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Gestão de Custos, Preços e Subsídios

ESQUEMA BÁSICO DE CUSTOS

Goiânia, março/2023
AULA 04
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

ESQUEMA BÁSICO

A partir dos dados da empresa, para o cálculo do custo de produção o problema é encontrar meios de atribuir
custos apropriados às unidades de produtos para as várias decisões gerenciais a serem tomadas.
A tarefa de calcular custos de material e mão-de-obra diretos atribuíveis a cada produto individualmente é
relativamente fácil. O custo do material direto é calculado pela determinação das quantidades de materiais usados na
produção, considerando a perda normal do processo e multiplicando-se a quantidade pelo preço da matéria-prima.
De forma similar apuramos o custo da mão-de-obra direta: primeiro obtém-se a especificação do tempo que é
gasto em cada uma das operações envolvidas na produção, depois multiplica-se esse fator tempo pela taxa de mão-
de-obra correspondente.
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O maior problema da contabilidade reside na apuração do gasto indireto de


fabricação unitário. Para o cálculo utilizar-se-á o exemplo abaixo de uma empresa que
apresentou os seguintes gastos no mês de setembro:

Dados para o mês de setembro


DESPESA
Comissões de Vendedores R$ 80.000,00
CUSTO
Salários da Fábrica CUSTO R$ 120.000,00

Matéria-prima Consumida DESPESA R$ 350.000,00


CUSTO
Salários da Administração R$ 90.000,00
CUSTO
Depreciação na Fábrica R$ 60.000,00
DESPESA
Seguros da Fábrica DESPESA R$ 10.000,00
CUSTO
Despesas Financeiras R$ 50.000,00
CUSTO
Honorários da Diretoria R$ 40.000,00
CUSTO
Materiais Diversos - Fábrica R$ 15.000,00
DESPESA

Energia Elétrica - FábricaDESPESA R$ 85.000,00

Manutenção - Fábrica DESPESA R$ 70.000,00


Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 1º Passo: A Separação entre Custos e Despesas

A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção. Teremos então


a seguinte distribuição dos gastos:

Custos de Produção
Salários da Fábrica R$ 120.000,00

Matéria-prima Consumida R$ 350.000,00

Depreciação na Fábrica R$ 60.000,00

Seguros da Fábrica R$ 10.000,00

Materiais Diversos - Fábrica R$ 15.000,00

Energia Elétrica - Fábrica R$ 85.000,00

Manutenção - Fábrica R$ 70.000,00

Total gastos / setembro R$ 710.000,00


Estes integrarão o Custo
dos Produtos
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 1º Passo: A Separação entre Custos e Despesas

A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção. Teremos então


a seguinte distribuição dos gastos:

Despesas Administrativas
Salários da Administração R$ 90.000,00

Honorários da Diretoria R$ 40.000,00

Correios, Telefone e Fax R$ 5.000,00

Material de Consumo - Escritório R$ 5.000,00

Total gastos / setembro R$ 140.000,00


Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 1º Passo: A Separação entre Custos e Despesas

A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção. Teremos então


a seguinte distribuição dos gastos

Despesas de Venda
Comissões de Vendedores R$ 80.000,00

Despesas de Entrega R$ 45.000,00

Total gastos / setembro R$ 125.000,00

Despesas Financeiras
Despesas Financeiras R$ 50.000,00

Total gastos / setembro R$ 50.000,00

As despesas que não entraram no custo de produção, as quais totalizam R$


315.000,00 serão descarregadas diretamente no Resultado do período, sem serem
alocadas aos produtos.
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 2º Passo: A apropriação dos Custos Diretos

Digamos que essa empresa elabore três produtos diferentes,


chamados A, B e C. O passo seguinte é o de se distribuir os custos
diretos de produção aos três itens.

Suponhamos ainda que nessa empresa, além da matéria-prima,


sejam também custos diretos parte da mão-de-obra e parte da energia
elétrica.

O problema agora é saber quanto da matéria-prima total utilizada, de


R$ 350.000,00, quanto da mão-de-obra direta e quanto da energia
elétrica direta foi aplicada em A, em B e em C.
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 2º Passo: A apropriação dos Custos Diretos

Para o consumo de matéria-prima, a empresa mantém um sistema


de requisições de tal forma a saber sempre para qual produto foi
utilizado o material retirado do Almoxarifado. E, a partir desse dado,
conhece-se a seguinte distribuição:

Matéria-prima
Produto A R$ 75.000,00

Produto B R$ 135.000,00

Produto C R$ 140.000,00

Total gastos / setembro R$ 350.000,00


Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 2º Passo: A apropriação dos Custos Diretos


