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O UNIVERSO DA ANÁLISE
DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
DISCIPLINA: Contabilidade Gerencial
CURSO: Administração
TURMA: 5º Período
DOCENTE: Lívia Miranda
Eunápolis (BA)
Fevereiro de 2018
Conteúdo do Capítulo 3
3 O UNIVERSO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (DC)
3.1 Breve histórico;
3.2 A importância e a necessidade da análise das Demonstrações
Contábeis (DC);
3.3 Objetivos da análise das Demonstrações Contábeis (DC);
3.4 Usos e usuários da análise das Demonstrações Contábeis (DC);
3.5 Demonstrações Contábeis (DC) suscetíveis de análise e
procedimentos preliminares
3.6 Algumas técnicas de análise;
3.6.1 Indicadores;
3.6.2 Análise vertical e horizontal;
3.6.3 Análise da taxa de retorno sobre o investimento;
3.6.4 Análise de outras Demonstrações Contábeis;
3.7 Alguns cuidados para análise;
3.7.1 Interpretações de índices;
3.7.2 Reclassificação das Demonstrações Contábeis;
3.8 Metodologia da análise das Demonstrações Contábeis;
Uma pergunta importante ...
Informações Decisão
Tempo
Registro
A análise financeira e de balanços não
se constitui numa mera apuração de
índices cujas formas já se encontram
montadas ou formalizadas?
A análise da variação da
riqueza era realizada entre a
comparação de dois
inventários em momentos
distintos.
HISTÓRICO Continuação ...
No início da contabilidade, ela tinha como finalidade avaliar a
riqueza da Igreja e dos donos de rebanhos.
No final do século XIX, os banqueiros americanos
condicionaram a cessão de empréstimos a apresentação das
demonstrações (praticamente o balanço) por partes das
empresas que solicitavam crédito.
EXAME E
PADRONIZAÇÃO
COLETA DE DADOS
CÁLCULO DOS
INDICADORES
ANÁLISE VERTICAL E
ANÁLISE HORIZONTAL
COMPARAÇÃO COM
PADRÕES
RELATÓRIO
Usos e usuários da análise das Demonstrações
Contábeis
São muitos os usuários que recorrem a ela, seja para conhecer a
rentabilidade do Capital investido nas Entidades e o grau de
solvência para o cumprimento das suas Obrigações, seja para
avaliar o desempenho das Entidades, de acordo com interesses
específicos.
Alguns exemplos:
Bancos
Fornecedores
Administradores
Público Investidor
Sindicatos de Classe
Governo
A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DA ANÁLISE
Uma boa análise da situação econômica e financeira do
correntista, do fornecedor, do cliente, da própria empresa etc.
poderá evitar a ocorrência de situações desagradáveis, como:
Por Exemplo:
Gerar
Aplicar os Receitas
Captar Recursos para cobrir
Recursos (Investimento) Custos e
Despesas
Apurar
Possibilitando resultados
o retorno do positivos
investimento (Lucro)
O Administrador
(situação econômica)
RENTABILIDADE
NÍVEL INTERMEDIÁRIO
ANÁLISE DA
DOAR
ANÁLISE DOS
ALAVANCAGEM FLUXOS DE
FINANCEIRA CAIXA
ESTRUTURA DE NECESSIDADE
CAPITAL SITUAÇÃO CAPITAL DE
ESTRUTURA DE FINANCEIRA GIRO
CAPITAL
NÍVEL INTRODUTÓRIO
INDICES DE
ATIVIDADE
SITUAÇÃO
ECONÔMICA
MODELO DU LUCRATIVIDADE
PONT
ANÁLISE DO PRODUTIVIDADE
VALOR MVA
AGREGADO
INDICADORES DIVIDENDOS POR
COMBINADOS NÍVEL AVANÇADO AÇÕES
PROJEÇÕES BALANCED
LIQUIDEZ
DINÂMICA NÍVEL DE SCORECARD
PREÇOS EVA
ENTENDENDO O BALANÇO
Demonstrações
DVA Explica a distribuição da Renda Gerada Pela Empresa (PIB) Demonstrações
dos Fluxos de
das Mutações
Caixa
do PL
Explica as
Balanço Patrimonial Explica as
Variações no
Passivo variações do PL
caixa Ativo
Circulante Ano 1 Ano 2 Circulante Ano 1 Ano 2
Disponível xxx Xxx Fornecedor xxx Xxx
Dup. Rec. xxx Xxx Banco Pg. xxx Xxx
Estoque xxx Xxx Div. Pg. xxx Xxx
Total xxx Xxx Total xxx Xxx
Veja como a situação do Balanço Patrimonial da empresa acima fornece dados para
interpretação:
ORIGEM DOS RECURSOS
As fontes de recursos à disposição da empresa são de $ 27.000,00 (total do
passivo), sendo que $ 18.000, ou seja, 66,67% correspondem a Capitais Próprios
e $ 9.000, ou seja, 33,33% (total do passivo circulante e não circulante)
correspondem as Capitais de Terceiros.
