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UBERLANDIA / MG
2º SEMESTRE 2010
1
PARTE I – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
INTRODUÇÃO
Para o administrador interno da empresa, a análise visa basicamente a uma avaliação de seu
desempenho geral, notadamente como forma de identificar os resultados (consequências)
retrospectivos e prospectivos das diversas decisões financeiras tomadas. Deve-se notar que essa tarefa
de avaliação interna da empresa é bastante simplificada, em termos de obtenção de seus principais
indicadores, pela natural facilidade de acesso as informações contábeis.
O analista externo, por sua vez, apresenta objetivos mais específicos com relação à avaliação do
desempenho da empresa, os quais variam segundo sua posição, de credor, de investidor, prestador de
serviços, dentre outros. É de assinalar, ainda, que a analise externa desenvolvida basicamente por meio
das demonstrações financeiras usualmente publicadas pela empresa, traz dificuldades adicionais de
avaliação, em função das limitações de informações contidas nos relatórios contábeis.
conseqüência, sua posição atual e produzir resultados que sirvam de base para a previsão de tendências
futuras. Na realidade o que se pretende avaliar são os reflexos que as decisões tomadas por uma
empresa determinam sobre sua liquidez, estrutura patrimonial e rentabilidade.
Deve-se ressaltar que a utilização de um simples índice isolado de outros complementares, não
fornece elementos suficientes para uma conclusão satisfatória. Um índice isolado, na realidade,
dificilmente contribui com informações relevantes para o analista.
Para uma analise mais detalhada e mais bem fundamentada, é necessário lançar mãos de todos
os métodos e técnicas de analise, com isso é possível extrair o maximo de informações que podem ser
analisadas em conjunto, permitindo assim a elaboração de um relatório de analise completo.
TÉCNICAS CONTÁBEIS
É o conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em
execução com o propósito de obter informações úteis à tomada de decisões, a partir de quaisquer
demonstrações e relatórios contábeis. O quadro abaixo demonstra as técnicas contabeis mais
expressivas, todas utilizadas de forma sistemática:
TECNICA COMENTARIO
1
Aplicável apenas aos grupos econômicos, a Lei das Sociedades Anônimas, por meio dos arts. 249, 250 e 275, dispõem sobre a
necessidade da elaboração de demonstrações financeiras consolidadas por parte das companhias abertas.
RELATÓRIO CONTÁBIL
É a exposição resumida
umida e ordenada de dados colhidos pela contabilid
ontabilidade. Seu objetivo é
demonstrar aos usuários oss princip
principais fatos registrados pela contabilidade em dete
determinado período. Os
Relatórios Contábeis são também
mbém cconhecidos por informes contábeis com as seguintes
seguin terminologias:
• Demonstrações financeiras
anceiras - terminologia utilizada pela (LSA) Lei das
as Socied
Sociedades por Ações.
• Ou Demonstraçõess contábe
contábeis - terminologia preferida pelos contadores.
1 – OBJETIVOS E METODOLOGIA
DOLOGIA DA ANÁLISE DE BALANÇOS
A Análise de Balanços
ços obje
objetiva extrair informações das Demonstrações
rações Financeiras
F que sejam
úteis para a tomada de decisões.
cisões.
As demonstrações financeiras
finance fornecem uma série de dados sobree a empresa,
emp de acordo com
regras contábeis. A Análisee de Ba
Balanços transforma esses dados em informaçõe
formações e será tanto mais
eficiente quanto melhor informaçã
formação produzir.
Diante destas demonstraçõ
onstrações, é importante salientar a distinção entre
tre dados
dado e informações:
DADOS são números
meros ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente,
isoladam não provocam
nenhuma reação no
o leitor;
INFORMAÇÕES represe
representam, para quem as recebe uma comunicaçã
unicação que pode produzir
reação ou decisão, frequ
uentemente acompanhada de um efeito-surpresa.
rpresa.
O objetivo da Análisee de Balanço
Ba é produzir informação e uma avaliação
avaliaç de desempenho,
permitindo que seja traçado
ado tendências
ten estatísticas de uma entidade por me
meio da utilização dos
métodos próprios de análise.
Para tanto é indispensável
ável que seja seguida a seqüência do processo contábil
ntábil, a saber:
TECNICAS DE ANALISE
DAS DEMONSTRAÇOES
FINANCEIRAS • Informações
rmações
• Fatos ou
Economico
omico -
eventos
Financeiro
eiro para
par
economicos - • Demonstrações tomada
ada de
contabeis Contabeis = decisões
cisões
Dados
RELATORIO
ATORIO PARA
P
PROCESSO CONTABIL
ANALISE
Diagnostico
1 Escolha dos
indicadores 2 Comparação
com padroes 3 ou
conclusoes
4 Decisões
ANALISE
1895 – Conselho Executivo da Associação dos Bancos do Estado de New York – recomenda
solicitar a análise aos tomadores de crédito.
1900 – Conselho Executivo da Associação dos Bancos do Estado de New York – na proposta
do formulário de crédito incluía espaço para balanço.
1906 – Willian Post – declara facilidade para obter tais informações.
1913 – a atenção é voltada para índices que não fossem Ativo Circulante e Passivo
Circulante.
1915 – Federal Reserve Board - a análise tornou-se praticamente obrigatória nos EUA.
1918 – Federal Reserve Board – através de um livreto, foram criados formulários
padronizados para Balanços e Demonstrações de lucros e Perdas.
1919 – Alexandre Wall (Pai da Análise) – apresentou um modelo de análise através dos
índices.
1923 – James H. Biss (obra: Financial and Operating ratios in Management) – escreveu sobre
os coeficientes característicos que podem ser obtidos através de médias.
1931 – Dun & Bradstreet – índices padrão para diversos ramos de atividades.
1925 – Stephen Gilman – índices encadeados que indicasse as variações havidas nos
principais itens (análise horizontal).
Década de 30 – Du Pont – análise de rentabilidade que decompunha a taxa de retorno em
taxa de margem de lucro e giro dos negócios ROI (Return on Invetiment).
Década de 40 – técnicas de análise de balanços.
1968 – Brasil – Serasa começou a operar.
Atualmente, a utilização da analise de balanço é amplamente utilizada por diversos usuários
que, direta ou indiretamente tem alguma relação com as empresas.
TÉCNICAS DE ANÁLISE
A Análise de Balanços surgiu por motivos práticos e mostrou-se logo instrumento de grande
utilidade.
Alguns dos índices que surgiram inicialmente permanecem em uso até hoje. As atuais técnicas
de Análise de Balanços possibilitam grande número de informações sobre a empresa.
Através de certos índices de balanços pode-se prever a insolvência; cada índice tem seu peso e
sua importância na análise. Os índices-padrões permitem uma adequada avaliação do índice de uma
determinada empresa e proporciona ao usuário da análise informação objetiva do seu desempenho.
Os índices de balanço fornecem avaliações genéricas sobre diferentes aspectos da empresa em
análise, sem descer a um nível maior de profundidade. Essa profundidade é alcançada por outras
técnicas.
Conforme já comentado, a análise dos índices isoladamente não fornece subsídios sólidos para
tomada de decisões, é imprescindível complementá-los com outros métodos.
Os indicadores básicos de analises estão divididos em quatro grandes grupos:
INDICE COMENTARIO
É utilizada para comparar o custo das diferentes alternativas de capitais de terceiros com o
custo do capital próprio, a análise da “alavancagem financeira” é imprescindível para as decisões de
subscrição de ações e muito recomendável nas decisões de financiamentos de longo prazo.
A partir de 31/12/78 a DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) começou a ser
divulgada por determinação da Lei n.º 6.404.
Os analistas de balanço pouco conhecem das potencialidades informativas dessa demonstração e
não vêm utilizando para emissão de seus pareceres.
Com a utilização dos dados da DOAR, pode-se construir a Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa,
cuja análise é a última palavra sobre a situação financeira da empresa e sobre sua gestão de caixa.
Contudo, a DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa passou a ser obrigatória com a lei 11.638/2007,
sendo adotada em substituição à DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
A DFC- Demonstração do Fluxo de Caixa centra sua atenção nas origens e aplicações de caixa, ou
seja, revela onde os recursos de caixa foram obtidos e onde foram investidos, em determinado periodo.
A DFC- Demonstração do Fluxo de Caixa é muito importante para a avaliação da situação financeira
da empresa, podendo se conhecer sua efetiva capacidade de pagamento.
O diagnostico de uma
ma empresa
emp quase sempre começa com uma rigorosa Analise de Balanços,
cuja finalidade é determinar
ar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato,
ediato, apresentar
a um esboço
das prioridades para a solução
ção de sseus problemas.
A análise de balanços
os é fundamental
fun para quem pretende relacionar-se
se com a empresa, sendo a
profundidade da analise conforme
nforme o grau de relacionamento estabelecido com a empresa.
em
Vamos relembrar agora
gora os principais usuários da analise de balanços,, lembrando
lemb que a presente
lista é apenas exemplificativa,
iva, podendo
pode ter outros além dos citados.
Investidores /
Socios
Bancos/
Outros Financiadores
Empre
pregados /
Analistas / Demonstrações
Administradores Prest
stadores
Financeiras
de Serviços
Se
Fornecedores
Setor P
Publico
/ Consultores
Sindicatos/
IBGE/
Clientes
3.1 FORNECEDORES
O fornecedor de mercador
ercadorias precisa conhecer a capacidade de pagament
gamento de seus clientes, ou
seja, a sua liquidez. Geralmente
ente os fornecedores observam para sua segurança
rança at
até o próximo balanço
índices também de rentabilidade
ilidade e endividamento.
Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor. Em geral ocorre análise por parte do
comprador quando depende de fornecedores que não possuam o mesmo porte dele ou que possam de
alguma forma oferecer riscos.
Outra possibilidade de ocorrer análise se dá quando existem poucos fornecedores no mercado e
a relação entre comprador e fornecedor é bastante forte.
A análise do banco comercial dá maior ênfase a aspectos de curto prazo (empréstimos que
devem ser pagos dentro de dois ou três meses), embora não relege os pontos de longo prazo, como a
rentabilidade e a capitalização do cliente.
O banco comercial preocupa-se com o endividamento do cliente, pois sabe que é um forte
indicador de insolvência.
3.5 SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (ou carteira de Crédito Imobiliário do Banco Múltiplo)
Essas sociedades concedem créditos a construtoras por prazos superiores a um ano. A análise
delas, feitas pela sociedade de crédito imobiliário, geralmente fica no meio termo entre a análise de um
banco de investimento e a de um comercial.
Essas sociedades concedem crédito diretamente aos consumidores. As lojas vendem para seus
clientes e estes recebem o crédito da Sociedade Financeira, sendo que a loja intervém como avalista dos
empréstimos. É por essa razão que tais sociedades necessitam conhecer avais a seus clientes.
Neste caso as análises são para investimento em ações. As corretoras, como agentes dos
investidores, preocupam-se basicamente com a rentabilidade da empresa. A liquidez interessa apenas
como questão de sobrevivência.
3.8 CONCORRENTE
3.9 DIRIGENTES
3.10 GOVERNO
O governo utiliza intensamente a Análise de Balanço em diversas situações. Por exemplo, numa
concorrência aberta, ele escolherá aquela empresa que estiver em melhor situação financeira. E ao
longo do desenvolvimento dos trabalhos da empresa vencedora, ele buscará através da análise
informações sobre a continuidade dos trabalhos.
Da mesma maneira, o governo também controla as empresas públicas e autarquias,
estabelecendo níveis de investimentos e índices de desempenho.
1 - INTRODUÇÃO
Atividades Práticas
2. QUESTÕES:
1. Qual a diferença entre dado e informação?
A Análise das demonstrações financeiras exige noções do seu conteúdo, significado, origens e
limitações.
financeiras e cada uma das principais contas que nela aparecem quando publicadas.
ITEM COMENTARIO
Através desse relatório, a diretoria presta informação aos acionistas, sobre diversos
Relatório da aspectos do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas aos resultados,
Diretoria orçamentos, planejamento estratégico, dentre outros assuntos que são relevantes para
a empresa.
O Art. 176 da Lei 6.404/76 estabelece que “ ao fim de cada exercício social, a diretoria
fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
demonstrações financeiras ( Contábeis ), que deverão exprimir com clareza a situação
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no período ”.
BP - Balanço Patrimonial;
Demonstrações
DLPA - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (Opcionalmente algumas
Financeiras
empresas optam pela DPML - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido);
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício;
DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa (Companhia fechada com patrimônio
liquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 está desobrigada à
elaboração e publicação);
DVA - Demonstração do Valor Adicionado (Se companhia aberta).
2
ANTHONY, Robert Newton. Contabilidade Gerencial: Introdução à contabilidade. São Paulo: Ed. Atlas, 1981
Compreende todas as contas do Ativo que não Compreende todas as contas do Passivo que não
tenham seus recebimentos marcados até o tenham seus pagamentos marcados até o próximo
próximo exercício social. exercício social.
INTANGÍVEL
É uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações
da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo através de ingresso de novos
elementos, como Duplicatas a Receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo,
aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um
entre dois caminhos possíveis: Redução do Ativo ou Aumento do Passivo Exigível.
Essa demonstração não é obrigatória pela lei 6.404/76, das Sociedades por Ações, mas sua
publicação é exigida pela CVM em sua instrução Nº 59/86, para as companhias abertas.
È de muita utilidade, pois fornece a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas
contas componentes do Patrimônio Liquido; faz clara indicação do fluxo de uma conta para outra e
indica a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no Patrimônio Liquido durante o exercício.
Sua importância torna-se mais acentuada em face dos critérios da lei, pois a demonstração
indicará claramente a formação e a utilização de todas as reservas, e não apenas das originadas por
lucros; servirá também para melhor compreensão, inclusive quanto ao calculo dos dividendos
obrigatórios.
Reconhecendo a importância dessa demonstração é que a Lei das Sociedades por Ações
mencionou-a, aceitando-a como exposto no § 2º art. 186; estabelece esse parágrafo que a
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados “poderá ser incluída na demonstração das mutações
do Patrimônio Liquido, se elaborada e publicada pela companhia”.
Dessa forma, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido não costuma ser analisado
no sentido tradicional em que o são o Balanço e a DRE.
1.6 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ( DOAR ) – Substituída pela DFC
Em termos gerais, a DFC é uma demonstração contábil que procura apresentar informações
sobre os fluxos das transações e eventos que afetaram o caixa da empresa ao longo de um determinado
período, de forma organizada e estruturada por atividades, permitindo melhor compreensão da
articulação entre as diversas demonstrações financeiras.
As informações da DFC, principalmente quando analisadas em conjunto com as demais
demonstrações financeiras, podem permitir que investidores, credores e outros usuários avaliem:
A capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa;
1. Questões:
3. Uma empresa que apresente grandes lucros, sempre terá plena condição de pagar suas contas em
dia?
4. Classifique as contas colocando os valores nas respectivas colunas para efeito de análise:
3
PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma que um
paciente que vai submeter-se a exames médicos. Antes de iniciar a análise, devem-se examinar
detalhadamente as demonstrações financeiras.
Este trabalho é chamado Padronização e consiste numa crítica às contas das demonstrações
financeiras, bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido.
A padronização é feita pelos seguintes motivos:
SIMPLIFICAÇÃO – um balanço apresentado segundo a Lei das S.A., por exemplo,
compreende cerca de 60 contas. Isso dificulta a visualização como um todo. Se
compararmos três balanços com 60 valores cada um, e se calcularmos os percentuais de
variação de um ano para outro, bem como a composição (análise vertical e horizontal),
chegaremos a 540 números, complicando assim o trabalho do analista. Utilizando o modelo
de balanço proposto reduziremos para cerca de 20 o número de contas.
COMPARABILIDADE – com exceção das companhias onde existe um plano de contas legal
obrigatório (bancos, seguradoras etc.), todas as outras empresas tem seu próprio plano de
contas. Como a análise se baseia em comparação, só faz sentido analisar um balanço após o
seu enquadramento num modelo que permita comparação com outros balanços.
ADEQUAÇÃO AOS OBJETIVOS DA ANÁLISE – há pelo menos uma conta que deve sempre ser
reclassificada: Duplicatas Descontadas; do ponto de vista contábil, é uma dedução de
Duplicatas a Receber; do ponto de vista de financiamentos, porém, é um recurso tomado
pela empresa junto aos bancos, devido à insuficiência de recursos próprios. Em nada se
distingue de empréstimos bancários, do ponto de vista financeiro. Por isso, as Duplicatas
Descontadas devem figurar no Passivo Circulante. Há outras também que merecem analise
como: Despesas do Exercício Seguinte.
PRECISÃO NAS CLASSIFICAÇÕES DE CONTAS – é freqüente encontrarmos balanços e
demonstrações de resultados com falhas nas classificações de contas, como, por exemplo,
empréstimos de curto prazo que aparecem no Exigível a Longo Prazo, investimentos de
caráter permanente que aparecem no Ativo Circulante; tudo isso visa embelezar os
balanços. Uma padronização rigorosa deve corrigir isso.
DESCOBERTA DE ERROS – há casos de erros, intencionais ou não.
a) Estoques finais ou iniciais da DRE não coincidem com os estoques dos balanços;
b) Provisão para Devedores Duvidosos do balanço não coincide com a que foi constituída
na DRE;
c) Impossível conciliar Patrimônio Líquido Final com os resultados do exercício mais o
Patrimônio Líquido Inicial.
Nesses casos, deve-se desconfiar da veracidade das demonstrações financeiras e suspender a
análise até que se esclareçam as dúvidas.
Uma padronização rigorosa deveria sempre ser precedida da elaboração de um Fluxo de Caixa.
O Fluxo de Caixa – método do Fluxo Líquido – tem a virtude de mostrar a coerência entre dois
balanços e a demonstração do resultado, descobrindo qualquer eventual falsificação de uma dessas
peças.
INTIMIDADE DO ANALISTA COM AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA EMPRESA – a
padronização obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações financeiras e a
decidir sobre sua consistência com outras contas, sobre a classificação que deve dar a ela,
enquanto a transcreve para o modelo predefinido de padronização. Ao terminar esse
4. A Depreciação Acumulada é:
a) Uma reserva.
b) Uma provisão somada às demais contas do Patrimônio Líquido.
c) Uma conta retificadora de Ativo Não Circulante.
d) Um fundo para reposição de máquinas.
