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Fatores bióticos

Profa. Dra. Daniela de Souza Onça


Geografia – 3ª. Fase – Ecologia Geral
Universidade do Estado de Santa Catarina
Foto de fundo: Thiago Silveira
Interações homotípicas
 Interações entre os organismos de uma mesma
espécie

 Efeito de grupo: modificações que ocorrem


quando há mais indivíduos na mesma área
 Age sobre a taxa de natalidade (a procura de
alimentos e a luta contra os inimigos são mais
fáceis em grupo)
 Efeito de massa: superpopulação (mais maléfica que
benéfica)
 Competição pelo alimento, redução da natalidade,
comportamentos estranhos

 Competição intra-específica: demarcação de território


(“racionalização” dos recursos e melhor conhecimento
do terreno)
 Hierarquia social
 Competição por alimentos
 Competição pela água e pela luz nos vegetais
 A demarcação do território, levada ao extremo, produz novas
raças e novas espécies
Relações heterotípicas
 Relações entre indivíduos ou populações de espécies
diferentes
 Também conhecidas como “harmônicas” e
“desarmônicas” (melhor: interações negativas e positivas)
 As interações negativas tendem a predominar em
comunidades pioneiras ou em condições perturbadas,
tendendo a ser minimizadas com a predominância de
interações positivas conforme o ecossistema evolui
 As interações negativas ajudam a controlar o tamanho da
população, favorecendo sua sobrevivência
Odum (2013)
 1) Neutralismo: indiferença
 2) Competição interespecífica de interferência
direta: uma espécie elimina a outra por uma
agressão física ou química
 sombreamento pelas árvores temperadas
 3) Competição interespecífica de utilização de
recursos: procura de um mesmo recurso por duas
ou mais espécies (água, alimento)
 Princípio da exclusão competitiva: duas espécies que
possuem as mesmas necessidades não podem coabitar
 Coabitação aparente: territórios ligeiramente diferentes
 Influência da competição sobre a distribuição geográfica (o
caso das espécies exóticas que se tornam dominantes) e
sobre a distribuição nos diversos biótopos de uma mesma
localidade (coabitação aparente): podem ficar restritas a um
espaço
 O “efeito-ilha” (habitats mais simples): nichos ecológicos
maiores, poucas espécies, rápida extinção com a chegada de
espécies exóticas
 Competição pela luz conduz a sucessões ecológicas em
florestas
 A competição provoca adaptações seletivas que facilitam a
coexistência, produzindo a “divergência de caracteres”
(Darwin): adaptações morfológicas em prol da coabitação
que podem até gerar novas espécies
 4) Amensalismo: inibição do crescimento de uma
espécie por secreções de outra (antibióticos
naturais)
 Penicillium notatum (penicilina), abelhas (própolis) e
eucalipto
 5) Parasitismo: organismo sem vida livre que
explora outro para viver (não pode matar, mas
acaba matando)
 Pode ser polífago, oligófago ou monófago
 Coincidência: deve haver um parasita disponível e um
parasitado vulnerável (adaptações para fugir desses
eventos)
 6) Predação: organismo vivo livre que procura um
alimento vivo (necessita matar)
 Herbivoria, carnivoria e insetivoria
 Pode ser polífago, oligófago ou monófago
 7) Comensalismo: uma espécie é beneficiada e a outra
é neutra
 Uso de tocas, ninhos e conchas desocupados
 8) Protocooperação: as duas espécies são beneficiadas,
mas podem viver isoladamente
 Anu e bovinos, anêmona e ermitão, anêmona e peixe-
palhaço, pássaro-palito e jacaré
 Dispersão de sementes por insetos e aves
 9) Simbiose ou mutualismo: ambas as espécies
são beneficiadas e não podem viver
isoladamente
 Líquens, alojamento de bactérias nos estômagos de
térmitas e ruminantes
 Importante papel das bactérias nitrificantes para os
vegetais
Até a próxima,
pessoal!

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