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2 Exame e Padronização

das Demonstrações
Contábeis
Introdução
O processo de análise começa onde termina o processo contábil, pois o analista
precisa ter em mãos as peças contábeis para iniciar seus trabalhos.
Para Matarazzo (2007, p. 17) “A preocupação básica do contador são os registros
das operações”. Ele deve averiguar a idoneidade dos documentos, cumprir todos os
procedimentos para apuração dos dados contábeis. “O contador procura captar, organizar
e compilar dados.”
Mas quanto ao analista, Matarazzo (2007, p.17) afirma que ele, preocupa-se com
as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações
que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal
administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem
evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou continuará operando.
Deve prestar informações de fundamental importância, porque elas são necessárias
ao processo de tomada de decisões pelos administradores de uma entidade, bem como
pelos demais usuários.
A análise de balanços refere-se ao estudo das demonstrações contábeis de uma
empresa com o propósito de avaliar sua situação econômico-financeira.
Matarazzo (2007, p.15-16) destaca que: As demonstrações financeiras fornecem
uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise de balanços
transforma esses dados em informações e será tanto mais eficientes quanto melhores
informações produzir. A figura 1 abaixo, apresenta essa relação entre dados e informações.

Figura 1 - Sequência do processo contábil e de análise.

Fonte: Matarazzo (1998, p. 18).


É importante a distinção entre dados e informações. Dados são números ou
descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no
leitor. Informações representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode
produzir reação ou decisão, baseadas na análise dos dados fornecidos.
Como pode ser visto na Figura 2, logo abaixo, o primeiro passo na Análise das
Demonstrações Contábeis é a preparação dos dados, visando à adequada apresentação da
situação patrimonial e financeira da empresa, através do Exame e Padronização dos
relatórios contábeis.

Figura 2 - Processo de Análise das Demonstrações Contábeis.

Fonte: Adaptado de Ribeiro (1997).

Os relatórios finais da análise das demonstrações contábeis, portanto, devem


oferecer informações claras e concisas e de fácil entendimento para seus usuários.
Segundo Assaf Neto (2006, p. 58) “A análise das demonstrações financeiras não é
somente desenvolvida por meio de aplicações de técnicas, mas também orientada em
grande parte, pela sensibilidade e experiência do analista.”
Três procedimentos preliminares são fundamentais para o desenvolvimento de uma
correta análise financeira:

a) Eliminar as distorções provocadas pela inflação nos valores constantes das


demonstrações contábeis;
b) Reclassificar algumas contas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do
Resultado do Exercício, a chamada padronização; e
c) Fazer um comparativo com padrões pré-estabelecidos.
Padronização das Demonstrações
A Contabilidade, em decorrência do seu próprio método, só é capaz de registrar
fatos avaliáveis monetariamente e é sabido que decisões tomadas pelos usuários da
informação contábil muitas vezes são influenciadas por aspectos qualitativos que,
normalmente, escapam do alcance da Contabilidade.
Além disso, não existe um plano de contas padronizado para as empresas em geral,
como é o caso das entidades subordinadas à Agências Reguladoras, que permite que os
demonstrativos sejam publicados dentro de um padrão.
Para as empresas em geral e, principalmente, para as empresas subordinadas à
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é necessário realizar uma padronização no
Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício, facilitando o processo
de análise.
A padronização consiste numa crítica às contas das demonstrações contábeis, bem
como na transcrição delas para um modelo previamente definido.
Após estar ciente das necessidades dos usuários aos quais serão dirigidos os
relatórios de análise, o analista deverá examinar minuciosamente cada uma das contas que
compõem as demonstrações contábeis da empresa objeto da análise. Os motivos que levam
à padronização são os seguintes (MATARAZZO, 1998):

• Simplificação
Um balanço apresentado segundo a Lei das Sociedades Anônimas, por exemplo,
compreende cerca de sessenta contas. Isso dificulta a visualização do balanço. Quando se
colocam lado a lado três balanços com sessenta valores cada um e se calculam os
percentuais de variação de um ano para outro, bem como a composição percentual de cada
balanço (que é chamada análise vertical e horizontal), chega-se a 540 números, o que
complica enormemente o trabalho de um analista.

