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Princípios de Contabilidade (PC)

e
Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC)

DISCIPLINA: Contabilidade Básica


CURSO: Administração
TURMA: 3º Período
DOCENTE: Lívia Miranda
Eunápolis (BA)
Julho de 2016
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

o Representam a essência das doutrinas e teorias


relativas a Ciência da Contabilidade;
o Constituem a viga mestra da Ciência Social e
valem para todos os patrimônios de todas as
entidades;
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Os Princípios de Contabilidade representam a
essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da
Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
patrimônio das entidades.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
(Resolução CFC 750/93)
Art. 3º São Princípios de Contabilidade:
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

I. o da ENTIDADE;
II. o da CONTINUIDADE;
III. o da OPORTUNIDADE;
IV. o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V. o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
(Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
VI. o da COMPETÊNCIA; e
VII. o da PRUDÊNCIA.
ENTIDADE
o O patrimônio é o objeto da Contabilidade.
o O patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca
não é verdadeira.
o A soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas
numa unidade de natureza econômico-contábil.
o O patrimônio de seus proprietários não se
confunde com o da Entidade e vice-versa
Uma coisa é uma coisa ...

Entidade
Dono Empresa
Entendendo....
o A Contabilidade deve ter plena distinção e separação
entre pessoa física e pessoa jurídica.
o Enfim, o patrimônio da empresa jamais se confunde com o
dos seus sócios.
o A contabilidade da empresa registra somente os atos e os
fatos ocorridos que se refiram ao patrimônio da empresa
e, os relacionados com o patrimônio particular de seus
sócios, são contabilizados separadamente.
o Não se misturam transações de uma empresa com as de
outra, mesmo que ambas sejam do mesmo grupo
empresarial, é respeitada a individualidade.
CONTINUIDADE
o A Entidade é um organismo vivo que irá
operar por um período de tempo
indeterminado, a não ser que fortes
indícios mostrem o contrário.
o Não obstante, a continuidade ou não da
entidade deve ser considerada quando
das classificações e avaliações das
mutações patrimoniais
Entendendo ....
o Tal princípio diz que a empresa deve ser avaliada
e escriturada na suposição de que a entidade
nunca será extinta.
o As Demonstrações Contábeis não podem ser
desvinculadas dos períodos anteriores e
subseqüentes, a vida da empresa é continuada,
até circunstância esclarecedora em contrário.
OPORTUNIDADE
o Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao
processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.
o Parágrafo único. A falta de integridade e
tempestividade na produção e na divulgação da
informação contábil pode ocasionar a perda de sua
relevância, por isso é necessário ponderar a relação
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Entendendo ....

o Refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas
mutações, determinando que este seja
feito de imediato e com a extensão
correta, independentemente das causas
que as originaram
o Refere-se ao momento em que devem ser registradas as
variações patrimoniais.
o Devem ser feitas imediatamente e de forma integral,
independentemente das causas que as originaram,
contemplando os aspectos físicos e monetários.
o A integridade dos registros é de fundamental importância
para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os
fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das
filiais.
o Caso seja tratado um fato futuro, o registro deve ser feito
caso exista como provar o seu valor. São os casos de
provisões como o de férias e 13º salário.
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original
determina que os componentes do patrimônio devem
ser inicialmente registrados pelos valores originais
das transações, expressos em moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser


utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo
do tempo, de diferentes formas:
I. Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores
pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de
caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues
para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são
registrados pelos valores dos recursos que foram
recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de
caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo
no curso normal das operações; e
II. Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao
patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e
passivos, podem sofrer variações decorrentes dos
seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se
esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data
ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa,
não descontados, que seriam necessários para liquidar a
obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa


ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela
venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos
valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que
se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes
obrigações no curso normal das operações da Entidade;
a) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se
espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se
espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal
das operações da Entidade;
b) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um
passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso,
em uma transação sem favorecimentos; e
c) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo
da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros
contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos
valores dos componentes patrimoniais.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda
nacional devem ser reconhecidos nos registros
contábeis através do ajustamento da expressão formal
dos valores patrimoniais. A atualização monetária não
representa nova avaliação, mas, tão somente, o
ajustamento dos valores patrimoniais para determinada
data.
(Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
COMPETÊNCIA
o Art. 9º O Princípio da Competência determina que
os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou
pagamento.
o Parágrafo único. O Princípio da Competência
pressupõe a simultaneidade da confrontação de
receitas e de despesas correlatas.
Entendendo ...
o As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração
do resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
o A receita é considerada quando do momento da venda ou
da prestação de serviço, independentemente da realização
efetiva em caixa. A despesa é considerada efetivada
quando do reconhecimento de uma obrigação a pagar
relativa ao exercício, independentemente da efetiva saída
de caixa
o Este princípio está ligado ao registro de todas as
receitas e despesas de acordo com o fato gerador,
no período de competência, independente de terem
sido recebidas as receitas ou pagas as despesas.
o Assim, é fácil observar que o princípio da
competência não está relacionado com
recebimentos ou pagamentos, mas com o
reconhecimento das receitas auferidas e das
despesas incorridas em determinado período.
Entendendo o lucro
Regime de
Receitas competência

Deduções
Custos
- Consumos Despesas
IR e CS

Lucro
=Resultado Prejuízo
Entendendo o caixa
Regime de
+ Entradas caixa
Recebimentos
- Saídas Pagamentos
Ingressos
=Movimento Desembolsos

+ Saldo inicial
= Saldo final
PRUDÊNCIA
o Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor
valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do
PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem
o patrimônio líquido.
o Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de
certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários
às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que
ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e
despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade
ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Entendendo ...
o O princípio da prudência determina a adoção
do menor valor para os componentes do
Ativo e do maior valor para os componentes
do Passivo, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido
o O princípio da prudência especifica que ante duas
alternativas, igualmente válidas, para a
quantificação da variação patrimonial, será
adotado o menor valor para os bens ou direitos e
o maior valor para as obrigações ou exigibilidades.
o Assim, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis, será escolhido a opção que
diminuir mais o Patrimônio Líquido, ou o que o
aumentar menos.
Art. 11. A inobservância dos Princípios de
Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”,
“d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de
27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao
Código de Ética Profissional do Contabilista.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/1
0)
1.4 Introdução às Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC);
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) constituem-se
num conjunto de regras e procedimentos de conduta que
devem ser observados como requisitos para o exercício da
profissão contábil, bem como os conceitos doutrinários,
princípios, estrutura técnica e procedimentos a serem aplicados
na realização dos trabalhos previstos nas normas aprovadas
por resolução emitidas pelo CFC.

Fonte:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/normascontabilida
de.htm
, acesso em 08/07/2015, às 21:27h.
1.4 Introdução às Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC) - Continuação
A Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade está regulamentada
na Resolução CFC nº. 1.328/11.

As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e


Técnicas.

As Normas Profissionais estabelecem regras de exercício profissional e


classificam-se em:
NBC PG – Geral
NBC PA – do Auditor Independente
NBC PP – do Perito
1.4 Introdução às Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC) - Continuação
As Normas Técnicas estabelecem conceitos doutrinários, regras e
procedimentos aplicados de Contabilidade e classificam-se em:
NBC TG – Geral
•Normas Completas
•Normas Simplificadas para PMEs
•Normas Específicas

NBC TSP – do Setor Público


NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica
NBC TR – de Revisão de Informação Contábil Histórica
NBC TO – de Asseguração de Informação Não Histórica
NBC TSC – de Serviço Correlato
NBC TI – de Auditoria Interna
NBC TP – de Perícia
1.4 Introdução às Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC) - Continuação
IMPORTANTE:
As Normas foram renumeradas, de acordo com  a Resolução
do CFC nº. 1.329/11, para se ajustarem a nova estrutura das
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) na forma
aprovada pela Resolução CFC nº. 1.328/11. As Normas cuja
numeração ainda obedecem a Resolução CFC nº. 751/93
(NBC P ou NBC T), serão revisadas e reeditadas adotando-se
a nova estrutura de numeração das NBCs.

Fonte: (CFC, 2015). Disponível em


<http://www.portalcfc.org.br/coordenadorias/camara_tecnica/normas_bras
ileiras_de_contabilidade>
1.4 Introdução às Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC) - Continuação

Categorias de empresas x Normas Contábeis:

oGrande Porte – Lei 11.638/07 (NBC TG 1 a 46)


oPME – Res. 1.255/09 (NBC TG 1000) 35 SEÇOES
oME – Res. 1.418/12 (ITG 1000)
oEPP - Res. 1.418/12 (ITG 1000)
MENSAGEM
"Gênio é um por cento de inspiração e noventa e
nove por cento de transpiração."
Thomas Edison

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