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Balanços
Breve histórico
MARION (2010), afirma que é comum afirmar que a Análise das Demonstrações
Contábeis é tão antiga quanto a própria Contabilidade. Se nos reportarmos para o início
provável da Contabilidade (+/- 4000 a.C), em sua forma primitiva, encontraremos os
primeiros inventários de rebanho (o homem que voltava sua atenção para a principal
atividade econômica: o pastoreio) e a preocupação da variação de sua riqueza (variação do
rebanho).
A análise da variação da riqueza realizada entre a comparação de dois inventários
em momentos distintos leva-nos a um primeiro sintoma de que aquela afirmação (análise
tão antiga quanto a própria Contabilidade) é possível.
Todavia, remonta de época mais recente o surgimento da Análise das
Demonstrações Contábeis de forma mais sólida, mais adulta. É no final do século XIX que
observamos os banqueiros americanos solicitando as demonstrações (praticamente o
Balanço) às empresas que desejavam contrair empréstimos.
E por se exigir, de início, apenas o Balanço para análise é que se originou a
expressão Análise de Balanços, que perdura até nossos dias. Com o tempo, começaram se
a exigir outras demonstrações para análise e para concessão de crédito, como a
Demonstração do Resultado do Exercício; todavia, a expressão Análise de Balanços já é
tradicionalmente utilizada. Como forte argumento para a consolidação da denominação
Análise de Balanços, salientamos que a Demonstração do Resultado do exercício foi
conhecida, em certo período, como Balanço Econômico (Balanço de Resultado). A
denominação de Fluxo de caixa já foi conhecida como Balanço Financeiro; então, tudo era
Balanço.
A Análise das Demonstrações Contábeis, também conhecida como Análise das
Demonstrações Financeiras, desenvolve-se ainda mais com o surgimento dos Bancos
Governamentais bastante interessados na situação econômico-financeira das empresas
tomadoras de financiamentos.
A abertura do Capital por parte das empresas (Corporations - S.A), possibilitando
a participação de pequenos ou grandes investidores como acionistas, leva-os à escolha de
empresas mais bem-sucedidas, tornando-se a Análise das Demonstrações Contábeis um
instrumento de grande importância e utilidade para aquelas decisões.
As operações a prazo de compra e venda de mercadorias entre empresas, os
próprios gerentes (embora com enfoques diferentes em relação aos outros interessados),
na avaliação da eficiência administrativa e na preocupação do desempenho de seus
concorrentes, os funcionários, na expectativa de identificarem melhor a situação
econômico-financeira, vêm consolidar a necessidade imperiosa da Análise das
Demonstrações Contábeis.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo - ARLP PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Investimentos Capital Social
Imobilizado Reservas de Capital
Intangível Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
(–) Ações em Tesouraria
(–) Prejuízos Acumulados
Ativo
Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP): São os ativos, cujos prazos esperados de
realização situem-se após o término do exercício subsequente à data do Balanço
Patrimonial, como Investimentos, Contas a Receber, Duplicatas a Receber. Neste subgrupo
destaca-se a conta Adiantamento ou Empréstimos a Sócios, Acionistas, Diretores,
Administradores que não sejam objetos das atividades da empresa.
Intangível: É composto pelos direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados
à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido. O grupo do intangível foi criado pela Lei 11.638/07 com o objetivo
de registrar os bens e direitos que não possuam matéria, mas de valor considerável, como
as Marcas e Patentes.
Passivo
Passivo Circulante
Patrimônio Líquido
1. Pela constituição do Capital Social Débito Crédito (–) Capital Social a Realizar
D - (–) Capital Social a Realizar (PL) 300.000,00 300.000,00 100.000,00
C - Capital Social Subscrito (PL) 300.000,00 150.000,00
50.000,00
0,00
A integralização do capital subscrito em dinheiro:
Capital Social Subscrito
2. Pela integralização em dinheiro Débito Crédito 300.000,00
D - Caixa (AC) 100.000,00
C - (–) Capital Social a Realizar (PL) 100.000,00 Caixa
100.000,00
A integralização do capital subscrito em bens: 50.000,00
150.000,00
3. Pela integralização em bens Débito Crédito Edificações
D - Edificações (ANC) 120.000,00 120.000,00
D - Terrenos (ANC) 30.000,00
C - (–) Capital Social a Realizar (PL) 150.000,00 Terrenos
30.000,00
Reservas de Lucros: São as contas constituídas por parte dos lucros apurados e realizados,
ou seja, uma parcela do lucro líquido do exercício, que não é distribuída sob a forma de
dividendos aos sócios e acionistas da empresa, dando à mesma, uma segurança adicional
à sua saúde financeira e econômica. As principais reservas de lucros, são:
• Reserva Legal;
• Reserva Estatutária;
• Reserva para Contingências;
• Reserva de Retenção de Lucros;
• Reserva de Incentivos Fiscais;
• Reserva de Lucro a Realizar;
• Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos.
Essa compra corresponde a uma devolução de capital aos acionistas e assim deve
ser tratada: como redução do Patrimônio Líquido. A lei 6404/76 diz: “as ações em
tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido
que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição”.
Então, no balanço as ações em tesouraria deverão aparecer deduzidas de Capital ou
Reserva, cujo saldo tiver sido utilizado para tal operação, durante o período em que tais
ações aparecem em tesouraria.
Obs: quando uma empresa é comercial ela não paga IPI logo seu IPI é contabilizado
como custo de aquisição das mercadorias.
● É de competência municipal
● É calculado mensalmente e sua alíquota varia de município para município
● É recolhido no mês seguinte da ocorrência dos fatos
● Cumulativo, ou seja, só gera a Recolher, conta redutora de receita
IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica é um tributo federal que deve ser pago por todas
as empresas com CNPJ ativo, isentas apenas algumas exceções. Sua base de cálculo
considera o regime tributário da pessoa jurídica e atribui a cada um uma alíquota para
cálculo. Podendo ser apurado mensalmente, trimestralmente, anualmente ou por evento, o
não cumprimento dessa obrigação é passível de juros e taxas até que seja legalizada.
Fato Gerador: É a disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou do provento.
• Renda: Produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.
• Provento: Acréscimos patrimoniais não compreendidos como renda.
CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) foi instituída pela Lei
7.689/1988. Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento
estabelecidas para o IRPJ, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação
em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo 57).
Trata-se de um imposto federal que também incide sobre as pessoas jurídicas
domiciliadas no Brasil e que tem por objetivo gerar recursos financeiros para a Seguridade
Social. Ou seja, é um imposto que visa apoiar investimentos públicos relacionados à
aposentadoria, desemprego e outras questões relacionadas.
A Provisão para CSLL destina-se a abater do resultado contábil a CSLL.
Cálculo: Para a contribuição social, o percentual aplicado é de 9% sem tributação adicional
para faixa de lucro excedente. E passa a 15% para instituições financeiras ou organizações
que se equiparem a elas.
Supondo-se que sua base de cálculo seja de R$ 200.000,00, e alíquota de 9%, o
valor da CSLL será o seguinte:
CSLL = R$ 200.000,00 x 9% = R$ 18.000,00