• Comparabilidade
Com exceção das companhias que operam em ramo no qual existe um plano de
contas legal obrigatório (como acontece com bancos, seguradoras, etc.), toda empresa tem
seu próprio plano de contas, com maior ou menor grau de detalhes e com títulos de contas
em que é difícil descobrir a origem. Como a análise se baseia em comparação, só faz
sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo que permita
comparação com outros balanços.

• Adequação aos objetivos da análise


Há pelo menos uma conta que deve sempre ser reclassificada: Duplicatas
Descontadas. Do ponto de vista contábil, é uma dedução de Duplicatas a Receber; do ponto
de vista de financiamentos, porém, é um recurso tomado pela empresa junto aos bancos,
devido à insuficiência de recursos próprios. Em nada se distingue de empréstimos
bancários, do ponto de vista financeiro. Por isso, as Duplicatas Descontadas devem figurar
no Passivo Circulante.
• Precisão nas classificações de contas
É frequente encontrarem-se balanços e demonstrações de resultados com falhas nas
classificações de contas, como, por exemplo, certos investimentos de caráter permanente
que aparecem no Ativo Circulante, empréstimos de curto prazo que aparecem no Passivo
não Circulante.

A seguir, eis o modelo do Balanço Patrimonial, para fins de análise:

Balanço Patrimonial
ATIVO Ano 01 (R$) Ano 02 (R$) PASSIVO Ano 01 (R$) Ano 02 (R$)
Circulante Circulante
Caixa 800,00 1.440,00 Fornecedores 570,00 1.070,00
Clientes 1.620,00 3.510,00 Salários a Pagar 180,00 190,00
Estoques 3.100,00 2.100,00 Contas a Pagar 120,00 80,00
Não Circulante ICMS a Recolher 350,00 590,00
ARLP 100,00 100,00 Empréstimos 1.200,00 0,00
Investimentos Não Circulante
Controladas 2.200,00 2.500,00 Financiamentos 4.800,00 5.600,00
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQ.
Vlr. Histórico 8.280,00 9.000,00 Capital Social 6.000,00 7.000,00
(–) Dep. Acum. (2.500,00) (3.400,00) Res. de Lucros 380,00 720,00
TOTAL DO ATIVO 13.600,00 15.250,00 TOTAL DO PASSIVO 13.600,00 15.250,00

Ribeiro (1997) recomenda a verificação dos seguintes elementos das contas do


balanço para análise:
• Saldo da Conta Caixa – geralmente o saldo desta conta é composta por vales, cheques
e dinheiro. É importante conhecer a participação dos vales no montante e se serão
ressarcidos imediatamente ou não. É importante conhecer as datas dos vencimentos dos
cheques pré-datados; o mais correto seria reclassificar em contas a receber de clientes.
• Conta Bancos Conta Movimento – verificar se foram realizadas conciliações bancárias.
• Conta Aplicações de Liquidez Imediata – verificar se são de curtíssimo prazo e se estão
contabilizadas pelo valor nominal.
• Conta Cliente ou Duplicatas a Receber – verificar o percentual de vendas à vista e das
vendas a prazo no volume das vendas totais; o percentual de duplicatas não recebidas; os
prazos de vencimentos, bem como os valores que vencem a 15, 30, 60 ou mais dias; os
descontos previstos no caso de recebimento antecipados; a existência de títulos em carteira
descontados, caucionados ou em cobrança bancária. As duplicatas descontadas devem ser
classificadas no passivo circulante.
• Conta Estoques – é importante verificar: os métodos utilizados para registro dos
estoques, se o inventário é periódico ou permanente, qual critério para a avaliação (PEPS,
UEPS, Custo Médio); a existência de itens obsoletos; o percentual de vendas à vista e a
prazo; e, os prazos de rotação dos estoques, etc. Também se deve verificar os bens
destinados à venda, à fabricação e os materiais de uso nos departamentos.
• Conta Fornecedores ou Duplicatas a Pagar – as mesmas observações de duplicatas a
receber (volume de compras, datas de vencimentos das duplicatas, percentuais de
descontos para pagamentos antecipados, etc.).
• Conta Reservas – é importante a verificação dos valores que se referem a exercícios
anteriores e os calculados no exercício atual.

