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O que é conceito?

Definição do Aurélio
1. Representação dum objeto pelo pensamento,
por meio de suas características gerais.
2. Ação de formular uma idéia por meio de
palavras; definição, caracterização.
3. Pensamento, idéia, opinião.
5. Apreciação, julgamento, avaliação, opinião.
O problema central da análise de conceitos:

Uma definição nos leva a outros conceitos:


representação pensamento
objeto
idéia palavras

definição caracterização

características gerais

opinião avaliação julgamento


1. Conceitos e linguagem
Conceitos são expressos por palavras, mas
uma palavra pode expressar mais de um
conceito e um conceito pode ser expresso por
mais de uma palavra.

• O problema da ambiguidade.
Estratégias para evitar ambiguidades

a) Elaboração de um glossário.
Estratégias para evitar ambiguidades

a) Elaboração de um glossário.

b) Análise dos contextos onde o conceito


ocorre.
O poder corrompe?

Poder é a capacidade que um ser humano tem


de agir sobre o meio que o circunda. É claro
que nas relações interpessoais nós agimos
sobre outros seres humanos e sofremos a
ação deles sobre nós. Portanto, não faz
sentido dizer que o poder corrompe, pois, se
for mesmo este o caso, todos nós somos
corruptos - toda relação entre seres humanos
é uma relação de poder.
2. A noção de classe
Um conceito determina um conjunto de objetos (materiais
ou não) que possuem um conjunto de predicados.
Nesta noção podemos abordar:
a) a intensão (compreensão): predicados que são
compreendidos por um conceito;
b) a extensão: ao número de objetos que são
compreendidos pelo mesmo.

• Quanto maior a intensão do conceito menor a sua


extensão e vice-versa.
Exemplo:
Toda ação humana é egoísta. Existem ações que
são aparentemente altruístas, como a mãe que
arrisca a sua vida para salvar a de seu filho, mas
quando fazemos uma análise profunda destas
ações percebemos que elas tem uma motivação
egoísta, pois, no caso de nosso exemplo,
descobrimos que para a mãe, a dor da perda do
filho é pior que a morte, por conseguinte, ela
agiu motivada por um interesse próprio.
3. A noção de categoria
Conceitos ocorrem num determinado tipo lógico ou
categoria, e quando são usados fora da categoria
a qual pertencem, ocorre o erro categorial.
Ex.: Alguém, após conhecer todos os prédios da
universidade, pergunta: mas onde está
universidade?
• O erro é pensar que a própria universidade é um
prédio, quando, na verdade, é uma instituição.
Características do conceitos

1. São expressos por palavras.

2. Representam classe de objetos.

3. Seu significado é restrito à categoria onde


ocorrem.
Atividades de organização conceitual

1. Elaborar um glossário dos principais conceitos


que surgem na pesquisa.

2. Identificar os contextos onde os conceitos são


usados.

3. Buscar as definições dos conceitos


apropriadas a cada contexto de uso destes.
Questões empíricas/conceituais X questões
exclusivamente conceituais
Questões empíricas/conceituais X questões
exclusivamente conceituais
Tese: A democracia é o único sistema onde as
pessoas podem escolher livremente seus
governantes.

Razão que sustenta a tese: Porque na


democracia as pessoas escolhem seus
governantes através do voto universal.
Questões empíricas/conceituais X questões
exclusivamente conceituais
Tese: Toda ação humana tem, em última
instância, uma motivação egoísta.

Razão: Nós percebemos quer por trás de ações


aparentemente desinteressadas existe o
interesse do indivíduo em ser visto como
alguém bom.
Um método prático para decidir a natureza
da questão:

É preciso investigar se a razão que sustenta a


tese é uma definição.
Um método prático para decidir a natureza
da questão:

É preciso investigar se a razão que sustenta a tese é uma


definição.

A razão que sustenta a tese apresenta conceitos relativos a


valores morais e/ou políticos?
Caso afirmativo, ela será do tipo exclusivamente conceitual.
Ou seja, o que estará em jogo será a definição que dermos
para os conceitos morais e/ou políticos envolvidos na
razão que sustenta a tese.
Mapas conceituais

• O mapa conceitual, é uma representação gráfica


em duas dimensões de um conjunto de conceitos
construídos de tal forma que as relações entre eles
sejam evidentes.
• Os conceitos aparecem dentro de caixas nos nós do
grafo enquanto que as relações entre os conceitos
são especificadas através de frases de ligação nos
arcos que unem os conceitos, formando, desta
forma, frases com sujeito e predicado.
Uso dos mapas conceituais (MC)
1. O professor pode resumir o conteúdo através
do MC.
2. O professor pode avaliar a compreensão
conceitual que os alunos estão tendo do
conteúdo pedindo a realização do MC.
3. O MC pode ser usado para a elaboração de
trabalhos em grupo e de pesquisa.
Uso dos Mapas Conceituais na pesquisa

