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Os primórdios da história da filosofia
ALBUM/AKG/LATINSTOCK
Diferente do pensamento oriental,
baseado no mito e na religião, a filosofia é
uma atividade da razão.
O modo pelo qual a filosofia surgiu na Grécia
é controverso. Há duas explicações: para
uma delas, essa transformação foi repentina
e única, ficando conhecida como “milagre
grego”. Para a outra, a passagem
do mito à filosofia foi lenta e gradual.
Para entender o surgimento da filosofia,
precisamos recuar até o período arcaico, Busto de mármore do filósofo
quando mudanças profundas ocorreram grego pré-socrático Heráclito
na Grécia. A principal delas foi o de Éfeso (c. 540 a.C.-c. 470
a.C.)
surgimento da pólis.
RABATTI – DOMINGIE/ALBUM/AKG/LATINSTOCK
Pré-socráticos – séculos VII-V a.C.,
na Jônia e na Magna Grécia.
Período clássico – séculos V a.C. e IV
a.C., em Atenas.
Período helenístico:
• Período grego (séculos III e II a.C.).
• Período romano ou imperial
(séculos I-III d.C.).
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A filosofia pré-socrática tratou da natureza.
Seu principal objetivo era encontrar o
princípio que explica e fundamenta a
multiplicidade e o movimento das coisas.
Diversas interpretações surgiram dessa busca.
• Os monistas acreditavam que tudo decorria
de um princípio. Heráclito acreditava que
“tudo flui”, mas foi criticado pelo eleata
Parmênides, que dizia que o ser,
princípio de tudo, era imóvel.
• Os pitagóricos acreditavam que o
Busto do filósofo grego pré-
número era o princípio de tudo. -socrático Demócrito de Abdera
• Os pluralistas acreditavam que tudo (c. 460 a.C.-c. 370 a.C.)
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cultural grego se deslocou
da Jônia e da Magna Grécia
para Atenas, onde se
desenvolveram plenamente
as noções de cidadania e de
democracia.
Os principais representantes
desse período da filosofia foram
Sócrates, Platão, Aristóteles e os
sofistas. Os temas da
investigação filosófica foram a
cosmologia, a antropologia, a Pintura do filósofo
moral e a política, exceção sofista grego
feita a Aristóteles, que ampliou Protágoras de Abdera
(c. 485 a.C.-c. 411
suas pesquisas para os temas a.C.)
próprios da natureza.
Capítulo 14 – A filosofia no período clássico
- Sabe-se que a filosofia nasceu com os gregos,
além disso, eles inauguraram as reflexões
filosóficas sobre a política (ato de refletir
racionalmente sobre o poder e sobre a
possibilidade de organização humana da vida
coletiva, sem recorrer aos mitos).
- A partir dessas reflexões, inventam a ideia de
democracia (povo + poder); Cidadão (homem
livre – não era considerado cidadão: mulher,
estrangeiro e escravo; Todo cidadão podia
participar da Assembleia na Ágora); Isonomia
(Igualdade de direito perante a lei); Isegoria
(Igualdade de direito à palavra na assembleia).
- Nas cidades (pólis) destaca-se a àgora = praça pública; destinada
para as trocas comerciais, na qual os cidadãos também se reuniam
para debater os assuntos da cidade e resolver problemas legais.
Os sofistas e a retórica
- Etimologia: sofista = sophós, isto é, sábio, ou ainda, professor de
sabedoria. Com os filósofos Sócrates e Platão o termo recebeu um
sentido pejorativo (aquele que usa de raciocínio capcioso, de má-
fé com intenção de enganar).
- Com os sofistas houve um deslocamento das questões filosóficas:
da cosmologia para a antropologia.
- Atuaram em Atenas no século V a. C. Ocupavam-se com o ensino e
eram itinerantes, além disso, inauguraram o costume de cobrar
pelas aulas (isso causou estranheza e por causa disso foram
denominados por Sócrates de mercenários do saber.
- De modo geral, os sofistas eram de camadas médias e não podiam
dedicar-se ao ócio digno. “O ócio digno era o emprego do tempo
apenas com a atividade intelectual, costume da aristocracia
liberada do trabalho de subsistência, ocupação própria dos
escravos” (p. 299).
- Os sofistas tinham a tarefa de legitimar e justificar a nova classe
em ascensão (comerciantes enriquecidos). Cabe lembrar, toda
compreensão de poder, todo ato político requer um ato teórico
para legitimá-lo e justifica-lo. Por de trás de toda ideia há um
sujeito de interesses e vice-versa.
- Também tinham a tarefa de ensinar retórica (arte de bem falar,
usar da linguagem, do discurso para persuadir. Note que não há
preocupação com a verdade, mas com a persuasão), essa
educação era destinada aos intelectuais – os nobres.
- Sofrem críticas de Sócrates e Aristóteles: afirmam que os sofistas
não estão preocupados com a verdade (sem ela não há filosofia).
Relevância dos Sofistas – “Sua
contribuição para a sistematização do
ensino foi notável, devido à elaboração
de um currículo de estudo: gramática (da
qual são iniciadores), retórica e dialética.
E, na tradição dos pitagóricos,
desenvolveram a aritmética, a geometria,
a astronomia e a música” (p. 299).
A filosofia grega antiga
Assim como ocorreu com os pré-
socráticos, restaram apenas
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fragmentos das obras dos sofistas.
Destacaram-se Protágoras, para o qual
“o homem é a medida de todas as
coisas”, e Górgias, cético quanto à
possibilidade do conhecimento.
As críticas aos sofistas feitas por
Sócrates, Platão e Aristóteles
influenciaram a opinião de muitos
filósofos. Para esses três pensadores,
os sofistas estavam mais
preocupados em enganar do que
Gravura dos filósofos
em conhecer a verdade. gregos Sócrates e
Górgias de Leôncio (c.
A importância dos sofistas na história 485 a.C.-c. 380 a.C.)
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Platão e Xenofonte e das peças de
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Aristófanes, que o ridicularizava.
Sócrates investigava temas
como a coragem, a virtude e
a justiça.
O método socrático era composto de dois
momentos: a ironia, que destruía o
pensamento do adversário, e a
maiêutica, que reconstruía o saber por
meio do diálogo.
Busto de Sócrates,
original grego do
Platão dedicou a obra conhecida como século IV a.C.
“Apologia de Sócrates” à morte de
seu
mestre, condenado
Capítulo 14 – pela cidade
A filosofia no períodoa tomar
clássico
cicuta.
Platão (428 a.C.-347 a.C.)
1- MITO DA CAVERNA:
Nível epistemológico, político, ético-pedagógico.
2- Dialética platônica: ascendente e descendente.
Mundo das ideias/das essências/inteligível e
mundo das aparências. Sair de um grau inferior
de conhecimento para um grau superior
3- Teoria da Participação: o mundo das
aparências é a imagem/reflexo do mundo das
essências. O mundo sensível existe na medida
em que participa do mundo das essências.
4- Teoria da reminiscência= memórias das ideias,
das essências, das formas.
Teoria da alma:
Alma superior e alma inferior
(irracível e apetitiva).
FILÓSOFO –
OURO INTELECTO
-GOVERNO
SOLADADO –
PRATA CORAGEM –DEFESA,
ALMA IRRACÍVEL
PESSOAS EM GERAL –
BRONZE
TRABALHAM PELA
SUBSISTÊNCIA-
PRAZERES, DESEJOS-
ALMA APETITIVA
UTOPIA PLATÔNICA
- Sofocracia – filósofo rei
e/ou rei filósofo
- Calípolis (cidade bela)