2. Questões:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 PASSIVO 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3
CIRCULANTE CIRCULANTE
Disponibilidades Fornecedores 24.612 32.816 56.492
Caixa Bancos 1.202 1.451 1.927 INSS a recolher 1.854 2.640 5.805
Aplic de Liq Imed 4.482 4.055 4.779 FGTS a recolher 630 822 1.290
5.684 5.506 6.706 Impostos a Pagar 4.230 4.428 3.586
Clientes Divid a Pagar 1.890 1.036 4.778
Duplicatas a Rec 37.454 59.117 126.627 Contas a Pagar 970 2.173 1.233
Prov Dev Duvid (1.132) (1.476) (2.064) Empréstimos Banc 2.294 8.061 20.592
Duplicatas Descont (10.100) (20.226) (55.127)
26.222 37.415 69.436 Total do Passivo Circ 36.480 51.976 93.776
Estoques
Produtos Acabados 8.469 29.060 60.464 NÃO CIRCULANTE
Produtos em Proces 3.255 11.329 14.120 EXIG L PRAZO
Matéria-prima 14.370 12.986 26.970 Empréstimos Banc 10.920 40.706 115.176
26.094 53.375 101.554 Financiamento - . 19.414 41.160
Total do Circulante 58.000 96.296 177.696 Total do Exigível L P 10.920 60.120 156.336
NÃO CIRCULANTE
Investimentos PATRIMÔNIO LÍQ
Ações Outras Emp 2.100 4.120 8.100 Capital Social
Incentivos Fiscais 410 915 4.480 Subscrito 26.167 46.660 70.748
2.510 5.035 12.580 A realizar (3.342) (3.000) - .
Imobilizado 22.825 43.660 70.748
Imóveis 13.300 21.200 41.969 Reservas de Capital
Instalações 2.060 9.100 20.600 C M do Capital 8.491 17.144 35.940
Máquinas e Equip 7.300 26.500 55.107
Veículos 5.290 12.250 23.010 Reservas de Lucro
Móveis e Utensílios 1.710 3.110 6.781 Reserva Legal 388 516 1.141
Depreciação Acum (5.572) (9.336) (18.920) Lucros Retidos 5.494 10.939 18.068
Imobiliz em andam - . 20.200 57.186 5.882 11.455 19.209
24.088 83.024 185.733
Total do Patrim Líq 37.198 72.259 125.897
TOTAL DO ATIVO 84.598 184.355 376.009 TOTAL PASSIVO 84.598 184.355 376.009
Balanço Patrimonial
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3
VA AV AH VA AV AH VA AV AH
ATIVO CIRCULANTE
SOMA
NÃO CIRCULANTE
REALIZ A LONGO PRAZO
SOMA
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO CIRCULANTE
SOMA
NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
SOMA
CAPITAIS DE TERCEIROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
SOMA
TOTAL DO PASSIVO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO X1 X2 X3
EXERCÍCIO FINDO EM
VA AV AH VA AV AH VA AV AH
RECEITA LÍQUIDA
( - ) Custo dos Produtos Vendidos
= LUCRO BRUTO
( - ) Despesas Operacionais
* de Vendas
* Administrativas
* Financeiras
= LUCRO OPERACIONAL
( + ) Receitas Não Operacional
( + ) Saldo Correção Monetária
= LUCRO ANTES DO I.R.
( - ) Imposto de renda
LUCRO LÍQUIDO
4
PARTE II – AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
EMPRESARIAL
1 – RECORDANDO
1.1 INTRODUÇÃO
1.2 CONCEITOS
A análise de balanços é uma técnica que visa extrair das Demonstrações Contábeis, as
informações úteis para o gerenciamento das atividades econômico-financeiras. É o processo que visa
decompor os elementos do Balanço em sua formas usuais simples e irredutíveis, para efeito de
interpretação.
Para que a empresa busque a continuidade, dependerá da capacidade desta, atingir alguns
objetivos, dentre estes, a liquidez (capacidade da empresa pagar, nas datas acertadas, os compromissos
financeiros por ela assumidos).
1.3 OBJETIVOS
A análise de balanços visa relatar, a partir das Demonstrações Contábeis fornecidas pelas
empresas, a posição Patrimonial , Econômica e Financeira atual, as causas que determinaram a
evolução apresentada, e as tendências. Irá extrair informações para à tomada de decisões.
Pela análise pode-se constatar se a empresa está sendo bem administrada, identificar sua
capacidade de solvência (estimar se é uma empresa que irá ou não falir), avaliar se é uma empresa
lucrativa, e se tem condições de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente, além de
possibilitar o conhecimento e avaliação das políticas empregadas, quanto aos investimentos, aos
créditos concedidos, níveis de estoque, etc..
1.4 USUÁRIOS
Situação financeira
Desempenho
Adequação das fontes às aplicações de recursos
Causas das alterações na rentabilidade
Evidencia de erros na administração
Providências que deveriam ser tomadas e não foram
Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras
Eficiência na utilização dos recursos
Pontos fortes e fracos
Tendências e perspectivas
Quadro evolutivo
Simplificação
Comparabilidade
Adequação aos objetivos
jetivos d
da análise
Precisão nas classificações
ficações de contas
Descobertas de erros
Intimidade do analista
lista com as demonstrações financeiras
2 – ÍNDICES FINANCEIROS
LIQUIDEZ
IQUIDEZ
FINANCEIRA
ESTRUTURA
RA DE C
CAPITAL
ANALISE DA SITUAÇÃO
ECONOMICA RENTABILIDA
ABILIDADE
A empresa em 31.12.x1. Para cada $ 100 de capital próprio (patrimônio líquido) tomou $ 154 de
capital de terceiros, e em 31.12.x2 tomou $ 183 emprestado. Neste caso, o índice de Participação de
Capitais de Terceiros indica que o endividamento da empresa piorou de 31.12.x1 para 31.12.x2.
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação Capitais de Terceiros / PL menor
a liberdade de decisões financeiras da empresa. Sendo assim, este índice quanto menor, melhor.
Lembrar de comparar com padrões do mesmo ramo de atividade para saber se o nível do
endividamento da empresa está dentro ou fora de certos padrões.
Tais índices indicam que a empresa tinha 81% de suas dívidas vencíveis a Curto Prazo e este
percentual caiu para 54%, melhorando o perfil da dívida.
Indica que a empresa em 31.12.x1 investiu no Ativo Não Circulante ( Investimentos, Imobilizado
e Intangível ) a importância equivalente à 71% do PL, o restante 29% ( CCP ) é aplicado Ativo Circulante.
Em 31.12.x2 subiu para 121% , a empresa usou de 21% de Capitais de Terceiros além do PL,
para imobilização. O Ativo Circulante é totalmente financiado por Capitais de Terceiros, os quais
financiam ainda uma parte do Ativo Não Circulante. A empresa está nas mãos de terceiros para o
financiamento de seu giro comercial.
4 3ã
23 =
+ 6 6 7
O CCL representa a folga financeira a curto prazo, ou seja, financiamentos de que a empresa dispõe
para o seu giro e que não serão cobrados a curto prazo.
Estes índices mostram que a empresa destinou ao Ativo Não Circulante, respectivamente 55% e 66%
dos Recursos não correntes. Este índice não deve em regra ser superior a 100%, deve sempre existir
parte dos recursos não correntes, em relação às imobilizações, destinado ao Ativo Circulante.
A parcela de recursos não correntes destinada ao Ativo Circulante é denominada Capital Circulante
Líquido ( CCL ).
A empresa JR Comércio Ltda. apresentou nos anos abaixo, os seguintes valores em suas
Demonstrações Financeiras:
ATIVO Ano 20x1 Ano 20x2 PASSIVO Ano 20x1 Ano 20x2
Circulante Circulante
Disponível 2.000 3.200 Salários a Pagar 19.000 31.000
Clientes /Contas a Receber 13.000 26.800 Fornecedores 13.000 43.000
Estoques 20.000 30.000 Impostos a recolher 5.000 15.000
Total do Ativo Circulante 35.000 60.000 Total do Passivo Circulante 37.000 89.000
Não Circulante
Não Circulante Exigível a Longo Prazo
Realizável a Longo Prazo Financiamentos 5.000 12.000
Duplicatas a receber 1.200 3.300 Patrimônio Líquido
Investimentos 1.800 2.700 Capital Social 9.000 28.500
Imobilizado 35.000 107.000 Reservas 12.000 26.500
Total do Não Circulante 38.000 113.000 Lucros Retidos 10.000 17.000
Total do PL 31.000 72.000
TOTAL DO ATIVO 73.000 173.000 TOTAL PASSIVO 73.000 173.000
Pede-se calcular os índices financeiros da Estrutura de Capitais, comentar sobre eles e avaliar o
desempenho desta empresa, considerando apenas os índices de estrutura de capital.
Participação Capital
de Terceiros
Composição
Endividamento
Imobilização do PL
Imobilização do Recursos
não correntes
Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. São índices que, a
partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuraram medir quão sólida é a base
financeira da empresa.
4 +2 7 6 7
8=
+ 6 6 7
O índice de Liquidez Geral em 31.12.x1 de 1,18 indica que para cada $ 1,00 de dívida a empresa
tem 1,18 de investimentos realizáveis à curto prazo, ou seja, consegue pagar todas suas dívidas e ainda
dispõe de uma folga, excedente ou margem, de 18% (CCP). Pagando sua dívidas totais inclusive à longo
prazo.
Em 31.12.x2 o Ativo Circulante ficou menor que os Capitais de Terceiros, para cada $ 1,00 de
dívida existem investimentos circulantes $0,88 (não conseguiria nesta data pagar a totalidade de suas
dívidas) insuficiência de 0,12% para cada $ 1,00 de dívida.