Os Capitais Próprios estão assim compostos:
o Os valores financiados pelos sócios e acionistas foram de $15.000, ou seja,
55,55% das fontes de recursos.
o As reservas de lucros destinadas a garantir o capital próprio da empresa foram
de $3.000, ou seja, 11,11% das fontes de recursos.
Os Capitais de terceiros totalizam $ 9.000, ou seja, 33,33% correspondentes à
soma dos valores do passivo circulante com o passivo não circulante.
o O Passivo Circulante correspondem a débitos decorrentes do funcionamento
normal da empresa – Fornecedores (compras a prazo) e Salários a pagar,
representam 18,51% dos recursos adquiridos junto a terceiros.
o O Passivo não Circulante corresponde a débito decorrente de dívida assumida
pela empresa em longo prazo, representado 14,82%.
APLICAÇÃO DOS RECURSOS
As fontes de recursos à disposição da empresa foram
aplicadas no Ativo da seguinte forma:
o No Ativo Circulante, ou Capital de Giro Financeiro, foram
aplicados $ 20.000,00, que correspondem a 74,08%.
o No Ativo não Circulante, $ 7.000,00 que equivalem 25,93%.
As fontes de recursos aplicados no Ativo Circulante estão
assim compostas:
o $ 2.000, ou seja, 7,41% dos recursos foram aplicados em
disponibilidades (Caixa e Bancos).
o $ 8.000, ou seja, 29,63% dos recursos foram aplicados em
direitos a serem realizados (Créditos) que foram aplicados em
estoque a serem revendidos (Mercadorias).
o $ 10.000, ou seja, 37,04% representam as despesas
antecipadas, como seguros a vencer.
APLICAÇÃO DOS RECURSOS – Continuação ...
As fontes de recursos aplicados no Ativo não Circulante
estão assim compostas:
o $ 1.000, ou seja, 3,70% dos recursos foram aplicados em imóveis
para venda a realizar após a longo prazo.
o $ 1.000, ou seja, 3,70% dos recursos foram aplicados em
investimentos (Participações em empresas).
o $ 2.000, ou seja, 7,42% dos recursos foram aplicados no
imobilizado em bens de uso (Veículos, Móveis e Equipamentos).
o $ 2.000, ou seja, 7,41% dos recursos foram aplicados em bens
intangíveis como Fundo de comércio.
o $ 1.000, ou seja, 3,70% dos recursos foram aplicados em gastos
pré-organizacionais.
Além desses dados que acabamos de analisar, poderão ser
extraídos outros dados para fins de análise. A interpretação
será estudada nos capítulos seguintes.
Observe a seguinte Demonstração do Resultado do Exercício (não
reclassificada):
Veja como a demonstração acima permite a extração de dados para serem interpretados:
Análise Vertical da DRE:
O Custo das Mercadorias Vendidas, que foi de $ 12.000, correspondem a
40% da Receita Líquida com Vendas.
