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História da Técnica e da Tecnologia

Professora Drª Maria José Menezes Lourega Belli

Conteúdo Programático
Conceito de Técnica e de Tecnologia na História
Técnica e Tecnologia na Antiguidade e Idade Média
Ciência e Tecnologia no Renascimento
Técnica no Brasil Colonial
Revolução Industrial
Desenvolvimento Tecnológico e Modernidade (Séculos XIX e XX)
Racionalização e Organização do Trabalho
Produção Industrial
Tecnologia e Consumo
Tecnologia e Modernidade no Brasil (séculos XIX e XX)
Tecnologia e Globalização
Teoria Critica da Tecnologia
Andrew Feenberg

 A Filosofia da Tecnologia : reflexões sobrea produção humana, cultural e


histórica, que envolve não somente artefatos materiais, mas também
escolhas, ações e reflexões humanas, criatividade, conhecimento, ideologias
e valores
 Grécia
A Physis é traduzido geralmente como natureza.
Poiesis é a atividade prática de fazer, da qual os seres humanos se ocupam
quando produzem algo. Nós chamamos esses seres criados de artefatos e
incluímos entre eles os produtos da arte, do artesanato e da convenção social.
Techne o conhecimento ou a disciplina que se associa com uma forma de
poiêsis, sendo uma “maneira correta” de fazer coisas
Teoria Critica da Tecnologia
Andrew Feenberg

Tecnologia:
*Instrumental: positivista , o controle do homem sobre a natureza , beneficiar
a todos indistintamente – neutra
*Determinista: história como etapas/estágios sucessivos que se capilarizam
nos espaços de convivência social e em um movimento inexorável integram
sucessivas conquistas que darão forma a liberdade.
Substantivismo: tecnologia como geradora de desigualdades, como poder
desagragador das tradições..Reificação do homem e da natureza.
Teoria Crítica da Tecnologia: questiona o “Código técnico”= caixa preta e
defende a democratização da tecnologia, uma racionalização subversiva
operando readequações sócio-técnicas.
AS QUATRO CONCEPÇÕES SOBRE A TECNOLOGIA

NEUTRA
DETERMINISMO
DETERMINISMO INSTRUMENTALISMO
INSTRUMENTALISMO
otimismo
otimismo da
da esquerda
esquerda marxista
marxista tradicional:
tradicional: otimismo
otimismo liberal/positivista/moderno
liberal/positivista/moderno no no
força
força que
que molda
molda ee empurra
empurra inexoravelmente
inexoravelmente aa sociedade
sociedade progresso:
progresso: produzida
produzida em
em busca
busca da
da verdade
verdade ee da
da
mediante
mediante exigências
exigências dede eficiência
eficiência ee progresso
progresso que
que ela
ela eficiência
eficiência ee submetida
submetida ao
ao controle
controle externo
externo ee aa posteriori
posteriori
própria estabelece; hoje oprime mas amanhã,
própria estabelece; hoje oprime mas amanhã, quando quando da
da Ética,
Ética, pode
pode ser
ser usada
usada para
para satisfazer
satisfazer infinitas
infinitas
“apropriada”,
“apropriada”, libertará
libertará ee conduzirá
conduzirá aoao socialismo
socialismo necessidade
necessidade da da sociedade
sociedade

CONTROLÁVEL PELO HOMEM

CARREGADA DE VALORES
AUTÔNOMA

SUBSTANTIVISMO
SUBSTANTIVISMO ADEQUAÇÃO
ADEQUAÇÃO SÓCIO-TÉCNICA
SÓCIO-TÉCNICA
crítica
crítica marxista/pessimista
marxista/pessimista da da Escola
Escola de
de postura
postura engajada
engajada e
e otimista:
otimista: construção
construção social
social aa
Frankfurt: valores e interesses capitalistas
Frankfurt: valores e interesses capitalistas ser
ser reprojetada
reprojetada mediante
mediante aa internalização
internalização de
de valores
valores ee
incorporados
incorporados na
na sua
sua produção
produção condicionam
condicionam suasua dinâmica
dinâmica interesses alternativos às instituições onde é produzida;
interesses alternativos às instituições onde é produzida;
ee impedem
impedem seu
seu uso
uso em
em projetos
projetos políticos
políticos alternativos
alternativos pluralidade,
pluralidade, controle
controle democrático
democrático interno
interno ee aa priori
priori

Fonte: DAGNINO, R. O Pensamento Latino-Americano em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PLACTS) e a obra de Andrew Feenberg. In: NEDER, R. T. (Ed.). A Teoria Crítica de Andrew
Feenberg: Racionalização Democrática, Poder e Tecnologia. Brasília: Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América Latina / CDS / UnB / Capes, 2010, p. 25–48 )
O conceito de tecnologia como construção social: as dimensões sócio-
culturais da produção e apropriação do conhecimento
Reflexões ( Álvaro Vieira Pinto)
Dr.Domingos Leite Lima Filho
Técnica: ação humana intencional, onde o homem produz e se modifica (biológico e
social)
Evolução – estágios de domínio da técnica –impactos geopolíticos
Tecnologia e o advento da modernidade
Logos – racionalidade instrumenta/ compreensãol como um processo histórico coletivo
Instrumento de dominação
Ideologia – ser moderno
Ciência da epistemologia - pesquisa
Anibal Quijano
Colonialidade, poder, globalização e democracia

 Técnica + Ciência= Tecnologia (Eurocentrimo e Tecnocentrismo)


 Conceito de colonialidade do poder
 Formação de um padrão mundial de poder que impregna todas as áreas de
existência social e constituem a mais profunda e eficaz forma de dominação
social, material e intersubjetiva, e são por isso mesmo, a base intersubjetiva
mais universal de dominação política do atual padrão de poder.
A tecnologia e a educação tecnológica: elementos para uma
sistematização conceitual

Dr. Domingos Leite Lima Filho


Dr.Gilson Leandro Queluz

A ciência e a tecnologia são, portanto, construções sociais complexas,


forças intelectuais e materiais do processo de produção e reprodução
social. Como processo social, participam e condicionam as mediações
sociais, porém não determinam por si só a realidade, não são autônomas,
nem neutras e nem somente experimentos, técnicas, artefatos ou
máquinas; constituem-se na interação ação-reflexão-ação de práticas,
saberes e conhecimentos: são, portanto, trabalho, relações sociais
objetivadas.
A tecnologia e a educação tecnológica: elementos para uma
sistematização conceitual

Dr. Domingos Leite Lima Filho


Dr.Gilson Leandro Queluz

 Em síntese, trata-se de restituir a tecnologia aos contextos sociais e culturais nos


quais é produzida e apropriada historicamente. Nesse sentido, a partir do pressuposto
da existência de uma sociedade histórica e concretamente determinada, em que as
relações sociais capitalistas detêm a hegemonia na atualidade - porém, sem
considerar tais relações como naturais, eternas, ou isentas de contradições e de
movimentos de resistência e de construção de novas hegemonias no seio da hegemonia
existente e em contradição com ela – é que podemos avançar na discussão sobre a
conceituação de tecnologia e de sua produção, apropriação e inter-relação com os
processos de transformação social

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