4
=
Nos dois exercícios o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante, isto significa que os
investimentos do Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permitir
uma folga de 46% e 61% respectivamente.
OBSERVAÇÃO:
O fator tempo foi desconsiderando no calculo do índice de Liquidez Corrente, no que diz
respeito aos seguintes pontos que distanciam da realidade: Exemplo:
A margem de folga para manobras de prazos visa equilibrar as entradas e saídas de caixa.
Quanto maiores os recursos, maior essa margem, maior segurança da empresa, melhor a situação
financeira.
9 :
=
Este índice evidencia qual a capacidade pagamento da empresa a curto prazo, pois leva em
consideração somente os recursos disponíveis da empresa.
9 +4 çõ > +
; = : ?
Indica que a empresa conseguiria em 31.12.x1 pagar 90% de suas dívidas somente com as
disponibilidades imediatas. Em 31.12.x2 este reduziu para 87% , mantendo dentro das normalidades.
Em ambos os casos pode-se afirmar que a empresa tem uma boa performance, independente
de padrões.
Este índice é um teste que visa medir o grau de excelência da situação financeira da empresa.
A empresa JR Comércio Ltda. apresentou nos anos abaixo, os seguintes valores em suas
Demonstrações Financeiras:
ATIVO Ano 20x1 Ano 20x2 PASSIVO Ano 20x1 Ano 20x2
Circulante Circulante
Disponível 2.000 3.200 Salários a Pagar 19.000 31.000
Clientes /Contas a Receber 13.000 26.800 Fornecedores 13.000 43.000
Estoques 20.000 30.000 Impostos a recolher 5.000 15.000
Total do Ativo Circulante 35.000 60.000 Total do Passivo Circulante 37.000 89.000
Não Circulante
Não Circulante Exigível a Longo Prazo
Realizável a Longo Prazo Financiamentos 5.000 12.000
Duplicatas a receber 1.200 3.300 Patrimônio Líquido
Investimentos 1.800 2.700 Capital Social 9.000 28.500
Imobilizado 35.000 107.000 Reservas 12.000 26.500
Total do Não Circulante 38.000 113.000 Lucros Retidos 10.000 17.000
Total do PL 31.000 72.000
TOTAL DO ATIVO 73.000 173.000 TOTAL PASSIVO 73.000 173.000
Liquidez Geral
Liquidez Corrente
Liquidez Imediata
Liquidez Seca
Os índices desse grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto
renderam os investimentos e, portanto qual o grau de êxito econômico da empresa.
@
84 =
4
A empresa vendeu em 31.12.x1 a quantia de R$1,75 para cada R$ 1,00 investido: o volume de
vendas atingiu 1,75 vezes o volume de investimentos. Em 31.12.x2, houve queda acentuada do volume
relativo de vendas, em que para cada R$ 1,00 de investimento a empresa vendeu apenas R$ 1,11.
O desempenho comercial da empresa não manteve em 31.12.x2, o mesmo nível alcançado no
ano anterior.
A justificativa pode ter sido diferentes causas:
Retração do mercado como um todo,
Perda de participação de mercado.
Estratégia da empresa: Aumento dos preços, dispõe vender menos, mas com margem de lucro
maior, compensando assim a queda das vendas ( Verificar Índice ML – Margem Liquida )
A =
@
Houve considerável queda na margem de lucro da empresa, o próprio valor absoluto do lucro
líquido caiu. A empresa auferiu menor lucro global e ganhou muito menos por unidade vendida. Para
cada R$ 100 vendidos obteve R$ 4,66 de lucro em 31.12.x1 e R$ 3,77 em 31.12.x2.
Dessa forma, a hipótese de a empresa ter diminuído vendas em função do aumento da margem
de lucro fica descartada. Houve queda do seu volume relativo de vendas simultaneamente à queda da
margem de lucro.
)('# !/)!0#
BC = 1
!"# D# +*
Para cada R$ 100 investidos, a empresa ganhou R$ 8,20 em 31.12.x1 e R$ 4,19 em 31.12.x2.
Houve, portanto, apreciável queda na Rentabilidade do Ativo de um exercício para outro.
Este índice é um teste que visa medir o grau de excelência da situação econômica da empresa,
ou seja, a capacidade da empresa de gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. É ainda uma
medida do desempenho comparativo da empresa ano a ano.
)('# !/)!0#
BC = 1
+ '!.#,!# !/)!0# Eé0!#3
Para cada R$ 100 de Capital Próprio investido, a empresa conseguiu R$ 23,64 de lucro em
31.12.x1. A taxa de 23,64% é superior ao que oferecem os títulos de mercado, que oscilam em torno de
6%. Normalmente, espera-se das empresas rentabilidade superior à dos títulos de renda fixa; possuir o
investimento na empresa representa capital de risco, ou seja, nada garante sua rentabilidade que
poderá ser inclusive negativa.
Este índice mostra qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada
com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDBs, Ações, etc.
Com isso pode avaliar se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções.
EXERCÍCIOS RENTABILIDADE
A empresa JR Comércio Ltda. apresentou nos anos abaixo, os seguintes valores em suas
Demonstrações Financeiras:
ATIVO Ano 20x1 Ano 20x2 PASSIVO Ano 20x1 Ano 20x2
Circulante Circulante
Disponível 2.000 3.200 Salários a Pagar 19.000 31.000
Clientes /Contas a Receber 13.000 26.800 Fornecedores 13.000 43.000
Estoques 20.000 30.000 Impostos a recolher 5.000 15.000
Total do Ativo Circulante 35.000 60.000 Total do Passivo Circulante 37.000 89.000
Não Circulante
Não Circulante Exigível a Longo Prazo
Realizável a Longo Prazo Financiamentos 5.000 12.000
Duplicatas a receber 1.200 3.300 Patrimônio Líquido
Investimentos 1.800 2.700 Capital Social 9.000 28.500
Imobilizado 35.000 107.000 Reservas 12.000 26.500
Total do Não Circulante 38.000 113.000 Lucros Retidos 10.000 17.000
Total do PL 31.000 72.000
TOTAL DO ATIVO 73.000 173.000 TOTAL PASSIVO 73.000 173.000
Margem Líquida
Rentabilidade do Ativo
Rentabilidade do PL
Avaliação Intrínseca de um Índice: É limitada e só deve ser usada quando não se dispõe de índices-
padrão proporcionados pela análise de um conjunto de empresas.
Comparação dos Índices no Tempo: A comparação dos índices de uma empresa com os valores
observados nos anos anteriores revela-se bastante útil por mostrar tendências seguidas pela
empresa. É fundamental em qualquer avaliação que os índices que sejam analisados
conjuntamente.
Comparação com Padrões: A avaliação de um índice e a sua conceituação como ótimo, bom,
satisfatório, razoável ou deficiente só pode ser feita através da comparação com os padrões. Não
existe o bom ou o deficiente em sentido absoluto. O bem só é bom em relação a outros elementos.
Uma vez calculados os índices e comparados com padrões, pode-se fazer primeiro uma
avaliação individual de cada índice, depois uma avaliação conjuntamente, assim, avaliar-se a empresa e
sua administração.
Essa forma de avaliação é uma técnica científica seguida largamente por outras ciências e também
pela Análise de Balanços que, basicamente, tem a seguinte ordem:
a) Descoberta de indicadores (participação de capital de terceiros, liquidez etc.);
b) Definição do comportamento do indicador ( quanto maior, melhor; quanto menor, melhor;
ponto ótimo em torno de um parâmetro);
c) Tabulação de padrões (comparar índices de uma empresa com as demais do mesmo ramo);
d) Escolha dos melhores indicadores e atribuição dos respectivos pesos (esses onze índices
estudados já foram escolhidos ao longo dos anos e o peso veremos a seguir).
A atribuição de pesos pode adquirir contornos altamente científicos, porém não deixa de ser
algo de absolutamente intuitivo. Quando um analista chega a uma conclusão, terá atribuído algum peso
aos índices encontrados, mesmo que igual para todos e ainda que o faça inconscientemente.
Esse relatório da Cia Big comenta conjuntamente os índices até agora expostos.
A Cia Big aumentou seu endividamento de 154%, em 20x1, para 183%, em 20x2, e passou a depender
muito mais de terceiros. Entretanto, em 20x2, alterou o perfil de sua dívida, pois o percentual de dívidas
de curto prazo, que era de 81% no ano precedente, passou para 54%, dando-lhe mais prazo para
pagamento das mesmas. O grau de imobilização do Patrimônio Líquido que era de 71%, em 20x1, subiu
para 121%, absorvendo, em 20x2, todo o Patrimônio Líquido e ainda uma parcela de capitais de terceiros
equivalente a 21% deste último. Com isso, a empresa ficou sem Capital Circulante Próprio em 20x2.
Se do ponto de vista financeiro piorou a situação, com algumas compensações, do ponto de vista
econômico a situação piorou completamente. Para cada $ 1,00 investido a empresa vendeu $ 1,76 em
20x1. Já em 20x2 vendeu $ 1,11 o que significa apreciável queda nas vendas em relação ao investimento
efetuado. Enquanto isso, a margem de lucro líquido caía de 4,66% para 3,77%, ou seja, em cada $ 100
vendidos a empresa passou a ganhar muito menos, em 20x2. Para se ter uma idéia do efeito conjunto
dessas duas quedas, a rentabilidade do Ativo caiu pela metade ou seja, de 8,20% para 4,19% isso
significa que seu poder de capitalização desceu a níveis muito baixos: enquanto pela rentabilidade do
Ativo, em 20x1, a empresa demoraria cerca de 9 anos para dobrar o seu Ativo, se contasse
exclusivamente com os recursos dos lucros retidos, em 20x2 demoraria 17 anos. Como reflexo disso, a
rentabilidade do Patrimônio Líquido desceu de 23,64, para 13,48%, mostrando que a empresa conseguiu
remuneração modesta do seu capital em 20x2.