Índice → Contas a receber = Ano 2000 > Ano 2001 > Ano 2002
Contas a pagar 1,50 1,46 1,39
Fórmula:
Número índice = Variação da conta (Ano 2 – Ano 1) x 100
Valor da Conta inicial (Ano 1)
AC 100 PC 50
( - ) saída de $ (49) ( - ) pagamento (49)
51 1
Dados da Cia Y
Lucro em 20X0 ------------ $ 5 milhões ----- base
Lucro em 20X1 ------------ $ 4 milhões ----- - 20%
Lucro em 20X2 ------------ $ 4,8 milhões ----- - 4%
Reclassificação
• Nova classificação, um novo reagrupamento.
• Melhorar a eficiência da análise.
1) Imóvel à venda:
Reclassificar no Ativo Circulante
2) Receita financeira:
Legalmente é Operacional, mas na realidade o ideal seria no
grupo Não Operacional. Se quisermos apurar a verdadeira taxa
de rentabilidade obtida pela atividade operacional, deveremos
reclassificar tanto as Despesas financeiras como as Receitas
Financeiras no grupo Não Operacional.
Reclassificação – continuação...
3) Duplicatas Descontadas:
São classificadas subtrativamente em Duplicatas a Receber no Ativo
Circulante. Por isso, deverão ser Reclassificadas no Passivo
Circulante.
Exemplo: A Empresa A trabalha opera com Duplicatas Descontadas
e a Empresa B com Empréstimos Bancários, ambas as empresas
terão no Passivo Circulante uma dívida com terceiros, embora, no
caso de duplicatas descontadas, haja apenas a coobrigação.
Em relação às Empresas A e B, vamos admitir que
ambas tenha um Ativo Circulante de $ 2,0 milhões e um Passivo
Circulante de $ 1,0 milhão. Ambas resolvem recorrer ao mercado
financeiro p/ um reforço de Caixa na ordem de $200 mil: a 1ª
desconta duplicatas, a 2ª obtém empréstimo bancário (sem
considerar as despesas financeiras), vejam como seria o antes e
depois da reclassificação:
Em mil Em mil
Empresa A Empresa B
Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Circulante Passivo Circulante
2.000 1.000 2.000 1.000
+ entrada de $ 200 . . . . + entrada de $ 200 . . .
- Dupl. Desc. (200) nada alterou - . . - + empr. banc. 200
2.000 1.000 2.200 1.200
- a relação será de $ 2,00 para - a relação será de 1,83 para
$ 1,00 (nada alterou) 2.000 = 2,00 $ 1,00 (reduziu capacidade
1.000 de pagamento) 2.200 = 1,83
1.200
Em mil Em mil
Empresa A Empresa B
Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Circulante Passivo Circulante
2.000 1.000 2.000 1.000
+ entrada de $ 200 . . . . + entrada de $ 200 . . .
+ dupl. desc. 200 . . - + empr. banc. 200
2.200 1.200 2.200 1.200
- a relação será de $ 1,83 para - a relação será de 1,83 para
$ 1,00 (o mesmo ) 2.200 = 1,83 $ 1,00 (reduziu capacidade
1.200 de pagamento) 2.200 = 1,83
1.200
1.200
o mesmo
endividamento
Reclassificação – continuação...
3) Despesa do Exercício Seguinte :
Essa despesa reduzirá o lucro do próximo exercício e,
consequentemente, o Patrimônio Líquido. Por isso, os analistas
mais conservadores preferem, na ocasião da análise, já deduzir
do PL aquela despesa futura (excluindo-a do Ativo Circulante).
Síntese...
No Balanço Patrimonial, temos as seguintes contas que deverão
ser reclassificadas:
Na DRE, temos:
Comparação Diagnóstico
Escolha de Decisões de
com ou
Indicadores análise
padrões conclusões
(Nicolau Maquiavel)
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
VAMOS
RESOLVER?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: uma abordagem
prática: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento
empresarial. - 10ª. ed. - São Paulo: Atlas, 2012.