais) Penicillium notatum (penicilina), abelhas (própolis) e eucalipto 5) Parasitismo: organismo sem vida livre que explora outro para viver (não pode matar, mas acaba matando) Pode ser polífago, oligófago ou monófago Coincidência: deve haver um parasita disponível e um parasitado vulnerável (adaptações para fugir desses eventos) 6) Predação: organismo vivo livre que procura um alimento vivo (necessita matar) Herbivoria, carnivoria e insetivoria Pode ser polífago, oligófago ou monófago 7) Comensalismo: uma espécie é beneficiada e a outra é neutra Uso de tocas, ninhos e conchas desocupados 8) Protocooperação: as duas espécies são beneficiadas, mas podem viver isoladamente Anu e bovinos, anêmona e ermitão, anêmona e peixe- palhaço, pássaro-palito e jacaré Dispersão de sementes por insetos e aves 9) Simbiose ou mutualismo: ambas as espécies são beneficiadas e não podem viver isoladamente Líquens, alojamento de bactérias nos estômagos de térmitas e ruminantes Importante papel das bactérias nitrificantes para os vegetais Até a próxima, pessoal!