1. Questões:
2. Pede-se: calcular os índices financeiros da Estrutura de Capitais, comentar sobre eles e avaliar o
desempenho desta empresa.
A empresa JR Comércio Ltda apresentou nos anos abaixo, os seguintes valores em suas Demonstrações
Financeiras:
4. A Indústria de Móveis São Luiz Ltda, apresentou em seus Balanços Patrimoniais os seguintes
Saldos.
Circulante
Disponível 187.700 83.600
Clientes 268.992 277.423
Estoques 395.000 450.330
Total do Circulante 851.692 811.353
Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Clientes 245.600 365.000
Investimentos 90.200 119.517
Imobilizado 402.100 890.700
Total do Não Circulante 737.900 1.375.217
TOTAL DO ATIVO 1.589.592 2.186.570
PASSIVO ANO x1 ANO x2
Circulante
Impostos a recolher 83.086 102.841
Fornecedores 249.115 340.345
Empréstimos Bancários 244.091 290.557
Total do Circulante 576.292 733.743
Não Circulante
Exigível a Longo Prazo
Financiamentos 290.800 353.081
Total do Exigível a Longo Prazo 290.800 353.081
Patrimônio Líquido
Capital Social 468.200 609.567
Lucros Retidos 254.300 490.179
Total do Patrimônio Líquido 722.500 1.099.746
TOTAL DO PASSIVO 1.589.592 2.186.570
A ) Calcular os índices de Liquidez (Geral, Imediata ,Corrente e Seca) e índices da Estrutura de Capital
(Composição do Endividamento, Imobilização do PL, Imobilização de Recursos não Correntes e
Participação de Capital de Terceiros).
Rentabilidade do Ativo
Rentabilidade do PL
6. Numere:
Liquidez Corrente
........................................................................................................................................................................
9. Com base nos dados das demonstrações financeiras seguintes, preencha os quadros A e B:
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO E PL
Circulante Circulante
Caixa e Bancos 300 Fornecedores 1.600
Duplicatas a Receber 1.800 Empréstimos Bancários 1.200
Estoques 1.200 Outras Contas 200
Total do Circulante 3.300 Total do Circulante 3.000
QUADRO A
CT / PL ____________ %
AP / PL ____________%
AC + RLP / PC + ELP ____________
AC – Estoque / PC ____________
V / AT ____________
LL / VL ____________%
LL / PL ____________%
QUADRO B
Para cada $ 1,00 de dívidas a curto prazo, a empresa possui $_______ investidos no Ativo
Circulante.
Para cada $ 1,00 investidos em seu Ativo Total, a empresa vendeu $ ________.
5
ANALISE VERTICAL (A.V.)
e ANALISE HORIZONTAL (A.H.)
A Análise de Balanços deve partir do geral para o particular. A Análise através de Índices
Financeiros é genérica; relaciona grandes itens das demonstrações financeiras e permite dar uma
avaliação à empresa. A Análise Vertical / Horizontal desce a um nível de detalhes que não permite a
visão ampla da empresa, mas possibilita localizar pontos específicos de falhas, problemas e
características da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação.
ANÁLISE ( ) VERTICAL: Quando fazemos a divisão de uma grandeza por outra ( = 1.500 /
2.000 ), nossos olhos vêem no sentido vertical, considerando dados de um mesmo período.
Mostra a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e,
através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos
anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.
ANÁLISE ( ) HORIZONTAL: Quando comparamos vários períodos, pois nossos olhos vêem no
sentido horizontal Ano 2007 = 1.000 Ano 2008 = 1.400 Ano 2009 = 1.800. Mostra a
evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir
tirar conclusões sobre a evolução da empresa.
Em sentido específico, destacam-se os seguintes objetivos da Análise Vertical / Horizontal
conjuntamente:
A Análise Horizontal do Balanço mostra a quais itens do Ativo a empresa vem dando ênfase na
alocação de seus recursos e, comparativamente, de quais recursos adicionais se vem valendo. Por
exemplo, a Análise Horizontal pode mostrar que a empresa investe prioritariamente em bens do Ativo
Não Circulante ( Imobilizado, Intangivel, etc. ), enquanto o principal incremento de recursos se verifica
no Passivo Circulante; daí se conclui que a empresa tomou financiamentos de curto prazo para investir
em Ativo de Longo Prazo. É interessante na Análise Horizontal do balanço observar comparativamente
os seguintes itens:
Crescimento dos totais do Ativo Não Circulante e Circulante e de cada um dos seus principais
componentes;
Crescimento do Patrimônio Líquido comparativamente ao do Exigível Total;
Crescimento do Patrimônio Líquido mais Exigível à Longo Prazo comparativamente ao
crescimento do Ativo Não Circulante ( Investimentos, Imobilizado e Intangível );
Crescimento do Ativo Circulante em comparação com o crescimento do Passivo Circulante;
Verificação de quanto cada balanço da série contribuiu para a variação final obtida entre o
primeiro e o último balanço.
A Análise Vertical atinge seu ponto máximo de utilidade quando aplicada à Demonstração do
Resultado. Toda a atividade de uma empresa gira em torno das vendas. São elas que devem determinar
o que a empresa pode consumir em cada item de despesa. Por isso, na Análise Vertical da
Demonstração do Resultado, as vendas são igualadas a 100, e todos os demais itens de despesas da
Demonstração do Resultado pode ser controlado em função do seu percentual calculado em relação as
Vendas. Esse controle é extremamente importante quando se lembra que o percentual de lucro líquido
em relação a Vendas costuma ser muito pequeno. Por isso, o aumento percentual de qualquer item da
Demonstração do Resultado em relação a Vendas é indesejável.
É recomendável que estes dois tipos de análise sejam usados conjuntamente. Não se deve tirar
conclusões exclusivamente da Análise Horizontal, ou vice-versa.
É desejável que as conclusões baseadas na Análise Vertical sejam complementadas pelas da
Análise Horizontal, devem ser usadas como uma só técnica da análise; por isso a denominamos Análise
Vertical / Horizontal.
Vejamos o modelo do BALANÇO PATRIMONIAL e da DRE com ANÁLISE VERTICAL / HORIZONTAL da Cia
Big.
BALANÇO PATRIMONIAL
NÃO CIRCULANTE
* Investimentos 72.250 3 100 156.475 4 217 228.075 4 316
* Imobilizado 693.448 25 100 1.558.404 39 218 2.491.685 44 359
Total do Não Circulante 765.698 28 100 1.714.879 43 224 2.719.760 48 355
TOTAL DO ATIVO 2.726.178 100 100 3.984.050 100 146 5.653.335 100 207
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
* Fornecedores 708.536 26 100 639.065 16 90 688.791 12 97
* Outras Obrigações 275.623 10 100 289.698 7 105 433.743 8 157
SOMA 984.159 36 100 928.763 23 94 1.122.523 20 114
FINANCEIRO
* Empréstimos Bancários 66.165 2 100 83.429 2 126 158.044 3 238
* Duplicatas Descontadas 290.633 11 100 393.885 10 136 676.699 12 233
SOMA 356.798 13 100 477.314 12 134 834.743 15 234
Total do Circulante 1.340.957 49 100 1.406.077 35 105 1.957.277 35 146
NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
* Empréstimos 314.360 12 100 792.716 20 252 1.494.240 26 475
* Financiamentos -.- - 100 378.072 10 - 533.991 9 -
Total do Exigível a Longo Prazo 314.360 12 100 1.170.788 30 372 2.028.231 35 645
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
* Capital e Reservas 657.083 24 100 1.194.157 30 182 1.350.830 24 206
* Lucros Retidos 413.778 15 100 213.028 5 51 316.997 6 77
Total do Patrimônio Líquido 1.070.861 39 100 1.407.185 35 131 1.667.827 30 156
TOTAL DO PASSIVO 2.726.178 100 100 3.984.050 100 146 5.653.335 100 207
O ativo total da empresa cresceu 107% de 31-12-x1 a 31-12-x3 em termos reais. Esse crescimento deve-
se principalmente ao Ativo Não Circulante que teve expansão de 255%. Já o Ativo Circulante apresentou
crescimento de apenas 50%. Dessa forma, alterou-se a estrutura de ativo da empresa. Em 31.12.x1, 72%
dos recursos achavam-se investidos no Ativo Circulante, percentual esse que caiu para 52% em 31.12.x3.
Esse crescimento foi financiado basicamente por Capitais de Terceiros de Longo Prazo que passaram, em
31.12.x1, de 12% do Passivo Total para 35%, em 31.12.x3, constituindo-se no principal grupo de
financiamento neste último ano. O Passivo Circulante caiu nesse mesmo período de 49% para 35%.
