Você está na página 1de 29

09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras

Conceituação da Análise de Balanços

“arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que


tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas
extensões e detalhamentos, se for o caso”. (IUDÍCIBUS, Sérgio de)

1
09/09/2019

Abordagens de Análise
Introdução

 O trabalho do contador se inicia com a interpretação e registro dos fatos econômicos


(escrituração), seguidos da posição econômica, financeira e patrimonial da empresa.

 O trabalho do auditor é verificar e validar os valores expressos através de emissão de


Parecer de Auditoria, que pode ser:
1. Sem ressalva;
2. Com ressalva;
3. Adverso; ou
4. Com abstenção de opinião.

Abordagens de Análise
Introdução

Passos para a análise:

2
09/09/2019

Abordagens de Análise
1º Passo: observação
1) Identifique o modelo contábil
Você conhece o ramo do negócio e os reflexos da política econômica no setor?
Você conhece o modelo contábil dessa atividade?
Você conhece a história da empresa?
2) Comece a observar as demonstrações pela leitura do Relatório da Auditoria
As demonstrações publicadas são confiáveis?
3) Identifique as contas e grupos de contas que mais se destacam nas demonstrações
4) Veja se as notas explicativas são capazes de elucidar possíveis anomalias.
5

Abordagens de Análise
2º Passo: exame
 Nesta etapa, você deverá responder ao seguinte questionamento: como posso estruturar
essas informações para buscar um sentido lógico?
 As demonstrações deverão ser simplificadas (síntese)

 Também deverão ser padronizadas (reclassificações)

 Ressalvas, ênfases... no parecer da auditoria

 duplicatas descontadas

 participação de acionistas minoritários

 participações de empregados e diretores

 Efeitos inflacionários
6

3
09/09/2019

Abordagens de Análise
FONTES DE INFORMAÇÃO

1. Notas explicativas - são parte integrante das demonstrações contábeis e devem divulgar as
informações necessárias à adequada compreensão dos respectivos demonstrativos.

Pronunciamento CPC 26 (R1)1 – Apresentação das Demonstrações Contábeis: em seus itens 112 a
138 apresenta uma série de orientações quanto a: estrutura, divulgação de políticas contábeis,
principais fontes da incerteza das estimativas, capital, instrumentos financeiros com opção de venda
classificados no patrimônio líquido e outras divulgações que deverão constar em notas explicativas.

Abordagens de Análise
FONTES DE INFORMAÇÃO

2. Relatório da Administração - O seu objetivo é servir como complemento às demonstrações


financeiras, de forma a subsidiar o leitor com informações sobre o contexto operacional da
companhia, com fatos relevantes que aconteceram ao longo do exercício e com os planos dela
para os exercícios seguintes.

3. Parecer do Conselho Fiscal - órgão fiscalizador do Conselho de Administração das Sociedades


Anônimas, conforme disposto nos artigos 161 a 165 da LSA. Dentre suas várias atribuições,
compete ao Conselho Fiscal:
 Opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar no seu parecer as informações complementares que julgar
necessárias ou úteis à deliberação da assembleia geral.
 Analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela
companhia.
 Examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar.

4
09/09/2019

Abordagens de Análise
FONTES DE INFORMAÇÃO

4. Relatório dos Auditores Independentes- Conforme estabelece o item 6 da NBC TA 700 –


Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações
Contábeis, os objetivos dos trabalhos de auditoria são:
 Formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões atingidas pela evidência de
auditoria obtida.
 Expressar claramente essa opinião por meio de relatório por escrito.

Abordagens de Análise
 A pergunta a ser respondida é: o que isso significa? Ou seja, é a etapa de buscar significado
para os “Exames”.

 Aqui é a fase do processo que se destina a tirar conclusões sobre a condição financeira da
empresa.

 Definição dos indicadores.

 Tente colocar os números para conversarem.

10

5
09/09/2019

Abordagens de Análise
3º Passo: interpretação
 “O que isso quer dizer?” Por que o lucro caiu, uma vez que ocorreu um aumento
significante no valor das vendas?
 Possíveis respostas:

 CMV aumentou (p.ex. comprou mais caro, custo de produção aumento, perda de
produtividade,);

 Alterações nas alíquotas dos impostos sobre vendas;

 Despesas operacionais aumentaram;

11

Abordagens de Análise
3º Passo: interpretação
 Maneiras de interpretar índices contábeis.