Na análise, para determinados fins, deve-se considerar somente o ativo e o passivo


real. Ativos fictícios devem ser expurgados do Balanço Patrimonial. Tais ativos são contas
que representam, no todo ou em parte, valores incobráveis ou imprestáveis, entre outras.
As principais características da padronização são as seguintes:
• o Ativo apresenta apenas as contas essenciais;
• o Ativo Circulante é dividido em Financeiro e Operacional;
• no ativo as contas retificadoras não aparecem, pois na padronização devem aparecer com
os valores líquidos (ajustados), exceto Duplicatas descontadas que vai para o passivo;
• o Passivo Circulante é dividido em Operacional e Financeiro, sendo que as Duplicatas
Descontadas fazem parte deste último;
• no lado do Passivo, acha-se um subtotal representado por Capitais de Terceiros, ou seja,
Passivo Circulante + Passivo não Circulante;
• no Patrimônio Líquido aparecem apenas o Capital Social já deduzido de eventuais Capital
a Realizar e Reservas de Capital;
• a Demonstração do Resultado evidencia apenas os valores fundamentais para análise; a
Receita Líquida de Vendas está deduzida das Devoluções e Abatimentos e Impostos (em
determinadas análises é importante considerar a receita bruta, principalmente quando se
quer conhecer os impostos, devoluções e abatimentos); e
• as Receitas e Despesas Financeiras estão líquidas dos efeitos inflacionários.

A seguir, eis um modelo de Demonstração do Resultado do Exercício para fins de


Análise:

Demonstração do Resultado do Exercício - DRE


Descritores ANO 01 ANO 02
(+) Receita de Vendas 23.800,00 34.500,00
(=) Receita Operacional Bruta (ROB) 23.800,00 34.500,00
(–) ICMS sobre Vendas (2.380,00) (5.450,00)
(=) Receita Operacional Líquida (ROL) 21.420,00 29.050,00
(–) CMV - Custo da Mercadoria Vendida (14.500,00) (16.800,00)
(=) Lucro Operacional Bruto (LOB) 6.920,00 12.250,00
(–) Despesas Gerais e Administrativas (1.400,00) (1.550,00)
(–) Salários e Encargos Sociais (2.800,00) (2.800,00)
(–) Despesas Financeiras (300,00) (350,00)
(+) Receitas Financeiras 20,00 90,00
(–) Depreciação de Bens (900,00) (900,00)
(=) Lucro Operacional Líquido (LOL) 1.540,00 6.740,00
(+) Receita de Equivalência Patrimonial 300,00 300,00
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda e CSLL (LAIR) 1.840,00 7.040,00
(–) Impostos sobre o Lucro (700,00) (4.900,00)
(=) Lucro Depois do Imposto de Renda e CSLL (LDIR) 1.140,00 2.140,00
(–) Participações (800,00) (800,00)
(=) Lucro Líquido do Exercício (LLE) 340,00 1.340,00

Outrossim, é importante salientar que a análise das demonstrações contábeis é


conhecida, também por Análise das Demonstrações Financeiras e Análise de Balanços,
esta última devido à sua origem, quando as constatações ficavam restritas ao balanço.
Para uma boa análise deve estudar todas as demonstrações contábeis relevantes e
não só o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.
Além destas duas demonstrações, sem dúvida fundamentais, é conveniente analisar
as demais demonstrações. É prudente registrar que todas as demonstrações explicam parte
do Balanço Patrimonial.
A Figura 3 abaixo demonstra o fluxo das demonstrações contábeis, evidencia a
função do contador e posteriormente do analista, até que se atinja os resultados desejados.

Figura 3 – Fluxo do processo contábil para a análise das demonstrações contábeis.

Fonte: Adaptado de Ribeiro (1997) e Lei 11.638 (2007).