Tendo o Passivo Circulante crescido menos que o Ativo Circulante, a empresa financiou parte deste
último com Exigível a Longo Prazo (o que, diga-se de passagem, é correto). Os Capitais de Terceiros
tiveram crescimento superior ao do Ativo – ou seja, 141% contra 107% do Ativo – em virtude do terreno
cedido pelo Patrimônio Líquido. Outro aspecto que se destaca é a alteração havida em “Fornecedores”.
Essa era a principal fonte de recursos da empresa, em 31.12.x1, representando 26% do Passivo. Nesse
ano, “Fornecedores” financiavam quase totalmente os Estoques. Em 31.12.x3 o percentual de
“Fornecedores” sobre o Passivo Total caiu para 12%, cobrindo apenas metade dos estoques mantidos
pela empresa. Essa alteração é desfavorável, pois, normalmente, “Fornecedores” representam uma
fonte estável de recursos e freqüentemente mais barata. A empresa substituiu-a em boa parte por
financiamentos bancários que representam uma fonte de risco maior devido a incerteza da renovação.
Em resumo, a empresa investiu maciçamente no Ativo Não Circulante, fez ainda algum investimento no
Ativo Circulante, financiou a maior parte dessa expansão com Capitais de Terceiros e aumentou o risco
global. A situação financeira não ficou sacrificada em virtude de a empresa Ter-se valido de Exigíveis a
Longo Prazo, tendo o Passivo Circulante crescido menos que o Ativo Circulante.
2. Questões:
a) Calcule os índices de Estrutura de Capital, Liquidez e Rentabilidade. Faça os comentários sobre eles
b) Faça a Análise Vertical/Horizontal e comente sobre: a Imobilização, Capital de Giro, Capital de
Terceiros e Capital Próprio desta empresa .
c) Dê sua opinião se a imobilização feita será vantajosa para a empresa.
d) A empresa terá condições de pagar seus compromissos (Capital de Terceiros)?
BALANÇO PATRIMONIAL
Ano Ano Ano Ano
ATIVO AV AH AV AH PASSIVO AV AH AV AH
2008 2009 2008 2009
Circulante Circulante
Total do Ativo Circulante 560 500 Total do Passivo Circulante 295 355
Não Circulante
Total do Não Circulante 345 685 Total do Patrimônio Líq 450 550
A análise vertical e horizontal de balanços nos anos 2008 e 2009 , e compare o desempenho dos
principais grupos e variações ocorridas de um ano para o outro.
BP – BALANÇO PATRIMONIAL
Ano Ano Ano Ano
ATIVO AV AH AV AH PASSIVO AV AH AV AH
2008 2009 2008 2009
Circulante Circulante
Circulante Circulante
Não Circulante
6
TOPICOS ESPECIAIS DE ANALISE
DE BALANÇOS
Talvez não existam palavras mais empregadas no mundo dos negócios do que econômico e financeiro.
FINANCEIRO
ECONÔMICO
AMPLO RESTRITO
Capital Circulante
Estaticamente Patrimônio Líquido Saldo de Caixa
Líquido
Variação do Capital Variação do
Dinamicamente Lucro Líquido
Circulante Líquido Saldo de Caixa
O lucro aumenta o patrimônio Líquido, mas não as disponibilidades de dinheiro, por essa razão,
a análise deve tomar tanto a Demonstração do Resultado – que evidencia lucro ou prejuízo – como a
DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa.
Para cada investimento existe um financiamento certo. Toda aplicação em bens, direitos ou
custos que beneficiarão exercícios seguintes é Investimento.
O Ativo representa o investimento total. Em qualquer investimento efetuado existe uma origem
de recursos mostrada pelo Passivo. Essa origem constitui o Financiamento.
Na Análise de Balanços, procura-se identificar investimentos e financiamentos, pois a situação
da empresa e seus resultados econômicos dependem da adequação entre investimentos e
financiamentos. Todos os índices extraídos do balanço procuram de certa forma medir a adequação
entre investimentos e financiamentos.
Na primeira, o CCL é mostrado como excesso do Ativo Circulante sobre o Passivo Circulante e no
último caminho o excesso de Recursos Não Correntes sobre Aplicações Não Correntes.
Outro aspecto que merece ser ressaltado é a composição do CCL.
Quando o Patrimônio Líquido cobrir todo o Ativo Não Circulante e tem uma parte investida no
Ativo Circulante, essa parcela é chamada de Capital Circulante Próprio (CCP) ou Capital de Giro Próprio e
representa a parcela de capital próprio no Ativo Circulante.
O CCL é, portanto, formado por dois tipos de recursos:
CONCLUSÕES:
Decompondo-se o índice de Liquidez Corrente, é possível verificar que as suas alterações não
afetam o Fluxo de Caixa da empresa.
Se um analista estiver analisando o balanço de uma empresa e se deparar com o índice de
Liquidez Corrente inferior a 1,00, não deve, em princípio, considerá-la sem condições de pagar suas
dívidas em dia.
O índice de Liquidez Corrente tem haver com a situação financeira da empresa, mas não com o
Fluxo de Caixa.
Vejamos a análise pelo avesso, no exemplo do índice de Liquidez Corrente de 1,5. O inverso
disso é:
Significa que 66,6 % do Ativo Circulante estão comprometidos com o Passivo Circulante e que,
33,4% são provenientes do CCL.
Em síntese, a empresa pode operar com qualquer liquidez que seu fluxo de caixa será o mesmo
enquanto as vendas não se alterarem. Entretanto, quanto maior o índice de Liquidez Corrente maior a
independência da empresa em relação a credores e maior a sua capacidade de enfrentar crises e
dificuldades inesperadas.
5 – FALÁCIAS DE LIQUIDEZ
Uma liquidez alta pode decorrer tanto de excesso de Recursos não Correntes no Ativo
Circulante, quanto de pequeno Passivo Circulante.
Se houver excesso de Recursos Não Correntes aplicados no Ativo Circulante, como excesso de
Estoque e de Duplicatas a Receber decorrentes de uma má administração desses itens, estaremos
diante de uma liquidez indesejável.
Já o baixo Passivo Circulante, poderá ser indício de sabia administração que evita despesas
financeiras de empréstimos bancários ou que obtém significativos descontos de fornecedores com
pagamentos a vista.
Em resumo, alta liquidez, indica uma boa situação financeira, que pode até ser do aumento da
rentabilidade, embora não esteja afastada a hipótese de haver recursos ociosos (seria um caso de má
administração de Ativo Circulante).
6 – LIMITE DE ENDIVIDAMENTO
Não existe uma fórmula para medir o endividamento global, mas certos conceitos podem levar
às dimensões suportáveis das diversas categorias de dívidas.
Crédito de funcionamento: São fontes operacionais e a empresa pode assumir esses créditos
até o limite em que os pagamentos fiquem ligeiramente aquém das entradas de caixas
decorrentes do recebimento das vendas. Por exemplo: Fornecedores, Salários, Impostos,
Encargos Sociais, etc.
Vimos que a empresa pode operar com Liquidez Corrente abaixo de 1,00. Mas para isso é
necessário que o Passivo Circulante se renove constantemente.
Financiar ativos constantes com empréstimos inconstantes pode complicar a situação financeira.
Em vista disso apresentaremos 4 ( quatro ) índices que visam medir o grau de Dependência
Bancária da empresa junto aos bancos. São eles:
Duplicatas a Receber
Interpretação dos índices de relacionamento bancário. A Cia BIG aumentou consideravelmente sua
dependência às instituições de créditos de 31.12.x1 para 31.12x2. Enquanto no primeiro ano menos de
25% dos recursos eram supridos pelas instituições de crédito, no ano seguinte esse percentual atingiu a
marca de 41,4%. Em relação aos Capitais de Terceiros, a empresa viu subir a participação das
instituições de crédito de 40,5% para 64,0%. Comparando os índices de relacionamento bancário da Cia
BIG com índices médios do ramo de atividade obtém-se:
ÍNDICES PADRÃO ÍNDICES DA CIA BIG
INDICES
31.12.x1 31.12.x2 31.12x1 31.12.x2
Financiamento de Ativo por Instituições
20% 22% 24,6% 41,4%
de Crédito
Participação das Instituições de Crédito no
37% 38% 40,5% 64,0%
Endividamento
Financiamento de Ativo Circulante por
18% 25% 18,2% 21,0%
Instituições de Créditos a Curto Prazo
Estes índices serão chamados de “Índices de Bolsa”, daqui em diante. Eles avaliam a viabilidade
de investimentos em ações de determinada empresa.
A análise através de Índices de Bolsa serve para mostrar elementos quantitativos e objetos a
respeito de ações. Entretanto, o mercado acionário é algo extremamente complexo, no qual interferem
inúmeros fatores de ordem conjuntural, psicológica, monetária etc.
Assim, a análise de ações dos Índices de Bolsa é apenas um dos múltiplos aspectos a serem
levados em conta na avaliação de ações.
EXERCÍCIO
DADOS
2008 2009
Capital social Realizado 7.000.000 16.000.000
Ações Ordinárias 350.000 800.000
Ações Preferenciais 350.000 800.000
Total de Ações 700.000 1.600.000
Patrimônio Líquido 11.218.000 23.094.000
Lucro Líquido 1.311.000 2.822.000
Cotação Média das Ações 7,20 5,50
Dividendos Pagos 327.750 705.500
Mostra quanto vale cada ação em termos de Patrimônio Líquido, ou seja, que fatia do
Patrimônio Líquido cabe a cada ação.