 Um único índice: um índice tomado isoladamente pode não transmitir um significado muito
acurado;

 Grupos de índices: quando a interpretação é feita tomando com base um grupo de índices
verifica-se que há uma melhor compreensão acerca do negócio e sua eficiência.

 Comparação histórica e sazonalidade: qualquer cálculo de índice é baseado em informações


históricas que pode ter influências nos resultados futuros.

12

6
09/09/2019

Abordagens de Análise
Primeiramente o analista deverá ter um bombom conhecimento dos fundamentos da
contabilidade, ou seja, dos pressupostos básicos, das características qualitativas e da
elaboração das demonstrações contábeis, assim como da mensuração e reconhecimento dos
elementos do ativo e do passivo e da apresentação das demonstrações financeiras em geral.

Além disso, é preciso preliminarmente definir o objetivo da análise e conhecer


profundamente a empresa a ser analisada, assim como o ramo que atua e o ambiente
macroeconômico do momento.

13

Abordagens de Análise

14

7
09/09/2019

Abordagens de Análise
Coleta de dados

Como e onde obter as demonstrações a serem analisadas?

1. É necessário obter pelo menos cinco demonstrações completas referentes aos últimos 5
anos.

2. As demonstrações podem ser obtidas diretamente junto ao departamento contábil ou de


controladoria da empresa.

3. Podem ser obtidas também publicadas nos jornais, nos sites das empresas (no link relação
com investidores ou em informações financeiras), ou no caso de sociedade aberta, no site
da CVM ou Bovespa.
15

Abordagens de Análise
Coleta de dados

Como e onde obter informações sobre os negócios da empresa?

O analista deve inteirar-se da conjuntura econômica do segmento no qual a empresa está


inserida identificando seus principais concorrentes, o aquecimento (ou
desaquecimento) da demanda, os pontos fortes e fracos da empresa no setor, entre outros,
proporcionando assim, uma análise mais precisa, através da comparação das tendências do
respectivo segmento com a atuação da empresa.

Essas informações podem ser encontradas em jornais, revistas, órgãos governamentais,


Federação do comercio, FGV, IPEA, IBGE, FIPE, Serasa entre outros.

16

8
09/09/2019

Abordagens de Análise
Finalidade

 Verificar o desempenho das empresas por meio da análise de seus relatórios periódicos e
demais informações publicadas.
 Esses relatórios são publicados trimestral (ITRs), semestral ou anualmente (DFPs, IANs),
no caso das companhias abertas, ou a qualquer momento (nota de Fato Relevante).

17

Abordagens de Análise
O que faz um Analista das Demonstrações Contábeis?

 Eles partem das informações disponíveis nas demonstrações contábeis para chegarem à
outras informações que suportem a tomada de decisões.
 Ou seja, ele faz o caminho inverso para chegar aos fatos econômico-financeiros relevantes
à vida da empresa.

Atributos necessários:
a) Conhecimento do negócio (empresa, setor, economia)
b) Conhecimento do modelo contábil.
c) Saber analisar as informações contábeis de forma qualitativa e quantitativa.

18

9
09/09/2019

Abordagens de Análise
Propósito

 Para fins de concessão de crédito;


 Realização de investimentos;
 Averiguação do desempenho da empresa;
 ...
 ...
 ...
 ...

19

Abordagens de Análise
Limitações para a análise

 Cuidado e critério técnico e rigoroso;


 Analista interno e externo;
 Empresas que operam em vários ramos;
 Efeitos da inflação e câmbio;
 Diferentes práticas contábeis praticadas por empresas de um mesmo segmento;
 Falta de informação clara e objetiva em notas explicativas.

20

10
09/09/2019

Generalidades

a) registros contábeis da empresa devem ser mantidos com;


b) é altamente desejável que os relatórios financeiros sejam auditados por auditor
independente ou, pelo menos, tenha havido uma minuciosa revisão por parte da
auditoria interna;
c) é preciso tomar muito cuidado na utilização de valores extraídos de balanços iniciais
e finais, principalmente na área de contas a receber e estoques, pois muitas vezes tais
contas, nas datas de balanço, não são representativas das médias reais de período;
e) a análise de balanços limitada a apenas um exercício é muito pouco reveladora,
salvo em casos de quocientes de significação imediata.
Adicionalmente, é necessário comparar nossos quocientes e tendências com:
1. quocientes dos concorrentes;
2. metas previamente estabelecidas pela administração (quocientes-padrão).