A seguir é apresentado os modelos de mais duas demonstrações contábeis


padronizadas para fins de análise, a DFC e a DVA.
Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC
Descritores Ano 01 Ano 02
I - Fluxos das Atividades Operacionais:
Resultado do Exercício 27.000,00 35.000,00
(+) Depreciação 15.000,00 15.000,00
(–) Ganho na Venda de Bens (2.000,00) -3.500,00
(=) Lucro Ajustado 40.000,00 46.500,00
(+) Aumento de Duplicatas a Receber 30.000,00 10.000,00
(–) Diminuição de Estoques (35.000,00) -20.000,00
(+) Diminuição de Fornecedores 12.000,00 26.000,00
(–) Aumento de Salários a Pagar (4.000,00) -10.000,00
(=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais 43.000,00 52.500,00
II - Fluxos das Atividades de Investimentos:
(+) Vendas de Investimentos /Imobilizado 65.000,00 76.000,00
(–) Compras de Investimentos /Imobilizado (23.000,00) -78.000,00
(=) Caixa Líquido Gerado pelas Ativ. de Investimentos 42.000,00 -2.000,00
III - Fluxos das Atividades de Financiamentos:
(+) Integralização do Capital 5.000,00 0,00
(+) Empréstimos Bancários 75.000,00 200.000,00
(–) Amortização de Financiamentos (155.000,00) -190.500,00
(=) Caixa Líquido Utilizado pelas Ativ. de Financiamentos (75.000,00) 9.500,00
Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III) 10.000,00 60.000,00
Saldo Inicial das Disponibilidades: 130.000,00 140.000,00
Saldo Final das Disponibilidades: 140.000,00 200.000,00

Demonstração do Valor Adicionado - DVA


Descritores Ano 01 Ano 02
I - Receitas (REC) 13.500,00 26.800,00
II - Insumos de Terceiros (INS) (7.440,00) (18.500,00)
III - Valor Adicionado Bruto (VAB) 6.060,00 8.300,00
IV - Depreciação, Amortização e Exaustão (DAE) (110,00) (110,00)
V - Valor Adicionado Líquido (VAL) 5.950,00 8.190,00
VI - Valor Adicionado Recebido em Transferência 1.120,00 1.000,00
VII - Valor Adicionado a Distribuir 7.070,00 9.190,00
VIII - Distribuição do Valor Adicionado 7.070,00 9.190,00
- Pessoal 1.760,00 1.840,00
- Governo 3.450,00 4.770,00
- Capital de Terceiros 510,00 680,00
- Capital Próprio 1.350,00 1.900,00
Para relembrar a estrutura da DFC e da DVA, vamos utilizar os seguintes registros
contábeis constantes no Balancete de Verificação a seguir:

CONTAS DÉBITO CONTAS CRÉDITO


Depreciação 110,00 Capital Social 900,00
Aplicações Financeiras (CP) 630,00 Duplicatas a Pagar 960,00
Serviços de Terceiros 90,00 Demais Contas a Pagar 90,00
Caixa e Bancos 2.060,00 Depreciação Acumulada 110,00
Despesa de Equiv. Patrimonial 230,00 Dividendos a Pagar 54,00
Custo das Mercadorias Vendidas 7.000,00 PECLD 100,00
Despesas com Salários 500,00 Ganho de Capital 350,00
Comissões de Vendas 1.630,00 Financiamentos (LP) 1.850,00
Ações em Tesouraria 450,00 Fornecedores 2.230,00
Clientes 800,00 Tributos a Recolher 650,00
Empréstimos a Controladas 270,00 Receitas Financeiras 1.350,00
Estoques 1.440,00 Receita Bruta de Vendas 13.500,00
Impostos a Recuperar 350,00 Reserva de Incentivos Fiscais 180,00
Impostos sobre Vendas 3.170,00 Reserva Legal 26,00
Instalações 550,00 Reserva para Contingências 300,00
Marcas e Patentes 900,00 Reserva Estatutária 120,00
Outras Despesas Operacionais 460,00 Salários a Pagar 500,00
Participações em Debêntures 100,00 0 0,00
Participações de Empregados 50,00 0 0,00
Provisão para IR e CSLL 50,00 0 0,00
Despesas Financeiras 510,00 0 0,00
Terrenos 1.530,00 0 0,00
Veículos 290,00 0 0,00
Desp. c/ PECLD 100,00 0 0,00
TOTAL 23.270,00 TOTAL 23.270,00

Utilizando o Balancete de Verificação acima, foram alocadas as contas do Balanço


Patrimonial e da DRE, para então elaborar os demonstrativos em questão.

BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Circulante Ano 2 Ano 1 Passivo Circulante Ano 2 Ano 1
Caixa e Bancos 2.060,00 400,00 Fornecedores 2.230,00 1.000,00
Clientes 800,00 0,00 Contas a Pagar 1.050,00 1.300,00
(-) PECLD (100,00) 0,00 Salários a Pagar 500,00 200,00
Estoques 1.440,00 4.600,00 Imp. a Recolher 650,00 430,00
Aplic. Fin. CP 630,00 600,00 Dividendos a Pg 54,00 0,00
Imp. a Recuperar 350,00 300,00 Passivo ñ Circ.
Ativo ñ Circ. Emp. a Pagar LP 1.850,00 3.850,00
Investimentos 270,00 500,00 Patrimônio Líquido
Imobilizado 2.370,00 640,00 Capital Social 900,00 900,00
(–) Dep. Acum. (110,00) 0,00 Res. de Lucros 1.826,00 710,00
Intangível 900,00 900,00 (–) Ações em Tes. (450,00) (450,00)
Total Ativo 8.610,00 7.940,00 Total Passivo/PL 8.610,00 7.940,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


(+) Receita Bruta de Vendas 13.500,00
(=) Receita Operacional Bruta (ROB) 13.500,00
(–) Impostos sobre Vendas (3.170,00)
(=) Receita Operacional Líquida (ROL) 10.330,00
(–) Custo das Mercadorias Vendidas (7.000,00)
(=) Lucro Operacional Bruto (LOB) 3.330,00
(–) Despesas Operacionais (2.050,00)
(=) Lucro Operacional Líquido (LOL) 1.280,00
(+) Outras Receitas 120,00
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda / CSLL (LAIR) 1.400,00
(+) Provisão para IR e CSLL (50,00)
(=) Lucro Depois do Imposto de Renda / CSLL (LDIR) 1.350,00
(+) Participações (150,00)
(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (LLE) 1.200,00

Agora, analisando as contas dos demonstrativos acima, foram alocadas as contas


relacionadas a cada fluxo de atividade da empresa, com foco na DRE, quanto aos ajustes
no Lucro Líquido do Exercício, e no Balanço Patrimonial, quanto às variações das contas
do Ativo e Passivo circulantes, que afetaram a conta Caixa:

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA


I - FLUXO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (FAO)
(+) Lucro Líquido do Exercício 1.200,00
(+) Depreciação 110,00
(+) Despesa de Equivalência Patrimonial 230,00
(–) Ganho de Capital (350,00)
(+) Diminuição do Ativo Circulante 620,00
(+) Aumento do Passivo Circulante 1.500,00
(=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais 3.310,00
II - FLUXO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (FAI)
(+) Venda de Imobilizado 1.350,00
(–) Compra de Imobilizado (1.000,00)
(=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades de Investimentos 350,00
III - FLUXO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS (FAF)
(+) Aquisição de Empréstimos 1.000,00
(–) Amortização de Empréstimos (3.000,00)
(=) Caixa Líquido Consumido pelas Atividades de Financiamentos (2.000,00)
VARIAÇÃO DE CAIXA 1.660,00
Saldo Inicial da Conta Caixa 400,00
Saldo Final da Conta Caixa 2.060,00

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO


I- RECEITA BRUTA (REC) 13.750,00
(+) Receita Bruta de Vendas 13.500,00
(+) Ganho de Capital 350,00
(–) Perdas Estim. p/Crédito de Liq. Duvidosa (100,00)
II - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (INS) (7.900,00)
(–) Custo das Mercadorias Vendidas (7.000,00)
(–) Impostos a Recuperar (350,00)
(–) Serviços de Terceiros (90,00)
(–) Outros (460,00)
III - VALOR ADICIONADO BRUTO (VAB) [ I – II ] 5.850,00
IV- RETENÇÕES (DAE) (110,00)
(–) Depreciação (110,00)
V - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (VAL) [ III – IV ] 5.740,00
VI- VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (VRT) 1.120,00
(+) Receitas Financeiras 1.350,00
(–) Despesa de Equivalência Patrimonial (230,00)
VII- VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (VTD) [ V + VI ] 6.860,00
VIII- DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) 6.860,00
(=) PESSOAL 2.130,00
Despesas com Salários 500,00
Comissões de Vendas 1.630,00
(=) GOVERNO 2.870,00
Provisão para IR e CSLL 50,00
Impostos sobre Vendas 2.820,00
(=) CAPITAL DE TERCEIROS 510,00
Despesas Financeiras 510,00
(=) CAPITAL PRÓPRIO 1.350,00
Lucros Retidos 1.200,00
Participações em Debêntures 100,00
Participações de Empregados 50,00

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