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literatura
Romantismo no Brasil
Segunda geração
Terceira geração
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
O índio tupi no seu canto de morte lembra o velho pai, cego e débil,
vagando sozinho, sem amparo pela floresta, e pede para viver:
* Ignavo: preguiçoso.
O chefe timbira manda soltá-lo. Não quer "com carne vil enfraquecer os fortes".
Solto, o jovem tupi perambula pela floresta até encontrar o pai. Este, pelo
cheiro das tintas utilizadas no ritual, pelo apalpar do crânio raspado do filho, e
por algumas perguntas sem resposta, desconfia de uma terrível fraqueza diante
dos inimigos. Pede então que o rapaz o leve até a aldeia timbira. Lá chegando,
exige, em nome da honra tupi, que a cerimônia antropofágica ritual seja
completada e que o filho seja morto. Mas o chefe timbira recusa-se, acusando o
guerreiro tupi de ter chorado covardemente diante de toda a aldeia. Neste
momento, o velho cego amaldiçoa o seu descendente:
Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de vis Aimorés. (...)
(1831 - 1852)
As faces de Ariel e Caliban
A característica intrigante de sua obra reside na arti-
culação consciente de um projeto literário baseado na con
tradição, talvez a contradição que ele próprio sentido como
adolescente. Esse aspecto é visível nas partes que formam
sua principal obra poética: Lira dos vinte anos.
anos A primeira
e a terceira partes mostram um Álvares de Azevedo adoles- cente,
casto, sentimental e ingênuo. Ele mesmo chama a essas partes d
as faces de Ariel,
Ariel isto, é a face do bem.
Quando se abre a segunda parte da Lira dos vinte anos,
anos contudo, o leitor
depara com um segundo prefácio da obra, com os seguintes dizeres:
Cuidado, leitor, ao voltar esta página!
Aqui dissipa-se o mundo viosionário e platônico. Vamos entrar num
mundo novo (...) Quase que depois de Ariel esbarramos em Caliban. (...) Nos meu lábios
onde suspirava a monotonia amorosa, vem a sátira que morde.
Com esse comentário o poeta introduz o leitor no mundo de Caliban,
Caliban que
retratam um mundo decadente, povoado de viciados, bêbados e prostitutas, de
andarilhos solitários, sem vínculos e sem destino: Noite na taverna e Macário.
Macário
Lira dos vinte anos
ARIEL E CALIBAN
As poesias são escritas sob o signo das entidades místicas Ariel e Caliban,
que foram tomadas emprestadas da peça A Tempestade, de William
Shakespeare. Pode-se dizer que, grosso modo, Ariel representa a face do
bem e Caliban, a do mal. Em Lira dos Vinte Anos, esses personagens
encarnam as duas facetas exploradas pelo autor na primeira e na segunda
partes do livro.
Lira dos vinte anos
-o amor,
-a mulher,
-e Deus.
Caliban
Calibam, por sua vez, é a face sarcástica, irônica e autocrítica do
fazer poético. Sobressaem os temas:
-melancolia,
-tristeza,
-morbidez e
-Satã.
Fonte: http://pt.shvoong.com/entertainment/plays/1658239-mac
%C3%A1rio/#ixzz3qESwC2Be
O condoreirismo
• A terceira geração romântica foi
chamada de condoreira ou de poesia
social, pois buscava demonstrar em sua
obra os problemas sociais do Brasil da
época, como escravidão, proletariado e
outros.O seu principal representante foi
Castro Alves.
Condoreirismo
• O nome provém de condor, ave que voa à
grande altitude. Simboliza a liberdade. Os
poetas dessa geração manifestaram-se
inconformados e lutaram em defesa dos
oprimidos e escravizados. A poesia desse
período ficou conhecida como poesia social.
Isso porque os temas defendiam os ideais do
abolicionismo e da República. Os poetas foram
bastante influenciados por Victor Hugo, poeta
francês, também preocupado com as causas
sociais (hugoanismo)
Obra condoreira
Navio Negreiro
O navio negreiro é um poema de Castro Alves e
um dos mais conhecidos da literatura
brasileira. O poema descreve com imagens e
expressões terríveis a situação dos africanos
arrancados de suas terras, separados de suas
famílias e tratados como animais nos navios
negreiros que os traziam para ser propriedade
de senhores e trabalhar sob as ordens dos
feitores.
Navio Negreiro
• Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara No
berço destes pélagos profundos!
• Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia Orquestra —
é o mar, que ruge pela proa, E o vento,
que nas cordas assobia
• Por que foges assim, barco ligeiro? Por
que foges do pávido poeta? Oh! quem
me dera acompanhar-te a esteira Que
semelha no mar — doudo cometa!
• Albatroz! Albatroz! águia do oceano, Tu
que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
Sobre a poesia lírica de
Castro Alves
• A poesia lírico-amorosa de Castro Alves, reunida
em Espumas Flutuantes, diferencia-se dos
românticos anteriores pela visão poética do amor
como sentimento plenamente vivenciado e
concretizado no plano emocional e no plano
físico. O amor é descrito com vigor, desejo e
sensualidade, através de metáforas da natureza.
A mulher amada é real, de carne e osso e a
paixão envolve e motiva o poeta a traduzir o
relacionamento amoroso em versos.
Espumas flutuantes
Castro Alves
Adormecida
(Espumas Flutuantes)
Castro Alves
Que o destino reserve a
vocês a vitória e acima de
tudo a alegria e o sucesso!!