Abordagens de Análise
Tipos de Análise

22

11
09/09/2019

Abordagens de Análise

 Análise Horizontal

 Análise Vertical

 Análise de Quocientes

 Modelos Integrados

23

Abordagens de Análise

Abordagem da Análise: Análise Horizontal

 Consiste no estabelecimento de um ano-base, no qual cada item componente da

demonstração será designado pelo número-índice 100.

 Será verificada a tendência do item a partir de sua variação, em termos de números-índice.


 A finalidade principal da análise horizontal é apontar o crescimento de itens dos Balanços
e das Demonstrações de Resultados (bem como de outros demonstrativos) através dos
períodos, a fim de caracterizar.
 Limitações.

24

12
09/09/2019

Abordagens de Análise
Análise Horizontal (AH) ou de Evolução:
Corresponde ao estudo das variações ocorridas, em períodos de tempos consecutivos, nos
itens que compõem os demonstrativos.
Adota-se o índice 100 (cem) como representativo dos valores monetários do ano que
serve para confronto com os valores dos demais períodos.
Pela regra de três simples, calculam-se os índices correspondentes aos períodos que serão
confrontados com o período-base.
Dependendo da utilidade, face ao objetivo da análise, pode-se calcular a AH alternada,
ou seja, considerando-se o ano imediatamente anterior como base.

25

Abordagens de Análise
Esse tipo de análise tem por objetivo a apreciação da evolução dos componentes patrimoniais
ou de resultado em determinada série de exercícios. Presta-se, também, à análise
prospectiva do patrimônio ou de resultado no horizonte temporal, permitindo a
avaliação das perspectivas econômicas e financeiras da entidade.
A razão principal da utilização de números-índices, nesse tipo de análise, é a facilidade
que esse sistema proporciona para a observação do crescimento dos saldos das contas
componentes dos demonstrativos.

26

13
09/09/2019

Abordagens de Análise
Sinteticamente, Matarazzo (1997, p.249) conceitua as análises horizontal e vertical
como métodos que apontam qual o principal credor e como se alterou a participação de cada
credor nos últimos dois exercícios.
Segundo Ribeiro (2001, p. 117), a Análise Vertical consiste na determinação de cada
conta ou grupo de contas em relação ao seu conjunto, enquanto que a Análise
Horizontal é a comparação dos componentes do conjunto em vários exercícios, por
meio de números-índices, objetivando a avaliação ou o desempenho de cada conta ou
grupo de contas ao longo dos períodos analisados.

27

14
09/09/2019

Abordagens de Análise

Abordagem da Análise: Análise Vertical

 Corresponde à composição relativa dos itens que integram uma demonstração, num

determinado período.

 No BP, o total do ativo representa 100%, equivalente ao total do Passivo e PL. Já na DRE,

a Receita Líquida significará 100%.

29

Abordagens de Análise

É o processo que objetiva a medição percentual de cada componente em relação ao


total de que faz parte.
A proporção de cada parte em relação ao total é definida mediante aplicação da regra de três
simples.
A determinação da porcentagem de cada elemento patrimonial em relação ao conjunto
indica o coeficiente dos diversos grupos patrimoniais, fornecendo, assim, ideia precisa de
distribuição dos valores no conjunto patrimonial.
É importante saber a porcentagem de cada grupo em relação ao total, pois, por meio
dessa análise, podemos aquilatar se há excesso de imobilização, insuficiência de
capitais ou de disponibilidades, excesso de determinada despesa, etc.

30

15
09/09/2019

Abordagens de Análise
POTENCIALIDADES
 permitir que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil.

 possibilidade de conhecer a tendência de determinados grupos patrimoniais, em


relação ao conjunto.

31

Abordagens de Análise
LIMITAÇÕES
 Inflação;

 certos itens do balanço podem não refletir exatamente o montante lançado;

 necessidade de ajustes ao balanço, visando que se enquadrem com maior realismo às


exigências e aos objetivos da análise;
 consolidação das demonstrações contábeis da empresa controladora com as da
controlada, considerando a existência de um lucro “gerado” em operações entre
empresas integrantes da mesma unidade econômica, sem que tais operações
aumentem o fluxo de recursos financeiros, poderia levar o analista a sério erro na
avaliação das tendências do empreendimento, sugerindo, às vezes, aplicações em uma
empresa cujo horizonte, talvez, esteja no fim (BRAGA, 1999, p. 122);

32

16
09/09/2019

Abordagens de Análise
LIMITAÇÕES
 os princípios, as convenções e os critérios utilizados podem distorcer uma
apreciação sobre a empresa analisada;
 o instrumento de mensuração utilizado em contabilidade é a moeda que, não sendo estável,
implicará, necessariamente, o afastamento entre o valor contábil e o valor de mercado

