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CONTABILIDADE FINANCEIRA
MÓDULO II
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO II
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A obrigatoriedade da escrituração contábil respalda-se no Código Comercial
(Lei n 556, de 25-06-1850):
Todos os comerciantes são obrigados a seguir uma ordem uniforme de
escrituração e a ter os livros necessários a esse fim e encerrar anualmente um
balanço patrimonial (art. 10).
A escrituração deve ser realizada de forma regular, alcançando todas
as operações, que devem ser registradas no Livro Diário (art. 11) com individuação e
clareza (art. 12), em forma mercantil e seguida a ordem cronológica de dia, mês e
ano, sem intervalo em branco, nem entrelinhas, borraduras, raspaduras ou emendas
(art. 14).
9 BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO
ATIVO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
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O Ativo são todos os bens e direito de propriedade da empresa,
mensuráveis monetariamente, que representam benefícios presentes ou benefícios
para a empresa.
O Passivo evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com
terceiros. O passível é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida
vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da mesma. Por isso é mais adequado
denominá-lo Passivo Exigível.
O Patrimônio Líquido evidencia recursos dos proprietários aplicados no
empreendimento. A aplicação inicial dos proprietários (a primeira aplicação)
denomina-se, contabilmente de capital.
Em linhas gerais, podem-se listar as seguintes informações produzidas pela
Análise de Balanços:
Situação Financeira.
Situação Econômica.
Desempenho.
Eficiência na utilização dos recursos.
Pontos fortes e fracos.
Tendências e perspectivas.
Quadro evolutivo.
Adequação das formas às aplicações de recursos.
Causas das alterações na situação financeira.
Causas das alterações na rentabilidade.
Evidência de erros da administração.
Providências que deveriam ser tomadas e não foram.
Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.
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A Análise de Balanços surgiu e desenvolveu-se dentro do sistema bancário
que foi até hoje o seu principal usuário. Seu início remonta ao final do século
passado, quando os banqueiros americanos passaram a solicitar balanços às
empresas tomadoras de empréstimos.
I – CIRCULANTE
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circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e
comerciais.
III – PERMANENTE
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b) Imobilizado - São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na
consecução das atividades-fins da entidade.
Bens Tangíveis - aqueles que têm corpo físico, tais como terrenos,
máquinas, veículos, benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre
recursos naturais, etc.
Bens Intangíveis - aqueles cujo valor reside não em qualquer propriedade
física, mas nos direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores,
tais como: patentes, direitos autorais, marcas, etc.
I – CIRCULANTE
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Desta forma, o valor do patrimônio líquido pode ser positivo, negativo ou nulo. E
pode ser dividido em:
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MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
Em: 31/12/2009
(Em milhares de Reais)
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
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Tributos a Recuperar 226 Provisões e 34.232
Continências
Outros Ativos -
PERMANENTE PATRI
MÔNIO
LÍQUIDO
Investimento - Capital 5834
Social
Imobilizado 1.110 Reserv -
as de Capital
Diferido - Reserv -
a de
Reavaliação
Reserv
a de Lucro (39.042)
TOTAL 6.134 TOTAL 6.134
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O objetivo de uma entidade econômica é o Lucro, que remunere
condignamente o capital investido pelos proprietários da empresa. E na
administração dos recursos escassos disponíveis na empresa, a gerência pode ou
não ser eficiente, o sucesso dessa gestão, sem dúvida, será medido comparando-se
o resultado do exercício (obtido pela DRE), com o montante aplicado no Ativo e/ou
com o capital investido pelos proprietários (Patrimônio Líquido).
O resultado do exercício pode ser lucro ou prejuízo, o prejuízo é uma
situação efêmera, passageira (ninguém sobrevive muito tempo com constantes
prejuízos), enquanto o lucro assume característica permanente.
O Lucro é uma terminologia bastante ampla, e é encontrada na DRE em
vários tipos de lucro e estudaremos cada um individualmente, são eles:
Lucro Operacional Bruto ou Lucro Bruto.
Lucro Operacional Líquido ou Lucro Operacional.
Lucro antes do Imposto de Renda.
Lucro depois do Imposto de Renda.
Lucro Líquido.
A DRE é iniciada com o valor total da receita apurada em suas operações de
vendas, da qual é deduzido o custo total correspondente a essas vendas, apurando-
se a margem bruta, ou seja, o lucro bruto.
São, então, apresentadas as despesas operacionais segregadas por
subtotais, conforme sua natureza, quais são:
Despesas com vendas.
Despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras.
Despesas gerais e administrativas.
Outras despesas e receitas operacionais.
Assim, deduzindo-se as despesas operacionais totais do lucro bruto,
apresenta-se o lucro operacional, outro dado importante na análise das operações
da empresa. Após o lucro operacional, apresentam-se as receitas e despesas
operacionais, que são transações realizadas no período, não vinculadas à
exploração do objeto da empresa, apurando-se então o resultado antes do imposto
de renda.
Deduz-se, a seguir, a provisão para o imposto de renda e contribuição
social, e finalmente, as participações de terceiros, não na forma de acionistas,
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calculáveis sobre o lucro, tais como empregados, administradores, partes
beneficiárias, debênture e contribuições para fundos de benefícios a empregados,
chegando-se, assim, ao lucro (ou prejuízo) líquido do exercício, que é o valor final da
Demonstração.
Abaixo segue a descrição de cada conta apresentada na DRE:
V - LUCRO BRUTO
Obtido pela diferença entre a Receita Líquida (III) e o Custo dos Produtos
Vendidos (IV).