+ '!.#,!# !/)!0#
n = 1
$).-'# 0- çõ-j
)('# !/)!0#
= 1
$).-'# 0- çõ-j
Nota: este deve ser obrigatoriamente apresentado pelas Sociedades por Ações após o Lucro
Líquido na Demonstração do Resultado do Exercício.
Mostra qual o lucro fica retido na empresa, conforme o estatuto. Conseguindo portanto, o
investidor, realizar apenas parte dos lucros que a empresa auferiu.
l!"!0-,0#j +o#j
l =
$).-'# 0- çõ-j
Nota: a apresentação deste índice é obrigatória às Sociedades por Ações que deverão incluí-lo
na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
O mercado de ações é a base da economia de diversos países, mas no Brasil ainda não obteve
êxito. Em primeiro lugar, porque é um mercado muito complexo, não acessível a grande maioria; depois
porque a falta de segurança do investimento e as incertezas quanto à renda afugentam o investidor. E
por último, o fator desilusão monetária das ações, em contraposição à ilusão monetária de
investimentos de renda fixa, como por exemplo a caderneta de poupança. A não-realização em dinheiro
do lucro da empresa causa desilusão no investidor. O inchaço do depósito na caderneta de poupança
causa ilusão.
Atualmente está crescendo cada vez mais a participação de pessoas físicas no mercado de
ações, isso dado a maior acesso a informações e a facilidade com que os investidores realizam suas
operações. O serviço de intermediação via Home Broker na grande maioria é oferecido pelas próprias
instituições financeiras, que disponibilizam ferramenta para que o próprio usuário emita suas ordens.
O volume de negociações cresce a cada ano, sinal que os brasileiros também estão migrando
parte de seus investimentos para o mercado de ações.
1. Investimento é:
a) Uma aplicação de dinheiro.
b) Toda aplicação em bens, direitos ou custos que beneficiarão exercícios seguintes.
c) Uma aplicação no mercado financeiro.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
2. Em qualquer investimento efetuado, existe uma origem de recursos mostrada pelo passivo. Essa
origem constitui:
a) O financiamento.
b) Os fornecedores.
c) Os empréstimos.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
2. Questões:
a) O que é Capital Circulante Líquido? Qual a diferença entre Capital Circulante Líquido e Capital
Circulante Próprio?
b) Qual a diferença entre econômico e financeiro?
c) Quais os principais índices de avaliação de ações?
3. Complete o quadro:
Financeiro
Econômico
Amplo Restrito
Estaticamente Saldo de Caixa
4. Numere:
( ) Evidencia o movimento de Caixa de uma empresa e serve para demonstrar o resultado financeiro
de curtíssimo prazo.
( ) Evidencia a variação do Capital Circulante Líquido e serve para mostrar o resultado financeiro de
médio prazo.
7
PARTE III – ANALISE DE GESTÃO DE CAIXA
Na Análise de Balanços, através dos dados das demonstrações financeiras, podem ser calculados
os seguintes índices:
Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre em
conjunto. Também não é recomendável misturar a análise dos índices de prazos médios com a dos
índices econômicos e financeiros.
A conjugação dos três índices de prazos médios leva à analise dos ciclos operacional e de caixa,
elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais quanto
financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa.
Mostra por quantos dias as mercadorias (estoque) ficam parados nas prateleiras da empresa.
Entre a compra do estoque e a sua venda decorrem alguns dias sendo estes o prazo médio de
renovação de estoques.
O Prazo médio de Renovação de Estoques (PMRE) representa:
Na empresa Comercial: O tempo de estocagem de mercadorias;
Na empresa industrial: O tempo de produção e estocagem.
hj #/)-j
EBh = 1 rs
&En 4
Expressa o tempo decorrido entre a venda e o recebimento – Número de dias que os clientes
têm para pagar suas compras. Entre a venda da mercadoria e o recebimento decorre um prazo de x
dias = prazo médio de recebimento de vendas .
l)i*!(+ +j + B-(-m-'
EBn = 1 rs
n-,0+j B-+*!k+0+j 5
Número de dias que os fornecedores nos concedem para pagamento de nossas compras. Entre
a compra e o pagamento, decorre um prazo de x dias = prazo médio de pagamento de compras.
g#',-(-0#'-j
E &= 1 rs
&#.i'+j 6
A análise dos prazos médios só é útil quando os três prazos são analisados conjuntamente.
A soma dos prazos PMRE + PMRV representa o que se chama CO = Ciclo Operacional; ou seja, o
tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda da mercadoria. O Ciclo Operacional mostra o
prazo do investimento.
4
CMV: Custo das Mercadorias Vendidas ( Formula: CMV = EI + Compras – EF )
5
VENDAS:Vendas Brutas – Devoluções - Abatimentos
6
COMPRAS: Se necessário utilizar formula para calculo CMV
Quanto maior o ciclo financeiro, pior para a empresa, pois representa maior tempo de utilização
de financiamento e, portanto, maior custo.
A precisão dos índices de prazos médios está diretamente ligada à uniformidade das vendas e
compras. Se a empresa tem vendas e compras aproximadamente uniformes durante o ano, os índices
de prazos médios calculados a partir dos dados do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do
Exercício refletirão satisfatoriamente a realidade. Agora, se as vendas e/ou compras flutuarem, tiverem
picos e vales ou concentração em determinadas épocas do ano, os índices de prazos médios poderão
estar completamente distorcidos.
COMENTÁRIOS
A Cia BIG tinha, em 31.12.x1, ciclo de caixa bem inferior ao padrão mediano do ramo: a empresa
necessitava tomar financiamentos para o giro por um prazo 20 dias aquém da média do ramo. Isto se
devia sobretudo ao maior prazo obtido de seus fornecedores em relação à média do ramo, bem como ao
menor ciclo operacional.
No último exercício, a empresa não conseguiu manter o prazo acima da média do ramo e seu
ciclo operacional cresceu demasiadamente em virtude do excessivo Prazo Médio de Renovação de
Estoques de 75 dias, em 31.12.x1, para 112 dias, em 31.12.x3.
Como o Prazo Médio de Renovação de Estoques depende mais da própria administração do que
do mercado, aparece haver um descontrole da empresa em relação aos seus estoques. Com isso, o ciclo
de caixa em 31.12.x3 passou a 40 dias acima da mediana do ramo e 59 dias daquele de 31.12.x1.
Se a empresa mantém estoques para 90 dias, seus estoques renovam-se quatro vezes ao ano. Se
vende a prazo médio de 60 dias, as Duplicatas a Receber renovam-se seis vezes ao ano. O número de
vezes em que determinado item se renova, roda ou gira é calculado dividindo-se 360 pelo prazo médio:
Embora úteis e de certa forma didáticos em alguns relatórios, os índices de rotação não são tão
informativos quanto os de prazos médios e dificultam a conjugação dos três índices.
É interessante observar que alguns autores juntam indevidamente aos índices de rotação o
índice de Giro do Ativo (também chamado de Rotação do Ativo) – Vendas / Ativo – numa total
impropriedade interpretativa, pois o Índice de Giro do Ativo visa dimensionar o volume de vendas
relativamente ao investimento total, enquanto os índices de rotação que foram apresentados informam
efetivamente quantas vezes ao ano se renovam Duplicatas a Receber, Estoques e Fornecedores.
d. Os índices de rotação:
a. São mais informativos que os de prazos médios, facilitam a conjugação dos três índices.
b. Fornecem dados completamente distorcidos.
c. São obtidos dividindo os prazos médios por 360 e são mais informativos que estes.
d. Embora úteis e de certa forma didáticos em alguns relatórios, não são tão informativos quantos
os prazos médios e dificultam a conjugação dos três índices.
f. Dias, em média que a empresa terá de esperar para receber as suas duplicatas:
1) PMRV.
2) PMRE.
3) PMPC.
4) Nenhuma das alternativas anteriores.
2. Questões:
3. Numere as colunas:
Coluna A Coluna B
4. Complete:
Pede-se :
a) Calcular PMRE , PMRV e PMPC
b) Calcular o Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro
6. Calcule os Índices de Atividade da Cia Amnésia e faça análise do Ciclo Operacional e Ciclo
Financeiro.
BALANÇO PATRIMONIAL
BP 31.12.x6 31.12.x7
ATIVO
CIRCULANTE
100 1.000
Disponível
500 1.000
Dupl. a Receber
1.100 2.000
Estoques
1.700 4.000
Total do Ativo Circulante
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 600 1.200
Outras Obrigações a pagar 300 2.200
Empréstimos Bancários 2.000 3.000
Total do Passivo Circulante 2.900 6.400
8
ANALISE DO CAPITAL DE GIRO E
ELABORAÇÃO E ANALISE DO FLUXO DE CAIXA
Necessidade de Capital de Giro, que designaremos NCG, é não só um conceito fundamental para
a análise da empresa do ponto de vista financeiro, ou seja, análise de caixa, mas também de estratégias
de financiamento, crescimento, e lucratividade.
a) ACO > PCO É a situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a qual a
empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento.
b) ACO = PCO Neste caso a NCG é igual a zero e portanto a empresa não tem necessidade de
financiamento para o giro.
c) ACO < PCO Este é o caso em que sobram recursos das atividades operacionais, os quais
poderão ser usados para a aplicação no mercado financeiro ou para expansão da planta fixa.
O Ciclo Financeiro, desta forma fica decomposto analiticamente em todos os seus componentes.
1.2 TESOURARIA
Tesouraria é o resultado das contas que não fazem parte da atividade operacional da empresa e
que depois de realizadas ou liquidadas, se constituem, definitivamente, em entradas ou saídas de caixa.