33

Abordagens de Análise
Exemplo Análise Horizontal

ANO 2005 Índice 2006 Índice 2007 Indice 2008 Índice

Ativo Circulante 280 100 480 171 782 279 1.100 393

ARLP 40 100 84 210 68 170 100 250

Imobilizado 400 100 600 150 800 200 800 200

Intangível 80 100 36 45 50 63 100 125

TOTAL 800 100 1.200 150 1.700 213 2.100 263

34

17
09/09/2019

Abordagens de Análise

35

Abordagens de Análise

36

18
09/09/2019

Abordagens de Análise

Exercício

37

Abordagens de Análise

Abordagem da Análise: Análise de Quocientes

 Liquidez e Solvência.

 Endividamento ou Estrutura de Capital.

 Medidas de Rotação (atividades, prazos, giro ou ciclos).

 Lucratividade e Rentabilidade.

 Índices para o mercado de capitais e para outros fins.

38

19
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


Abordagem da Análise: Análise de Quocientes
• Liquidez e Solvência.
 Esses indicadores têm por objetivo avaliar a capacidade da empresa em pagar suas
contribuições.
 A capacidade de pagamento pode ser avaliada no curto e longo prazos ou em prazos
instantâneo ou imediato.
 O objetivo do estudo da liquidez é avaliar o grau de solvência da empresa, ou
seja, capacidade financeira para saldar seus

“muitas pessoas confundem índices de liquidez com os índices de capacidade de


pagamento. Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que
comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices que, a partir do
confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuram medir quão sólida é a base
financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de
ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando
suas dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas
etc” (MATARAZZO, 2010)

Análise das Demonstrações Financeiras

O estudo da análise horizontal e vertical, em conjunto com a análise dos


indicadores de rentabilidade, permitirá ao analista identificar as causas
principais das variações ocorridas nos indicadores de liquidez da
empresa.

20
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


Abordagem da Análise: Análise de Quocientes
1. Liquidez Imediata (LI) - Este quociente representa o valor de quanto
dispomos imediatamente para liquidar nossas dívidas de curto prazo.

• se procura ter uma relação disponível/passivo corrente a menor possível.


• Porém, não podemos correr o risco de não contar com disponibilidades
quando as dívidas vencerem. Todavia, o orçamento de caixa é o melhor
instrumento para prever ou prevenir tais acontecimentos. Devemos
lembrar, por outro lado, que disponível ocioso perde substância líquida
quando nos encontramos em períodos de inflação

Análise das Demonstrações Financeiras


2. Liquidez Corrente (LC) - relaciona o quanto dispomos,
imediatamente, de disponíveis e conversíveis (de curto prazo) em
dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo.

• Ideal valores maiores que 1, porém, deve-se levar em consideração o


problema dos estoques ou, caso o valor seja excessivamente alto, onde
estão os valores que influenciam o grupo.

21
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


2. Liquidez Corrente (LC)

OBS:
■ O índice não revela a qualidade dos itens no Ativo Circulante (os
Estoques estão superavaliados, são obsoletos, os Títulos a Receber são
totalmente recebíveis?).
■ O índice não revela a sincronização entre recebimentos e
pagamentos, ou seja, por meio dele não identificamos se os
recebimentos ocorrerão em tempo para pagar as dívidas vincendas.
■ O índice pode estar distorcido em razão dos critérios para avaliação
dos Estoques.

Análise das Demonstrações Financeiras


3. Liquidez Seca (LS) - relaciona o quanto dispomos, imediatamente, de
disponíveis e conversíveis (de curto prazo) em dinheiro, com relação
às dívidas de curto prazo, excetuados os estoques.


=

Se maior ou igual a 1, dizemos que a empresa independe de realizar o


estoque para fazer face ao pagamento das obrigações.
Esse indicador é muito útil quando necessitamos ver a capacidade de
pagamento da empresa nas situações em que ela tem uma rotação de
estoque muito baixa, o que pode refletir uma má gestão sobre o
volume de compras de material para revenda ou industrialização.