1. É um modo de estabelecer relações entre


conceitos de vários textos.
2. Pode ser usado para elaborar os textos dos
alunos ao longo da pesquisa.
3. É um ótimo instrumento para trabalhos em
grupo.
Texto sobre lei da natureza (1)

Uma proposição expressa uma lei da natureza quando


enuncia o que invariavelmente acontece. Assim, se
dissermos que corpos sem suporte caem e admitirmos
que a afirmação é uma lei da natureza, queremos dizer
que não há, não houve e não haverá um corpo sem
suporte que não caia. Nessa perspectiva, a “necessidade”
de uma lei consiste simplesmente no fato de não ter
exceções.
Na perspectiva que temos agora de considerar, tudo o que
se exige para haver leis na natureza é a existência de
constâncias de facto. No caso mais simples, a constância
consiste no fato de que eventos, ou propriedades, ou
processos de diferentes tipos estão invariavelmente
associados entre si.
Texto sobre lei da natureza (1)

Uma proposição expressa uma lei da natureza quando


enuncia o que invariavelmente acontece. Assim, se
dissermos que corpos sem suporte caem e admitirmos
que a afirmação é uma lei da natureza, queremos dizer
que não há, não houve e não haverá um corpo sem
suporte que não caia. Nessa perspectiva, a
“necessidade” de uma lei consiste simplesmente no
fato de não ter exceções.
Na perspectiva que temos agora de considerar, tudo o
que se exige para haver leis na natureza é a existência
de constâncias de facto. No caso mais simples, a
constância consiste no fato de que eventos, ou
propriedades, ou processos de diferentes tipos estão
invariavelmente associados entre si.
Texto sobre lei da natureza (2)
Se considerarmos as leis da natureza como ordens de um ser
superior, estamos a um pequeno passo de creditarmos às leis da
natureza a necessidade que pertence às leis da lógica. E essa é de
fato uma perspectiva que muitos filósofos sustentaram.
Tomaram por certo que uma proposição pode expressar uma lei da
natureza somente se exprimir que eventos ou propriedades de
certo tipo estão necessariamente conectados; e interpretaram essa
conexão necessária como idêntica, ou aproximadamente análoga, à
necessidade com que a conclusão se segue das premissas de um
argumento dedutivo; como sendo, em suma, uma relação lógica.
E isso lhes permitiu chegar à estranha conclusão de que as leis da
natureza podem, pelo menos em princípio, ser estabelecidas
independentemente da experiência: pois já que são verdades
puramente lógicas, têm de poder ser descobertas apenas com o
uso da razão.
Texto sobre lei da natureza (2)
Se considerarmos as leis da natureza como ordens de um ser
superior, estamos a um pequeno passo de creditarmos às leis da
natureza a necessidade que pertence às leis da lógica. E essa é de
fato uma perspectiva que muitos filósofos sustentaram.
Tomaram por certo que uma proposição pode expressar uma lei da
natureza somente se exprimir que eventos ou propriedades de
certo tipo estão necessariamente conectados; e interpretaram essa
conexão necessária como idêntica, ou aproximadamente análoga, à
necessidade com que a conclusão se segue das premissas de um
argumento dedutivo; como sendo, em suma, uma relação lógica.
E isso lhes permitiu chegar à estranha conclusão de que as leis da
natureza podem, pelo menos em princípio, ser estabelecidas
independentemente da experiência: pois já que são verdades
puramente lógicas, têm de poder ser descobertas apenas com o
uso da razão.
Sugestão de leitura e ferramenta:
Pensar com conceitos. John Wilson.
Martins Fontes.
Programa para Mapas Conceituais:
IHMC CmapTools
(É gratuito e tem versão em
português).
Para Collingwood a imaginação e o pensamento são na produção
artística no mínimo tão importantes quanto a expressão de emoções.
É pela imaginação que o artista refina e articula os seus sentimentos,
e é também pela imaginação que o auditório interpreta e
compreende os sentimentos expressos na obra de arte. Como
resultado, a obra de arte é capaz de produzir no auditório e no
próprio artista uma compreensão maior de seus próprios
sentimentos, e com isso uma ampliação e regeneração de seu
autoconhecimento e consciência.
É nessa ampliação e regeneração da consciência que Collingwood vê a
função da arte. Nossas emoções freqüentemente deixam de ser
associadas a certas idéias, posto que tais associações nos desagradam
e assustam. O resultado disso é o que Collingwood chama de
corrupção da consciência, a qual pode se estender à toda uma
sociedade, fazendo com que ela entre em decadência. A arte
verdadeira, por promover uma compreensão mais autêntica de nossa
vida emocional, serve de medicina contra a corrupção da consciência.

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