Para a Mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é necessário
verificar do total de R$ 120.000,00, quanto diz respeito à Mão-de-obra Direta e quanto é a
parte pertencente à Mão-de-obra Indireta. A empresa, para poder conhecer bem esse
detalhe, mantém um apontamento (verificação) de quais foram os operários que
trabalharam em cada produto no mês e por quanto tempo. Conhecidos tais detalhes e
calculados os valores, conclui:

Mão-de-obra

Indireta R$ 30.000,00

Direta

Produto A R$ 22.000,00

Produto B R$ 47.000,00

Produto C R$ 21.000,00 R$ 90.000,00


Logo, os R$ 90.000,00 serão atribuídos diretamente aos produtos, enquanto os R$
Total R$ 120.000,00
30.000,00 serão adicionados ao rol dos custos indiretos.
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 2º Passo: A apropriação dos Custos Diretos

A verificação da Energia Elétrica evidencia que, após anotado o


consumo na fabricação dos produtos durante o mÊs, R$ 45.000,00 são
diretamente atribuíveis e R$ 40.000,00 só alocáveis por critérios de
rateio, já que existem medidores apenas em algumas máquinas.

Energia Elétrica

Indireta R$ 40.000,00

Direta

Produto A R$ 18.000,00

Produto B R$ 20.000,00

Produto C R$ 7.000,00 R$ 45.000,00

Total R$ 85.000,00
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

Temos então, resumidamente:

Diretos (R$) Indiretos Total


(R$) (R$)
A B C

Matéria-prima 75.000,00 135.000,00 140.000,00 350.000,00

Mão-de-obra 22.000,00 47.000,00 21.000,00 30.000,00 120.000,00

Energia Elétrica 18.000,00 20.000,00 7.000,00 40.000,00 85.000,00

Depreciação 60.000,00 60.000,00

Seguros 10.000,00 10.000,00

Materiais Diversos 15.000,00 15.000,00

Manutenção 70.000,00 70.000,00


Do total de Custos de Produção, R$ 485.000,00 são diretos e já estão
alocados
Total (R$) e R$ 225.000,00 precisam
115.000,00 ainda ser168.000,00
202.000,00 apropriados.
225.000,00 710.000,00
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O 3º Passo: A apropriação dos Custos Indiretos

Vamos agora analisar a forma ou as formas de alocar os custos


indiretos que totalizam, neste exemplo, R$ 225.000,00. Uma alternativa
simplista seria a alocação aos produtos A, B e C proporcionalmente ao
que cada um já recebeu de custos diretos. Esse critério é relativamente
usado quando os custos diretos são a grande porção dos custos totais,
e não há outra maneira mais objetiva de visualização de quanto dos
indiretos poderia, de forma menos arbitrária, ser alocado a A, B e C.
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

Temos então:

Diretos Indiretos Total

R$ % % R$

A 115.000,00 23,71 23,71 53.351,00 168.351,00

B 202.000,00 41,65 41,65 93.711,00 295.711,00

C 168.000,00 34,64 34,64 77.938,00 245.938,00

Total 485.000,00 100,00 100,00 225.000,00 710.000,00

A última coluna nos fornece então o custo total de cada


Produto, e a penúltima a parte que lhes foi imputada dos custos
indiretos.
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

Suponhamos, entretanto, que a empresa resolva fazer outro tipo de


alocação. Conhecendo o tempo de fabricação de cada um, pretende fazer a
distribuição dos custos indiretos proporcionalmente a ele, e faz uso dos próprios
valores em Reais da Mão-de-obra Direta, por ter sido esta calculada com base
nesse mesmo tempo. Teríamos, dessa maneira:

Mão-de-obra Custos Indiretos

R$ % % R$

A 22.000,00 24,44 24,44 55.000,00

B 47.000,00 52,22 52,22 117.500,00

C 21.000,00 23,33 23,33 52.500,00

Total 90.000,00 100,00 100,00 225.000,00


Gestão de Custos, Preços e Subsídios

O custo total de cada produto seria:

Custos Diretos Custos Indiretos Total

A 115.000,00 55.000,00 170.000,00

B 202.000,00 117.500,00 319.500,00

C 168.000,00 52.500,00 220.500,00

Total 485.000,00 225.000,00 710.000,00

Esses valores de custos indiretos e consequentes custos totais


também diferentes para cada produto podem não só provocar análises
distorcidas, como também diminuir o grau de credibilidade com relação
às informações de Custos. Não há, entretanto, forma perfeita de se fazer
essa distribuição; podemos, no máximo, procurar entre as diferentes
alternativas a que traz consigo menor grau de arbitrariedade.
Gestão de Custos, Preços e Subsídios

Esquema Básico

Por enquanto, o esquema básico é:

1º Passo: Separação entre Custo e Despesa

2º Passo: Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos

3º Passo: Rateio dos Custos Indiretos

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