22
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


4. Liquidez Geral (LG) – serve para detectar a saúde financeira (no que se
refere à liquidez) de longo prazo do empreendimento.
+ á
=
+ í

Através desse índice é possível perceber toda a capacidade de


pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que ela
converterá em dinheiro (a Curto e a Longo Prazo), relacionando-se com
tudo o que já assumiu como dívida (a Curto e a Longo Prazo

Análise das Demonstrações Financeiras


5. Índice de Solvência Geral (ISG) – expressa o grau de garantia que a
empresa dispõe em Ativos (totais), para pagamento do total de suas
dívidas.
∗∗∗

=
+ í
*** A rigor devem ser eliminados os valores classificados no ativo que não se
converterão em moeda, como no caso das despesas antecipadas, da PECLD,
dentre outros. Esse é o conceito de ativo real.

23
09/09/2019

+ á
=
+ í

∗∗∗

=
+ í


=

Análise das Demonstrações Financeiras


Abordagem da Análise: Análise de Quocientes
• Endividamento ou Estrutura de Capital.
Esse grupo de índice tem a finalidade de medir a
composição e a estrutura de financiamento da
organização. Os índices são calculados relacionando os
elementos do Balanço Patrimonial (BP)

24
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
• Estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando
retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital
de terceiros.
• São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de
dependência da empresa com relação a capital de terceiros

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
1. Participação do Capital de Terceiros (ou grau de endividamento).
• Sinaliza o grau de dependência de capital de terceiros.
• Também conhecido por “Debt Ratio”
• Expressa a porcentagem que o endividamento representa sobre os fundos totais.
• Também significa qual a porcentagem do ativo total é financiada com recursos
de terceiros. Visto que uma parte produz despesas financeiras a tendência de
crescimento desse quociente pode comprometer a solvência da empresa.

=
+ +

25
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.

=
+ +

No longo prazo, a porcentagem de capitais de terceiros sobre os fundos totais


não poderia ser muito grande, pois isto iria progressivamente aumentando as
despesas financeiras, deteriorando a posição de rentabilidade da empresa.

Se a taxa de despesas financeiras sobre o endividamento médio se mantiver


menor que a taxa de retorno obtida pelo uso, no giro operacional, dos fundos
obtidos por empréstimo, a participação de capitais de terceiros será benéfica
para a empresa, desde que isto não determine situação de liquidez
insustentável em determinados dias, semanas ou meses do ano (IUDÍCIBUS
2017)

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
2. Participação do Capital Próprio
• Sinaliza o grau de utilização do capital próprio.
• Deve-se ter cuidado com a análise, pois ser utilizado 100% de Capital
Próprio pode indicar uma estrutura de capital mais custosa para a
empresa, já que os acionistas exigem um maior retorno em comparação
com os fornecedores de capital.

= =1 −
+ +

26
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
3. Participação do Capital Terceiros e Próprio (Garantia do Capital de
Terceiros).
• Essa medida consiste na relação entre capitais de terceiros e próprio.
• O PL cresce principalmente, em razão da geração de lucros ainda não
distribuídos sob a forma de dividendos ou de JSCP.

+
=

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
+
=

• É outra forma de encarar a dependência de recursos de terceiros.


• Este quociente é um dos mais utilizados para retratar o
posicionamento das empresas com relação aos capitais de terceiros.
• Grande parte das empresas que vão à falência apresenta, durante
um período relativamente longo, altos quocientes de Capitais de
Terceiros/Capitais Próprios.

27
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
4. Perfil de Endividamento (CP e LP)
• Esse indicador mede a relação entre o endividamento de curto e de longo
prazo, isto é, procura avaliar a estrutura temporal das dívidas existentes.

= =
+ +

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
5. Imobilização do Capital Próprio
• Esse indicador deriva da divisão entre o ativo imobilizado e o patrimônio
líquido.
• Um valor de 1,20 revela que para cada R$ 1,20 aplicado no ativo
imobilizado da companhia (estrutura de investimento), R$ 1,00 foi
financiado por recursos próprios (PL), ao passo que os R$ 0,20 restantes
por exigíveis.

( )=

28
09/09/2019

Análise das Demonstrações Financeiras


Endividamento ou Estrutura de Capital.
6. Imobilização de Recursos Não Correntes
• A medida anterior (ICP) pode ser transformada numa medida mais ampla que
avalie o grau de imobilização permanente de recursos com fontes de
financiamentos de longo prazo.
• O numerador passa a abranger os investimentos e intangíveis, enquanto o
denominador o PNC.
• A lógica do índice se mantém: o excedente a 1,00 é financiado por fontes de
curto prazo (PC).
• Quanto maior, maior a dependência das imobilizações por financiamentos
vencíveis até 1 ano
+ +
=
+

29

Você também pode gostar