VI - DESPESAS OPERACIONAIS
• DE VENDAS.
• ADMINISTRATIVAS.
• ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS.
• OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS.
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VIII - RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
XI - PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
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Equivalência Patrimonial 30.679
Amortização de Ágio 151
LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL 30.830
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas Financeiras 5.150
Despesas Financeiras (9.439)
Variação Monetária e Cambial (752)
LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL (a 62.738
transportar)
Receitas (despesas) não operacionais -
LUCRO/PREJUÍZO (antes do imposto de renda 62.738
e contribuição social)
Imposto de Renda (1.291)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 61.447
Ações em circulação no final do exercício 25.167
LUCRO LÍQUIDO 2.44
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É uma demonstração obrigatória para as sociedades limitadas e outros tipos
de sociedades, conforme a legislação do Imposto de Renda, e descrimina:
O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a
correção monetária do saldo inicial;
As reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros
incorporados ao capital e o saldo ao final do período;
Essa demonstração só deve ser feita, após ajustes finais, ou seja, após o
levantamento do Balanço Patrimonial no final do período.
O tratamento contábil dado a essa demonstração é que o lucro líquido do
ano não deve estar influenciado por efeitos que, na verdade, não pertencem ao
exercício, para que o resultado do ano não reflita um valor que possa ser comparado
com o de outros anos em bases similares. Daí decorre a importância da consistência
na aplicação dos critérios contábeis.
Proposta da Administração
p/destinação do Lucro
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Reserva Legal (150)
Dividendos (900)
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• Acréscimo por reavaliação de ativos.
• Acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos.
• Acréscimo por subscrição e integralização de capital.
• Acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das
ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal.
• Acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de
subscrição.
• Acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures.
• Redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda.
• Acréscimo ou redução por ajustes de exercícios anteriores.
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Recursos e Demonstração do Resultado do Exercício). A Demonstração das
Mutações do PL (DMPL) é facultativa (exceto para as Cias. Abertas). No entanto, a
apresentação da DMPL desobriga a publicação da DLPA.
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não é simplesmente o de dinheiro, ou de disponibilidades, pois abrange um conceito
mais amplo; representa capital de giro líquido que é Capital Circulante Líquido
representado pelo Ativo Circulante (Disponível, Contas a Receber, Investimentos
Temporários, Estoques e Despesas Pagas Antecipadamente) menos o Passivo
Circulante (Fornecedores, Contas a Pagar e outras exigibilidades do exercício
seguinte.
Dessa forma, essa demonstração não deve ser confundida com as
demonstrações que visam somente ao fluxo das disponibilidades, como o Fluxo de
Caixa. E essa visa tão somente mostrar as entradas e saídas de dinheiro, ao passo
que a DOAR é mais abrangente, não só por ter as variações em função de Capital
Circulante Líquido, em vez de Caixa, mas por representar uma demonstração das
mutações na posição financeira em sua totalidade.
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13.2 DESCRIÇÃO DAS ORIGENS
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II – APLICAÇÃO DOS RECURSOS
Onde são relacionadas às aplicações, também por natureza, e evidenciado
seu valor total.
Origens de Recursos
Das Operações
Depreciação 96
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Dos Acionistas
De terceiros
Aplicações de Recursos
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A performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os
efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos;
O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de
caixa;
Os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de
investimentos e de financiamento etc.;
Recebimentos de 9.500
Vendas
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Total de Entradas 11.470
Despesas (380)
Administrativas
Dividendos (850)
15 NOTAS EXPLICATIVAS
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pode fazer constar dele determinada conta por seu total, com os detalhes
necessários expostos por meio de uma nota explicativa, como no caso de Estoques,
Ativo Imobilizado, Investimentos, Empréstimos e Financiamentos e outras contas.
Para que os analistas e demais usuários das demonstrações contábeis
possam melhor avaliar a situação da empresa e seus resultados, bem como julgar a
razoabilidade de índices de rentabilidade, de liquidez e outros, é muito importante
que se conheça qual o objetivo social da empresa, ou seja, qual é a sua atividade,
suas bases de operações e mercado e qual o estágio do empreendimento, se a
empresa estiver em implantação ou expansão.
Conforme imposição legal, as Notas Explicativas deverão indicar:
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PROVISÃO PARA ENCARGOS – a base de contabilização da
Provisão para o Imposto de Renda, a base de constituição para Provisão de Férias,
a base de constituição da Provisão para gratificação a empregados e etc.
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filiais ou divisões. Isso permite uma visão mais geral e abrangente e melhor
compreensão do que inúmeros balanços isolados de cada empresa.
A leitura de demonstrações contábeis não consolidadas de uma empresa
que tenha investimentos relevantes em outras perde muito de sua significação, pois
essas demonstrações não fornecem elementos completos para o real conhecimento
e entendimento da situação financeira em sua totalidade e do volume total das
operações.
Nesse sentido, deve prevalecer o conceito de controle ao efetuar-se a
consolidação. Esse controle não abrange apenas o acionário, mas também o da
decisão em relação a políticas a serem seguidas pelas empresas, mais conhecido
como “influência sobre administração”.
Efetivamente, a análise individual das diversas demonstrações financeiras
faz perder a visão do conjunto, do desempenho global do grupo. As inúmeras
transações realizadas entre empresas pertencentes a um mesmo grupo econômico
necessitam ser eliminadas das demonstrações consolidadas, obtendo-se assim,
apenas os valores apurados em função de operações efetuadas com terceiros
alheios ao grupo. E a consolidação, de acordo com a legislação, é obrigatória
somente para:
FIM DO MÓDULO II
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