Sendo assim, através da diferença entre o Ativo e Passivo Circulante Financeiro encontraremos a
Tesouraria, variável que vai expressar a situação financeira de curto prazo das empresas. Representada
pelas contas que não se relacionam com a atividade operacional da empresa, e não são
necessariamente renovadas.
OU:
TESOURARIA COMENTÁRIOS
Indica que a empresa está utilizando fonte de recursos financeiros de curto prazo
para financiar suas atividades, pois as contas do Ativo Circulante Financeiro (ACF)
NEGATIVA
não são suficientes para cobrir os compromissos expressos em Passivo Circulante
Financeiro (PCF).
Todavia é grande o número de empresas que apresentam a Tesouraria Negativa como forma de
financiamento. Na verdade, a existência de saldos negativos nesta variável não implica,
necessariamente, situação financeira apertada. O que deve ser analisado, e com muita atenção, é a
proporção da Tesouraria negativa em relação a NCG e a tendência dessa relação.
A relação T (Tesouraria) dividida pela NCG (Necessidade de Capital de Giro) é o verdadeiro
termômetro da situação de liquidez da empresa.
A análise dessas variáveis revela situação diferente daquela evidenciada pelos indicadores: ano a
ano a empresa vem aumentando a utilização de capitais financeiros de terceiros a curto prazo
(empréstimos e financiamentos) para cobrir as Necessidades de Capital de Giro.
A Tesouraria Negativa passou de – 23,76 % para – 43,37 % do valor da NCG.
A Necessidade de Capital de Giro teve um crescimento de 112% de 20x1 para 20x3. Entre as
fontes de financiamento do giro destacou-se o uso do Passivo Circulante financeiro que cresceu 134% no
período e aumentou a sua participação no financiamento da NCG de 23% para 44%. Isso ocorreu apesar
do excepcional crescimento do Exigível a Longo Prazo de 545%. É que os recursos do Exigível a Longo
Prazo foram carreados para financiar a elevada expansão das imobilizações que chegaram a 255%.
Repare-se que o Capital Circulante Próprio, que em 20x1 cobria 38% da Necessidade de Capital de Giro,e
passou para a taxa negativa de 61% em 20x3.
Assim, o Exigível a Longo Prazo foi duplamente requisitado: para cobrir a elevada expansão do
Ativo Não Circulante e manter a participação do Capital Circulante Líquido no financiamento do Giro.
Muitas empresas vão a falência por não saberem administrar seu fluxo de caixa. Fluxo significa
movimento. Assim fluxo de caixa pode ser definido como movimento de caixa.
Essa demonstração mostra o efeito de cada variável no caixa, tal como a Necessidade de Capital
de Giro. Além disso, é construída sob a forma que permite uma série de relações e avaliações referentes
à capacidade de pagamento da empresa e à administração financeira.
As principais informações dessa demonstração referem-se à capacidade financeira da empresa
de:
Autofinanciamento das operações (compra, produção e vendas).
Independência do sistema bancário no curto prazo.
Gerar recursos para manter e expandir o nível de investimento.
Amortizar dívidas bancárias de curto e de longo prazo.
7
Nota: A lei 11.638/2007 introduziu a obrigatoriedade da demonstração dos fluxos de caixa; entretanto,
a demonstração que estaremos apresentando aqui tem algumas diferenças quanto a estrutura,
evidenciando os sub-grupos de Geração Bruta de Caixa e Geração Corrente de Caixa, visando uma
analise financeira; por isso estamos denominando-a de DFLC – Demonstração do Fluxo Liquido de
Caixa. (MATARAZZO, 2010, p. 235)
DADOS VALORES
Prejuízo do Exercício (500)
( + ) Depreciação 600
( = ) GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA 100
GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA: O confronto das variações dos itens de Ativo Circulante
Operacional (ACO) e do Passivo Circulante Operacional (PCO) resultam na variação de
Necessidade de Capital de Giro (NCG). Adicionando a variação da NCG à Geração Bruta de Caixa
chega-se a Geração Operacional de Caixa, cujo significado é o caixa gerado pelas atividades
comerciais acopladas aos investimentos operacionais e fontes operacionais.
SALDO
DADOS INICIAL - x8 FINAL – x9
VARIAÇÃO
DADOS VALORES
Geração Bruta de Caixa 100
Variação NCG 285
( = ) GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA 385
SALDO
DADOS INICIAL - x8 FINAL – x9
VARIAÇÃO
DADOS VALORES
Geração Operacional de Caixa 385
( - ) Variação de Empréstimos Bancarios (30)
( = ) GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA 355
CIA LÍQUIDA
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA - EXERCÍCIO FINDO EM 31-12-x9
Quando uma empresa não apresenta Geração Bruta de Caixa, é obvio que sua situação é difícil.
Entretanto, quando há Geração Bruta de Caixa, em princípio nada poderá ser concluído, pois a partir daí
existem algumas possibilidades, por exemplo:
GERAÇÃO BRUTA
COMENTÁRIOS
DE CAIXA
Se a Geração Bruta de Caixa é inferior ao crescimento NCG significa que a empresa não tem
Geração Operacional de Caixa, e consequentemente não tem capacidade de pagar dívidas bancárias de
curto prazo.
Na situação prevista no item “b”, um volume elevado de absorção operacional de caixa será um
indicador de comprometimento da situação financeira da empresa, porém reversível, na medida em que
a empresa se dispuser a reduzir suas operações.
Em resumo, diante de tantas alternativas, não é possível estabelecer um método matemático de
avaliação da DFLC, porém alguns roteiros básicos podem auxiliar na avaliação:
d) Saldo Positivo
da Geração
Corrente de O caixa gerado
Caixa Menos após a realização 1) Amortizar dívidas de longo prazo
Variação dos de investimentos
Itens Não
Circulantes
2.Numere:
1 - NCG
2 - Ciclo Financeiro
3 - Cálculo aproximado de Vendas Diárias.
4 - Ciclo Operacional
5 - Ciclo Econômico
3. Questões:
1) O que é NCG?
2) Quais as situações básicas que podem ocorrer numa empresa?
3) O que permite a decomposição do Ciclo Financeiro da NCG?
1) O que é tesouraria?
2) Como pode ser estudada a tesouraria? Explique.
3) A relação entre tesouraria e NCG resulta em quê?
4) O que é Fluxo de Caixa (Cash-Flow) e por que é chamado fluxo?
5) Quais as principais informações da Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa?
PASSIVO
Passivo Circulante
Fornecedores 300 400
Outras obrigações 250 250
Empréstimos 170 850
Total do Passivo Circulante 720 1.500
DADOS ADICIONAIS
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO
Circulante
Fornecedores 450 600
Outras obrigações 260 270
Empréstimos 1.190 1.298
Total do Passivo Circulante 1.900 2.168
DADOS ADICIONAIS
NÃO CIRCULANTE
Duplicatas a Receber 350 490
Imobilizado 21.900 28.800
Depreciação (900) (1.800)
Total do Não Circulante 21.350 27.490
TOTAL DO ATIVO 41.900 52.860
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 4.700 4.000
Empréstimos Bancários 20.000 24.190
Total do Passivo Circulante 24.700 28.190
NÃO CIRCULANTE
EXIGIVEL A LONGO PRAZO
Financiamentos 7.250 10.870
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 8.550 11.000
Lucros Retidos 1.400 2.800
Total Patrimônio Líquido 9.950 13.800
TOTAL DO PASSIVO 41.900 52.860
CIA LEGAL
BALANÇO PATRIMONIAL 31.12.2008 31.12.2009
ATIVO
CIRCULANTE
Disponível 1.269 1.106
Duplicatas a Receber 2.464 2.474
Estoques 1.469 1.838
Total do Ativo Circulante 5.202 5.418
NÃO CIRCULANTE
Imobilizado 3.429 5.542
Depreciação (852) (1.704)
Total do Não Circulante 2.577 3.838
TOTAL DO ATIVO 7.779 9.256
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 865 1.022
Empréstimos Bancários 200 492
Total do Passivo Circulante 1.065 1.514
NÃO CIRCULANTE
EXIGIVEL A LONGO PRAZO
Financiamentos 406 1.188
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 5.107 5.453
Lucros Retidos 1.201 1.101
Total Patrimônio Líquido 6.308 6.554
TOTAL DO PASSIVO 7.779 9.256
ITEM 2009
8. De acordo com os Relatórios abaixo elabore o fluxo de caixa da Cia Balas Brasil
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 19.000 24.000
Empréstimos Bancários 20.900 26.011
Total do Passivo Circulante 39.900 50.011
NÃO CIRCULANTE
EXIG.LONGO PRAZO
Financiamentos 20.800 33.270
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 40.000 50.000
Lucros Retidos 6.300 15.239
Total Patrimônio Líquido 46.300 65.239
TOTAL DO PASSIVO 107.000 148.520
ITEM 2009
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ASSAF Neto, Alexandre. Estrutura e Analise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. 9ª ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. Tradução Allan Vidigal Hastings, Revisão
Jean Jacques Salim. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2010.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5ª ed. – São Paulo: Atlas, 2009
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial – 7ª ed. São Paulo:
Atlas, 2010
MATARAZZO, Dante Carmine. PESTANA, Armando Oliveira. Análise Financeira de Balanços: Abordagem
basica e gerencial: livro de exercícios – 3ª ed. 8ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.